Mostrando postagens com marcador I Dare You 2017. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador I Dare You 2017. Mostrar todas as postagens

20 de dez. de 2017

Contos de Natal Disney – IDY 2017


Título: Contos de Natal Disney
Mês: Dezembro
Tema: Conto de Natal
Editora Abril, 405p.

Sinopse: De 1945 a 1963, Carl Barks, um dos melhores artistas Disney que o século 20 conheceu, produziu 35 histórias em quadrinhos natalinas do Pato Donald e família.Pela primeira vez, todas essas aventuras, sem exceção, foram agrupadas em um unico volume, resultando nesta obra-prima feita para voce apreciar todos os natais - passados, presente e futuros - de sua vida.

Eu andava de olho nessa nova coleção da Disney desde o primeiro lançamento. Alguns dos livros são bem bacanas, outros não muito (mas acho que isso depende do gosto, por exemplo, eu não sou muito chegada no Mickey, prefiro o Donald). De qualquer forma, se os outros livros da coleção forem iguais a esse, então são todos ótimos. A diagramação é muito bem feita, além do que o livro também trouxe várias informações sobre Carl Barks e seu processo criativo. Adorei que resolveram incluir nesse volume a mesma história que eu tenho em um livro de outra coleção da Abril. O colorido, as informações do artista, as próprias histórias, tudo isso faz desse livro uma excelente publicação e uma ótima aquisição para a estante. Um dos melhores livro que li esse ano, completamente recomendado.

18 de dez. de 2017

360 dias de sucesso (Thalita Rebouças) – IDY 2017


Título: 360 dias de sucesso
Autora: Thalita Rebouças
Mês: Dezembro
Tema: Livro de música
Editora Rocco Jovens Leitores, 304p.

Pedro e Theo são amigos de infância que adoram música. Um dia, depois de ouvi-los tocando, o pai de Pedro, seu Paulão, sugere que eles montem uma banda. É quando Pá, um garoto da escola, entra como baixista e Gualter, como bateirista. A primeira apresentação da banda é num churrasco organizado por seu Paulão, e faz os meninos se darem conta de que são bons. Babi, namorada de Pedro, mostra um vídeo de uma tecladista muito talentosa chamada Mari, que também se junta ao grupo. Banda formada, o primeiro show acontece no sarau na escola de Gualter, que compõe o sucesso da banda. Novas oportunidades surgem, eles ganham fã-clube e clipe, e começam as discussões. Apesar disso, a banda sai em turnê e o sucesso começa a mexer com a cabeça de alguns integrantes, levando a escolhas que podem prejudicar o grupo e levar ao fim da banda. 

Como todos os livros da Thalita Rebouças, foi uma delícia de ler essa história. O fato de ser narrado por um dos integrantes da banda foi o que eu mais gostei, quando peguei, achei que o narrador seria observador. A forma como são descritas as dificuldades e o deslumbramento que veio junto com o sucesso prendem a atenção, principalmente porque se percebe que o objetivo do grupo era tocar por prazer, não por negócio. Indicado.

13 de dez. de 2017

Os arquivos perdidos (Pittacus Lore) – IDY 2017


Título: Os arquivos perdidos: guarda
Autor: Pittacus Lore
Mês: Dezembro
Tema: Para ler em um dia
Editora Intrínseca, 83p.

Lexa é uma hacker que veio parar na Terra fugindo da destruição de Lórien. Seus amigos foram mortos, seu esconderijo foi descoberto, e assim a moça passa a viver se escondendo. Como um gênio da informática, ela consegue hackear contas para ter dinheiro para sobreviver, ao mesmo tempo em que se cerca de vários aparatos de segurança para não ser pega de surpresa. Com uma vontade de ferro de se vingar pelos amigos e pelo seu planeta, Lexa busca a nave que levou a Garde para a Terra e a descobre em uma base de segurança máxima, em Dulce, Novo México. A partir daí, ela faz de tudo para recuperar a nave, enquanto descobre um aliado de Pittacus Lore.

O décimo segundo livro da mini-série Os arquivos perdidos, tão envolvente quanto os outros. Achei ele interessante porque mostra a perspectiva de quem era a tal pessoa envolvida na divulgação “por baixo dos panos” dos perigos que os mogs representam. Na verdade, isso ficou claro no ebook anterior, mas agora se viu mais sobre o que Lexa andou fazendo durante os anos em que a Garde estava se criando separada pela Terra. Muito bom, como sempre chegando ao final sem querer que acabasse a história.

13 de nov. de 2017

O último passageiro (Manel Loureiro) – IDY 2017


Título: O último passageiro
Autor: Manel Loureiro
Mês: Novembro
Tema: Autor espanhol
Editora Planeta, 382p.

Agosto de 1939. Em pleno alto-mar, um transatlântico vazio e à deriva é achado por um navio cargueiro. Tentando sair vivos da névoa que os encobre, os tripulantes resolvem abordar o navio e procurar alguém ou alguma coisa, e não acham ninguém, exceto um bebê de poucos meses de vida...
Décadas depois, um estranho homem de negócios decide restaurar o navio e deixá-lo da mesma forma como foi encontrado (e isso se aplica a praticamente tudo, exceto as insígnias nazistas que decoravam certas partes do navio). Toda essa dedicação se resume a um ponto: ele quer refazer os passos da embarcação até o momento em que foi encontrado pelo cargueiro. Para isso, reúne um grupo de cientistas e especialistas das mais diversas áreas, dentre eles, Kate, que acabou indo parar no meio deles ao ser descoberta tenta conseguir uma história para o jornal em que trabalha. Deprimida após a morte do marido, ela embarca nessa viagem esperando encontrar somente uma história instigante, e sem saber acaba tendo que lidar com forças poderosas e perigosas, tudo para evitar que o navio e seu principal sobrevivente tenham que pagar novamente um preço caro demais.

