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15 de fev. de 2021

Ferro, água & escuridão (Felipe Castilho) – PSRC 2021


Título: Ferro, água & escuridão
Autor: Felipe Castilho
Mês: Fevereiro
Tema: Um livro com jóia /pedra preciosa, mineral ou pedra no título
Editora Gutenberg, 288p.

Faz um ano da batalha na Anistia. Anderson tenta levar a vida normalmente, mesmo visitando o Reino Onírico nos seus sonhos, onde acaba descobrindo mais sobre a vida de Wagner Rios. Ele sabe que o megaempresário não está morto realmente e não esquece que está em dívida com um deus esquecido muito poderoso. Quando Sev, membro de um grupo secreto que honra as tradições do cangaço, aparece na Organização pedindo ajuda, o Patrão os reúne e parte para uma pequena cidade à beira do rio São Francisco, onde mais uma vez terão que enfrentar Rios e seus aliados monstruosos. 

Eu tive que reler o final do segundo livro dessa série para me lembrar como havia terminado a história, porque o início deste livro me deixou um pouco confusa, mas depois que peguei o embalo, não consegui largar. Eu gosto muito da mistura que o Felipe faz do folclore brasileiro com as pessoas “reais” da história, e esse livro me surpreendeu de várias formas, principalmente no que diz respeito ao vilão Wagner Rios. Eu achava que esse era o último da série, mas pela forma que terminou, estou ansiosa sobre a continuação.

11 de mai. de 2016

Prata, terra & lua cheia (Felipe Castilho) – DL 2016


Título: Prata, terra & lua cheia
Autor: Felipe Castilho
Mês: Maio
Tema: Capa azul
Editora Gutenberg, 270p.

Anderson voltou a sua vida normal. Após um dia de rotina escolar, ele chega em casa e recebe a notícia de que seu pai recebeu uma oferta de trabalho que poderia ser muito boa para a família, que está passando por uma fase de vacas magras, se não fosse pelo fato do futuro chefe ser Wagner Rios. Irritados com a tentativa de Anderson em convencê-los que aceitar essa oferta não é uma boa idéia, seus pais resolvem enviá-lo para um acampamento de correção para jovens problemáticos. O que Anderson logo percebe é que esse tal acampamento é, na verdade, um disfarce da Organização para que ele possa participar da competição entre organizações secretas que acontece de tempos em tempos na ilha mágica flutuante chamada Anistia, um pedaço de terra que foi separado do continente pelo Grande Caipora e por Iara, a senhora das águas, depois de um conflito sangrento entre nativos e invasores, muitos séculos atrás. O que eles ninguém sabe é que Wagner Rios também se encaminha para a ilha com objetivos bastante malignos. Agora Anderson e seus amigos terão que lidar não somente com seu inimigo declarado, mas também os problemas trazidos pela lua cheia...

Na verdade, eu não tenho muito o que falar sobre esse livro porque faltam palavras para descrever o quanto eu amei essa continuação, do mesmo jeito que amei o primeiro livro. Incrível que eu achei que somente o primeiro fosse me surpreender, mas não, o segundo também. O Felipe tem o dom de escrever certas cenas que fazem você imaginá-la acontecendo na sua frente, exatamente como se fosse uma cena de filme. Pensei que somente o primeiro livro conseguiria fazer isso, mas me enganei.


Essa história é fantástica. Ansiosa para ler terceiro livro da série.

4 de dez. de 2015

Ouro, fogo & megabytes, de Felipe Castilho – DL do Tigre 2015


Tema: Autor brasileiro
Mês: Dezembro
Leitura do mês: Ouro, fogo & megabytes
Autor: Felipe Castilho
Editora Gutemberg, 286p.

