28 de out. de 2014

O filho de Sobek (Rick Riordan)


Título: O filho de Sobek
Autor: Rick Riordan
Editora Intrínseca, 31p.

Carter Kane está seguindo o rastro de um monstro em Long Island. Sozinho, já que a irmã Sadie esta estudando demônios do queijo no Egito. Equipado com sua corda encantada e alguns outros objetos úteis, além de seu khopesh, Ele acaba encontrando o tal monstro, mas é engolido pela criatura. Quando Carter está tentando se concentrar nos comandos mágicos que podem ajudá-lo a sair daquela situação, ele é vomitado pelo crocodilo gigante e dá de cara com outro rapaz, que ele pensa ser um mago também. Os dois acabam discutindo para ver quem vai matar o bicho e da discussão sai briga. Cada um lutando com os poderes que tem, até que um grito alerta os dois para a direção tomada pelo crocodilo. Carter acaba trabalhando em conjunto com o rapaz, que ele descobre se chamar Percy, e apesar de eles notarem que ambos falam sobre magia e monstros com certa propriedade, ainda não confiam num no outro pra dizer mais nada. Eles se unem pra acabar de vez com o bicho e ganham respeito respectivos, tentando entender quem e porque esse encontro foi promovido.

Um dos melhores contos que já li. Adorei a idéia de Rick Riordan de juntar Percy Jackson e Carter Kane na mesma história, só gostaria que tivesse sido mais longa (esse ebook só tem 31 páginas). Apesar de que e como a única trilogia que li do Riordan foram as Crônicas dos Kane, fiquei louca atrás desse ebook assim que a editora Intrínseca anunciou o lançamento, e não faço idéia se esse encontro entre o semideus e o mago tem alguma relação com as séries que vieram depois de Percy Jackson e os Olimpianos, e também não tenho paciência pra ler a história de Percy nem o que vem depois (não agüento mais histórias sobre a mitologia grega, queria que ele explorasse outras mitologias). Super recomendo.

21 de out. de 2014

A elite (Kiera Cass)



Título: A Elite
Autora: Kiera Cass
Editora Seguinte, 354p.

America Singer agora é uma das seis finalistas na Seleção. Junto a ela estão Marlee, Celeste, Kriss, Natalie e Elise. America é a preferida de Maxon, e se ela dissesse sim a ela, a competição nem existiria mais. O problema é que ela pediu tempo a ele pra aceitar tudo que viria junto com ele (a coroa e a responsabilidade). Além disso, existe também a questão Aspen, seu antigo namorado que agora é soldado no palácio e cujo sentimento por ela continua forte. Enquanto ela fica na indecisão, precisa continuar o treinamento para ser princesa, junto com as outras. Isso inclui estudar relatórios chatos e aprender a ser uma boa anfitriã para dignitários estrangeiros. Nas duas tarefas, America se sai muito bem. Quando Maxon resolve confiar nela um dos diários de Gregory Illéa, eles acabam descobrindo referências ao Hallowen e resolvem comemorar. Mas quando Marlee e um soldado são pegos juntos (o que significava traição ao príncipe), o castigo é brutal e America se vê duvidando se conseguiria algum dia se portar como a situação exigia, o que balança o relacionamento com Maxon. Sem saber, ela ganha uma verdadeira rival ao coração do príncipe na maneira calma e devotada de Kriss. Entre dúvidas sobre os próprios sentimentos, o que Maxon sente, a presença de Aspen e os constantes ataques dos rebeldes, e um sistema de castas que ela odeia, o tempo passa e America precisa decidir o que quer pra sua vida.

Maxon me olhou nos olhos e imaginei se ele podia ver a resposta ali. Todas as emoções com que lutei porque pensei que ele era uma coisa que ele não era; todos os sentimentos que nunca quis nomear.

A frase acima serve para mostrar o quanto America Singer é uma idiota. Não tenho palavras pra descrever o quanto ela me irritou neste livro. Só chorando, sem saber o que fazer, uma hora se agarrando a Maxon, outra hora, a Aspen. Sempre agindo sem pensar, pra depois ficar arrependida (exceto quando partia pra cima de Celeste, o que era bem divertido). A gota d’água foi quando, depois de uma ação totalmente sem noção, movida pela raiva e pelo ciúme, Maxon acaba pagando pelos erros dela (e de uma forma que eu, sinceramente, odiei). Novamente, Kiera Cass conseguiu me prender a atenção, li o livro em dois dias, não conseguia largar. Não existe muito mais o que falar sobre a diagramação da editora Seguinte, que continua perfeita (a modelo da capa é muito bonita). Do jeito que terminou este livro, estou louca para pegar logo A Escolha, apesar de, confesso, já ter lido o final, não resisti. Só espero não me irritar com a protagonista com o último livro tanto quanto me irritei lendo este.

