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14 de dez. de 2012

Kalevala de Elias Lönnrot – DL 2012



Tema: Poesia
Mês: Dezembro de 2012 (Livro 4)
Leitura do mês: Kalevala: poema primeiro
Autor: Elias Lönnrot
Editora Ateliê editoria, 91 p.

Poema épico nacional finlandês, Kalevala resulta do trabalho de pesquisa, compilação e composição do erudito romântico Elias Lönnrot (1802-1884), a partir de diversas fontes da tradição oral camponesa da Finlândia. O texto, composto por cinquenta cantos, tornou-se obra da literatura finlandesa e um de seus símbolos de identidade nacional. (Sinopse: Skoob)

Kalevala: poema primeiro faz parte do conjunto de narrativas épicas finlandesas chamado Kalevala. Esse livro narra somente a primeira parte desse conjunto, a criação do mundo e o nascimento do herói Väinamöinem. Desde que descobri que Kalevala havia sido uma grande fonte de inspiração para Tolkien, eu queria ler esse livro. Depois de muito procurar, encontrei essa edição, que na verdade, não é toda a história do poema, é somente o primeiro poema (como diz o subtítulo). Essa edição é a mais atual tradução do poema para o português brasileiro, e é uma delícia de ler. Nunca fui chegada em poesia (traumas de colégio), mas adorei esse livro. Fãs de Tolkien como eu percebem logo de cara a influência. Uma escolha ótima para encerrar o Desafio Literário 2012.

Eneida de Virgílio – DL 2012



Tema: Poesia
Mês: Dezembro de 2012 (Livro 3)
Leitura do mês: Eneida
Autor: Virgílio
Editora Martins Fontes, 443 p.

A obra de Púbio Virgílio Marão, que ficaria conhecido como Virgílio, foi o modelo de toda a poesia que se escreveu no Ocidente até o século XVII. Os gêneros cultivados por Virgílio foram tomados de empréstimo da literatura grega, mas ele imprimiu à sua poesia uma marca pessoal e inconfundível, derivada de sai sensibilidade artística e da maestria com que trabalhou seus versos. Camões, Tasso, Milton e todos os grandes poetas épicos dos séculos XVI e XVII são virgilianos. Sua maior obra, a epopéia "Eneida", foi projetada durante os anos 29 e 27 a. C. e é considerada o maior poema da romanidade. (Sinopse: Skoob)

O poema que narra a história mitológica dos romanos, criado por Virgílio para mistificar o império. Na “cronologia” dos poemas épicos ocidentais, Eneida vem logo em seguida a Ilíada, pois narra a história dos sobreviventes da guerra de Tróia e seus descendentes, e a forma como eles criaram as bases para um império maior que o grego. Os derrotados vencem os vitoriosos. Mesmo sendo mais difícil de ler (já li tanto sobre mitologia Greco-romana que enjoei), esse livro é ótimo. Muito recomendado.

A Ilíada de Homero – DL 2012


Tema: Poesia 
Mês: Dezembro de 2012 (Livros 1 e 2) 
Leitura do mês: A Ilíada (vol. 1 e 2) 
Autor: Homero 
Editora Arx, 482 p. / 487 p. 

A Ilíada, epopéia homérica em 24 cantos, narra as aventuras do herói grego Aquiles durante a última fase da Guerra de Tróia, na região da Tessália. Em seus quase 16 mil versos, a obra fala de guerra e heroísmo, mas também deixa muito clara e aparente a debilidade do ser humano diante das incertezas que o destino lhe reserva; a vontade dos deuses e a sorte do homem, fortuna e fatalidade caminham sempre juntas, a cada canto. Neste primeiro volume da edição bilíngüe em grego e português estão compreendidos os 12 primeiros cantos do grandioso poema homérico. (Sinopse: Skoob)
No primeiro volume, Aquiles vai para a Guerra de Tróia; nesses doze últimos cantos, Homero narra a volta do herói ao campo de batalha. Os combates sangrentos, os conflitos gerados pela luta, as dúvidas que terão de ser respondidas fazem da obra de Homero uma das mais atuais, apesar de ter sido escrita há tantos séculos. Haroldo de Campos faz com que o leitor tenha acesso à obra original por meio de sua releitura e confere a Homero a importância que ele merece ter reconhecida e que há muito vem sendo negligenciada. São quase oito mil versos em uma edição histórica bilíngüe, greco-português, em que o tradutor, que levou dez anos para concluir seu trabalho, fez questão de manter a fidelidade ao texto original. (Sinopse: Skoob)

A Ilíada é... bom, é a Ilíada. Como muita gente, eu descobri esse livro na época do colégio, li uma daquelas versões infantis. E a história acabou ficando na minha mente (foi a partir daí que passei a me interessar por mitologia e história). Anos depois, fui atrás de uma edição boa, de preferência bilíngüe, e eis que encontro essa, com a tradução de Haroldo de Campos, considerada uma das melhores edições. Demorei um tempão para comprar, mas consegui. E acabei guardando (era um livro que eu queria ter, achava que não ia ler porque nunca gostei de poesia). Mesmo sabendo que os filmes e outros livros que já havia visto e lido não contavam a história completa ou da forma correta, o livro continuou guardado. Então, essa categoria do Desafio Literário me deu uma chance de ler. Adorei, é claro. Recomendo, porque só assim percebemos a verdadeira grandiosidade dessa história.

