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14 de fev. de 2020

Vitória (Daisy Goodwin) – DLL 2020


Título: Vitória: a jovem rainha
Autora: Daisy Goodwin
Mês: Fevereiro
Tema: Um livro romance de época
Editora HarperCollins, 398p.

Aos 18 anos, por falta de herdeiros masculinos, a jovem Vitória se torna rainha do império britânico. Sem experiência, tendo passado toda sua vida protegida por sua mãe e sem as noções mais básicas de como governar, agora deve mostrar a todos, principalmente ao seu tio e próximo na linhagem a herdar o trono Duque de Cumberland, que é uma rainha de fato e não uma marionete. Ela encontra um professor e amigo em Lorde Melbourne, mas a proximidade entre os dois incomoda todo mundo, e assim começam a planejar o casamento da jovem com seu primo Alberto, com quem ela não tem afinidade nenhuma. Ou assim Vitória pensava, até encontrar Alberto depois de tantos anos...

Uma pessoa poderia ser uma monarca e uma mulher?

Eu só fui atrás desse livro porque vi que era a novelização da primeira temporada da série, e de fato, é mesmo. A autora, que é a roteirista da série Vitória, da PBS, entrega mais detalhes no livro (foi muito bom estar “dentro” da cabeça de Lorde M. e ver como ele se sentia perto da jovem rainha, na série é muito implícito o que ele sente, e eu sei que deve ter sido dessa forma que os produtores pretenderam construir esse relacionamento entre os personagens, mas foi bom ver a partir da perspectiva dele).

15 de nov. de 2019

198 livros: CHINA – Imperatriz (Shan Sa)

Luz era a terceira filha da segunda esposa de um plebeu enobrecido. Desde pequena, ela tomou consciência do seu papel como mulher na China do século VII. Após a morte do pai, ela e sua mãe se vêem empobrecidas e nas mãos dos filhos do primeiro casamento do pai, que nunca aceitaram a segunda esposa. Notada por sua inteligência, ela é indicada para ser concubina do imperador. Luz começa a sonhar com o dia que daria um filho ao imperador e garantiria a salvação de sua família. A vida de Luz dá muitas reviravoltas, enquanto ela aprende a lidar com as intrigas femininas da corte, onde esposas e concubinas se matam e a seus filhos em busca da própria segurança. Ao se tornar imperatriz de um imperador que a ama, mas que não foge do estereótipo da época, Luz se torna uma força a ser reconhecida, mandando e sendo obedecida, se inteirando dos problemas do império e fortalecendo seu poder. Após sua morte, sua descendência, infelizmente, apagou suas conquistas e não conseguiu manter o que ela construiu.


O império me venerava como a esposa e a mãe dos soberanos da dinastia Tang.

Meu único problema com esse livro foi o fato de ser um romance histórico ao invés de uma biografia. Eu poderia citar outras questões que me fizeram ter um pouco de dificuldade na leitura (como os nomes próprios e os títulos, além da própria linguagem ter um teor poético), mas depois percebi que isso não fez muita diferença na hora de conhecer essa personagem tão fascinante. Não sei praticamente nada de história chinesa, mas o pouco que sei me levou a ficar encantada com a vida dessa mulher e do que ela sofreu para poder fugir do ostracismo no qual as mulheres em sua condição viviam. Livro muito indicado.

Editora Ediouro.
351 páginas.

21 de ago. de 2019

Lendo o Brasil: RIO GRANDE DO SUL – Akhenaton e Nefertiti: uma história armaniana (Carmen Seganfredo e A.S. Franchini)

Akhenaton, nascido Amenotep IV, filho de Amenotep III, foi alçado a herdeiro do trono após a morte do irmão Tutmés. Sua esposa-real, Nefertiti, considerada a mulher mais linda do mundo na antiguidade. Ambos são duas figuras muito enigmáticas para a história, cujos vestígios de reinado são tão poucos que nem os maiores especialistas hoje tem esperanças de descobrir o que realmente aconteceu em suas vidas. O que se sabe é que Akhenaton tentou estabelecer o monoteísmo no Egito, com o culto a Aton, sendo esta uma grande revolução política e religiosa.


