23 de mar. de 2020

Lendo o Brasil: PARAÍBA - O auto da compadecida (Ariano Suassuna)

A peça, dividida em duas partes, traz de volta elementos do teatro popular e da literatura de cordel para exaltar o povo humilde e satirizar os poderosos e os religiosos. A história se desenvolve em torno das trapaças de João Grilo (que engana até o diabo) e Chicó.


Não dá para falar muita coisa sobre as loucuras de João Grilo sem dar spoiler, então o que dá para falar é que este é um livro fino e agradável de ler, apesar da dificuldade absurda que eu tenho em ler esse tipo de livro, mas valeu. Já tinha ouvido falar muito, vi a adaptação para o cinema (que eu adorei), então só me faltava ler o livro. As alfinetadas que o autor dá nos poderosos são ótimas e a forma como ele fala das misérias humanas é muito real. Valeu a pena.

Editora Nova Fronteira.
192 páginas.

20 de mar. de 2020

198 livros: ANTÍGUA E BARBUDA – A small place (Jamaica Kincaid)

O livro inicia com a autora incentivando o leitor a conceituar “ser um turista” em Antígua, explicando muitas coisas no caminho para o hotel, como os laços históricos das mansões (ela considera esse luxo um disfarce para a escravidão pós-colonial). Ela explica porque os nativos não gostam de turistas, relembra sua infância e porque era melhor nessa época, além de explicar os efeitos do colonialismo ainda evidentes em diferentes formas, expressando-se à sua frustração em relação aos colonialistas por trás de suas várias máscaras. A melhor parte é a quarta, quando ela descreve a beleza de Antígua e de seu povo.


Achei esse livro por pura sorte e como não conhecia a autora (e como foi o único que consegui encontrar para o país do mês), arrisquei. É um livro pequeno, um ensaio na verdade, dividido em quatro partes escrito como se fosse uma conversa entre a autora e o leitor. Em toda a narrativa, fica aparente sua ousadia nas críticas que ela faz ao sistema e ao governo.

Editora Farrar, Strauss and Giroux.
81 páginas.

18 de mar. de 2020

Tio Patinhas e Pato Donald (Don Rosa) – DLLC 2020


Título: Tio Patinhas e Pato Donald: o filho do sol
Autor: Don Rosa
Mês: Março
Tema: Um livro com animais falantes
Editora Abril, p.

No primeiro volume da coleção Biblioteca Don Rosa, Tio Patinhas, Pato Donald, Hughinho, Zezinho e Luisinho embarcam em uma caçada em busca de um antigo e misterioso tesouro inca. Além da história que encabeça o título do volume, esta edição traz outras histórias, o “making of” dessas histórias, várias capas e uma biografia sobre Don Rosa.

Eu sou completamente apaixonada por essas coleções em capa dura que a editora Abril lançou da Disney. Vivo louca para completar todas elas, e confesso que andei meio preocupada desde que a editora abriu falência, mas agora que a Panini assumiu as publicações (inclusive já tem um novo volume saindo), me acalmei. Esse é o primeiro volume da coleção Biblioteca Don Rosa, que é um dos melhores artistas de quadrinhos Disney. A edição é primorosa, capa dura, de uma qualidade ímpar. Outra coisa que me fez gostar muito é que eu não conhecia nenhuma dessas histórias, e passei a vida lendo quadrinhos Disney, então a surpresa foi muito boa. Completamente recomendado, seja você fã do pato mais rico do mundo e seu sobrinho encrenqueiro ou não.

16 de mar. de 2020

Caçadores de obras-primas (Robert M. Edsel) – DLS 2020


Título: Caçadores de obras-primas
Autor: Robert M. Edsel
Mês: Março
Tema: Um livro que virou filme ou série de TV
Editora Rocco, 524p.

