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28 de dez. de 2015

A favorita, de Kiera Cass – DL do Tigre 2015


Tema: Lançado no mês
Mês: Dezembro
Leitura do mês: A favorita
Autora: Kiera Cass
Editora Seguinte , 50p.

Marlee se tornou a favorita do povo, mas não do príncipe Maxon. Mesmo querendo ganhar a competição, ela nunca tentou se jogar aos pés de Maxon como algumas concorrentes faziam, e sua amizade com America, a favorita do príncipe, nunca diminuiu. A jovem acaba se tornando amiga de um dos guardas do palácio, e essa amizade evolui, mesmo sem nenhum dos dois quererem. Eles até tentam se evitar, mas não conseguem e passam a se encontrar escondido. Até serem pegos e punidos por traição. Mas Maxon não é o pai, e consegue salvar e ajudar os dois jovens amantes.

Eu deixei essa categoria pro final achando que fosse achar alguma coisa que se adequasse. Ledo engano. Depois de procurar, não achei nada que me interessasse, então tive que adequar a categoria e escolhi um Lançamento do ano. Como não tinha mais tempo pra ler um livro muito grande, esse ebook da Kiera caiu direitinho. Adorei saber mais sobre Marlee e seu romance proibido com o soldado e o jeito que Maxon deu para fazer os dois ficarem juntos. Só tive uma pequena surpresa quando vi que a parte final do livro já tratava de assuntos que vão acontecer ainda (eu só li até A elite). Uma leitura bem rápida, adorei.

4 de dez. de 2015

Ouro, fogo & megabytes, de Felipe Castilho – DL do Tigre 2015


Tema: Autor brasileiro
Mês: Dezembro
Leitura do mês: Ouro, fogo & megabytes
Autor: Felipe Castilho
Editora Gutemberg, 286p.

Anderson Coelho tem 12 anos e é uma sensação no jogo Battle of Esgaroth, um MMORPG (Massive Multiplayer Online Role-Playing Game), ou simplesmente um jogo de interpretação de personagens online e em massa para múltiplos jogadores. Na verdade, Anderson é o segundo colocado no ranking do jogo, o primeiro deles é o tal de Esmagossauro. Quando, durante uma partida com seus amigos, um desconhecido entra em contato tentando oferecer ao menino um emprego. Após uma mal sucedida tentativa pelo telefone, Anderson deixa o assunto de lado. Pelo menos até uma aula estranha de educação física, quando ele é provocado a saltar o muro da escola para recuperar a bola perdida do jogo de futebol e dá de cara com uma criatura que Anderson nem ao menos sabe definir o que é. Ele leva três dias de suspensão na escola e não sabe como vai contar para os pais, até chegar em casa e encontrar a mãe e o pai conversando com um homenzinho muito esquisito, o mesmo que ligou para ele, que está ali para levá-lo até São Paulo para a final da Copa de Matemática da qual ele nunca participou. Pensando que seria uma boa saída para evitar explicar sobre a suspensão, ele aceita e acaba descobrindo sobre a Organização, uma ONG que quer impedir que um poderoso magnata consiga ir até o fim com seu plano maligno de destruição usando a Mãe D’Ouro, uma criatura de fogo muitíssimo rara e poderosa ligada ao fogo. O que eles querem de Anderson é que ele crie um vírus que invada o sistema da Rio Dourado, empresa do ricaço Wagner Rios. À medida em que os dias passam, Anderson conhece as criaturas do folclore e enquanto fica amigo de alguns como Zé, o caipora e Chris, algo como um lobisomem, ele também corre perigo ao enfrentar outras como a Cuca. Anderson descobre mais sobre a vida na Organização e de que forma o triste destino de um outro cara ligado em informática que já fez parte da ONG está ligado a tudo que está acontecendo. Mais ainda, ele se vê envolvido de forma definitiva nos acontecimentos que estão por vir.

Este é o tipo de livro que você pode escrever uma resenha de cinco páginas e mesmo assim vai ter certeza de que não irá falar o suficiente. Mas vamos lá. A-PAI-XO-NA-DA!!! É assim que defino a minha pessoa após ler esse livro maravilhoso do Felipe Castilho. A primeira vez que vi este livro, o que me chamou a atenção foi a capa. Depois que eu vi que o livro abordaria como o folclore brasileiro, a curiosidade piorou. Comprei logo, mas estava esperando uma chance aparecer para ler (sempre participo de desafios literários, então eu achava que não seria difícil encaixar o livro do Felipe em alguma categoria. A dificuldade mesmo foi esperar o tempo chegar :P )


Juro que ao ler essa parte, imaginei como seria louco ver essa parte no cinema.

O que eu não esperava mesmo é que a história fosse me prender como prendeu. Só larguei esse livro mesmo quando já estava caindo de sono, e às vezes ainda forçava. O livro tem muitos capítulos que são pequenos, o que facilitou pra mim (como já disse na resenha de O último reino, não gosto de capítulos grandes). O gênero da ficção fantástica é um dos meus favoritos desde sempre, e juntar essa fórmula a um enredo onde os personagens fazem parte do folclore brasileiro. O tema principal do livro é: a preservação da natureza, um assunto que não poderia ser mais atual. Essa luta constante do capitalismo conta a natureza, as modernidades contra o estilo mais simples de vida, a destruição contra a preservação, tudo isso são aspectos que Felipe trata de forma bastante crítica. O chamariz é o uso que ele faz do folclore, pois, ao mostrar as criaturas e suas peculiaridades, Felipe chama atenção para o fato de que, como na vida real, a natureza tem modos de revidar pelas desgraças que o ser humano causa no meio ambiente, e ele faz isso mostrando um pouco da história das criaturas. Confesso que me emocionei com a história do Saci-Patrão e não pude evitar pensar que esta figura teve a influência em certos aspectos do famoso escravo libertário Zumbi dos Palmares (não sei se isso é correto, mas foi a impressão que tive, sorry se estiver errada). Ele também mostra que, como tudo, a internet pode ser uma ferramenta tanto de destruição e manipulação para o mal quanto de preservação e aviso. Sobre o grande traidor da história, Felipe novamente mostrou que sempre a moeda tem dois lados. Como sempre, eu penso em alguma (s) pessoa que possa ser o “culpado”, até nas possibilidades mais absurdas, nunca descarto quem é descartado na história (pra mim todo mundo é suspeito) mas raramente chego na pessoa certa, eu sempre “tropeço” na verdade e acabo ficando com raiva, mas depois percebo que esse é o trabalho de um bom autor, surpreender. E como toda a história é surpreendente, seria no mínimo errado o final ser previsível. Amei o livro, estou louca pra ler o segundo. Recomendo mil vezes.