20 de out. de 2014

A espada de Kuromori (Jason Rohan)


Título: A espada de Kuromori
Autor: Jason Rohan
Editora Escarlate, 304p.

Kenny Blackwood está viajando para o Japão para passar as férias de verão com o pai, de quem está afastado a bastante tempo. Mal ele sabe que sua vida está para dar uma volta completa fora do eixo. No aeroporto, ele é impedido de encontrar o pai e é interrogado por Sato sobre seu avô, um homem famoso que ajudou os japoneses depois da guerra. Para muitos, o avô de Kenny, Lawrence Blackwood, é um herói nacional. Só que Sato diz que tudo é mentira e o leva preso. Enquanto Kenny tenta entender o que está acontecendo e que animal é aquele que está escondido dentro de sua roupa, um motoqueiro maluco começa a atacar a viatura policial. O menino acaba escapando graças a ação deste mesmo motoqueiro, que o leva para a casa de um amigo do avô. Lá, ele descobre mais sobre o trabalho do avô e qual o papel que todos esperam que ele desempenhe. Kenny, apesar de já ter visto muita bizarrice, custa a acreditar, e só é convencido quando ele e o motoqueiro,que é na verdade a jovem Kiyomi, são atacados por uma yurei. Ele começa a ser treinado por ela, enquanto seu pai é interrogado. O tempo passa rápido, e Kenny começa a acreditar que ele é o jovem de quem a profecia fala e concorda em fazer o necessário para evitar a catástrofe prevista. Seus sonhos dão pistas do que vai acontecer, e o levam a encontrar Genkuro-sensei, que o treina. O menino também descobre que a arma que será usada para destruir a Costa Oeste dos Estados Unidos é, na verdade, Namazu, um dragão aprisionado debaixo da terra que, ao ser libertado, causará um terremoto de proporção gigante. Para derrotá-lo, Kenny deve usar a Espada do Céu. Então, em uma corrida contra o tempo, ele e Kiyomi embarcam em várias viagens, entre o Japão moderno e o místico, para poder enfim realizar a profecia.

– Um dragão?! – Kenny repetiu. – Tipo uma coisa real, viva, gigante, escamosa, cuspidora de fogo?

A primeira coisa que eu devo dizer é que este livro é um daqueles que te deixam sem fôlego, e que quando você termina, precisa parar um pouco, colocar a cabeça no lugar e começar a escrever a sua resenha, a qual você sabe que não pode conter spoilers, então você tenta se controlar e fica buscando as palavras certas, porque, se você escrever tudo que vier a cabeça, acaba entregando a história completamente. Em segundo lugar... Essa história é demais!!!! A-do-rei!!! A editora Escarlate acertou em cheio com a escolha do lançamento. A capa é linda, achei a diagramação perfeita, tem tudo a ver com a história. Logo no ínício da leitura, eu fiquei me perguntando se eu conseguiria associar a descrição dos personagens à imagem da capa (sou muito lerda pra isso) para saber quem é quem (além do personagem principal, obviamente). E de cara, percebi que sim, conseguia associar, e devo dizer que eu AMEI Kiyomi. Foi uma das coisas que me chamou a atenção, porque já que ela estava na capa, era porque ela seria uma personagem importante, e adoro figuras femininas importantes em qualquer livro :D Logo no ínicio, existe uma clara definição entre quem está do lado do bem e quem está do lado do mal, mas como gato escaldado tem medo de água fria, eu já sabia que isso poderia mudar no final e acertei (sobre o personagem em questão que não posso falar quem é). O autor, um novato no meio literário, acertou em cheio ao colocar dois elementos em sua história que, a meu ver, foram dois golpes de mestre, porque mesmo que não sejam a força motora dos acontecimentos, dão a base para o enredo: a profecia (Deus sabe que, tem alguma profecia, eu começo a me angustiar, porque, bom, é uma daquelas situações em que “mesmo que você esteja ganhando, você perde e vice-versa”); e o fato do autor misturar o Japão moderno com o místico, usando um acontecimento histórico real para justificar o enredo da história (como eu quis, enquanto lia, que o livro fosse ilustrado justamente por causa da parte mística). Resultado: uma história envolvente, divertida e que te prende do início ao fim e te faz querer mais (sim, eu quero mais, já sei que este é o primeiro de uma série, e já comecei a pirar aqui querendo a continuação PRA ONTEM!) Completamente recomendado.