[...] Para a maioria dos soldados, guerra era uma circunstância. Mas para alguém como James Rorimer, era a missão de toda uma vida. Hitler tinha dado o tiro de advertência no mundo das artes em 1939, quando a blitzkrieg da Polônia incluiu unidades encarregadas do roubo deliberado de peças de arte e da destruição dos monumentos culturais daquele país. O evento divisor de águas veio logo depois, quando os nazistas capturaram o retábulo Veit Stoss – um tesouro nacional polonês – e o levaram para Nuremberg, na Alemanha. [...]

Durante a Segunda Guerra Mundial existiu um grupo de soldados chamados Monuments Man responsáveis por dificultar ou impedir que os nazistas comandados por Hitler roubassem ou destruíssem obras de artes e monumentos históricos espalhados pela Europa. A estimativa é que em sua campanha para transformar a Alemanha no centro no novo reich, os nazistas tenham se apossado de mais de 5 milhões de objetos de vital importância para a cultura mundial.
Obras famosíssimas foram roubadas de museus e colecionadores particulares, principalmente judeus. No início, o trabalho dos Monuments Man era diminuir os dados causados as bibliotecas, museus e arquivos, mas o avanço das tropas de Hitler levaram esses homens a localizarem os objetos perdidos ou roubados, e no fim da guerra, a devolvê-los.

Eu já havia lido um livro sobre esse tema, Salvando a Itália, para outro desafio esse ano, então já sabia como funcionava o trabalho dos MM. A diferença é que neste livro de agora, o foco não está focado em um país só. A pesquisa de Edsel engloba a ação desses soldados na França, Bélgica e a própria Alemanha. Novamente fiquei impressionada com o nível da pesquisa feita pelo autor, que mostra os nazistas como saqueadores que não tem a verdadeira noção do valor do seu saque, mas também como organizadores de obras de arte, que montaram relatórios sobre os objetos mais valiosos, com seus nomes e de que lugar haviam sido tirados, com o objetivo de facilitar aos oficiais que escolhessem para suas coleções particulares.

Em 1940, Hitler (por intermédio de Goebbels, seu ministro da propaganda) havia encomendando um inventário, mais tarde conhecido como o Relatório Kümmel – nome de seu principal copista, o Dr. Otto Kümmel, diretor geral dos Museus Estaduais de Berlim. O inventário relacionava todas as obras de arte do mundo ocidental – França, Países Baixos, Grã-Bretanha e até os Estados Unidos (que Kümmel disse possuir nove dessas obras) – que por direito pertenciam à Alemanha. Segundo a definição de Hitler, isso incluía todas as obras tiradas da Alemanha desde 1500, todas as obras de qualquer artista de ascendência alemã ou austríaca, todas as obras encomendadas ou terminadas na Alemanha, e todas as obras consideradas feitas em um estilo germânico. O Retábulo de Gand era nitidamente um modelo e emblema definidor da cultura belga, mas para os nazistas era de estilo “germânico” o suficiente para pertencer a eles.

A Adoração do cordeiro místico ou Retábulo de Grand (como é mais comumente conhecido), foi encomendado a Hubert van Eyck e terminado em 1432. Composto de 24 obras individuais com temas associados, a peça completa tem em seu painel central a origem de seu nome, mostrando o Espírito Santo na forma de uma pomba brilhando sobre ele e a multidão em torno.

JAN VAN EYCK, RETÁBULO DE GHENT (interior), 1432. Óleo sobre painel, 3,5 x 4,6 m. Catedral de Saint Bavo, Ghent, Bélgica. Reproductiefonds/photo Hugo Maertens)

Um dos tesouros artísticos mais importantes da Bélgica, seis dos painés do Retábulo haviam pertencido ao estado germânico até o fim da Primeira Guerra Mundal, quando o Tratado de Versalhes obrigou os alemães a entregarem a obra como indenização de guerra à Bélgica. Daí a fixação de Hitler.