13 de nov. de 2015

Simplesmente Ana, de Marina Carvalho – DL do Tigre 2015


Tema: Sobre amor
Mês: Novembro
Leitura do mês: Simplesmente Ana
Autora: Marina Carvalho
Editora Novo Conceito, 207p.

Um belo dia, normal como qualquer outro, Ana está abrindo seu perfil no facebook e dá de cara com a mensagem:

Desculpe, mas acho que sou seu pai.

Uma única frase, suficiente para fazer uma garota de 20 anos surtar. Tomada pela curiosidade, ela marca um encontro com o pai e descobre a verdade por trás do suposto abandono de sua mãe grávida. E mais ainda, descobre que seu pai é rei em um país no sudeste da Europa. Como se isso não fosse suficiente, ele quer levá-la para a Krósvia, já que ela governará o país um dia. Agora, Ana vai ter que decidir o que fazer da sua vida. Neste meio tempo, ela aceita conhecer o lugar e se encanta, apesar de sentir saudade do Brasil e de um carinha chamado Artur, com quem ela estava tentando começar algo. Mas essa saudade começa a ser eclipsada pela antipatia (e outros sentimentos que ela não consegue definir de cara) por Alex, o insuportável enteado do pai... Durante seu tempo em Krósvia, Ana vai aprender várias coisas, desde a história de sua família até o significado de suas escolhas.

Eu fiquei curiosa para ler esse livro assim que foi lançado, até porque na época estava vendo ótimas críticas a autora, Mariana Carvalho. Demorei um pouquinho pra consegui-lo e mais ainda para lê-lo, mas assim que comecei não parei. A leitura é leve, divertida e gostaria que a leitura tivesse demorado mais do que dois dias. Um conto de fadas moderno, do tipo de Diário da princesa, que faz você rir. Confesso que me irritei com a protagonista, como acontece na maioria das vezes em que ela não entende porque o cara gostoso sente antipatia e ela começa a se derreter por ele toda vez que chega perto, mas mesmo assim gostei muito. Aquele vestido com o qual Ana sonhava, na minha imaginação, era um vestido do tipo que a Bela usa no baile no filme da Disney A Bela e a Fera, e só por isso fiquei desejando um filme deste livro :P Ansiosa para ler a continuação.

9 de nov. de 2015

A máquina de xadrez, de Robert Löhr – DL do Tigre 2015


Tema: Cabe no bolso
Mês: Novembro
Leitura do mês: A máquina de xadrez
Autor: Robert Löhr
Editora BestBolso, 351p.

Wolfgang von Kempelen apresenta ao mundo pela primeira vez sua máquina de xadrez. Ele encanta a nobreza com sua invenção, onde um boneco vestido de turco derrotava qualquer humano, e faz um sucesso tremendo durante sua turnê pelas principais cidades européias, como Amsterdam, Frankfurt e Berlim. O que ninguém sabe é que, diferentemente do que o inventor propagava, o boneco não podia pensar para raciocinar a complexidade de um jogo de xadrez; dentro da máquina se escondia um anão, excelente jogador de xadrez, contratado para manipular o boneco.Os céticos continuam desconfiando da invenção, e um deles, Friedrich Knaus, mecânico da corte da imperatriz da Áustria e da Hungria, Maria Teresa, é quem mais se empenha em desvendar o mistério por trás do autômato. Apesar do sucesso, o barão Von Kempelen começa a sentir a pressão da sua mentira e a morte suspeita de uma bela aristocrata ameaça trazer a verdade a tona.

Eu achei esse livro por acaso em um daqueles momentos em que não se tem nada para fazer e você entra na livraria só para passar o tempo, foi uma questão de se deixar levar pela curiosidade suscitada pelo título. Queria saber se era a história real da máquina de xadrez. Acontece que é mesmo, em forma de romance. Algumas vezes me senti meio perdida em relação ao enredo, sem conseguir identificar o que era história do que era romance, mas o epílogo dá uma ajudinha ao resumir o acontecimento e as figuras reais. Algumas vezes a leitura me entediou, mas de modo geral eu gostei do livro. Recomendo.

9 de out. de 2015

Beleza negra, de Anna Sewell – DL do Tigre 2015


Tema: Proibido
Mês: Outubro
Leitura do mês: Beleza negra
Autora: Anna Sewell
Editora Abril, 207p.

Na Inglaterra vitoriana, nasce um belo cavalo chamado pelo seu dono (amo) de Beleza Negra. Muito bem cuidado e treinado, o cavalo acaba passando por vários donos e várias situações (boas e más). Após sair da quinta onde havia nascido e deixar sua mãe para trás, Beleza Negra passa a morar em Birtwick Park, local que marca sua vida, onde faz grandes amizades com os cavalos Ginger e Merrylegs. Inclusiva sua convivência com Ginger muda o temperamento da bela égua. De Birtwick Park, ele e Ginger passam a morar em Earlshall, e sua nova dona é uma dama muito exigente com os animais que possui. O tratamento não é ruim, o problema são as amarras apertadas que fazem Ginger lembrar de quando foi maltratada e com isso seu temperamento piora. A vida de Beleza Negra é boa, apesar de certos incômodos, mas uma irresponsabilidade de seu tratador o leva a sofrer um grave acidente e carregar uma cicatriz para o resto da vida. Só que um cavalo aleijado não serve de nada para os donos de Earlshall e assim Beleza Negra passa por mais uma mudança, desta vez drástica, pois se torna um cavalo de aluguel e sofre todos os maus tratos possíveis. Sua vida muda novamente quando é vendido para um dono de fiacres (o meio de transporte da época), por cuja família é bem tratado. No entanto, por problemas financeiros, Beleza Negra acaba sendo vendido de novo e vai parar nas mãos de um dono severo e que o maltrava. Vendido pela última vez, desta vez para Thoro Ughood, Beleza Negra goza de seus últimos dias bem tratado e em liberdade.