14 de out. de 2014

Divergente (Cecília Bernard)


Título: Divergente: guia da iniciação
Autora: Cecília Bernard
Editora Prumo, 142p.

No mundo futurista de Veronica Roth, existem cinco facções, cada uma valorizando uma qualidade humana: a Abnegação valoriza o altruísmo; a Franqueza, a honestidade; a Amizade, o pacifismo; a Erudição, a inteligência; e a Audácia, a coragem. Aos dezesseis anos, cada pessoa deve passar pelo teste de aptidão e pela Cerimônia de Iniciação para saber a qual facção você irá pertencer pelo resto da vida.
O guia de Cecília Bernard fala de cada facção, apresenta um perfil dos iniciandos Tris, Caleb, Christina, Peter e alguns outros, além de falar de cada um dos personagens principais da série Divergente. Ela também fala sobre o teste de aptidão e a Cerimônia de Iniciação, e de como é a vida na Audácia. Na verdade, as informações do livro não são nada que o leitor da série já não conheça (e ajuda quem só viu o filme a atender mais sobre o pano de fundo da história), e as imagens são legais. Um item de colecionador para os fãs, sem dúvida.

13 de out. de 2014

O médico e o monstro (Robert Louis Stenvenson) – DL 2014



Título: O médico e o monstro
Autor: Robert Louis Stenvenson
Mês: Outubro
Tema: Terror
Martin Claret, 135p.

Mr. Utterson, advogado, descobre um episódio envolvendo um sujeito chamado Hyde. O mesmo Hyde que tornou beneficiário do testamento de um grande amigo seu, Henry Jekyll. Utterson sai em busca de explicações sobre o tal homem com outro amigo e também conhecido de Jekyll, o médico Lanyon. Ele descobre quem é o homem, mas não entende de onde surgiu a repulsa instantânea provocada pela aparência dele. Utterson tenta descobrir também porque Jekyll confia tanto em Hyde, mas o amigo não explica. Até um crime cruel ter Hyde como suspeito, o que faz Jekyll cortar qualquer que fosse a relação com o misterioso homem e começar a viver bem novamente. Quando Lanyon se diz não mais amigo de Jekyll e morre, Utterson percebe que o amigo começou a agir de modo estranho de novo. No dia em que Poole, mordomo de Jekyll, aparece com um pedido de ajuda, o advogado percebe que está na hora de esclarecer aquela situação de uma vez por todas. Mas o que ele descobre não chega perto de suas suspeitas mais loucas.

Eu conhecia essa história, mas nunca havia pensado em ler o livro porque não faz meu estilo. Mais uma vez, me surpreendi gostando da leitura. Mesmo quem não curte terror psicológico, não consegue largar o livro porque também fica absorvido pelo mistério de Hyde (eu fiquei, totalmente). Muito recomendado.

Fazendo meu filme 3, de Paula Pimenta – DL do Tigre 2014



Tema: Amor
Mês: Outubro
Leitura do mês: Fazendo meu filme: o roteiro inesperado de Fani
Autora: Paula Pimenta
Editora Gutenberg, 418p.

Fani está de volta ao Brasil depois de passar um ano na Inglaterra. Sua família e amigas não poderiam estar mais felizes, todos estão disputando sua atenção, mas ela só quer saber de Leo, seu namorado. Em meio a tanta alegria, ela percebe que Gabi está com ciúmes da sua amizade com Ana Elisa, a amiga que fez na Inglaterra e que agora está no Brasil. No entanto, as duas fazem as pazes depois que Fani é hospitalizada. Atrasada com os estudos, ela se matricula no cursinho preparatório para vestibular, nem mesmo querendo pensar em ter que fazer a prova para Direito, o sonho de sua mãe. No entanto, ela chega a um acordo com seu pai sobre o assunto. Com Leo, apesar das crises de ciúme, as coisas vão muito bem, os dois estão cada vez mais apaixonados um pelo outro, apesar da insegurança de Fani. Quando seu ex-namorado e agora ator bem sucedido Christian Ferrari aparece no Brasil para promover seu filme, Fani fica louca com a possibilidade dele querer encontrá-la. Por isso, ela segue o conselho das amigas e marca um encontro com ele (para evitar que ele vá atrás dela), e Christian aparece com uma grande surpresa para a vida profissional de Fani. Ela não aceita e na despedida, Christian a beija. Sem saber, uma foto deles vai parar em todas as revistas de fofocas.e Leo, a última pessoa que ela gostaria que visse, descobre. Completamente deprimida, Fani não quer saber de mais nada. Mesmo assim, ela precisa tomar uma decisão sobre seu futuro: amor ou carreira?