Hitler sabia que era impossível roubar obras-primas famosas na escala do Retábulo de Gand sem atrair a condenação do mundo. Embora tivesse a mentalidade de um conquistador – ele acreditava que tinha direto aos espólios de guerra e estava determinado a tê-los –, Hitler e os nazistas tinham feito de tudo para estabelecer novas leis e procedimentos a fim de “legalizar” as atividades de pilhagem que se seguiriam. Isto incluía obrigar os países conquistados a lhes darem certas obras como termo de rendição. Países do Leste Europeu como a Polônia estavam destinados, segundo o plano de Hitler, a se tornarem desertos industriais e agrícolas, onde escravos eslavos produziriam bens de consumo para a raça dominante. A maior parte dos ícones culturais foi destruída; seus grandes prédios arrasados; suas estátuas derrubadas e derretidas para fazer balas e bombas de artilharia. Mas o Ocidente era a recompensa da Alemanha, um lugar para arianos desfrutarem os produtos de sua conquista. Não havia necessidade de privar esses países de seus tesouros artísticos – pelo menos não de imediato. O III Reich, afinal de contas, duraria mil anos. Hitler deixou intocadas obras de estatura comparável a do Retábulo de Gand, tais como Mona Lisa e A ronda noturna, mesmo sabendo exatamente onde estavam escondidas. Mas ele cobiçava o Cordeiro.

Tenho que dizer que duas coisas me impressionaram nesse livro: o fato de ter uma mulher fazendo de um tudo na França para evitar o roubo das artes, e quando isso não foi possível, para descobrir para onde os objetos roubados haviam sido levados. Seu nome era Rose Valland, que trabalhava no Jeu de Paume e serviu como espiã para Jacques Jaujard, diretor dos Museus Nacionais da França. Rose Valland, com vontade e coragem de ferro, se manteve no museu durante os vários saques, peitando oficiais nazistas e foi responsável por retardar a partida dos últimos trens alemães transportando valiosas obras de arte dos maiores colecionadores particulares franceses.
A segunda coisa foi descobrir que o castelo de Neuschwanstein, obra do rei bávaro Ludwig, construído no século XIX, serviu como ponto de guarda para, dentre outras, 20 mil obras roubadas que passaram pelo Jeu de Paume. Devido a sua localização (ele estava no alto de um afloramento rochoso nos Alpes Bávaros, isolado e quase inacessível aos veículos modernos), os Monuments Men levaram seis semanas para esvaziá-lo, utilizando os vários lances de escada (não existiam elevadores).

NEUSCHWANSTEIN, ALEMANHA: (National Archives and Records Administration, College Park, MD)

Por ser mais “completo” e dar um panorama mais geral, ao invés de focar em somente um país, eu aproveitei mais a leitura desse livro. Gostei muito de ver que uma mulher teve um papel ativo na proteção das obras, sem nunca abaixar a cabeça para os desmandos nazistas, mesmo quando sua vida estava em jogo. Também foi interessante ver o trabalho dos Monuments Men dentro da própria Alemanha, mesmo quando os horrores dos campos de concentração nazistas chegaram ao conhecimento dos oficiais aliados e fizeram com que o ódio pela Alemanha aumentasse. Como Salvando a Itália, esse livro é um verdadeiro tesouro para amantes de arte e história. Completamente indicado.

13 de mar. de 2020

A Bela e a Fera (Madame de Beaumont e Madame de Villeneuve) – DLL 2020


Título: A Bela e a Fera
Autora: Madame de Beaumont e Madame de Villeneuve
Mês: Março
Tema: Um livro de autor francês
Editora Zahar, 240p.