Mais uma vez, um livro que eu não dava absolutamente nada. Já perdi a conta de quantas vezes isso acontece comigo e dou graças por ser teimosa de sempre ter um livro em mãos e que queira ler só na teimosia, só porque tem ele no momento. A capa não me disse muita coisa no começo, mesmo assim achei bom guardar para alguma futura eventualidade... Ainda bem.
Também fico impressionada com quantas vezes um livro se utiliza dos nazistas e de seu propósito de segregação e preconceito de uma forma que nunca é boa. Nunca. Não que deveria, claro, essa parte da história humana é uma das mais tristes e nojentas que existem. Só fico abismada com a capacidade dos autores, pois quando eles se prestam a contar uma história onde o nazismo esteja no centro ou como mero pano de fundo, eles consigam deixar o leitor com nojo dos nazistas, com pena das vítimas e refletindo sobre o quanto o ser humano consegue atingir o fundo do poço em matéria de dignidade.
A história já começa com o mistério do navio completamente vazio em pleno alto mar. O estranhamento dos tripulantes do cargueiro que o encontraram me fez roer as unhas algumas vezes, assim como os sustos ao entrarem no navio me fizeram rir demais. Outra coisa boa que eu não esperava e que só fui entender na metade da história é a questão da distorção temporal, eu adoro viagens no tempo e descobrir o mistério desses loops temporais foi atordoante. Certas coisas ficam claras desde o início, como por exemplo, a identidade do milionário que resolve restaurar o navio para levá-lo para alto-mar de novo. Por outro lado, o autor não comenta, só de passagem, o destino dos outros passageiros além de Kate e Feldman. Por um lado, eu gostei, para que não me desesperasse mais ainda, por outro, eu achei que fez falta. Um mistério completamente envolvente que te prende do início ao fim, que faz você se culpar por suspeitar das pessoas erradas e que deixa um gosto de quero mais. Completamente recomendado.

8 de nov. de 2017

Atrás do espelho (A.G. Howard) – IDY 2017


Título: Atrás do espelho
Autora: A.G. Howard
Mês: Novembro
Tema: Borboletas na capa
Editora Novo Conceito, 400p.

Alyssa voltou para o mundo mortal, está namorando Jeb, sua mãe está de volta em casa, e ela só quer se formar na escola para poder se mudar para Londres com Jeb. Mas Morfeu não está disposto a deixar que a jovem esqueça sua herança intraterrena. Ele começa a povoar seus sonhos, ao ponto de aparecer disfarçado de aluno de intercâmbio na escola de Alyssa, o que quase a leva a loucura. Enquanto Jeb não se lembra de nada do que passou no País das Maravilhas e a jovem percebe que sua mãe esconde muitos segredos sobre a sua vida anterior ao sanatório, ela também tem que lidar com a ameaça constante da volta da Rainha Vermelha e da destruição que isso causará no País das Maravilhas. Alyssa se vê cada vez mais dividida entre os dois mundos, quando descobre mais sobre a história do seu pai e seu lado intraterreno desabrocha de vez. Sua luta para evitar que a Rainha Vermelha consiga destruir seu mundo real dá errado e as consequências são tristes, mas Alyssa consegue se manter firme para planejar seu próximo passo.

A primeira coisa a dizer sobre esse livro é: QUE LIVRO! A segunda: eu ODEIO Alyssa. Meu Deus, que protagonista cansativa. Me irritou tremendamente as dúvidas constantes dela sobre contar a verdade para Jeb, a ponto de me levar a desejar que o livro tivesse a história descrita pelo ponto de vista de outro personagem. Morfeu eu adoro, gostei muito das revelações sobre o pai e a mãe dela (apesar de que eu nunca consegui entender muito bem a história de Alice, nem mesmo com as anotações da edição da Zahar), achei bem escrito até mesmo o triângulo amoroso Jeb-Alyssa-Morfeu, mas Alyssa... A constante repetição das dúvidas dela sobre contar a verdade sobre sua vida para Jeb me deixou com muita raiva e preguiça de continuar a leitura (parecia a Bella, em toda a saga Crepúsculo, que não parava que comparar Edward com Adônis, muito sem graça), o que salvou mesmo foi Morfeu. Adorei e estou louca para continuar a história, ate porque aquele final, mesmo que (eu considere que) tenha sido ventilado durante a história, ainda conseguiu me pegar de surpresa. Recomendo.

6 de nov. de 2017

O amante de Lady Chatterley (D.H. Lawrence) – IDY 2017


Título: O amante de Lady Chatterley
Autor: D.H. Lawrence
Mês: Novembro
Tema: Virou série
Editora Martin Claret, 304p.

Constance Chatterley é uma mulher liberal que teve a primeira experiência sexual antes do casamento. Seu marico, Clifford, é um aristocrata conservador. Um mês após seu casamento, ele parte para a guerra, mas volta paraplégico. Eles vão morar na mansão da família do marido, Wragby Hall, mas Constance se deprime com a rotina monótona de sua vida. Ela acaba se envolvendo com o escritor Michaelis, mas não dura muito. Ao se adoentar, ela vai para Londres em busca de tratamento, e quando volta, seu marido propõe que ela tenha um amante, para que ela engravide e eles possam ter uma criança. Num passeio, ela conhece Oliver Mellors, guarda-caça de Clifford, e o escolhe para seu amante.