A primeira vez eu vi esse livro foi quando eu xeretava uma das coleções da casa do meu avô. Sempre havia sido fascinada por uma certa coleção colorida que ele tinha, com vários clássicos e Beleza Negra me chamou atenção porque eu sempre fui apaixonada por animais. Apesar de ter adquirido a certeza, após ler este livro, de que todos os livros que contam histórias de animais não terão o que eu sempre acreditei ser um final feliz (não me entendam mal, a história de Beleza Negra é linda e sim, o final é bonito, mas para mim final feliz seria ele ter passado sua vida no lugar onde nasceu sem sofrer maus tratos), foi esta história que me levou a me interessar tanto por clássicos quanto por histórias sobre animais. O fato do livro ser narrado em primeira pessoa é o que fascina, porque ao invés de termos uma visão distorcida sobre o tratamento aos animais (aos cavalos), o que seria o caso se fosse narrado por uma pessoa. Beleza Negra narra sua própria história e através de sua visão, percebemos a denúncia que a autora faz contra as crueldades sofridas por cavalos na época. Além disso, a narrativa de Beleza Negra aborda os tipos de doma, tipos de cavalos e suas funções, tratamentos e cuidados que devem receber. Um livro encantador e maravilhoso, um verdadeiro clássico que, apesar de ter obtido maior popularidade entre as crianças quando lançado, é indicado para todas as idades, por abordar assuntos cotidianos e sérios e que são mais atuais que nunca.

5 de out. de 2015

O jardim secreto, de Frances Hodgson Burnett – DL do Tigre 2015


Tema: Clássico
Mês: Outubro
Leitura do mês: O jardim secreto
Autora: Frances Hodgson Burnett
Editora 34, 269p.

Mary Lennox é uma garotinha que vive com os pais na Índia. Cuidado por uma aia, a menina estranha quando é deixada de lado, justo ela que tinha todas as vontades feitas a hora que queria. O que Mary não sabe é que uma epidemia está assolando o lugarejo onde mora e sua aia foi uma das vítimas. Ao acordar e se descobrir sozinha e rodeada de nada mais que silêncio, Mary Lennox descobre que seus pais também foram morreram. Sem ser acostumada a demonstrar sentimentos que não sejam aqueles que a fazem ser uma garotinha irritante e mimada, Mary se deixa levar para a Inglaterra, onde ficará aos cuidados de um tio desconhecido. Sem grandes preocupações, Mary começa a perguntar mais sobre o lugar onde passa a viver e Martha, sua camareira, responde o que ela quer saber, mas desconversa quando o assunto é o ruído e barulho estranho de choro de criança. Interessada em explorar os arredores da propriedade do tio, Mary conhece o jardineiro, o passarinho amigo dele e acaba sendo levada a descobrir um jardim secreto, fechado por anos e cuja chave estava enterrada. Ela indaga sobre o local sem revelar que o encontrou, e de posse desse segredo, a menina começa a plantar e regar e cuidar do jardim. Com a ajuda de Dickon, irmão de Martha, Mary faz o jardim renascer. Quando descobre que tem um primo, um garoto tão mimado quanto ela havia sido um dia e que achava que iria morrer cedo, ela conta a ele sobre o jardim e juntos, ela, Dickon e Colin começar a passar seus dias no lugar, brincando e planejando e vivendo seus melhores dias. Através de uma “mágica” de Colin, seu pai, Senhor Craven, volta para casa e encontra o filho que ele sempre evitou ver bem de saúde, pronto para ser amado e amar de volta.

Eu sempre fui apaixonada por essa história, desde a primeira vez que eu vi o filme. Até descobrir que o mesmo havia sido baseado em um livro demorou muito tempo, mas assim que eu soube, fui correr atrás de uma edição atual e boa. Parece sacanagem dizer assim, mas a edição da Editora 34 foi a única que achei que valia a pena, até porque eu adoro livro ilustrado. O livro é pequeno, quase uma edição de bolso, o que é bom porque dá pra levar pra qualquer canto. Como eu vi o filme inúmeras vezes antes de ler o livro, não deu para evitar comparações, e apesar do filme me emocionar mais, eu completamente indico a leitura.

11 de set. de 2015

Apaixonada por palavras, de Paula Pimenta – DL do Tigre 2015


Tema: Crônicas
Mês: Setembro
Leitura do mês: Apaixonada por palavras
Autora: Paula Pimenta
Editora Gutenberg, 157p.

55 crônicas, escritas entre 200 e 2009, narrando cenas corriqueiras do dia a dia de um jeito mágico. Paula Pimenta mostra que é uma apaixonada por palavras: suas crônicas revelam um lado mais íntimo, pois ela fala de seus amores e inseguranças, mostrando um lado da pessoa Paula Pimenta que poucas pessoas devem conhecer. O livro segue uma ordem cronológica, iniciando com “Regresso da ilusão” e finaliza com “Ani-versário”, e autora fala que o livro é uma compilação das quase 150 crônicas que ela escreveu. O meu trecho favorito e com o qual me identifiquei de cara foi quando ela fala que provoca um acidente de trânsito mas não atropela um animal na rua (me lembrei na hora das minhas aulas de direção). Neste livro, mais uma vez Paula nos mostra sua natureza tímida e alegre que cativa leitores de todas as idades.

Mais um livro da Paula Pimenta que foi uma delícia de ler. Sério, ela já se tornou uma das minhas autoras brasileiras favoritas, e não só porque seus livros são cativantes, mas porque ela consegue fazer com que eu me identifique. Com Apaixonada por palavras, não foi diferente. É impossível ler e não se sentir atraída pela narração dos acontecimentos do dia a dia que ela faz neste livro. Além disso, a diagramação é tão fofa e linda e colorida que não tem como não se apaixonar, como sempre a editora caprichando. Li em uma tarde, pois o livro é pequeno. Totalmente recomendado.

