Tema: Distopia
Mês: Maio
Leitura do mês: A ilha dos dissidentes
Autora: Bárbara Morais
Editora Gutenberg, 303p.
Sybill Varuna é uma orfã que vivia em Kali, uma das zonas de guerra entre a União e o Império. Ao sobreviver ao naufrágio do Titanic III, navio que a levava para o continente Pacífico, ela acaba sendo enviada para Pandora, uma província onde os anômalos vivem. Os anômalos são seres que nasceram com mutações genéticas que dão a eles poderes sobrenaturais. A humanidade se divide entre os seres humanos “normais” e os anômalos. Pois bem, ao chegar em Pandora, Sybill tem dificuldade para se adaptar a certos aspectos da vida neste novo lugar, mas ela consegue fazer amigos e desfrutar da companhia de sua nova família. Ela também começa a se divertir na escola local e a treinar os benefícios que sua mutação lhe oferece, que é a capacidade de não se afogar e não respirar debaixo d’água. Até que uma aula de TecEsp, após vencer a gincana proposta pelo professor, Sybill descobre que o prêmio é a participação em uma missão, sem nenhuma garantia de que irá retornar viva.
Esse é o tipo de livro que te pega de surpresa, da melhor forma possível. Eu já tinha visto tanta resenha e gente comentando que não resisti, fui atrás, até porque eu estou na “onda” das distopias e queria ver se uma autora brasileira faria jus aos livros do gênero aclamados lá fora. Não estou comparando a Bárbara Morais a nenhum dos autores que já li, ok, longe disso. Eu só queria ver se ela conseguiria me fazer enlouquecer com esse livro do mesmo jeito que a Collins e a Roth conseguiram com suas respectivas histórias. A resposta é: SIM! Totalmente, completamente SIM! A capa me chamou a atenção e novamente eu tenho que tirar o chapéu para a editora Gutenberg, que sempre capricha nas suas publicações. A história prende a atenção desde o início, a narrativa é dinâmica e até leve (eu achei), o que contrabalanceia a história cheia de tragédias da personagem principal. Mais um ponto a favor: apesar de tanto problema e perdas, não tem um drama exagerado. Sybill conseguiu me despertar vários sentimentos e várias vezes eu tive vontade de bater nela (principalmente durante a missão) para ver se ela deixava de fazer besteira e lembrava que estava em um trabalho de equipe, que suas ações poderiam por todos a perder. E justamente quando eu já estava comemorando o fato de que pela primeira vez a protagonista desajuizada não ia atrapalhar tanto assim... Óbvio que não posso falar o que acontece, vocês tem que ler, até porque só de me lembrar eu entro no mesmo estado histérico que fiquei enquanto lia, então deixa pra lá. Leiam. Vocês vão amar. Ansiosa para ler o segundo agora.
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