Faz tempo que eu li Fazendo meu filme 2 e achei que não me lembraria de onde a história havia parado. Mas não precisei me preocupar, veio tudo de volta na minha cabeça assim que comecei a ler este livro. Como todos os outros, eu amei. Algumas vezes me irritei com o dramalhão constante de Fani que, mesmo com 18 anos, ainda parecia se comportar como uma garotinha de 13. Mas a irritação não durava muito tempo porque ela também chegava a ser ridiculamente hilária em seu drama. Como sempre, o livro prende a atenção, eu ADORO os emails que eles trocam, são sempre ótimos para se conhecer os pensamentos dos personagens. E também amo a lista de músicas e DVDs sempre presentes. Ansiosa para saber onde a escolha de Fani a levará no último livro da série, que eu pretendo ler em breve. Super recomendo.

6 de out. de 2014

Convergente (Veronica Roth)



Titulo: Convergente
Autora: Veronica Roth
Editora Rocco Jovens Leitores, 526p.

Tris e as amigas que participaram da ação contrária as ordens de Evelyn Johnson estão presas, e serão interrogadas com o soro da verdade. Se culpadas, serão condenadas por traição, mas elas se livram da acusação. A cidade agora está sob controle de Evelyn e dos sem facção e Quatro tenta ganhar a confiança da mãe para descobrir o que ela está tramando. Algumas pessoas concordam com as ações dela em abolir as facções e manter todos dentro da cidade, mas Tris não. Ela acaba sendo convidada por um grupo denominado de Leais, cujas líderes são Cara e Johanna Reyes. O interesse do grupo é sair da cidade e ajudar as pessoas do outro lado da cerca. Caleb, como antigo seguirdor de Jeanine Matthews, foi julgado e condenado, mas Quatro leva ele junto e assim, os dois, junto a Tris, Christina, Uriah, Cara, Peter, Robert, Tori e Johanna partem para fora da cerca. Apesar de sofrerem uma perda, eles não param e todos exceto Johanna e Robert são recebidos por Zoe e Amah, que fazem parte do Departamento de Auxílio Genético, onde descobrem que a cidade de onde vieram faz parte de um experimento genético. Tris descobre mais sobre a vida de sua mãe e sobre ser Divergente, ou Geneticamente Pura (os não-divergentes são Geneticamente Danificados). No entanto, existem pessoas que não concordam com esses termos, apesar de estarem trabalhando no Departamento. Eles conhecem Nita, uma dessas pessoas, e Quatro se envolve no plano dela de roubar o soro da memória para evitar que a população da cidade perca a memória (é o que o Departamento faz com a desculpa de resolver um problema genético que na verdade não existe). Mas Tris descobre o verdadeiro plano e o atrapalha,salvando a vida do chefe do local. David se mostra agradecido e a convida para fazer parte do Conselho, onde Tris fica a par das decisões importantes. Quando o grupo resolve intervir mais uma vez no plano de David, Tris não permite que seu irmão seja sacrificado e o perdoa, mas esse seu ato terá conseqüências que ela não esperava.

Terminei. E aviso logo: se você, leitor, está esperando um final feliz, pode ir tirando o cavalinho da chuva. Como já havia dito, eu sabia do final desta série graças a um bando de desocupados que, na época do lançamento em inglês, não souberam manter suas bocas fechadas e saíram soltando spoiler pra todo lado. Óbvio, na época não me conformei. Até demorei pra começar Insurgente, mas assim que comecei, não parei mais, terminei e comecei logo a ler Convergente. Fui lendo e esqueci o tal final... Até chegar perto do acontecimento, mas, da forma como aconteceria a ação naquele determinado momento, eu já estava gostando, achando bonito até. Mas aí a coisa mudou, quem eu não esperava apareceu, e eu ODIEI. MUITO. A partir daí, fui desacelerando a leitura porque não queria crer que aquilo tivesse acontecido. A trama é envolvente, como nos dois primeiros livros, a ação é constante, o romance é explorado de maneira mais... envolvente. Adorei o fato de ver a história pelo prisma de Quatro, que é um dos chamarizes deste livro. Um final de tirar o fôlego.