7 de set. de 2015

Inferno, de Dan Brown – DL do Tigre 2015


Tema: Com mais de 300 páginas
Mês: Setembro
Leitura do mês: Inferno
Autor: Dan Brown
Editora Arqueiro, 496p.

Robert Langdon acorda em um hospital em Florença sem ter a menor idéia de como foi parar lá. Os médicos que o atendem também não conseguem responder as suas perguntas sobre o assunto, a única coisa que podem dizer com certeza é que o professor levou um tiro. Quando o perseguidor volta para terminar o serviço, a jovem e atraente médica que o atende, Sienna Brooks, o ajuda a escapar. No apartamento dela, tentando organizar as idéias e recuperar a memória, ele descobre sobre a vida da médica e sem querer acaba revelando sua localização para quem lhe persegue. Sua única alternativa é fugir, só que ele leva junto um estranho objeto, que contém uma ilustração macabra: uma representação artística do Inferno, peça de poesia criada pelo italiano Dante Alighieri. À medida que Langdon tenta decifrar o objeto, o professor e Sienna mergulham na Itália em que Dante viveu, passando por museus, palácios e obras de arte de valor incalculável, tentando decifrar códigos elaborados pela mente brilhante de um gênio da ciência obcecado tanto com questões sobre o fim do mundo quanto com a obra do grande poeta italiano.

Mais uma vez Dan Brown me fazendo prender a respiração. Cada vez que ouço falar que esse cara vai lançar mais um livro com Robert Langdon como protagonista, eu me desespero para tê-lo logo em mãos. Com esse livro não foi diferente. Eu comprei a edição normal num rompante, achando que talvez não fossem lançar a edição ilustrada, Mesmo ansiosa para ver em que confusão o simbologista havia se metido desta vez, não li o livro e fiquei só no aguardo da edição ilustrada. Achei, comprei e mesmo assim ainda demorei pra ler (estava esperando algum desafio literário ou algo do tipo). Assim que a chance surgiu, li. Apesar de que, desde a leitura de O símbolo perdido, eu já consiga identificar o padrão que Brown usa para escrever seus livros sobre Langdon (o cara forte armado que parece o vilão mas não é, a ajuda repentina que parece amiga mas não é, o “chefão” que parece o inimigo na verdade é o salvador, o assassino de aluguel sempre morre cumprindo seu dever, etc), achei que seria a mesma coisa com Inferno. E foi. Mais ou menos... A surpresa mesmo ficou por conta do final mesmo, pois a bela mulher que acompanhava Langdon (o professor universitário está sempre tentando salvar o mundo com uma mulher atraente do lado) era uma coisa por mais da metade da história, se torna o oposto e depois muda de novo. O principal atrativo deste livro foram as alusões a Divina Comédia de Dante. Sempre me interessei por poemas épicos, mesmo nunca tendo lido uma edição que prestasse desse poema. Como sempre, o autor faz Langdon e o leitor passearem por lugares incríveis do mundo e sua história, tudo através da mais pura simbologia. Adorei e agora estou mais do que ansiosa para ver o filme.

7 de ago. de 2015

Um milagre chamado Grace, de Kristin Von Kreisler – DL do Tigre 2015


Tema: Para fazer chorar
Mês: Agosto
Leitura do mês: Um milagre chamado Grace
Autora: Kristin Von Kreisler
Editora Única, 224p.

“Ah, obrigada, Grace. Obrigada.”

Lila trabalha em um escritório de relações públicas. Em um dia que parecia ser tão normal quanto qualquer outro, ela fica entre a vida e a morte quando um funcionário abre fogo, matando vários colegas. Traumatizada e sem poder se virar sozinha, ela se hospeda na casa da amiga Cristina. Com medo de tudo, ela acaba tendo que conviver com Grace, uma golden retriever meiga e carinhosa que passou por abusos. Cristina está hospedando a cachorra temporariamente até Adam, seu salvador, encontrar um lar definitivo para ela. Só que Lila tem pavor de cachorros e quando Cristina viaja, ela não tem como se recusar em cuidar da casa e de Grace, considerando a quantidade de favores que ela deve para a amiga. Ao mesmo tempo, ela tenta entender o que levou o ex-colega a tomar atitudes tão drásticas, mas sua busca não dá em nada. Enquanto tenta achar forças para superar seus traumas, ela também se sente forçada a cuidar de Grace, mesmo reconhecendo os benefícios para ambas da convivência mútua... Após tentar deixar Grace em um abrigo, Lila reconhece que a cachorra lhe pertence, assim como ela pertence a Grace. E uma bela amizade começa a tomar forma, ainda mais com a proximidade de Adam, pronto para mostrar pra Lila que a vida ainda tem coisas boas a serem aproveitadas.

Eu não sabia muito bem o que esperar desse livro. Claro, quando o escolhi para essa categoria do desafio, “Para fazer chorar”, já imaginava que iria chorar, de um jeito ou de outro, porque histórias sobre animais, não importa o final, eu já começo a ler chorando. Este livro, contudo, mesmo falando sobre uma cachorra que já havia sido sofrido maus tratos, confesso que demorei um pouquinho para me emocionar de verdade. Não que falte emoção, mas a infantilidade constante de Lila no que se referia a Adam e Grace deixou a desejar. De qualquer forma, valeu a pena porque mostra o poder que os animas tem de nos transformar e de nos fazer ver que, apesar das cicatrizes que possamos carregar, a vida ainda pode oferecer coisas boas, é só deixar o passado para trás e aproveitar o que vier pela frente. Adorei.

3 de ago. de 2015

Man repeller, de Leandra Medine – DL do Tigre 2015


Tema: Divertido
Mês: Agosto
Leitura do mês: Man repeller: a divertida moda que espanta os homens
Autora: Leandra Medine
Editora Novo Conceito, 254p.