30 de nov. de 2012

Os filhos de Húrin de J.R.R. Tolkien – DL 2012


Tema: Escritor africano
Mês: Novembro de 2012 (Livro 2)
Leitura do mês: Os filhos de Húrin
Autor: J.R.R. Tolkien
Editora Martins Fontes, 336 p.

Em eras antigas, quando o primeiro Senhor do Escuro habitava Angband, a história dps filhos de Húrin desenrola-se sob a sombra do medo de Morgoth. Húrin é um dos maiores guerreiros humanos. Aprisionado por Morgoth ao fim das batalhas das Nirnaeth Arnoediad (As Lágrimas Incontáveis), é amaldiçoado por se recusar a trair os elfos, é acorrentado a uma cadeira num alto pico e forçado a assistir a todos os males que se abateram sobre a sua própria família.
Túrin, seu filho, é mandado por sua mãe Morwen para Doriath, reino de Thingol e Melian, e pelo rei é adotado como filho. O tempo passa, sua irmã Nienor nasce e ele cresce e se torna um guerreiro temido pelos inimigos. No entanto, Túrin sempre se incomodou com o fato de sua mãe e irmã ainda estarem longe. Num acidente, causa a morte de um dos conselheiros de Thingol. Julgando-se exilado pelo rei, ele foge e a partir daí, diversos acontecimentos nefastos o acompanham. É a manifestação da maldição de Morgoth. Ele passa a viver em vários lugares e se torna temido por muitos. Tentando manter escondida a maldição, ele assume vários nomes e acaba atraindo para si o amor de Finduilas, filha do rei Orodreth. Seu segredo é revelado por Glaurung, o dragão de Morgoth, no ataque a cidade. Hipnotizado pelo olhar do dragão, ele assiste impotente a captura de Finduilas e é levado a acreditar que sua mãe e irmã estão em perigo, quando na verdade elas já estavam seguras em Doriath. Morwen e Nienor, ao saberem da destruição de Nargothrond, partem precipitadamente em busca de Túrin, mas se perdem uma da outra e sua comitiva. Glaurung, poderoso agente da maldição de seu mestre maligno, aborda Nienor e a enfeitiça. Ela perde a memória e se põe em fuga desesperada, caindo desacordada. Enquanto isso, Túrin descobre o destino de Finduilas e passa a morar em Brethil, quando adota o nome Turambar. Ele encontra no túmulo da donzela élfica sua irmã desacordada. Sem saber de seu parentesco, cuida dela e a convivência faz com que se apaixonem e casem. Quando Glaurung volta a atacar, Túrin toma sua espada e parte para matá-lo. Quando ele consegue, o sangue de Glaurung queima sua mão, e ele desmaia, mas Nienor, agora Níniel, o encontra. Nos estertores da morte, Glaurung desfaz seu feitiço e revela a verdade. Enlouquecida pelo pesar, ela se atira no abismo. Quando Túrin acorda, encontra sua mão enfaixada, e descobrindo toda a história, atira-se sobre sua espada. Tempos depois, Morwen e Húrin encontram-se pela última vez no túmulo do filho.

Uma das histórias mais trágicas da Terra-média. Mesmo sabendo que todos os acontecimentos deviam-se a uma maldição, ainda fiquei esperando para ver alguma coisa boa... quando os irmãos se apaixonam, percebi logo que minhas esperanças eram vãs. E aceitei o fato de estar lendo um conto trágico, algo que nunca foi uma das minhas preferências (para ver o poder da escrita de Tolkien). As ilustrações do livro foram mais um fator que me levaram a comprá-lo, além do fato de que, depois de terminar a leitura de O Senhor dos Anéis, andava me consumindo para ler algo novo escrito por Tolkien (sonho com o dia que será anunciada a publicação em português dos volumes da História da Terra-média). Mesmo que a história já tenha sido apresentada superficialmente n’ O Silmarillion, valeu a pena conhecer mais a fundo a vida de Túrin Turambar. Leitura muito indicada.

Contos inacabados de J.R.R. Tolkien – DL 2012


Tema: Escritor africano
Mês: Novembro de 2012 (Livro 1)
Leitura do mês: Contos inacabados
Autor: J.R.R. Tolkien
Editora Martins Fontes, 592 p.