Eu já li um ou dois livros da A.S. Franchini e da Carmen Seganfredo, então fiquei um pouco surpresa (quase negativamente) durante a leitura deste livro, não pela história em si, fazia muito tempo que eu não lia um romance histórico sobre o Egito (os primeiros que eu li foram sobre Cleópatra, uma leitura apaixonante) e estava saudosa. Acho que fiquei meio desapontada por causa da linguagem utilizada. Mas... deixando isso de lado.
A história é envolvente do início ao fim, mais de uma vez me peguei lembrando a minha época da faculdade de História em que eu devorava qualquer coisa sobre o Egito (em grande parte graças ao filme Múmia rsrsrs). Neste livro, Akhenaton tenta instituir o culto a um único deus no Egito politeísta e como a história afirma, não teve sucesso. Gostei das cenas do romance dele com Nefertiti e como se deu o nascimento daquele príncipe que reinou por pouco tempo, mas cuja múmia, mais tarde, se tornou um dos maiores achados arqueológicos: Tutankhamon (com esse nome já convertido ao culto a Amon, abandonando o culto a Aton de seu pai). Livro muito recomendado.

Editora L&PM Pocket.
330 Páginas.

9 de ago. de 2019

O mundo de Downton Abbey (Jessica Fellowes) – DLLC 2019


Título: O mundo de Downton Abbey
Autora: Jessica Fellowes
Mês: Agosto
Tema: Um livro que se passa em um lugar que você sempre quis visitar
Editora Intrínseca, 303p.

Sinopse: O sol nasce por trás de Downton Abbey, uma casa grandiosa e esplêndida em um terreno grandioso e esplêndido. A casa parece tão segura de si que dá a impressão de que o modo de vida que ela representa irá durar mais mil anos. Mas isso não acontecerá. O Mundo de Downton Abbey é o guia oficial das duas primeiras temporadas da série televisiva que virou uma verdadeira febre na Grã-Bretanha e nos Estados Unidos ao contar a história da aristocrática família Crawley e seus criados, em uma suntuosa residência campestre da Inglaterra.
Além de encantar os fãs com fotos exclusivas de bastidores, depoimentos dos atores e da equipe técnica, o livro oferece um retrato muito vibrante daquele período de grandes mudanças (1912-1919). Cada capítulo trata de um tema, como vida familiar, romance, sociedade, criadagem, guerra, e é caprichosamente ilustrado com fotos antigas, artigos de jornal, partituras, anúncios e muito mais. Tudo para permitir que o leitor conheça melhor o contexto dos acontecimentos da trama, descubra os personagens reais que serviram de inspiração para a ficção e se encante com saborosos relatos da época.

Como tantas séries, eu vi trocentas recomendações de Downton Abbey e me interessei em assistir. Foi amor á primeira vista, me apaixonei por tudo, sinceramente esta foi uma das poucas séries em que não se encontra nada de errado. Algumas coisas me deixaram chateada, como a decisão de alguns atores em deixar a série, mas o produtor soube direcionar a história muito bem, mesmo com os fins chocantes. Então, quando a série acabou, fiquei meio obcecada em conseguir colocar as mãos neste livro por pura curiosidade sobre os bastidores, e não fiquei decepcionada. Visitar o castelo de Highclere já está na minha lista de “lugares para visitar antes de morrer” (junto aos itinerários de lugares ligados a Tolkien, Jane Austen e Rowling, sim, sou desse tipo de fã). Livro completamente recomendado para qualquer fã de romances históricos e principalmente apaixonado por Downton Abbey.

6 de fev. de 2014

Helena de Tróia (Francesca Petrizzo) – DL 2014



Título: Helena de Tróia: memórias da mulher mais desejada do mundo
Autora: Francesca Petrizzo
Mês: Fevereiro
Tema: Romance histórico
Editora Lua de Papel, 207p.

Helena sempre se sentiu distante de todos. Sua irmã mais velha, Clitemnestra, a odeia e seus dois irmãos, Pólux e Castor, lhe são indiferentes. Sua infância é rica, como a de uma princesa, mas sua vida é vazia. Ela cresce sob o estigma da beleza, possuindo um nome de significado funesto. Tem a sorte de se apaixonar por alguém que também a ama, Diomedes, de Argos. Sua felicidade dura pouco, no entanto, pois após seu pai Tíndaro permitir o compromisso, Agamêmnon, rei de Micenas manda um emissário a Esparta.

Era uma ordem, a do grande rei. Uma ordem contra a qual não era possível rebelar-se. As saudações de minha irmã e todo seu afeto feriam como chicotadas. Viriam a Esparta somente para o casamento, não antes.

Assim, Helena de vê forçada a casar com Menelau, irmão de Agamêmnon. E sua infelicidade começa. Até que um príncipe de Tróia chamado Páris, aparece para saudar Menelau em nome de seu rei, Príamo. Alguma coisa no olhar dele chama sua atenção, algo que ela não viu em nenhum outro homem. Embriagada por um prazer que havia esquecido e por um amor que achava estar vivendo, Helena foge com Páris para Tróia. Uma decisão que trará conseqüências fatídicas para todos.

