19 de out. de 2018

198 livros: AUSTRÁLIA – A batalha por Rondo (Emily Rodda)


De volta a Rondo, Leo e Mimi percebem que a Rainha Azul dessa vez é mais perigosa do que nunca, pois ela tem ao seu lado um dragão que destrói tudo e todos que se opõe a ela. Eles se unem a Vitório, Hal, Berta e seus amigos para planejar uma maneira de derrotar a feiticeira de uma vez por todas. Enquanto alguns se unem para tecer uma teia mágica que isolasse o castelo da rainha, Leo e Mimi juntam um grupo e partem em busca de uma caixa de prata roubada por Malevo na noite em que a Chave para Rondo foi “destruída”. Eles se metem em confusões com um ogro, são atacados (e mais ou menos salvos) por um dragão até descobrirem finalmente como podem acabar com os poderes da Rainha Azul e trazer paz para Rondo.

Eu nunca, jamais, iria imaginar o que aconteceu nesse livro. Já tinha dito que eu queria muito saber mais sobre a Rainha Azul e descobrir sua verdadeira identidade foi surpreendente. Não tenho muito o que falar além do fato de que a autora põe seu cérebro para funcionar se quiser descobrir o nome da Rainha Azul. Gostei do final, apesar de achar que deixou algum tipo de indefinição. Emily Rodda consegue fechar sua série com chave de ouro.

Editora Fundamento.
304 páginas.

17 de out. de 2018

Mergulhe na magia (Ian Nathan) – BL 2018


Título: Mergulhe na magia: os bastidores de Animais fantásticos e onde habitam
Autor: Ian Nathan
Mês: Outubro
Tema: Autor com a mesma inicial do seu nome
Editora HarperCollins Brasil, 128p.

Sinopse: ''Mergulhe na magia: os bastidores de Animais fantásticos e onde habitam'' apresenta aos fãs da sétima arte ao magizoologista Newt Scamander e aos principais personagens, cenários, artefatos e criaturas que ele encontra na Nova York dos anos 1920. Explore a magia do cinema nos bastidores da Macusa, a misteriosa versão americana do Ministério da Magia; The Blind Pig, onde o submundo mágico se reúne; e os segredos da maleta de Newt. Cada parte contém perfis de personagens importantes, com comentários reveladores de Eddie Redmayne, Colin Farrell, Katherine Waterston, Alison Sudol, Dan Fogler e muitos outros, além de seções sobre design de cenários, figurino, maquiagem, efeitos especiais, arte e artefatos (especialmente varinhas!), comentadas por David Heyman, David Yates, Stuart Craig, Colleen Atwood e toda a mágica equipe de produção. Recheado de fotos e imagens impressionantes que revelam o processo por trás das câmeras em detalhes, este é o livro do filme definitivo, e uma porta de entrada perfeita para o mundo de ''Animais fantásticos e onde habitam''.

Mais um livro do making of do primeiro filme de Animais fantásticos e onde habitam. Foram vários os lançamentos desse tipo de publicação quando o filme foi lançado, mas até agora, tirando a Maleta das criaturas, este é o mais completo que eu já vi. Dividido em três partes, o livro é recheado de fotos lindas e curiosidades que nós provavelmente só vemos nos extras do dvd. Eu sempre gosto desses livros por causa do cuidado na diagramação, perfeito. Indico para os fãs.

15 de out. de 2018

Um conto do destino (Mark Helprin) – BL 2018


Título: Um conto do destino
Autor: Mark Helprin
Mês: Outubro
Tema: Encalhado na estante
Editora Novo Conceito, 720p.