Eu esperava mais dessa história. Juro. Porque é um clássico, porque vi uma boa propaganda da série da BBC (e por causa das diferenças entre ambas as mídias também), porque eu gosto de romances, e por causa do linguajar dos personagens. Me desiludi muito. O livro é bom, a história é boa, e a polêmica em torno do autor e do tema chama atenção e deixa curioso para ler, mas é só isso. Não consegui me sentir fisgada pela história, teve um ponto que eu já estava arrastando a leitura. O final não foi NADA do que eu esperava, fiquei decepcionada porque pareceu uma história inacabada. Vale a pena por ser clássico, nada mais.

18 de out. de 2017

As seis mulheres de Henrique VIII (Antonia Fraser) – IDY 2017


Título: As seis mulheres de Henrique VIII
Autora: Antonia Fraser
Mês: Outubro
Tema: Passa na Europa
Editora BestBolso, 574p.

Catarina de Aragão, Ana Bolena, Jane Seymour, Ana de Cleves, Catarina Howard e Catarina Parr., estereotipadas como a Esposa Traída, a Tentadora, a Boa Mulher, a Irmã Feia, a Moça Má e a Figura de Mãe. Assim entraram para a história as seis mulheres do rei Henrique VII. Algumas caídas em desgraça por conta própria, outras com a ajuda do próprio marido (um homem lindo e justo quando jovem que se torna um gordo com desejos beirando os caprichos de uma criança birrenta), e uma e outra que conseguiu algum tipo de felicidade. Antonia Fraser desmistifica cada uma das rainhas de Henrique VII e mostra que cada uma delas contribuiu, das próprias maneiras, para a história da Inglaterra.

Divorciada, decapitada, morta, divorciada, decapitada, sobrevivente.

Assim começa uma das melhores biografias que eu já li. História inglesa nunca foi meu forte, apesar de sempre ter sido apaixonada pela vida de reis e rainhas mundo afora, conheço bem pouco. Eu estava de olho nesse livro fazia um bom tempo justamente por retratar uma época que só conheço um pouco através de filmes e séries (eu adoro a história da rainha Elizabeth e sua Era de Ouro, mas pouco sabia sobre a vida de seus pais, mesmo Ana Bolena sendo um assunto bastante abordado quando se fala de realeza inglesa). Aliás, talvez o fato de ser a mãe de uma das melhores governantes da Inglaterra, considerando os bastidores da transformação de Ana Bolena em rainha e a obsessiva fixação de Henrique VII por um filho homem que demorou para chegar e não viveu muito para reinar, seja o maior atrativo para a vida da Rainha Virgem. Eu não quero me prender a Ana Bolena, porque cada uma das mulheres teve um impacto e também não quero dar spoiler do livro, então deixo uma das passagens que mais me cativou (por falta de palavra melhor) e me lembrou que eu não estava lendo uma obra de ficção (porque sim, eu estava torcendo para Ana não morrer):

Por que se considerava essencial livrar-se da rainha Ana de uma vez? A resposta está no comportamento de sua antecessora. Certa vez, o rei e seus assessores tinham previsto uma retirada digna da rainha Catarina do palco, possivelmente para um convento. Em vez disso, tinham enfrentado sete anos de protesto, assumindo formas tão variadas como uma ameaça imperialista do exterior e apoio pessoal a Catarina dentro do país. Não dariam a mesma oportunidade a Ana Bolena. A dispensa com o que seria, na verdade, outro divórcio, teria deixado o rei com mais uma ex-esposa, poucos meses depois de ter-se livrado, pela morte da primeira. O momento da morte da rainha Catarina acelerara a queda da rainha Ana: agora, uma vez mais, a influência da mulher morta estendia-se além de seu túmulo na catedral de Peterborough para derrubar a mulher que a suplantara.

Um livro excelente, pois a autora, além de mostrar como era a vida social com todas as intrigas da corte, falando do vestuário e dos hábitos alimentares, da aparência física e dos dotes artísticos, conseguiu recriar um período muito distante da história britânica de maneira muito real e acima de tudo, desrotular cada uma das rainhas. Completamente recomendado.

16 de out. de 2017

Proezas, percalços e passatempos perigosos (J.K. Rowling) – IDY 2017


Título: Proezas, percalços e passatempos perigosos
Autora: J.K. Rowling
Mês: Outubro
Tema: Com bruxos/bruxaria
Editora Pottermore, 71p.

Quem foi realmente Minerva McGonagall? Tida como a professora mais séria de Hogwarts, foi um prazer saber mais sobre sua história de vida, desde seu nascimento até assumir o cargo de diretora de Hogwarts, passando pelo sua juventude, mostrando sua carreira profissional e seu casamento, e sua capacidade de se transformar em um animal. O que leva a segunda parte, onde se fala sobre os animagos:

Se você continuar a repetir seu encantamento ao nascer e ao pôr-do-sol, chegará um momento em que, ao toque da ponta da varinha no peito, sentirá um segundo batimento cardíaco, às vezes mais forte do que o primeiro, às vezes mais fraco.

Na terceira parte, narra-se a história de vida de Remo Lupin, como ele era na infância e o motivo do ataque de Fenrir a ele quando garoto, o transformando em um lobisomem, e a sua vida com o estigma da desconfiança. A quarta parte fala sobre os lobisomens. Seguidamente, tem-se um relato breve da vida da professora Trelawney, e sobre o antigo professor de Trato das Criaturas Mágicas, Silvano Kettleburn.

AAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHH!!!!!!!!!!!!!!!!!! VOLTEI PARA HOGWARTS!!!!!!!!!!!!!!!! TÔ SURTANDO!!!!!!!!! Então, tá. Agora que já me acalmei, vamos à resenha.
Eu AMEI esse ebook. Para começo de conversa, valeu a pena matar a saudade de Hogwarts. Não tem como não sentir falta das histórias do mundo de Harry Potter, e eu nunca mais entrei no Pottermore, então estava carente mesmo.
Amei saber sobre a vida da minha professora favorita, McGonagall, fiquei fascinada com o processo de transformação de um homem em animal (é por isso que amo J.K. Rowling. As leis e regras que ela cria para o mundo bruxo só fazem dar substância a história), e gostei das conexões que a autora faz de um assunto para outro (McGonagall, animagos, Lupin, lobisomem). Quando li o terceiro livro da série, e Hermione revela que o professor Lupin é um lobisomem, fiquei curiosa para saber como aconteceu. À medida que a história ia se complicando, deixei esse assunto de lado. Mais uma vez, Rowling consegue de uma maneira muito simples retornar a uma curiosidade (adormecida, mas sempre presente), e de novo, mostra que tudo está sempre interligado (como sempre tem uma lição: a boca sempre paga). As curiosidades sobre os lobisomens também foram ótimas de saber, e a surpresa ficou conta do último personagem mencionado (surpresa porque era o tipo de personagem que, apesar de brevemente mencionado, deve ter suscitado curiosidade em alguém, o que mostra que a autora sempre pensa em todos os fãs). Agora eu estou louca para ler os outros ebooks, mas vou me acalmar. Não é sempre que temos novidades sobre o mundo de Harry, então eu sempre guardo o que consigo para momentos futuros. Completamente recomendado.

11 de out. de 2017

O homem da lua (William Joyce) – IDY 2017


Título: O homem da lua
Autor: William Joyce
Mês: Outubro
Tema: Infantil
Editora Rocco, 56p.

Dalua era o filho do czar e da czarina Lunanoff. Quando bebê, ele e seus pais velejavam pelo Universo no Veleiro Lunar. Iam com eles as lagartas lunares, os lunobôs e, claro, Noiteluz, guardião do bebê. Mas a tranquilidade da Era de Ouro foi abalada quando Breu, Rei dos Pesadelos, se interessa pelo bebê que nunca teve um pesadelo na vida. Assim, o czar e a czarina fogem para longe, até um planetinha verde e azul chamado Terra, onde o Veleiro Lunar ficou orbitando. Quando Breu se aproxima, os pais de Dalua o escondem e Noiteluz promete que vai proteger o bebê. Quando a batalha tem fim, Dalua agora é um órfão, e só tem como companhia as lagartas e os lunobôs. Por um tempo, ele passa a observar as crianças na Terra com os telescópios do pai e deixa de se sentir sozinho. Ele cresce e se torna o Homem da Lua, responsável pela união dos Guardiões da Infância.

Juramos zelar pelas crianças da Terra, 
Mantê-las sempre longe do perigo, 
Preservar seus corações alegres, suas almas valentes e suas bochechas rosadas. 
Protegeremos com nossas próprias vidas seus sonhos e esperanças, 
Pois eles são tudo que temos, tudo que somos, 
E tudo que para sempre seremos.

Que livro mais lindo. Pequeno e bem infantil, totalmente colorido e uma maravilha de leitura. A criaturinha responsável pela origem dos guardiões, pela qual eu não dei nada quando vi o filme (me sinto envergonhada de admitir), mas por quem agora me sinto completamente encantada. Vale muito a pena comprar e ler para uma criança ou para se ter na estante. Afinal, todos nós já fomos crianças e sempre quisemos saber mais sobre os seres que povoaram nossos momentos mais inocentes.

11 de set. de 2017

Jogando xadrez com os anjos (Fabiane Ribeiro) – IDY 2017


Título: Jogando xadrez com os anjos
Autora: Fabiane Ribeiro
Mês: Setembro
Tema: Autor brasileiro
Editora Universo dos Livros, 400p.

Na Inglaterra de 1947, a Europa está se recompondo de uma guerra devastadora. Anny só vê os pais nos sábados, quando eles voltam para casa depois de uma semana de trabalho. No entanto, em um desses dias, em que ela os espera até tarde, eles chegam com uma notícia que acaba com a alegria da menina: agora, seus pais só a verão uma vez por ano, pois o trabalho deles exige agora que eles se afastem mais de casa. Assim, a menina passará a viver com Jane, sua professora, e o marido Hermes. Mal ela sabe a diferença que ocorrerá em sua vida, pois Jane se mostra uma verdadeira carrasca, obrigando Anny a cuidar da casa, a dormir em um quartinho nada confortável e a viver escondida. Como companhia, a menina só tem sua ovelhinha de pelúcia e o jogo de xadrez que ganhou do pai, e passa por situações que nenhuma criança deveria passar. No entanto, seu bom coração e sua qualidade única de ser feliz não importa o que aconteça a ajuda a atravessar todos os momentos difíceis com a serenidade que somente um anjo poderia possuir.

Estava para fazer a resenha desse livro faz um tempão. Com mais uma de suas histórias tocantes, Fabiane Ribeiro (quem parece que adquiriu a capacidade de me fazer chorar como um bebê) nos ensina, através de sua pequena protagonista, lições valiosas. Em alguns momentos fiquei revoltada com essa história, tive muita vontade de matar a odiosa Jane e fiquei apavorada pela menina (tive que ler o final do livro para saber se existiria alguma espécie de final feliz, já que tudo rumava para a pior). Esta edição da Universo dos Livros é aquela com a capa mais bonita e que, a meu ver, tem mais a ver com a história (essa é a segunda edição, o livro já tem uma terceira). Recomendo esse livro para todos que gostem de uma história bonita com preciosas lições de vida.