Esse livro é exatamente o que o subtítulo diz: as memórias de Helena, a mulher mais bela do mundo. Narrada em primeira pessoa, o livro mostra de uma maneira quase “real”, não romantizada, a vida daquela que é considerada a mulher mais bela já existente. Neste livro, a autora deixa a lenda de lado e traz à tona a mulher, com sentimentos e pensamentos, dona de vontade própria. Este livro, diferente de vários romances históricos, tem um toque mais ácido e feroz, sem muita baboseira romântica ou dramática. A capa já chama atenção, porque não retrata Helena como aquela lindeza loira com cachos de anjo. Só isso já foi suficiente para me levar a lê-lo. Vale muito a pena.

2 de mai. de 2012

As memórias de Cleópatra 3 de Margaret George – DL 2012


Tema: Fatos Históricos
Mês: Maio de 2012 (Livro 3)
Leitura do mês: As memórias de Cleópatra: o beijo da serpente
Autora: Margaret George
Editora Geração Editorial, 414 p.

A situação política é uma bomba que está a um passo de explodir. Cleópatra tenta constantemente assegurar a Marco Antônio que ele é o homem certo para unir ocidente e oriente em um único império. Agora, ele e Otávio duelam pelo poder supremo. As intrigas políticas são cada vez mais constantes, um lado perde aliados enquanto outro os ganha. E tudo culmina na Batalha de Áccio, a qual Marco Antonio perde. Louco de pesar, ele se mata, enquanto Otávio entra em Alexandria para reclamar a cidade. Ele faz de Cleópatra prisioneira, mantendo a rainha em constante vigilância para que ela não se mate (ele queria levá-la como prisioneira para o desfile em seu Triunfo). No entanto, pela última vez, a sagacidade da rainha é maior do que a força do soldado. Percebendo que os pedidos de clemência para seu filho Cesarion (o qual já havia fugido) não vão resultar em nada, se tranca em sua câmara funerária e se mata com o veneno de uma serpente. Otávio chega tarde para evitar o acontecido, mas acaba levando para Roma os filhos pequenos de Cleópatra e Marco Antônio (mais tarde ele os incorpora a sua própria casa) e mata Cesarion. Assim, se finda a dinastia ptolemaica e o Egito passa a fazer parte do futuro império romano. Melhor frase: “De todas as coisas perdidas em todo o mundo, as coisas das quais jamais ficaremos sabendo, este filho perdido de César e Cleópatra deve ser a mais torturante. Que tipo de adulto ele teria sido, com os dons herdados de seus notáveis pais?”

O último livro da trilogia de Margaret George sobre a vida de Cleópatra fecha a história com chave de ouro. O mais interessante é ler no final e descobrir que a descendência dos filhos sobreviventes da rainha e Marco Antonio e que os filhos dos outros casamentos do general o transformaram em ancestral de reis e rainhas da Pequena Armênia (dentre outros reinos) e de imperadores como Calígula, Claudio e Nero. Uma excelente leitura para todos aqueles fascinados pela vida da mais famosa rainha do Egito.

As memórias de Cleópatra 2 de Margaret George – DL 2012


Tema: Fatos Históricos
Mês: Maio de 2012 (Livro 2)
Leitura do mês: As memórias de Cleópatra: sob o signo de Afrodite
Autora: Margaret George
Editora Geração Editorial, 398 p.

Cleópatra está de volta ao Egito após deixar Roma às pressas. A pressão na cidade era enorme, depois da morte de Júlio César. Após se recuperar da viagem, em sua primeira reunião ela começa a descobrir o rumo político do testamento de César, que havia nomeado seu sobrinho Otávio como herdeiro. Após Ptolomeu XIV, seu irmão mais novo e segundo marido, morrer de tuberculose, Cleópatra se inteira acerca da vida em Roma. O Triunvirato está formado com Lépido, Otávio e Marco Antonio dividindo o poder. Sua ajuda a Marco Antonio é adiada quando a rainha perde seus melhores barcos durante uma tempestade; os assassinos de César estão mortos. Decidida a se encontrar com Marco Antonio para de alguma forma garantir a vida de seu filho e seu trono, Cleópatra embarca em uma magnífica embarcação. Vestida de Vênus, com um belo séquito e destilando sensualidade, na mesma noite ela e Marco Antonio se tornam amantes. A partir desse momento, tem inicio um dos casos amorosos mais famosos da história. Com seus dois filhos, Cleópatra Selene e Alexandre Hélio, Cleópatra e Marco Antonio sonharam um império que ligaria o ocidente ao oriente. Mesmo que ambos se tornassem uma ameaça a Roma. Melhor frase: “Tenha cuidado com o homem que adota uma cultura estrangeira com naturalidade. Isso o arruína.”

