21 de nov. de 2011

Livros dentro de livros


A expressão “livros dentro de livros” faz referência a livros que influenciam outros livros. Na literatura, isso existe aos montes, por isso é tão fácil fazer relações entre personagens, lugares ou temas. Por isso, a eterna comparação entre grandes autores.O poema anglo-saxão Beowulf foi uma das fontes de inspiração de J.R.R. Tolkien, autor lido por J.K. Rowling,... e assim vai.
Pensando nessas relações resolvi fazer uma série de posts sobre esse assunto. Primeiramente, vou citar uma das trilogias mais fantásticas que já li: Mundo de Tinta, do qual fazem parte Coração de Tinta, Sangue de Tinta e Morte de Tinta. Em cada capítulo de cada um desses livros, existe uma epígrafe que está relacionada à situação que o capítulo conta. Dentre as obras citadas por Cornelia Funke, estão Harry Potter, O Senhor dos Anéis, a trilogia Fronteira do Universo, até uma das obras de Carlos Drummond de Andrade.


Outras coleções que fazem referência aos grandes clássicos da literatura são Clássicos da Literatura Disney e Pateta Faz História. Gibis, sim, mas não deixa de ser cultura, afinal quem nunca leu um gibi do Tio Patinhas e se divertiu com os calotes do Zé Carioca e maluquices do Pateta? Eu sempre gostei, e essas versões são tão divertidas. Cada gibi é uma paródia de determinado clássico ou de evento ou personalidade da história. Altamente recomendadas, assim como as obras parodiadas,

Como falei no post sobre ensinar literatura através da leitura de literatura, estou anotando e pesquisando sobre as obras relacionadas nestas coleções para começar as indicações de leitura.

14 de nov. de 2011

Ensinando literatura através da leitura de literatura

Aproveitando o ensejo, ao postar no Meu Cantinho Literário sobre lições e guias para ensinar Tolkien e sua obra, resolvi postar aqui também sobre como usar os best-sellers atuais como Harry Potter para ensinar literatura e estimular o gosto pela leitura nos jovens. Alguns artigos discutem isso, como foi postado no site Educar Para Crescer, onde se pode ver uma seleção de livros que se tornaram os mais vendidos.

Dentre eles, está a trilogia Mundo de Tinta de Cornelia Funke, a coleção O Diário da Princesa, dentro outros. Um artigo que eu traduzi e já postei aqui fala dos livros que os leitores de Harry Potter poderiam ler e até fazer relações entre as histórias. São eles:

C.S.Lewis – Crônicas de Nárnia
Ursula Le Guin – Earthsea
Lene Kaaberbol – The Shamer’s daughter
Christopher Paolini – Eragon,
Cornelia Funke – Dragon Rider
Philip Pullman – Fronteiras do Universo
Charles de Lint – The blue girl
Holly Black e Tony DiTerlizzi – As Crônicas de Spiderwick
Eoin Colfer – Artemis Fowl
Debi Gliori – The pure dead magic
Jenny Nimmo – The children of the Red King
Garth Nix – The old Kingdom


Alguns eu já conhecia, outros não. Estou pesquisando sobre cada obra para depois postar um resumo de cada uma delas.

6 de nov. de 2011

Forget-me-not, por Lu Darce


A Lu Darce, do blog Coruja em Teto de Zinco Quente, resolveu soltar a imaginação e escreveu uma pequena história de fantasia postada em capítulos no seu blog. Forget-me-not é um pequeno conto de fadas, com romance, aventura e magia. As ilustrações são tão lindas quanto a história e podem ser vistas num post especial onde a Lu fala do trabalho de sua ilustradora, Dani. Eu estou lendo e adorando. Então resolvi montar a lista dos links para os capítulos, pra quem quiser ler e se deliciar com essa história.

Introdução
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10

4 de nov. de 2011

As melhores histórias da mitologia nórdica de A. S. Franchini e Carmen Seganfredo – DL 2011


Tema: Contos

Mês: Novembro de 2011 (Livro II)

Título: As melhores histórias da mitologia nórdica

Autor do livro: A. S. Franchini e Carmen Seganfredo

Editora: Artes e Ofícios

Nº de páginas: 328

Sinopse: As Melhores Histórias da Mitologia Nórdica reúne, num único volume, as principais lendas relativas à mitologia dos povos que habitaram, nos tempos pré-cristãos, os atuais países escandinavos (Noruega, Suécia e Dinamarca), além da gélida Islândia. Este conjunto de mitos também teve especial desenvolvimento na Alemanha, que foi a grande divulgadora da cultura dos nórdicos. Com a expansão das navegações vikings, esta difusão alcançou os povos de língua inglesa e deixou sua marca na própria denominação dos dias da semana destes países (Thursday, por exemplo, é o "dia de Thor", e Friday, "dia de Freya".)
Fonte de inspiração para as mais variadas áreas, a mitologia nórdica influenciou uma legião de artistas na criação de suas próprias obras, tal como o escritor inglês J. R. R. Tolkien e o argentino Jorge Luís Borges. Também o compositor alemão Richard Wagner utilizou as lendas vikings para compor a famosa tetralogia operística O Anel dos Nibelungos, que apresentamos sob a forma romanceada de uma pequena novela, na segunda parte deste volume. Nestas histórias, não faltam ação, romance e até a presença de uma insuspeita veia cômica, já que a maioria dos personagens transitam pelo grotesco, numa profusão de anões, gigantes e elfos. Eis aqui uma das principais "raízes" das modernas sagas de RPG.