Leandra Medine, dona do blog Man Repeller, fala de uma forma muito divertida sobre algumas memórias, todas envolvendo uma peça de roupa ou acessório, como a caça sarruel que atraiu muita atenção, a clutch Hèrmes da avó (usada para fins nada fashion)... Ela narra como se tornou uma repelente de homens, compartilhando algumas de suas experiências, desde a perda virgindade até seu casamento, além do surgimento do blog. Em cada momento, ela mostra o quanto a moda (e sua obsessão em misturar tendências) influenciou alguns das suas vivências mais loucas e inesquecíveis.

Moda boa é aquela que agrada às mulheres, não aos homens.

Desde a primeira vez que eu vi esse livro, fiquei curiosa, porque parecia uma chick-lit diferente dos outros que já havia lido. Consegui em uma troca e arrisquei. Valeu a pena. O livro realmente difere, porque segue o gênero da biografia. A autora tem um jeito bem diferente de falar de sua própria vida e isso atrai a atenção, porque ela mostra que suas experiências através de suas escolhas sobre tendências fashion, e como seu estilo servia para espantar homens e também atraí-los (como no caso da calça sarruel). Quando uma amiga a levou a perceber o porque dela ser uma repelente de homens, o blog Man Repeller foi criado e virou sucesso. Um livro muito bom que eu recomendo a todos.

10 de jul. de 2015

Confissão, de Paula Pimenta – DL do Tigre 2015


Tema: De poesia
Mês: Julho
Leitura do mês: Confissão
Autora: Paula Pimenta
Editora Gutenberg, 77p.

A dedicatória deste livrinho vai para todos aqueles que inspiraram Paula Pimenta a escrever os poemas contidos nele. Lançado pela primeira vez em 2001 através de “pai-trocínio”, o livro teve uma tiragem pequena que logo se esgotou. Estes poemas foram escritos por uma Paula adolescente, nas últimas páginas do caderno. Isso tem mais de dez anos. Graças ao sucesso conquistado com Fazendo meu filme, a autora popular teve que acatar a exigência dos fãs, que descobriram que ela havia lançado um livro de poemas, e republicá-lo. Além disso, o livro também traz poemas escritos pelo seu personagem Rodrigo de sua outra série de sucesso, Minha vida fora de série.

Eu sempre quis esse livro da Paula Pimenta, apesar de não gostar muito de poesia. A capa é muito linda e o trabalho gráfico é outra beleza, dá gosto de ter em mãos. É um livro bem fininho, dá pra ler em meia hora e você se emociona com o jeito de escrever da Paula. Eu não devia, mas ainda fico surpresa com o jeito que a autora usa as palavras para expressar sentimentos. Isso fica bem claro na série Fazendo meu filme (que eu AMO DE PAIXÃO) e mais ainda nesse livro. Á medida que a leitura segue, dá para perceber o amadurecimento da autora. Os poemas são singelos, alguns bem bobinhos até, mas todos são carregados de emoção. Muito indicado.

6 de jul. de 2015

Mago Mestre, de Raymond E. Feist – DL do Tigre 2015


Tema: Da fila de leitura
Mês: Julho
Leitura do mês: Mago Mestre
Autor: Raymond E. Feist
Editora Saída de Emergência, 432p.

A guerra entre os mundos continua... Já se passaram alguns desde que Pug foi capturado. Pug se torna homem no meio dos escravos dos tsurani e conhece Laurie. Os dois são levados para trabalhar na casa de um dos chefes tsurani e ao mesmo tempo em que aprendem sobre os costumes desse povo, também ensinam o chefe e seus filhos mais sobre seu mundo, Até que um mago aparece e reconhece a magia forte presente no sangue de Pug. Ele leva o jovem para a Assembléia e o transforma em um dos grande mago. Enquanto isso, o tempo também passou para os que Pug deixou para trás. Carline ficou noiva de Roland, Thomas agora é um grande soldado, graças a armadura que ganhou de presente do Grande Dragão que ele e Dolgan conheceram. No entanto, tanto poder está levando sua humanidade embora, e apesar de Thomas não estar percebendo isso, a rainha elfa e seu povo temem o que pode acontecer, ainda mais agora que ela e Thomas são amantes. Uma tentativa de paz entre os reinos dos dois mundos fracassa, no entanto as coisas começam a tomar o rumo certo, até o momento em que Arutha acaba descobrindo o parentesco que une e seus irmãos a Martin do Arco, parentesco esse que pode ter graves conseqüências caso Martin decida reivindicar o que é seu por direito.

Como aconteceu durante a leitura do primeiro livro, eu fiquei bastante confusa. Não que a história em si não seja boa, mas parece muita informação ao mesmo tempo, com tantos pontos de vista paralelos. O ponto alto do livro é que tudo vai acontecendo, levando a história a um único momento decisivo. No caso, eu achei que seria o encontro para selar a paz entre os mundos, mas me enganei. E eu não quero ser preconceituosa e nem ficar comparando, mas parece inevitável: colocou elfos em uma história, eu penso logo em Tolkien e na visão dele sobre essas criaturas. E eu fico repetindo o tempo todo, “não vou comparar, não vou comparar, NÃO VOU COMPARAR!”, mas... O fato é: eu não gostei, aliás, eu odiei ver uma rainha élfica tão passiva (aaaaargh!) ao amante humano, ainda mais um tão jovem, que praticamente acabou de se tornar homem e mesmo sendo tão poderoso, tanto assim que poderia ser o destruidor de sua raça. Enfim. A história é complicada, mas bastante atraente. Recomendo.

12 de jun. de 2015

Veneno, de Sarah Pinborough – DL do Tigre 2015


Tema: Capa linda
Mês: Junho
Leitura do mês: Veneno
Autora: Sarah Pinborough
Editora Única, 224p.