Sinopse: É possível amar alguém tão plenamente que a pessoa não pode morrer? Entre o amor e o destino, entre a luz e a escuridão, milagres podem acontecer!
Em uma noite especialmente fria, o exímio mecânico - e larápio - Peter Lake consegue invadir uma mansão do Upper West Side que mais parece uma fortaleza. Ele pensa que não há ninguém em casa, mas a filha do dono o surpreende em plena ação. Assim começa o romance entre o ladrão de meia-idade e Beverly Penn, uma jovem que tem pouco tempo de vida. O amor que os une é tão poderoso que levará Peter Lake, um homem simples e sem instrução, a desejar parar o tempo e trazer os mortos de volta.
Surpreendente e intenso, Um conto do destino nos transporta do século XIX ao final do século XX, na virada do milênio. Os personagens se encontram e se perdem ao sabor do destino, que insiste em brincar com aqueles que encontra pelo caminho. Uma pintura mágica da beleza e do amor, sobre a morte que desafia e sobre a vida que se afirma sobre ela.

Eu cheguei nesse livro graças ao filme (que é muito bonito, aliás, nunca pensei que veria Colin Firth sendo tão encantador). Comprei por causa do filme, quis ler por causa do filme, mas ficou guardado um tempão na minha estante porque eu estava a) esperando algum desafio literário, e b) com muita preguiça de ler. Sim, preguiça, porque o filme é simples, então ficava imaginando como um filme curto e com uma história simples poderia ter se baseado em um livro tijolão. Claro que uma adaptação muda e encurta as coisas, mas mesmo assim. E aí ele foi ficando, ficando... Até agora quando eu não tinha mais nada em vista e queria dar uma geral na estante. Peguei, li, gostei e dei graças a Deus do filme ter mudado muita coisa. 
A história é linda, o romance entre Beverly e Peter Lake é muito bonito, me fez chorar absurdamente, mas o que me prendeu tanto no filme quanto no livro foi o cavalo branco (é por causa dele que eu dou graças a Deus do filme ter suavizado a história, eu já estava inconformada lendo). O motivo do livro ser um tijolão é porque em uma só história o autor resolveu usar todos os temas que você conseguir imaginar: a luta do bem contra o mal, milagres, amor, a briga eterna entre anjos e demônios, enfim, muita coisa que para entender a essência da história e conseguir acompanhar até o fim precisa-se de uma boa dose de paciência. Eu só fui até o final por causa do filme, a adaptação ajudou a dar as caras para os personagens que eu já gostava (como a Beverly). Gostei e indico para ser lido com calma e com bastante tempo disponível.

12 de out. de 2018

Negação (Deborah E. Lipstadt) – D12ML 2018


Título: Negação
Autora: Deborah E. Lipstadt
Mês: Outubro
Tema: Um livro que comece com a inicial do seu nome
Editora Universo dos Livros, 432p.

Deborah E. Lipestadt é uma conceituada historiada e professora em uma universidade renomada em Atlanta. Ao receber uma carta da Peguin Editora, responsável pela publicação de seu livro Denying the holocaust, Deborah não sabe exatamente como reagir a notícia de que está sendo processada por David Irving, um renomado estudioso de Hitler também famoso por ser um negacionista do holocausto. Em seu livro, Deborah o cita de maneira negativa e David resolve processá-la por difamação, mas diferente de como acontece nos EUA (onde o acusador teria que provar que Deborah mentira), na Inglaterra é a parte acusada que deve provar que está dizendo a verdade. E assim começa um processo que levará anos até que ambos se ponham na frente do juiz. O julgamento começa e à medida que estudiosos e especialistas começam suas explicações, as verdades, mentiras e distorções sobre um dos períodos mais negros da história humana são expostas.

A primeira vez que entrei em contato com a história do julgamento de Deborah Lipstad foi através do filme de mesmo nome lançado em 2017. Não só porque o elenco é excelente, mas porque a temática, apesar de polêmica, também é um assunto que vale qualquer debate. Então quando peguei o livro, já sabia o que ia encontrar e esperava que o livro fosse mais profundo e abrangente. O que, obviamente ele é. Recheado de detalhes sobre ao extermínio de judeus, o livro também traz logo no início um breve resumo da vida de Deborah e o caminho que ela trilhou até se transformar na professora conceituada que é hoje.
Ao mesmo tempo, dá uma vontade imensa de esganar David Irving. Primeiro, ele não nega que os judeus foram vítimas da guerra, ele só “não admite” que o comando de exterminá-los partiu de Hitler, que as mortes não foram casualidades da guerra, que os campos não tinham como objetivo o extermínio, e finalmente, que tudo não passa de lenda para os judeus adquirirem vantagem financeira.