Quando vi a capa do livro, o que mais chamou a minha atenção foi… o desenho da espada. E obviamente para um fã ardoroso de Tolkien, o dizer sobre a obra que incluia uma versão romanceada da ópera de Richard Wagner, Anel dos Nibelungos.

Eu escolhi este livro porque… contém duas versões do mesmo mito: o homem que mata o dragão e fica com seu tesouro, tomando posse de um anel de grande poder, e que acaba sendo a ruína de sua vida. Vou explicar esse papo de duas versões: existe a versão germânica, um poema germânico antigo (feito Beowulf e Ilíada) no qual Wagner se baseou para compor sua obra, e a versão nórdica. Pode parecer a mesma coisa, mas não é: os germânicos são a atual Alemanha e os nórdicos são alguns países de origem viking.

A leitura foi… ma-ra-vi-lho-sa! Eu simplesmente amei esse livro porque contem, como eu já disse, duas versões do mesmo mito (como eu sou apaixonada por essa história dos nibelungos e seu tesouro, consegui identificar de cara as semelhanças e diferenças entre as variações), e sempre quis ler uma versão, digamos, melhorada, daquela existente na Wikipédia da ópera de Wagner. Como eu não consegui até hoje, mesmo procurando feito uma louca, achar o poema original na internet (mesmo em inglês), eu queria muito saber mais sobre a ópera, mesmo sabendo que existem muitas diferenças. Eu também já havia visto o filme Maldição do Anel (que eu conheci porque virei fã de Robert Pattinson quando descobri que ele faria Cedrico Diggory no quarto filme de Harry Potter – viu só, uma coisa leva a outra), inspirado em Wagner, e queria saber mais sobre Siegfried e as valquírias. Adoro as mitologias nórdica e germânica porque foram as maiores fontes do grande mestre Tolkien e porque ao mesmo tempo, diferem e assemelham-se bastante as mitologias mais conhecidas, grega e romana (que eu adorava, mas como tudo que é demais enjoa,...)

O personagem que eu gostaria de ter entendido melhor foi o próprio Wotan (na versão nórdica, Odin). O grande deus. Ele permite que seu filho seja morto por outro somente para depois matar o assassino vingando, assim, a morte do filho. O detalhe é que ele deixou o filho ser morto porque o homem tinha cometido um erro (passível de duelo e morte). Então ele fez o “certo”, mesmo que isso custasse a vida de seu corajoso filho. È tipo aquela coisa de que, mesmo que doa a Deus as ações humanas, Ele tem que nos deixar colher os frutos (doces e amargos) de nossas ações.

O trecho do livro que merece destaque: todo o livro merece destaque.

A nota que eu dou para o livro: 5 (aka 10)

A cartomante de Machado de Assis – DL 2011


Tema: Contos

Mês: Novembro de 2011 (Livro I)

Título: A cartomante

Autor do livro: Machado de Assis

Editora: Jorge Zahar

Nº de páginas: 32

Sinopse: A cartomante é a história de um triângulo amoroso. Depois de anos de distância, Vilela reencontra o amigo Camilo e apresenta-lhe sua esposa, Rita. Paixão, traição e adultério fazem parte desta trama, que tem uma cartomante como personagem chave, selando o destino dos três. O conto foi publicado originalmente em 1884.


Quando vi a capa do livro, o que mais chamou a minha atenção foi… o cenário ao fundo, com os personagens principais em primeiro plano. Parece um desenho antigo.



Eu escolhi este livro porque… nunca, pelo menos que eu me lembre, havia lido um conto.



A leitura foi… legal. Não sei por quê, mas eu gosto de histórias sobre traição. Acho que é porquê eu fico ansiosa para saber o que os traídos farão e quando, fico na expectativa da descoberta, que na maioria das vezes é mais legal de ler do que sobre os perigos dos encontros clandestinos. Também gostei da cartomante (apesar de não conseguir acreditar muito nessas coisas), que graças a Deus não tirou a emoção do final, mesmo respondendo aos questionamentos e dúvidas de Camilo.



O personagem que eu gostaria de ter ajudado foi ninguém. Queria mais era que o romance fosse descoberto mesmo. Traidores merecem ser expostos à vergonha.



O trecho do livro que merece destaque:.”Camilo quis sinceramente fugir, mas já não pôde. Rita, como uma serpente, foi-se acercando dele, envolveu-o todo, fez-lhe estalar os ossos num espasmo, e pingou-lhe o veneno na boca. Ele ficou atordoado e subjugado. Vexame, sustos, remorsos, desejos, tudo sentiu de mistura, mas a batalha foi curta e a vitória delirante. Adeus, escrúpulos!” Eu destaco essa parte para falar sobre a minha indignação com o fato de que, como sempre, a culpa da traição é sempre em primeiro lugar da mulher. Acho que os autores (e as pessoas de forma geral) deveriam salientar o fato de que, se os HOMENS não fossem tão pateticamente fracos e totalmente suscetíveis a luxúria, muita coisa ruim poderia ser evitada.



A nota que eu dou para o livro: 5

2 de nov. de 2011

Faith H. Wallace - Fazendo conexões: Livros para fãs de Harry Potter

Esse texto é uma tradução de um artigo muito bom que fala sobre outros livros que os fãs de Harry Potter podem ler. Pela leitura, percebe-se que quando ele foi escrito, ainda faltavam um ou dois livros finais da série, então o artigo discute sobre possíveis finais, ao mesmo tempo em que traça paralelos com outras obras de fantasia, indicando-as como possíveis leituras.

Faith H. Wallace - Fazendo conexões: Livros para fãs de Harry Potter