Em A Bela e a Fera, de Madame de Beaumont (1756), Bela faz parte de uma família abastada que de repente perde tudo. Ela se conforma com a mudança de vida, mas suas irmãs não. Em uma viagem em que o pai esperava recuperar uma parte de seu dinheiro perdido, ele se perde em uma floresta e vai parar no castelo da Fera, onde é bem recebido e bem alimentado, mas ao partir lembra do pedido de Bela de lhe trazer uma rosa. Ele colhe uma do jardim, mas a Fera fica furiosa e exige que ele entregue uma de suas filhas em troca de sua vida. Bela aceita se sacrificar pelo pai e passa a conviver com a Fera, percebendo que, apesar da aparência monstruosa, a criatura consegue ser simpática e educada. Ela se apaixona e acaba com o feitiço, fazendo a Fera voltar a ser o príncipe de antes.
Na versão de A Bela e a Fera de Madame de Villeneuve (1740), escrita 16 anos antes da primeira versão apresentada neste livro, a história segue o mesmo enredo, mas apresenta novas variações. Bela é na verdade uma princesa perdida, filha de um rei e de uma fada, que foi adotada sem querer no lugar da filha falecida do comerciante. A Fera era um príncipe que foi transformado em Fera não como castigo, mas por uma fada egoísta.

A história todo mundo já conhece, mesmo que seja a versão infantilizada da Disney. Em 2014 lançaram um filme (se não me engano francês) adaptando a versão original dessa história (o pai que no castelo da Fera tenta pegar uma rosa e acaba sendo intimado a levar uma de suas filhas para o monstro em troca de sua vida). Gostei que esse livro traz as duas versões, de Madame de Beaumont e de Madame de Villeneuve, além de textos explicativos sobre cada versão e uma cronologia sobre as vidas das autoras. Em nenhuma das versões existem objetos falantes, e eu poderia estranhar isso se não tivesse visto a adaptação de 2014 várias vezes (afinal, a Disney fantasia bastante, mas mantêm os elementos da história, então eu ainda achava que existiam objetos encantados na história original). As edições da Zahar sempre são um primor, e esse não ficou a desejar. As ilustrações são lindas, a diagramação é de uma qualidade ímpar, e o que eu gostei bastante foi a apresentação sobre a vida de Pedro González, um caso que pode estar nas origens do conto. Livro muitíssimo recomendado.

11 de mar. de 2020

Meghan (Andrew Morton) – DLL 2020


Título: Meghan: a princesa de Hollywood que conquistou a Inglaterra
Autor: Andrew Morton
Mês: Março
Tema: Um livro biográfico
Editora Seoman, 320p.

Sinopse: Quando Meghan Markle e o Príncipe Harry foram apresentados por um amigo em comum em um encontro às cegas, mal sabiam que em menos de dois anos após o primeiro flerte estariam casados. Desde então, nosso fascínio pela mulher que quebrou todos os protocolos reais disparou. Nesta profunda biografia sobre a Duquesa de Sussex, o aclamado escritor Andrew Morton remonta às raízes de Meghan - atriz americana afrodescendente, ativista e feminista. - entrevistando pessoas próximas a ela para descobrir a história de sua infância em Los Angeles, suas lutas em Hollywood e seu trabalho humanitário. Considerada por muitos como a Princesa Diana do século 21, o impacto de Meghan já estabeleceu mudanças nas rígidas tradições da Casa de Windsor ao injetar um sopro de modernidade na realeza britânica.

Eu tenho a biografia escrita pelo Andrew Morton sobre a princesa Diana, então quando vi que ele também tinha escrito uma sobre a esposa do príncipe Harry, me animei. Desde o anúncio do casamento real, passei a me interessar em saber sobre a vida de Meghan Markle, já vi documentários, mas ainda não tinha lido nenhuma biografia (porque quando se trata de biografias reais, eu procuro muito, existem autores que só gostam de dramatizar). Gostei desse livro porque Morton é objetivo, ele fala dos fatos com clareza, não passa para o plano da imaginação sobre coisas que ele simplesmente não tem como saber com clareza como aconteceram. Indicado.

9 de mar. de 2020

A maldição do espelho (Agatha Christie) – DLL 2020


Título: A maldição do espelho
Autora: Agatha Christie
Mês: Março
Tema: Um livro do século passado
Editora Nova Fronteira, 247p.