A rainha Lilith, bela e fria, é somente quatro anos mais velha que sua enteada, a doce Branca de Neve. Cansada do jeito da moça, que é a personificação de um conjunto de suavidade de comportamento, despreocupação com as regras e beleza arrebatadora, ela quer tirar Branca de Neve de sua vista. Quando o rei parte para a batalha, Lilith começa a por seu plano em prática, tentando de tudo para Branca de Neve se comportar como uma princesa, mas falha. Ela até mesmo tenta melhorar seu relacionamento com a enteada, mas tudo dá errado e ela começa a ser odiada. Ela então chama um caçador para matar a princesa, que não tem coragem de fazer de acordo com o que lhe foi ordenado e Branca de Neve foge e se refugia com seus amigos anões. Só que a avó de Lilith (a rainha vem de uma longa linhagem de bruxas) acaba conseguindo o que quer. E assim a princesa cai em sono profundo.

Repense seus vilões.

Quando eu vi esse livro pela primeira vez, a primeira coisa que me chamou atenção foi a capa, que é muito linda. Aí comecei a ler e só o que tenho a dizer é que essa versão do conto da Branca de Neve é totalmente diferente de tudo que já se leu (ou pelo menos que eu li) por aí no que diz respeito aos detalhes da história. A autora segue a premissa principal do conto e transforma-o em uma história adulta, com cenas bem descritivas de sexo e palavrões. Aliás, devo afirmar que, apesar de odiar quando fazem versões mais eróticas de qualquer conto de fada (como fizeram na época do lançamento de Cinquenta tons de cinza), não ficou estranho no livro, porque você vê desde o início que a história é bem diferente da versão mais açucarada da Disney, a qual, querendo ou não, domina o nosso imaginário. Apesar de o lembrete estar bem claro, nunca imaginei o final que teve, o que eu acho que foi mera bobeira minha porque com uma princesa “porra-louca” como essa, não creio que poderia ser diferente. Outro ponto que eu gostei: existe referência a um ou dois outros contos clássicos (não vou dizer quais). Só achei a autora deixou algumas pontas soltas no final, não achei tenha sido um final propriamente dito. Valeu o dia que eu li e não vejo a hora de começar o segundo.

8 de jun. de 2015

Villette, de Charlotte Brontë – DL do Tigre 2015


Tema: Capa alaranjada
Mês: Junho
Leitura do mês: Villette
Autora: Charlotte Brontë
Editora Pedrazul, 593p.

Luci Snowe é uma jovem inglesa que aos 23 anos não tem conhecidos e nem um meio de se manter. Ao viajar, ela consegue por “acidente” um emprego de babá em um pensionato francês. Mesmo sem saber nada da língua, Madame Beck a contrata, primeiro como preceptora de suas filhas, depois Lucy se torna professora de inglês. Apesar de ter que aturar coisas muito desagradáveis de Madame Beck, Lucy passa a gostar de sua patroa e até mesmo se afeiçoa a suas estudantes, exceto a Miss Ginevra Fanshawe, um “projeto de coquete”, jovem voluntariosa e materialista, que resolve brincar com as atenções que o médico John Graham lhe dispensa, quando na verdade ela está mesmo interessada no conde De Hamal. A vida de Lucy continua a mesma, sua inteligência e consciência da própria insignificância perante o mundo desperta a atenção de Monsieur Emanuel. Durante as férias, Lucy acaba se deprimindo por ficar sozinha no internato e sem saber acaba encontrando sua madrinha e seu filho. Feliz com o reencontro, ela também retoma relações com (não mais) pequena Paulina e seu pai, Monsieur De Bassompierre. As adversidades no caminho de Lucy não são poucas, mas os princípios inabaláveis da moça ajudam-na sempre.

Esse livro foi a minha primeira compra na editora Pedrazul. Tudo porque depois de ler Jane Eyre, também de Charlotte Brontë, eu fiquei com muito mais vontade de ler os livros das irmãs Brontë (exceto O morro dos ventos uivantes que eu odiei de todo o meu coração). Assim, quando a Pedrazul anunciou o lançamento, eu corri atrás. O acabamento é lindo, as ilustrações são perfeitas, a diagramação é uma das melhores que eu já vi. Eu só fui entender mais a introdução do livro depois que li ele todo. Um dos fatos mais importantes é que Villette é uma história autobiográfica, e através de Lucy Snowe e as dificuldades de sua vida, nós podemos entender um pouco da vida da própria Charlotte. Um clássico da literatura que eu recomendo para todos.

8 de mai. de 2015

O castelo animado, de Diana Wynne Jones – DL do Tigre 2015


Tema: Com capa feia
Mês: Maio
Leitura do mês: O castelo animado
Autora: Diana Wynne Jones
Editora Galera Record, 318p.

Sophie é a mais velha de três irmãs na família Hatter. Por ser a mais velha, achava que seu futuro não seria muito interessante, como era comum na sociedade para as irmãs mais velhas. Ela e suas irmãs, Lettie e Martha, tiveram que sair da escola quando seu pai morreu, e Fanny, mãe de Martha e madrasta das outras, resolveu arranjar um lugar onde cada uma delas pudesse trabalhar e adquirir um futuro, enquanto Sophie ficou trabalhando na chapelaria da família. Entediada e se sentindo explorada, Sophie acaba atendendo um dia uma cliente que se revela ser a Bruxa das Terras Desoladas, e é enfeitiçada. Agora, com uma aparência de uma velha de 90 anos, ela parte em busca do castelo do temível mago Howl. No castelo animado do mago, ela conhece o jovem Michael e o demônio do fogo Calcifer. Sophie consegue se infiltrar no castelo e passa a habitá-lo e conviver com Howl e os outros, descobrindo como funciona o castelo que se muda de um lugar para outro.

De forma geral, não sei muito bem o que pensar desse livro. Li por pura curiosidade. E porque descobri que a autora foi aluna de (ninguém mais, ninguém menos) Tolkien e C.S. Lewis (só!!!). Eu achei o livro no Skoob do nada e aí depois que soube mais sobre a autora me interessei. Confesso que no início a leitura foi um pouco arrastada porque não consegui entender o mago Howl e as maldições e tudo envolvido, mas de maneira geral eu gostei. A narrativa é simples e apesar da capa não chamar atenção, a qualidade do trabalho da editora Galera Record vale a pena. Ler este livro me deixou mais curiosa para ver o filme homônimo de Hayao Miyazaki. Recomendado.