6 de set. de 2017

A garota dinamarquesa (David Ebershoff) – IDY 2017


Título: A garota dinamarquesa
Autor: David Ebershoff
Mês: Setembro
Tema: Livro que virou filme
Editora: Fábrica231, 363p.

Elinar e Greta são ambos pintores. Em uma tarde, porque sua modelo faltou e Greta precisava continuar seu trabalho, ela pergunta ao marido se ele poderia colocar as meias e os sapatos da moça. Ele aceita e ela continua seu trabalho. O que Greta não imaginava era que isso iria despertar alguma coisa em Elinar. E assim nasce Lily, com quem Greta gosta de conviver e a modelo que ela passa a retratar cada vez mais em suas pinturas (com as quais ela alcança um relativo sucesso). O tempo vai passando, Lily aparece cada vez mais enquanto Elinar vai desaparecendo, e ambos percebem que uma escolha decisiva terá que ser feita.

Eu vi o filme baseado nesse livro porque fiquei curiosa, porque gosto do Eddie Redmayne e estava torcendo para ele levar o Oscar do ano em que o filme foi indicado, e porque ele retrata a vida de dois pintores (arte é um assunto que me fascina). Aí fui procurar mais sobre a vida de Lily Elba na internet por simples curiosidade. Então, quando vi o livro em um sebo, tive que comprar. O autor fala que a história que ele narra é uma visão romantizada da vida de Lily, mesmo que ele tenha se baseado nos fatos reais da vida dela, mas isso em nada diminui a forma como a história prende a atenção. E gostei mais do livro do que do filme, porque o autor fala mais sobre a vida de Greta antes de se casar com Elinar. Não lembro se no filme eles explicam como no livro, mas eu gostei de entender os motivos dos sangramentos misteriosos de Elinar. Como um todo, o livro é ótimo, consegue tocar o leitor. Foi bom ver como se tratava a questão da transsexualidade, muito discutida hoje, justamente numa época em que o mundo passava por tantas mudanças. Eu sempre acho maravilhoso ver esse tipo de discussão inserida nesses momentos históricos, dá a impressão de que a leitura vem bem a calhar para o momento que estamos vivendo. Livro completamente recomendado.

4 de set. de 2017

O dragão de gelo (George R.R. Martin) – IDY 2017


Título: O dragão de gelo
Autor: George R.R. Martin
Mês: Setembro
Tema: Dragões na capa
Editora Leya, 128p.

Adara é uma criança do inverno. Ela nasceu em um dos piores que se lembra, cujo frio intenso levou sua mãe logo depois que ela nasceu. Uma garotinha que não chora e cujos sentimentos são bastante internos, Adara entende, aos 7 anos, o que significa ser uma criança do inverno depois de ouvir uma conversa entre seu pai e tio Hal, em uma de suas visitas. Enquanto no verão ela não conseguia achar divertimento algum, no inverno a menina se enchia de alegria, pois era nessa época que ela podia passar tempo com o dragão de gelo, animal que todos consideram lenda. Mal sabem eles que Adara e seu amigo terão um papel fundamental na guerra contra os cavaleiros de dragão que vem avançando pelo reino.

Como acontece com a maioria dos meus livros, eu comprei esse pra ficar na estante, esperando a sua hora. Depois de ler todos os livros das Crônicas de Gelo e Fogo para poder finalmente entender as discussões dos fãs sobre a série, resolvi guardar esse porque, não dá para negar, os livros do Martin são envolventes. E mesmo que O dragão de gelo não tenha nada a ver com as Crônicas (apesar dos tais spoilers de que a próxima temporada vai trazer o rei do inverno montado em um dos dragões de Daenerys transformado em dragão de gelo), eu quis esperar para ler. O livro é uma dessas pequenas perfeições que de vez em quando temos em mãos, sabem, quando acertam na diagramação, nas ilustrações (vejam o portfólio do artista, Luis Royo), na capa, em tudo combinando e fazendo jus a história. Além disso, esse pequeno conto ensina várias lições de vida. Adoro como Martin sabe fazer analogias entre verão, inverno e sentimentos. O que torna a história baste forte é que tudo é narrado da perspectiva de Adara.

16 de ago. de 2017

A promessa do tigre (Colleen Houck) – IDY 2017


Título: A promessa do tigre
Autora: Colleen Houck
Mês: Agosto
Tema: Passa na Índia
Editora Arqueiro, 111p.

Muitos anos antes de Kelsey Hayes aparecer na vida dos príncipes amaldiçoados como tigres, existiu uma outra jovem no caminho dos dois. Yesubai foi filha do temido Lokesh. Insatisfeito por sua mulher ter lhe dado um filha, ao invés do filho, Lokesh matou a esposa e trancou a filha, fazendo com que ela vivesse longe dos olhos alheios. Sempre submissa ao pai, pois desde pequena entendia o perigo que contradizê-lo oferecia, Yesubai cresceu linda, o que não passou desapercebido aos olhos dos que a cercam. Quando Lokesh que sua filha foi oferecida pelo rei em casamento com um nobre de qualquer reino vizinho em busca de fortalecimento diplomático, o feiticeiro logo começa a tramar para que sua filha se infiltre no reino dos príncipes Rajaram, pois é onde se escondem dois amuletos que ele deseja para se tornar invencível. Yesubai, que estava feliz de poder se ver livre do pai, se desespera com a situação, principalmente depois que se apaixona por Kisham, irmão mais novo de Ren, seu prometido.

