24 de mai. de 2013

O mágico de Oz (L. Frank Baum) – DL 2013


Tema: Livros citados em filmes
Mês: Maio
Título: O mágico de Oz
Autor: L. Frank Baum
Ed. Leya, 189p.

Dorothy vive no Kansas com os tios e seu cachorrinho Totó. Quando um ciclone atinge a casa em que eles vivem, a menina não tem tempo de se esconder com a tia no alçapão e acaba sendo levada com casa e cachorro pelo vento forte. Ao acordar, ela descobre que foi parar na terra de Oz, lugar muito colorido, diferente do cinzento Kansas. Na aterrissagem da casa, acaba por matar uma das bruxas más do lugar. E Dorothy encontra uma da bruxa boa, que recomenda que a menina viaje até a Cidade das Esmeraldas para pedir a Oz que a faça e a Totó voltarem para casa. No caminho, ela acaba ajudando um Espantalho, um Homem de Lata e um Leão covarde, e assim os quatro e Totó partem em busca de Oz para que o grande mágico ajude cada um a conseguir seu desejo.

Eu nunca me interessei por essa história, em parte por causa do filme de 1939 estrelado por Judy Garland, que eu vi algumas vezes quando criança. Não sei por quê, mas sempre me pareceu uma história sem cabeça, apesar da minha mãe sempre ter tentado me convencer do contrário. Aí eu vi a edição da Leya, gostei da capa, mas mesmo assim não tive tanta vontade de comprar um. Até ver que era uma das minhas únicas opções para o desafio desse mês. Então fui atrás. Li e gostei. A história não tem nada de chata, era puro preconceito da minha parte. Mais um clássico na minha estante de lidos.

10 de mai. de 2013

Casório?! (Marian Keyes) – Fuxicando sobre Chick-lits


Tema: Casamento
Mês: Maio
Livro: Casório?!
Autora: Marian Keyes
Ed. Bertrand Brasil, 644p.

Lucy Sullivan descobre em uma cartomante que em menos de dois anos ela estará subindo no altar. Só falta encontrar o noivo, já que ela não é comprometida. E também nunca acreditou em cartomantes e suas visões. Mas quando as coisas previstas a acontecer para suas amigas começam a se tornar realidade, ela começa a perceber que talvez as visões da cartomante não sejam tão falsas assim... Para realizar a visão a seu respeito, Lucy se envolve com nada menos que seis homens diferentes. Todos atendem seus pré requisitos, mas nenhum é confiável.

Não tenho muito a dizer sobre esse livro. Ele segue a fórmula com a qual os fãs de Keyes estão acostumados. O livro é hilário do início ao fim. Lucy é a típica personagem de chick-lit. Mas, diferente dos outros livros que já li até agora da Marian, a história propriamente dita não leva mais da metade do livro para acontecer. Gostei bastante da leitura deste. Recomendo.

Mermaid (Carolyn Turgeon)


Título: Mermaid: uma reviravolta no conto original
Autora: Carolyn Turgeon
Editora ID, 336p.

O dia estava sombrio e nublado quando a princesa viu as duas pessoas que iriam mudar sua vida para sempre. A primeira, uma criatura belíssima, com uma cauda de peixe esverdeada brilhante como prata ao luar. A segunda, um homem fraco e cansado, praticamente morto. Ela continua olhando, achando que aquela visão é fruto de sua imaginação, repleta das conversas sobre mitologia e folclore de seu tutor. Margrethe sente em sua mente um chamado para que vá ajudar o homem desacordado na praia. E ela vai. Mais tarde, no convento onde está escondida por segurança, descobre quem é na verdade o homem que ela e a sereia salvaram. E fica com ele na cabeça, assim como Liane, a sereia. Então, seu pai, o rei Erik aparece para levá-la do convento e se prepara para a guerra, utilizando como pretexto que o náufrago, na verdade príncipe Christopher do reino do Sul, tentou matar sua filha, princesa do reino do Norte. Margrethe bola um plano para por um fim a guerra aos reinos e o põe em prática, sem saber que Liane, agora uma humana, está com o príncipe. E agora? Qual das duas terá seu final feliz?

Não foi a primeira vez que eu li uma nova releitura ou adaptação de um conto de fadas. Confissões de uma irmã de Cinderela (Gregory Maguire) foi uma leitura difícil, A Fera (Alex Flinn) foi uma leitura ótima. Agora esse, que mostra uma nova visão do conto da Pequena Sereia é excelente. Amei a leitura. Desde o início, desde o resgate do príncipe. Principalmente quem conhece o conto original, não a versão açucarada da Disney, consegue identificar os pontos em que esta história difere do original. O final me surpreendeu, um pouco. Super recomendo.

Divergente (Veronica Roth)


Título: Divergente
Autora: Veronica Roth
Editora Rocco Jovens Leitores, 502p.

Em uma Chicago futurista, a sociedade se divide nas facções: Amizade, Audácia, Abnegação, Erudição e Franqueza. Chegou o dia em que Beatrice e seu irmão Caleb, da Abnegação (assim como seus pais), irão fazer o teste de aptidão para descobrir a qual facção eles deveram pertencer no futuro. Durante o teste, em que são simuladas situações que determinarão uma aptidão ou qualidade que se sobressai naquele individuo (qualidade ou aptidão essas que determinaram sua facção), os resultados de Beatrice são inconclusivos: ela apresenta resultados indicativos de que pode pertencer a Abnegação, a Audácia e a Erudição. O problema está no fato de que pessoas que apresentam esse tipo de resultado são chamadas Divergentes. Beatrice não tem idéia do que significa isso e por quê ela deve guardar segredo sobre seu teste. No dia da Cerimônia de Escolha, sua escolha é Audácia. Conformada e ao mesmo tempo relutante por ter que dar adeus a sua família, Beatrice, agora Tris, começa o treinamento que fará com que ela se torne definitivamente uma pessoa da Audácia. Os desafios são muitos, mas ela encontra amigos em Will e Cristina e algo que não esperava em Quatro... Durante o treinamento, Tris descobre que nem tudo é o que parece, e que a sociedade não é perfeita como imaginava. E que seu segredo pode matá-la. Ou ajudá-la a salvar aqueles que ela mais ama.

A moda agora é o gênero distópico. Depois da trilogia Jogos Vorazes, foi muito fácil me “adaptar” a leitura deste livro. A história consegue envolver o leitor. A mesma adrenalina que pulsa no sangue de Tris corre pelas veias de quem está lendo, porque o livro é quase pura ação. Mesmo existindo momentos tristes e suaves, é a tensão que predomina. Veronica Roth consegue com sucesso manter o leitor conectado a história, através do segredo de Tris (pois senti a mesma urgência em guardar o segredo dela). O fato de o livro ser narrado em primeira pessoa também é um ponto a favor, pois faz com que o leitor também sinta toda a tensão, o medo, alegria, revolta e tristeza de Tris. Uma distopia arrepiante e envolvente. Mal posso esperar por sua continuação.