4 de mai. de 2015

A ilha dos dissidentes, de Bárbara Morais – DL do Tigre 2015


Tema: Distopia
Mês: Maio
Leitura do mês: A ilha dos dissidentes
Autora: Bárbara Morais
Editora Gutenberg, 303p.

Sybill Varuna é uma orfã que vivia em Kali, uma das zonas de guerra entre a União e o Império. Ao sobreviver ao naufrágio do Titanic III, navio que a levava para o continente Pacífico, ela acaba sendo enviada para Pandora, uma província onde os anômalos vivem. Os anômalos são seres que nasceram com mutações genéticas que dão a eles poderes sobrenaturais. A humanidade se divide entre os seres humanos “normais” e os anômalos. Pois bem, ao chegar em Pandora, Sybill tem dificuldade para se adaptar a certos aspectos da vida neste novo lugar, mas ela consegue fazer amigos e desfrutar da companhia de sua nova família. Ela também começa a se divertir na escola local e a treinar os benefícios que sua mutação lhe oferece, que é a capacidade de não se afogar e não respirar debaixo d’água. Até que uma aula de TecEsp, após vencer a gincana proposta pelo professor, Sybill descobre que o prêmio é a participação em uma missão, sem nenhuma garantia de que irá retornar viva.

Esse é o tipo de livro que te pega de surpresa, da melhor forma possível. Eu já tinha visto tanta resenha e gente comentando que não resisti, fui atrás, até porque eu estou na “onda” das distopias e queria ver se uma autora brasileira faria jus aos livros do gênero aclamados lá fora. Não estou comparando a Bárbara Morais a nenhum dos autores que já li, ok, longe disso. Eu só queria ver se ela conseguiria me fazer enlouquecer com esse livro do mesmo jeito que a Collins e a Roth conseguiram com suas respectivas histórias. A resposta é: SIM! Totalmente, completamente SIM! A capa me chamou a atenção e novamente eu tenho que tirar o chapéu para a editora Gutenberg, que sempre capricha nas suas publicações. A história prende a atenção desde o início, a narrativa é dinâmica e até leve (eu achei), o que contrabalanceia a história cheia de tragédias da personagem principal. Mais um ponto a favor: apesar de tanto problema e perdas, não tem um drama exagerado. Sybill conseguiu me despertar vários sentimentos e várias vezes eu tive vontade de bater nela (principalmente durante a missão) para ver se ela deixava de fazer besteira e lembrava que estava em um trabalho de equipe, que suas ações poderiam por todos a perder. E justamente quando eu já estava comemorando o fato de que pela primeira vez a protagonista desajuizada não ia atrapalhar tanto assim... Óbvio que não posso falar o que acontece, vocês tem que ler, até porque só de me lembrar eu entro no mesmo estado histérico que fiquei enquanto lia, então deixa pra lá. Leiam. Vocês vão amar. Ansiosa para ler o segundo agora.

10 de abr. de 2015

O ladrão de raios, de Rick Riordan – DL do Tigre 2015


Tema: Livro emprestado
Mês: Abril
Leitura do mês: O ladrão de raios
Autor: Rick Riordan
Editora Intrínseca, 387p.

Percy Jackson é um garoto muito diferente dos outros da sua idade: disléxico, tem déficit de atenção e vive sendo expulso das escolas nas quais estuda. Quando uma Benevolente disfarçada de professora o ataca durante uma excursão estudantil, Sr. Brunner o salva, depois age como se nada tivesse acontecido. Percy estranha a situação, ainda mais quando pega seu melhor amigo Grover e o professor falando sobre o solstício de verão, Percy e o perigo de vida que ele corre. Até mesmo sua mãe fala de coisas que ele não consegue entender, até que são atacados pelo Minotauro a caminho do Acampamento meio-sangue, um local seguro para os semideuses, filhos de homens e deuses gregos. Percy descobre que é filho de Poseidon, o deus do mar e que sua existência não é uma coisa boa, devido ao pacto que os três grandes deuses do Olimpo (Zeus, Poseidon e Hades) fizeram de não ter filhos com mulheres mortais depois da Segunda Guerra Mundial. No acampamento, ele conhece a verdadeira identidade do seu professor Brunner e de Grover, além de fazer amigos em Annabeth (filha de Atena) e Luke (filho de Hermes). Um sonho mostra que a Percy que Zeus e Poseidon estão lutando por uma coisa valiosa que foi roubada: o raio mestre do rei do Olimpo. Então, junto a Annabeth e Grover, Percy partem em uma viagem louca para descobrir o verdadeiro ladrão e recuperar o raio de Zeus.

Eu não tinha vontade nenhuma de ler esse livro. VI o filme na época do lançamento só por curiosidade, e percebi que muita gente não tinha gostado porque mudava muita coisa referente ao livro. Agora que li, eu vi que mudou praticamente TUDO em relação ao livro. Enquanto eu lia, ficava procurando semelhanças entre o livro e a adaptação, que eu achei, mas muito poucas. A história de Percy Jackson não tem muita coisa de especial, exceto o fato de que Riordan fala e explica muitos mitos gregos. Na verdade, eu gostei um pouco, e quero ver o que vai acontecer nos próximos.

6 de abr. de 2015

Horas noturnas, de Bianca Carvalho – DL do Tigre 2015


Tema: Suspense
Mês: Abril
Leitura do mês: Horas noturnas
Autora: Bianca Carvalho
Editora EraEclipse, 200p.

O ex-inspetor, agora detetive particular, Joseph Lestrange está investigando a morte de uma jovem, assassinada a sangue frio por um assassino impiedoso em Sorenhill, Inglaterra. Ele encontra junto ao corpo um papel com uma citação de Edgar Allan Poe:

“A perversidade é um dos impulsos mais primitivos do coração humano.”