Uma das coisas que eu mais gostei foi que a autora construiu a vida de Cleópatra bem longe dos estigmas conhecidos; Margaret George menciona a beleza como uma das qualidades da rainha, mas também menciona sua inteligência e astúcia política. Os casos mais famosos da história (entre a rainha e César e depois Marco Antonio) começaram do nada, a rainha não intencionava ser amante de nenhum deles. Uma continuação excelente.

1 de mai. de 2012

As memórias de Cleópatra 1 de Margaret George – DL 2012


Tema: Fatos Históricos
Mês: Maio de 2012 (Livro 1)
Leitura do mês: As memórias de Cleópatra: a filha de Ísis
Autora: Margaret George
Editora Geração Editorial, 486 p.

Lembranças da mãe morta, afogada nas águas do Nilo. Lembranças da primeira oferenda feita a Ísis, a deusa soberana do Egito e a qual se acreditava que Cleópatra era a própria encarnação. Após a morte da rainha Cleópatra (mãe da famosa homônima, elas tinham o mesmo nome), o faraó Ptolomeu se casou novamente e teve mais três filhos. Somando-os as três primeiras filhas, Cleópatra, Berenice e Cleópatra, eram seis. Na época em que Ptolomeu subiu ao trono, o Egito já havia perdido muito de sua grandeza e se encontrava nas mãos dos romanos. Em seu primeiro banquete, aos sete anos de idade, Cleópatra conhece Pompeu, o famoso general. Á medida que o banquete acontece, a situação política é descortinada: Ptolomeu Alexandre havia deixado o Egito em testamento para Roma e agora Júlio César intencionava transformar o país em província romana... Quando o faraó parte para Roma em busca de ajuda, Cleópatra VI e Berenice IV tomam o poder. Intrigas palacianas, assassinatos em família e o faraó retoma seu trono com ajuda de Roma, condenando Berenice a morte por traição. Assim, Cleópatra VII se torna a sucessora do trono. Ela e seu irmão Ptolomeu XIII são coroados novos governantes do Egito, mas não se casam. As brigas começam quando ela tenta tomar a frente do poder sem se casar, o que era visto como ameaça, já que seu irmão também era o governante. Ela começa a juntar partidários, mas certos acontecimentos viram o povo contra ela. Quando ela viaja para participar da cerimônia de sucessão do touro sagrado de Hermôntis, o conselho regente usurpa o poder em nome de Ptolomeu XIII e mata Pompeu (que chegara ao Egito em busca de ajuda, derrotado por César). Este chega ao Egito e se mostra descontente com a morte do rival (Pompeu tinha o direito de receber ajuda egípcia, já que era considerado seu “protetor”). O general manda chamar Cleópatra, então a rainha se esconde em um tapete e chega assim disfarçada até César. Na mesma noite eles se tornam amantes, enquanto César luta para derrotar Ptolomeu e seu exército. Ao mesmo tempo, Cleópatra descobre estar grávida. Ptolomeu César nasce e a rainha embarca para Roma, onde deverá testemunhar o Triunfo Alexandrino, o desfile com os espólios de guerra e prisioneiros da Guerra Alexandrina. Sua estada em Roma se estende por alguns anos, tempo em que Cleópatra avalia e vive as mais diversas intrigas políticas que culminam no assassinato de Júlio César. Melhor frase: “Rainhas que não se ocupam dos detalhes ordinários geralmente se acham ignorantes dos detalhes maiores.”

Sempre fui apaixonada pela história e mitologia egípcias. Fiquei louca quando vi pela primeira vez essa coleção de Margaret George, até mesmo por causa da capa. Comprei, li e adorei. Esse livro mostra, através de romance, a fascinante vida na corte egípcia na época de uma das mais famosas faraonas da história. Foi interessante descobrir que sua mãe também se chamava Cleópatra e que sua irmã mais velha também tinha o mesmo nome, assim como saber que a Cleópatra mais velha e Berenice também foram rainhas, mesmo por pouco tempo (já que o nome da rainha não figura em nenhuma genealogia egípcia dos Ptolomeu que eu tenha visto, assim como os nomes das filhas enquanto rainhas). A boa narrativa e a descrição excelente fazem deste livro uma ótima leitura.