“Um extermínio é um extermínio”, respondeu em voz baixa. Irving continuou insistindo que aquelas pessoas morreram em virtude de “condições ruins” e não de um sistema de extermínio planejado e o rosto de Peter foi ficando cada vez mais vermelho. Virando-se de modo a não olhar para Irving, falou duramente: “O propósito do campo de concentração não era manter os prisioneiros vivos. […] o propósito do campo de concentração aqui era claramente fazer as pessoas morrerem. […] Não se pode compará-lo a uma prisão nem nada do tipo em um país civilizado".

A medida que o julgamento acontece, cada uma das alegações de Irving é demolida, mesmo com ele negando e negando e negando. A cada vez que a defesa ganhava em um ponto, eu celebrava. O final é excelente, claro depois de ver o filme, fiquei aliviada porque sabia qual seria a sentença. Um dos melhores livros que eu já li, na verdade essa livro é uma senhora aula de história. Completamente recomendado, assim como o filme.

O filme



Em segundo lugar, ficou claro desde o início que o filme seria uma defesa da verdade histórica. Defenderia que, embora os historiadores tenham o direito de interpretar os fatos de formas distintas, eles não têm o direito de conscientemente deturpar os fatos. Necessária aos historiadores, tal integridade certamente aplicasse também aos roteiristas. Se eu quisesse oferecer um relato do julgamento e do comportamento de David Irving, não poderia desfrutar da licença de especular ou inventar, a qual costuma ser concedida a escritores.

O filme é exatamente isso. Claro que o início é diferente, eles não perderam tempo explicando ou mostrando a vida de Deborah, mostram ela atuando em seu campo (ministrando aulas sobre o holocausto). A partir daí, começa a preparação de Deborah e sua equipe para lidar com Irving. Muita coisa ficou de fora da adaptação, claro, mas os principais aspectos estão presentes: a viagem a Auschwitz, a indignação de Deborah ao ser auxiliada a permanecer calada dentro e fora do tribunal, o depoimento de Van Pelt (um dos historiadores chamados pela defesa).
Uma das melhores cenas foi o momento da deliberação do juiz antes de todos se retirarem para que ele pudesse avaliar tudo e proferir a sentença (isso eles não mudaram praticamente nada e, como Deborah, você consegue sentir a total frustração – no meu caso, eu quase pirei de raiva com essa colocação):

Em seguida, fez o que descreveu como sendo sua “última pergunta”. “Se alguém é antissemita […] e extremista, ele é perfeitamente capaz de ser, por assim dizer, honestamente antissemita e honestamente extremista no sentido de ter essas visões e expressá-las porque elas são, de fato, suas visões?” 
Rapidamente verifiquei a tela do computador para ter certeza de que tinha ouvido direito. O juiz Gray estava sugerindo que, se Irving honestamente acreditasse em suas declarações antissemitas e racistas, elas eram aceitáveis?

Como eu falei acima, o final é o que se espera de um tribunal justo, mesmo que às vezes durante o julgamento tenha parecido o contrário. Vale muito a pena. Para terminar, deixo aqui uma palestra de Deborah sobre o assunto:

8 de out. de 2018

Turma da Mônica Jovem 0 (Maurício de Sousa) – DLL 2018


Título: Turma da Mônica Jovem 0
Autor: Maurício de Sousa
Mês: Novembro
Tema: Um livro de um autor que nasceu em Novembro
Editora Panini, 10p.

Sinopse: Enquanto escreve em seu diário, uma Mônica crescida divaga sobre como ela e seus amigos mudaram após tantos anos. História piloto de Turma da Mônica Jovem, publicada em edição promocional.