Anderson Coelho tem 12 anos e é uma sensação no jogo Battle of Esgaroth, um MMORPG (Massive Multiplayer Online Role-Playing Game), ou simplesmente um jogo de interpretação de personagens online e em massa para múltiplos jogadores. Na verdade, Anderson é o segundo colocado no ranking do jogo, o primeiro deles é o tal de Esmagossauro. Quando, durante uma partida com seus amigos, um desconhecido entra em contato tentando oferecer ao menino um emprego. Após uma mal sucedida tentativa pelo telefone, Anderson deixa o assunto de lado. Pelo menos até uma aula estranha de educação física, quando ele é provocado a saltar o muro da escola para recuperar a bola perdida do jogo de futebol e dá de cara com uma criatura que Anderson nem ao menos sabe definir o que é. Ele leva três dias de suspensão na escola e não sabe como vai contar para os pais, até chegar em casa e encontrar a mãe e o pai conversando com um homenzinho muito esquisito, o mesmo que ligou para ele, que está ali para levá-lo até São Paulo para a final da Copa de Matemática da qual ele nunca participou. Pensando que seria uma boa saída para evitar explicar sobre a suspensão, ele aceita e acaba descobrindo sobre a Organização, uma ONG que quer impedir que um poderoso magnata consiga ir até o fim com seu plano maligno de destruição usando a Mãe D’Ouro, uma criatura de fogo muitíssimo rara e poderosa ligada ao fogo. O que eles querem de Anderson é que ele crie um vírus que invada o sistema da Rio Dourado, empresa do ricaço Wagner Rios. À medida em que os dias passam, Anderson conhece as criaturas do folclore e enquanto fica amigo de alguns como Zé, o caipora e Chris, algo como um lobisomem, ele também corre perigo ao enfrentar outras como a Cuca. Anderson descobre mais sobre a vida na Organização e de que forma o triste destino de um outro cara ligado em informática que já fez parte da ONG está ligado a tudo que está acontecendo. Mais ainda, ele se vê envolvido de forma definitiva nos acontecimentos que estão por vir.

Este é o tipo de livro que você pode escrever uma resenha de cinco páginas e mesmo assim vai ter certeza de que não irá falar o suficiente. Mas vamos lá. A-PAI-XO-NA-DA!!! É assim que defino a minha pessoa após ler esse livro maravilhoso do Felipe Castilho. A primeira vez que vi este livro, o que me chamou a atenção foi a capa. Depois que eu vi que o livro abordaria como o folclore brasileiro, a curiosidade piorou. Comprei logo, mas estava esperando uma chance aparecer para ler (sempre participo de desafios literários, então eu achava que não seria difícil encaixar o livro do Felipe em alguma categoria. A dificuldade mesmo foi esperar o tempo chegar :P )


Juro que ao ler essa parte, imaginei como seria louco ver essa parte no cinema.

O que eu não esperava mesmo é que a história fosse me prender como prendeu. Só larguei esse livro mesmo quando já estava caindo de sono, e às vezes ainda forçava. O livro tem muitos capítulos que são pequenos, o que facilitou pra mim (como já disse na resenha de O último reino, não gosto de capítulos grandes). O gênero da ficção fantástica é um dos meus favoritos desde sempre, e juntar essa fórmula a um enredo onde os personagens fazem parte do folclore brasileiro. O tema principal do livro é: a preservação da natureza, um assunto que não poderia ser mais atual. Essa luta constante do capitalismo conta a natureza, as modernidades contra o estilo mais simples de vida, a destruição contra a preservação, tudo isso são aspectos que Felipe trata de forma bastante crítica. O chamariz é o uso que ele faz do folclore, pois, ao mostrar as criaturas e suas peculiaridades, Felipe chama atenção para o fato de que, como na vida real, a natureza tem modos de revidar pelas desgraças que o ser humano causa no meio ambiente, e ele faz isso mostrando um pouco da história das criaturas. Confesso que me emocionei com a história do Saci-Patrão e não pude evitar pensar que esta figura teve a influência em certos aspectos do famoso escravo libertário Zumbi dos Palmares (não sei se isso é correto, mas foi a impressão que tive, sorry se estiver errada). Ele também mostra que, como tudo, a internet pode ser uma ferramenta tanto de destruição e manipulação para o mal quanto de preservação e aviso. Sobre o grande traidor da história, Felipe novamente mostrou que sempre a moeda tem dois lados. Como sempre, eu penso em alguma (s) pessoa que possa ser o “culpado”, até nas possibilidades mais absurdas, nunca descarto quem é descartado na história (pra mim todo mundo é suspeito) mas raramente chego na pessoa certa, eu sempre “tropeço” na verdade e acabo ficando com raiva, mas depois percebo que esse é o trabalho de um bom autor, surpreender. E como toda a história é surpreendente, seria no mínimo errado o final ser previsível. Amei o livro, estou louca pra ler o segundo. Recomendo mil vezes.