Prometendo ajudar no caso, ele volta para casa e encontra a filha, Maryanne, ansiosa para saber o motivo de ter sido chamado tão cedo, já imaginando se tratar de um caso grave. Apesar de abalada ao saber que o cadáver era de uma amiga, Maryanne se interessa em ajudar o pai, só que dessa vez Lestrange não está interessado na ajuda. Magoada, ela vê o pai saindo de casa de um jeito que Maryanne percebe ser furtivo, acompanhado de um homem misterioso que ela nunca havia visto antes. Ao revistar o casaco, ela encontra o bilhete do assassino e uma nova mensagem escapou a atenção do seu pai. Ela fala com ele sobre suas deduções, mas novamente o pai a desacredita. No dia seguinte, Maryanne lê no jornal que um justiceiro denominado Caçador está de volta, a procura do assassino com um gosto peculiar por Poe, para fazer justiça com as próprias mãos. Com essa busca em comum, a vida de Lestrange, Maryanne e do Caçador se entrelaçam, e por mais que Maryanne tente, ela não consegue resistir ao mistério do justiceiro, ao mesmo tempo em que precisa afastar pretendentes com o lindo e arrogante Duque de Wallfair, Darren Carmichael... A busca pelo assassino continua, e o que Maryanne vai encontrar no final é mais do que ela jamais poderia imaginar.

Devo confessar que, no início, os dois únicos motivos de eu ter aceitado ler este livro foram: um, porque a própria autora mandou para a Equipe do Carpe Libri no intuito de divulgação (nada contra a Bianca Carvalho, só que eu não sou fã do gênero, não sou chegada a livros policiais); dois, a história se passa na Inglaterra do século XIX (eu adoro histórias ambientadas nesse período da História). Demorei um pouco para começar a ler, mas depois que comecei não consegui largar. Outra coisa que tenho que dizer é que estou começando a gostar da editora EraEclipse, em suas capas o personagem fica em primeiro plano com a imagem ao fundo retratando o clima da história. Li em uma tarde, direto, sem pausa. Além de adorar o clima de sedução entre o Caçador e Maryanne, fiquei louca tentando descobrir quem era o assassino. Uma coisa bem legal deste livro é que tudo, TUDO, é descoberto somente no final, mas no final MESMO (diferente daqueles livros onde tudo de resolve saindo da metade do livro e os capítulos restantes ficam na enrolação pura). Apesar disso, Bianca soube conduzir bem o enredo, não é uma trama corrida, o ritmo é constante, todos os acontecimentos são entrelaçados de forma que você vai chegando até a descoberta principal, quando a causa para o verdadeiro mistério aparece. Aí, quando você pensa que já sabe de tudo, mais uma surpresa (nessas alturas eu já estava roendo as unhas de antecipação porque sabia que não ia ficar daquele jeito mesmo). Não achei que seria o caso, mas eu adorei essa mistura de romance e suspense. Recomendo ler e reler quantas vezes puder.

6 de mar. de 2015

Once upon a time in the north, de Philip Pullman – DL do Tigre 2015


Tema: Em outro idioma
Mês: Março
Leitura do mês: Once upon a time in the north
Autor: Philip Pullman
Editora Knopf Books, 96p.

Lee Scoresby tem 24 anos e acabou de ganhar seu balão em um jogo de pôquer. Voando pelo Norte, ele acaba indo parar em uma ilha chamada Novy Odense. Lá, ele e seu Damon Ester se envolvem em uma conspiração envolvendo um magnata do óleo, o corrupto candidato a prefeito e um inimigo de Lee de longa data. Sentindo que a situação em que se encontra é bastante perigosa, ele forma uma aliança com um dos ursos de armadura, Iorek Byrnisson (futuro Rei dos Ursos) para por um fim ao esquema desonesto que tem como objetivo o controle de Novy Odense.

Um livrinho bem legal de ler, uma espécie de prequel da história de Lyra Belaqua. Achei legal porque Lee é um dos personagens mais adorados da série Fronteiras do Universo, então saber mais sobre ele e ver como ele adquiriu seu balão foi interessante. O livro é pequeno, só tem 96 páginas, dá pra ler em uma hora. Adorei as ilustrações, um dos atrativos deste livro, além, é claro, do fato de ser capa dura. Infelizmente, nunca publicado em português (deveria ter sido). Gostei bastante e recomendo.

2 de mar. de 2015

A chave para Rondo, de Emily Rodda – DL do Tigre 2015


Tema: Autor estrangeiro
Mês: Março
Leitura do mês: A chave para Rondo
Autora: Emily Rodda
Editora Fundamento, 304p.

“A vida de Leo Zifkak mudou para sempre no dia em que ele se tornou dono da caixa de música.”

Ele não sabia disso, é claro. Mas se sentiu muito especial quando herdou a caixa de música que já era um tesouro da família Langlander. A antiga dona da caixa de música, a tia-avó de Leo, todo ano oferecia um chá para a família, quando dava a corda três vezes, abria a tampa e a música começava a tocar. Ela sempre seguia a regra de girar a chave só três vezes, seguindo a orientação do tio Henrique, e por Leo ter a mesma índole do tio (de fazer tudo de acordo com as regras), ele herdou a caixa de música. Quando Mimi Langlander, a prima antisocial de Leo, vai passar uma temporada em sua casa, ela acaba girando a chave três vezes, trazendo para o mundo deles uma feiticeira, a Rainha Azul, que rapta o cãozinho de Mimi. Decidida a buscar o animalzinho, ela decide entrar no mundo da caixa e Leo acaba indo junto. No mundo de Rondo, eles passam por muitas aventuras, fazem alguns amigos e percebem que sua família está muito mais envolvida nos acontecimentos de Rondo do que eles jamais poderiam imaginar.

Eu sempre tive curiosidade para ler esse livro. A capa me chamou atenção e quando eu soube que a autora era a Emily Rodda, fiquei mais curiosa ainda. Adorei a leitura porque a narrativa é leve, o livro é simples, com capítulos curtos e muitos diálogos, e a trama deixa você ansiosa para descobrir em que tipo de situações Leo e Mimi vão se envolver em Rondo e se eles vão conseguir derrotar o mal que assola o lugar. O ponto alto do livro é que no mundo de Rondo existe um mesclagem de elementos e personagens dos contos de fadas com os de Rondo. Outra coisa que gostei foi a ilustração da capa e a diagramação primorosa da editora Fundamento. Não vejo a hora de começar a sequência. Livro mais que recomendado.