Quando criança, eu li muito os gibis da Turma da Mônica, mas os meus favoritos mesmo eram os da Disney com Donald, Tio Patinhas e turma. Mas quando soube que iriam lançar uma nova série da Mônica, desta vez com os personagens adolescentes, me interessei na hora. Desde o primeiro número até o 100°, eu tenho todos os gibis. As histórias sempre divertidas e com ensinamentos também, é o tipo de coleção que dá gosto ter na estante. Qual não foi minha surpresa descobrir muito depois que existia uma edição número 0, de colecionador ainda por cima. Procurei, procurei, procurei e enfim achei. É um gibi bem fininho, com uma pequena introdução sobre como os leitores encontrariam agora a turma, nada que faça realmente falta (no que diz respeito a história). Só quis mesmo para não desfalcar a coleção. Penei muito para arranjar um autor que combinasse com o tema, Maurício de Sousa foi um dos achados, então valeu a pena.

5 de out. de 2018

Dançando com as borboletas (Fabiane Ribeiro) – DLL 2018


Título: Dançando com as borboletas
Autora: Fabiane Ribeiro
Mês: Outubro
Tema: Um livro de capa rosa
Editora Universo dos Livros, 320p.

Anny agora tem 80 anos e já mora no Brasil há várias décadas. Quando chegou no país em busca da irmã que nunca conheceu, ela é muito bem recebida. Sua avó e sua irmã não podiam estar mais felizes, apesar dessa alegria ser um pouco toldada pela morte recente do avô, um completo entusiasta do jogo de xadrez. Mariza, sua irmã, nunca soube lidar muito bem com perdas, e ao longo dos anos, após o falecimento da avó, elas se distanciam. Anny relembra quando começou a estudar balé, encorajada pela avó, e como foi aceita na companhia do Balé de Santos; como conheceu seu futuro marido Túlio e o nascimento da filha do casal; como foi que ela adotou o pequeno Miguel; e mais tarde, quando ela viaja para a Inglaterra em busca de respostas sobre sua vida.

Eu ficava imaginando se a continuação de Jogando xadrez com os anjos teria um toque emocional tão forte como o primeiro livro. O livro é muito melancólico, não somente por causa das lembranças de Anny, mas por causa do seu jeito sempre positivo para lidar com todas as provações pelas quais passou. Gostei da alternância entre passado e presente e do fato de Anny ainda sonhar com o Reino Xadrez (mesmo os sonhos não sendo tão bons assim). Como sempre, Fabiane sabe criar uma história para se emocionar e que ensina a nunca se render, a superar as provações e continuar vivendo. Recomendado.

3 de out. de 2018

Maré congelada (Morgan Rhodes) – DLS 2018


Título: Maré congelada
Autora: Morgan Rhodes
Mês: Outubro
Tema: Um livro de fantasia
Editora Seguinte, 440p.

Cleo e Magnus ficam em Limeros esperando o que quer que o rei Gaius tenha preparado para eles, enquanto Lucia, que havia fugido com Yoannes, agora está tão perdida pelo luto que se junta ao deus do fogo, Kian, em busca de poder, deixando um rastro de destruição por onde passam. Jonas mais uma vez parte atrás do rei para assassiná-lo. Ao mesmo tempo, a busca pelos cristais da Tétrade continua, e dessa vez Amara também se junta a caça. Casada com Gaius e imperatriz de Mítica, ela se mostra cada vez mais implacável. Um final surpreendente, que pode mostrar a resolução dos problemas, mas nem sempre tudo é o que parece.

Apesar da ordem das resenhas dessa série estar correta, eu li o livro cinco antes, então fiquei meio perdida em certos acontecimentos e tive que retornar ao livro 3 durante a leitura dele. Então, quando peguei o quarto livro para ler, saber o que já estava lá na frente não me incomodou muito. Principalmente sabendo o que ia acontecer com Magnus e Cleo, então nem fiquei tão ansiosa. Gostei muito, não larguei até terminar, e agora, sabendo o que já sei sobre o livro cinco e considerando que o final deste livro podia ter mostrado a resolução dos principais problemas da história, quero muito ver qual vai ser o fim que a autora vai criar. E quem vai viver até o final.