Faz um tempo que eu ando esvaziando minha estante. Estou mais seletiva e decidi abrir mão das séries que eu sei que não vou mais ler. Fiz isso com os livros do Rick Riordan (porque apesar de tratar de mitologia egípcia, achei a história meio cansativa) e com a série Mago, do Raymond E. Feist. Essa série do Tigre eu ainda estou querendo ler o último da série, e apesar de achar a história chata na maior parte dos quatro primeiros livros (e eu ainda não me conformei com o final de O destino do tigre, ficou muito previsível, então espero que venha coisa forte por aí com o último da série), tenho certeza que, só pela perfeição das capas, eu nunca vou doar ou trocar esses livros. A capa de A promessa do tigre é a mais linda de todas, e a história, mesmo sabendo que não seria um fim bom, eu gostei muito. Adoro livros com contos prequel (histórias cujos acontecimentos vieram antes da história central), e esse não decepcionou em nada. Yesubai sempre foi um personagem misterioso, e o fato de ser pouco mencionada nos livros principais ajudou nessa percepção. Agora só posso desejar que o livro fosse maior, que ela tivesse vivido mais só para poder vê-la mais (sim, vê-la, porque a descrição da personagem fez com que eu tivesse uma imagem muito clara dela, como se a visse num filme). Amei o livro, fiquei apaixonada pela capa, e espero que o último livro me prenda a história exatamente como esse fez.

14 de ago. de 2017

Guerra civil (Stuart Moore) – IDY 2017


Título: Guerra civil
Autor: Stuart Moore
Mês: Agosto
Tema: Autor que você nunca leu
Editora Novo Século, 318p.

Thor está morto. Nick Fury também. No lugar do líder da S.H.I.E.L.D, está Maria Hill, mais determinada que nunca em capturar e prender os superhumanos que não se cadastraram pela nova lei do governo. Tony Stark e Steve Rogers sentem uma espécie de culpa por ambas as coisas, pois eles se questionam se poderiam ter impedido a morte de Fury, já que agora os heróis não tem mais seu “líder” ou “mentor”. A morte de Thor também pesa na consciência de ambos: enquanto Stark acha que os Vingadores poderiam ter ajudado o deus do trovão no Ragnarok, Rogers pensa que se Thor estivesse com eles, de alguma forma a morte de Golias teria sido impedida. De um lado, o Homem de Ferro afirma que os heróis devem ser registrados e regulamentados, do outro, o Capitão América se recusa a tomar uma atitude que, a seu ver, só irá tolher a liberdade dos heróis. As discordâncias entre eles só fazem crescer, enquanto tentam recrutar aliados para suas respectivas causas. Famílias viram alvos dos inimigos, casais se separam por questões ideológicas, amigos viram inimigos, mortes com as quais ninguém sabe lidar muito bem, tudo isso vai fazendo com que os heróis percebam que a verdadeira guerra deve ser travada para proteger vidas humanas, não para destruí-las.

Ok. Sobre esse livro. A primeira coisa a falar dele é que eu arrastei demais a parte 1. Não sei porque, afinal, livros que são como este, onde a ação ocupa início, meio e fim da história, eu geralmente não consigo largar até terminar, de preferência no mesmo dia. Mas, nossa, como eu arrastei a leitura. Cheguei na parte 2 com muita força de vontade e só fui me interessar mesmo na parte seguinte. Sobre a história, é difícil falar além do óbvio (que tem muita ação, muita pancadaria, e morte que eu nem imaginava, já que estava com o filme na cabeça). Não li os quadrinhos, então até isso fica difícil de comparar, e não quero traçar paralelos com o filme também. Acho que o fator principal atraente deste livro (para mim) foi que, além de mostrar e me fazer lembrar de alguns super-heróis que até agora não apareceram nas adaptações, eu pude entender o porque de tanta gente tomando partido na briga entre o Capitão América e o Homem de Ferro. Finalmente me toquei que, como todo filme, a história é suavizada, tanto no caráter dos personagens quanto na questão da violência. Na época do filme, eu não escolhi lados e não entendia como as pessoas podiam preferir um ao outro, porque na minha visão limitada, ambos tinham bons motivos para agir como agiam. Agora, depois de ler esse livro, fiquei encucada e simplesmente não consigo tomar partido porque acho que estão ambos errados (percebam a visão lesada da pessoa). Minha percepção: Tony Stark é um sacana arrogante (me deu uma raiva imensa dele usando o Homem-Aranha, quando pelo que já foi mostrado no cinema, dá a impressão de que Tony realmente se importa com o menino, e com aquele Clor – WTF!!!) e o Capitão América, longe de ser aquele cara compreensivo dos filmes, é um cara ignorante que não está nem aí para quem vai machucar. Terminei o livro com uma raiva imensa de ambos os personagens. Um tema que eu gostei: a responsabilidade moral dos dois personagens líderes está mais forte e atuante que nos filmes, e isso, depois que você pega o embalo, te mantém pregado na leitura só para ver qual vai ser o fim de tanta desgraça.

9 de ago. de 2017

Um conto sombrio dos Grimm (Adam Gidwitz) – IDY 2017


Título: Um conto sombrio dos Grimm
Autor: Adam Gidwitz
Mês: Agosto
Tema: Novas versões de contos de fada
Editora Galera Júnior, 272p.

João e Maria são filhos de um rei e uma rainha que, por remorso e mesmo com pesar, sacrificaram os dois para que seu fiel servo, Johannes, voltasse a vida. O que ninguém esperava era que as duas crianças também voltassem a viver. Não era para eles descobrirem o que o pai fez, mas eles ouvem o rei e a rainha conversando e magoados, resolvem fugir de casa. Assim, as aventuras dos dois irmãos começam. Eles encontram uma casa feita de doces. A confeiteira que morava nela os abriga, para comê-los mais tarde. Eles matam a mulher e fogem de novo, indo parar em uma casa onde o pai da família, que queria tanto uma filha mulher, reclama dos filhos homens que tem e faz com que todos se transformem em andorinhas. João e Maria vão atrás dos sete irmãos e fazem de tudo para que eles voltem para casa. A partir daí, os dois percebem que podem se virar sozinhos e tentam viver novas vidas, sem saber que seus caminhos irão separá-los, e que eles descobrirão muitas coisas na busca constante por uma família.