Marina Gregg é uma famosa atriz de cinema que acabou de se mudar para o vilarejo de Mary Mead, o que faz com que o povo local fique animado com o fato de ter uma celebridade vivendo em seu meio. Marina e o marido resolvem dar uma festa de recepção com amigos do estúdio e com convidados locais, e tudo parece bem, até que uma morte causada por envenenamento acaba com a festa e com a tranquilidade de todos. O mistério maior se deve ao fato de que a pessoa que faleceu foi morta por engano, já que bebeu do copo da própria anfitriã. A partir daí começa uma investigação que revela muito mais da vida de Marina e do meio em que vive do que ela poderia esperar.

Não sei porque, mas os livros da Agatha Christie que tem Miss Marple como protagonista não conseguem chamar minha atenção de cara. Talvez porque os livros de Poirot mostrem ele sendo mais ativo na resolução dos mistérios, o fato é que eu demoro demais para “engatar” a leitura dos livros com ela, e esse foi o segundo que li. Não me conformo com isso, porque Miss Marple é uma personagem ótima, uma senhora idosa com uma mente tão afiada (talvez até mais) quanto a de Sherlock Holmes, e os insights dela sempre são tão misteriosos quanto reveladores. De qualquer forma, eu gostei do livro, o final conseguiu me surpreender de verdade. Indicado.

6 de mar. de 2020

A-LII (Ana Macedo) – DLL 2020


Título: A-LII
Autora: Ana Macedo
Mês: Março
Tema: Um livro de autora brasileira
Editora Literata, 405p.

Em uma Londres apocalíptica, a população é comandada por um governo totalitária chamado de Voz. A-LII é um clone criado em cativeiro, exclusivamente para testes de empresas de cosméticos. Como ela não é considerada uma pessoa, os testes a machucam e traumatizam, mas diferente dos outros clones, A-LII começa a questionar sua existência. Ela acha que está salva quando o Dr. Alec Muniz a tira do laboratório e a leva para a casa dele, mas não sabe que seu sofrimento ainda não acabou. Enquanto isso, Will, um rapaz pobre, vive para trabalhar e sustentar a casa, tendo que lidar com a mãe drogada e o pai bêbado. Quando sua família é assassinada pela Voz, Will foge acaba se juntando aos rebeldes. É a partir daí que os caminhos de Will e A-LII se cruzam e eles resolvem se unir contra o governo.

Confesso que não sabia o que esperar desse livro, além de muita desgraça. A escrita da Ana me surpreendeu, ela é muito boa na criação de uma distopia e sabe como envolver o leitor do início ao fim da história. Esse foi mais um daqueles livros que quando chega no final, você acha que ainda vai ter uma continuação, e fica esperando por isso, apesar do final ser bem construído e ser coerente. Recomendo.

4 de mar. de 2020

A rosa e a adaga (Renée Ahdieh) – DLL 2020


Título: A rosa e a adaga
Autora: Renée Ahdieh
Mês: Março
Tema: Um livro de capa rosa
Editora Globo Alt, 365p.

Sherazade foi resgatada do castelo por Tariq, deixando Khalid para trás. No acampamento onde ela e sua família encontraram abrigo após seu pai fazer o que não devia (e causar uma grande devastação na cidade), a califa descobre que existe um grupo unido para entrar em guerra contra seu marido. Enquanto isso, Khalid está tentando lidar com a destruição da cidade, ajudando onde pode, mesmo que esteja sofrendo sem Sherazade. A moça, tentando evitar uma guerra, faz de tudo para encontrar uma forma de por fim a maldição que cerca o califa.

Gostei bastante dessa sequência. Apesar de ter esperado um pouco mais da história, eu queria saber mais sobre a maldição, sobre o pai da Sherazade e outras coisas, mas acho que por ser uma duologia ao invés de trilogia, a autora deu uma “apertada” na história, deixando algumas coisas sem explicação. O enredo continua sendo rico, traz novos personagens interessantes, e oferece uma resolução boa, mas não muito satisfatória (pelo menos não para mim). Gostei e só queria mais um livro, de qualquer forma recomendo.