Eu tenho mania de querer comprar todo e qualquer livro que fale de contos de fadas, sejam novas releituras, sejam análises, seja o que for, eu quero. Este livro eu gostei da capa, gostei da sinopse e fiquei curiosa, até porque o conto de João e Maria original eu nunca li, e como não gosto de me basear em filme para dizer se uma versão é oficial ou não, fiz questão de ter ele na minha estante. Mesmo assim, demorei bastante para me entusiasmar a ler porque João e Maria nunca foi uma história que me enchesse os olhos. Fico muito feliz de dizer que eu me enganei totalmente quanto ao que esperava desse livro, simplesmente adorei a forma continuada de contar as várias histórias, ligando-as umas nas outras. É uma versão sombria que, confesso, me deixou meio desesperada em algumas partes. O mais legal é que, o autor do livro não reescreveu a história, ele só a adaptou. Seus comentários humorados até ajudam no suspense da história. Teve surpresa, teve aventura, teve morte, teve muita confusão, e foi isso que fez o livro se tornar um dos melhores que já li sobre o gênero. A diagramção é muito bem feita e as ilustrações são lindas. Muito indicado.

12 de jul. de 2017

As aventuras do barão de Munchausen (Rudolf E. Raspe) – IDY 2017


Título: As aventuras do barão de Munchausen
Autor: Rudolf E. Raspe
Mês: Julho
Tema: Autor alemão
Editora Iluminuras, 200p.

Sinopse: O Barão Munchausen chamava-se Karl Friedrich Hieronymous e viveu entre 1720 e 1797. Ele serviu no exército russo, participou de duas árduas campanhas contra os turcos e foi promovido a capitão de cavalaria em 1750. Por volta de 1760, retira-se para a propriedade rural da família em Bodenwerder, Hanover. Foi lá que passou a receber amigos e hóspedes, a quem tinha grande prazer em contar suas aventuras de guerra, caçadas e viagens, mas retocadas com as mais extravagantes mentiras, isso sem esboçar nem um sorriso; com tal naturalidade que quem não o conhecia chegava a acreditar nele. Quem transformou em livro suas histórias foram um bibliotecário e cientista chamado Rudolph Erich Raspe, nascido em Hanover em 1737. Era conhecido por sua versatilidade intelectual, pois escrevia profusamente sobre todo tipo de tema. Tendo se apropriado de objetos da importante coleção pela qual era responsável e que pertencia a seu patrão, o landgrave de Hesse, foge para a Inglaterra. Em Londres, graças a seu domínio do inglês aliado a seus vastos conhecimentos, vai publicar livros sobre vários assuntos para ganhar a vida, mas está sempre em apuros financeiros: chega até a ser preso por não poder pagar o alfaiate. Essa difícil situação mais o fato de que sua péssima reputação o alcançou em Londres, faz com que ele se mude para a Cornualha, onde põe em prática seus conhecimentos de mineralogia trabalhando em uma mina. Foi lá que, sempre atrás de dinheiro, escreve As Aventuras do Barão, a quem é muito provável que tenha conhecido pessoalmente quando vivia em Gottingen, perto de Hanover. Escrito o livrinho, preocupado com assuntos mais sérios, nem deve ter pensado mais nisso.

Um livro pequeno e bem divertido. O tom que o autor utiliza para contar as diversas aventuras do barão é tão engraçado quanto irritantemente convencido, fica aparente o grau em que as mentiras entremeadas com os eventos reais aconteceram. Recomendo porque é uma leitura leve e com muita ação, a narrativa não diminui o ritmo.

10 de jul. de 2017

Os lobos de Loki (K.L. Armstrong & M.A. Marr) – IDY 2017


Título: Os lobos de Loki
Autores: K.L. Armstrong e M.A. Marr
Mês: Julho
Tema: Iniciar uma série
Editora Rocco, 320p.

Matt Thorsen é descendente do deus asgardiano Thor. Os primos Fen e Laurie são, por sua vez, descendentes do meio-irmão de Thor, Loki, o deus da trapaça. Como não podia deixar de ser, os três não se suportam. Ambos os meninos, Matt e Fen, tem características típicas de sua descendência: enquanto de Matt todo mundo gosta, Fen as pessoas apenas suportam. Durante um tipo de assembléia chamada de Thing (que tem a ver com o povo nórdico e que foi preservada pela família Thorsen), Matt, como descendente de Thor, é selecionado como o campeão que irá enfrentar a Serpente de Midgard para impedir a destruição do mundo (Ragnarök). Só que além disso, Matt também descobre que seu papel vai muito além do herói vencedor, ele terá que ser sacrificado para que o mundo realmente acabe e assim tenha início uma nova ordem. Chocado com essa informação, ele encontra as Nornes, ele descobre que não está sozinho. A primeira pessoa que ele busca é Fen, mesmo que no mito original seus antepassados tenham lutado em lados opostos. Sem querer, os dois acabam formando uma estranha aliança (e amizade), partindo em busca dos outros descendentes do norte e dos itens que irão precisar para impedir que o apocalipse nórdico novamente ocorra. No meio do caminho, eles encontram muitos perigos e vivem muitas aventuras, até que um acontecimento inesperado altera todos os planos.

Esse foi um livro que eu li que, assim que vi a sinopse e vi a capa, imaginei que seria como as Crônicas dos Kane, do Rick Riordan. Essa coleção eu li e gostei, porque eu adoro mitologia egípcia, então foi fácil. Lá para o fim, eu já estava meio em dúvida se seria uma série que leria de novo. Acabei trocando ela. Não sei se vai acontecer o mesmo com essa, das Crônicas de Blackwell. Na dúvida, prefiro nã opinar sobre isso ainda. Vale dizer que eu gostei do primeiro livro, estou curiosa para ler o segundo (até por causa da forma como a história terminou no livro anterior). Aliás, isso foi inesperado. Como tudo estava “dando certo”, achei que a história fosse terminar sem susto. Ainda bem que me enganei. Recomendo.

3 de jul. de 2017

No mundo dos livros (José Mindlin) – IDY 2017


Título: No mundo dos livros
Autor: José Mindlin
Mês: Julho
Tema: Seu item preferido na capa
Editora Agir, 104p.

Sinopse: Um guia feito especialmente para os apaixonados por livros. Leitor e colecionador voraz, José Mindlin começou a montar sua biblioteca particular ainda na adolescência. Passadas décadas, ele adquiriu um acervo invejável, com cerca de trinta mil volumes que abrangem desde a não-ficção histórica até a poesia. Em No Mundo dos Livros, o autor compartilha suas leituras favoritas e quais os escritores que considera fundamentais para qualquer um que se diga um amante dos livros.

Eu precisava de uma leitura leve para contrabalancear as leituras pesadas (cheias de mistério, reviravoltas, ação) que andava fazendo ultimamente, então esse livro veio bem a calhar. A escrita é simples e a narrativa de José Mindlin é muito rica, ele cita várias obras literárias simplesmente como dicas de leitura. Gostei de ver que ele soube, através desse seu pequeno livro que eu considero um pouquinho técnico (porque fele não fala somente de si mesmo e quando se tornou o colecionador que conhecemos, mas também aborda assuntos que encontro por aí quando leio teses acadêmicas), me cativar com sua história de vida de leitor. Não teve como não me reconhecer em alguns momentos, principalmente quando ele fala de novos leitores. Sua narrativa é uma conversa com o leitor, mais um chamariz. Um livro bem pequeno de grande qualidade. Recomendo.

14 de jun. de 2017

Simplesmente acontece (Cecelia Ahern) – IDY 2017


Título: Simplesmente acontece
Autora: Cecelia Ahern
Mês: Junho
Tema: Passa na Irlanda
Editora Novo Conceito, 448p.

Alex e Rosie são amigos desde crianças. Na escola sempre ficavam juntos, iam aos aniversários uns dos outros, brigavam e faziam as pazes. Até que, no último ano de escola, o pai de Alex recebe uma proposta irrecusável de emprego e aceita, levando a família toda a se mudar para os EUA, enquanto Rosie ficaria na Irlanda. Apesar da distância, os dois continuam a se falar e ser amigos. No baile de formatura, Alex não aparece e Rose acaba indo com Brian. Um tempo depois, descobre que está grávida. A partir daí, sua vida vira de cabeça para baixo, pois apesar de ter o apoio dos pais, seus planos de faculdade são completamente abandonados. Do outro lado do mundo, Alex está cursando Medicina e tem grandes planos para sua carreira. Os anos passam, as circunstâncias mudam, pessoas vêm e vão da vida de ambos, mas a amizade entre eles permanece forte. Todo mundo apostava que eles ficariam juntos, mas será que vai acontecer, depois de tanto tempo?

Eu nunca fiquei tão frustrada com uma história quanto fiquei com essa. Nem Como eu era antes de você me deixou assim, mesmo com toda a questão de Will ter uma chance para felicidade e mesmo assim recusar. Mesmo assim, dá para avaliar a situação pelo ponto de vista do personagem e do porquê dele escolher outra coisa. Diferentemente de Rosie e Alex, que parece que tem tudo para ficar juntos, mas sempre acontece alguma coisa para impedir isso. As implicâncias com os respectivos parceiros (as partes divertidas ficam por conta de Rosie avacalhando as mulheres de Alex), as ajudas quando um estava por baixo, as brigas, tudo são momentos que um vive e o outro acaba fazendo parte também por tabela. Algo que eu gostei bastante foi a forma narrativa que a autora utilizou, através de cartas e e-mails, assim dava para ver os variados pontos de vista de praticamente todos os personagens que importavam para a história. Adorei e recomendo.

12 de jun. de 2017

A probabilidade estatística do amor à primeira vista (Jennifer E. Smith) – IDY 2017


Título: A probabilidade estatística do amor à primeira vista
Autora: Jennifer E. Smith
Mês: Junho
Tema: Romance clichê
Editora Galera Record, 224p.

Hadley está viajando (quase obrigada pela mãe) para o casamento do pai, com quem ela tinha uma relação muito forte quando criança e que ela não vê faz muito tempo, em Londres. No dia do embarque, ela perde o vôo e acaba tendo que esperar pelo próximo no aeroporto, onde ela conhece um britânico chamado Oliver. Durante o tempo de espera no aeroporto, Hadley e Oliver não se desgrudam, quando embarcam estão na mesma fileira de assentos, e ambos se dirigem para ocasiões semelhantes, e é assim que os dois vão descobrir a probabilidade de se apaixonar a primeira vista.

O livro é bem pequeno e, apesar do final não ter trazido nenhuma surpresa, vale a pena por causa do jeito com que autora constrói toda a história até chegar nesse final. A forma como ela explora os sentimentos de Hadley sobre o pai, de quem ela acabou se distanciando, e com o Oliver, por quem ela se apaixona. Na verdade, o livro não é nada que eu esperava e isso foi bom, foi essa a surpresa. Recomendo.