Contos Inacabados é uma coletânea de histórias esboçadas por Tolkien e publicadas postumamente por seu filho Christopher. Essa obra complementa, corrige, explica alguns acontecimentos relatados n’ O Silmarillion, n’ O Senhor dos Anéis e n’ O Hobbit. Neste livro, é contada a jornada de Tuor até sua chegada em Gondolin, o conto dos filhos de Húrin, é feita uma descrição da ilha de Númenor e a história de um de seus principais reis, Aldarion. Também conta a história de Galadriel e Celeborn, a amizade entre Gondor e Rohan e outros relatos sobre o Um Anel. Também conhecemos a história dos Istari, sobre os druédain e os palantíri, além de uma lista da linhagem de reis de Númenor desde Elros. Tudo isso com notas explicativas e observações de Christopher.

Um dos melhores livros de Tolkien justamente por causa das notas explicativas de seu filho Christopher, porque esclarece várias questões apresentadas principalmente n’ O Silmarillion. Os episódios referentes a ilha de Númenor sempre me chamaram atenção, e amei a história de Aldarion e Erendis. O livro não apresenta uma história única, são várias histórias independentes. O livro é um ótimo complemento ao cânone tolkeniano, mesmo apresentando o que chamo de pouca coerência. Aconselho a quem quiser lê-lo: não o faça, a menos que já tenha algum conhecimento sobre Tolkien.

17 de out. de 2012

Crepúsculo de Stephenie Meyer – DL 2012


Tema: Graphic novel
Mês: Outubro de 2012 (Livros 3 e 4)
Leitura do mês: Crepúsculo (vol.1 e 2)
Autoras: Stephenie Meyer, Young Kim
Editora Intrínseca, 224 p./ 232 p.

Primorosamente ilustrado por Young Kim e com a atenta revisão de Stephenie Meyer, Crepúsculo: Graphic Novel é uma adaptação com qualidade rara: consegue mostrar a visão que a própria autora tem de sua obra original em um ambiente que, para ela, é inteiramente novo - as imagens. A história acompanha Isabella Swan, que, ao se mudar para a melancólica cidade de Forks e conhecer o misterioso e atraente Edward Cullen, vê sua vida dar uma guinada emocionante e assustadora. Com olhos dourados, voz hipnótica e dons sobrenaturais, Edward é ao mesmo tempo irresistível e impenetrável. Até então ele vinha conseguindo ocultar sua verdadeira identidade, mas, diante de Bella, terá de reavaliar suas convicções. (Sinopses: Skoob Volume 1 e Volume 2)

Mesmo não sendo fã da história, valeu a lida, por vários motivos: mesmo os desenhos tenham um tom sombrio e sejam totalmente diferentes dos dois primeiros livros que li para essa categoria do Desafio (pois neles as cores estão presentes em abundância). Os desenhos devem acompanhar a história, e Forks é uma cidade chuvosa, então está tudo bem. O que eu mais gostei mesmo foi outra “representação” para Edward Cullen, um personagem que me tirou do sério (no péssimo sentido) enquanto lia a série de Meyer (é, eu li). Queria muito dar outra cara para esse personagem para só assim desvinculá-lo de Robert Pattinson (ator do qual eu sou fã). Um livro legal de ler.

O Hobbit de J.R.R. Tolkien – DL 2012



Tema: Graphic novel
Mês: Outubro de 2012 (Livro 2)
Leitura do mês: O Hobbit
Autores: J.R.R. Tolkien, Charles Dixon, David Wenzel
Editora Devir, 140 p.

Baseada na obra do escritor J. R. R. Tolkien, a HQ conta a história de Bilbo Bolseiro, um Hobbit pacato e satisfeito cuja vida vira de cabeça para baixo quando ele se junta ao mago Gandalf e a treze anões em sua jornada para reaver um tesouro roubado. Esta versão em quadrinhos foi condensada por Charles Dixon e ilustrada por David Wenzel. (Sinopse: Skoob)

Eu sempre quis ler O Hobbit ilustrado, e quando soube da existência deste livro, corri atrás. É a mesma história que Tolkien narra em seu primeiro livro publicado (o qual esse ano completou 75 anos de aniversário de publicação), com a diferença de que o leitor (que já leu o livro) nota a ausência daquela linguagem rebuscada utilizada por Tolkien. Utilizando uma linguagem um pouco mais acessível e com uma narrativa leve, vemos a aventura de Bilbo Bolseiro tomar vida nas páginas deste livro. A ilustração mais impressionante, claro, é de Smaug, deitado sobre o tesouro dos anões. Um livro muito indicado a qualquer um, fã ou não do mestre.

Pride and Prejudice de Jane Austen – DL 2012


Tema: Graphic novel
Mês: Outubro de 2012 (Livro 1)
Leitura do mês: Pride and Prejudice
Autoras: Jane Austen, Nancy Butler
Editora Marvel Books, 120 p.

It is a truth universally acknowledged, that a single man in possession of a good fortune must be in want of a wife... Tailored from the adored Jane Austen classic, Marvel Comics is proud to present Pride & Prejudice! Two-time Rita Award-Winner Nancy Butler and fan-favorite Hugo Petras faithfully adapt the whimsical tale of Lizzy Bennet and her loveable-if-eccentric family, as they navigate through tricky British social circles. Will Lizzy's father manage to marry off her five daughters, despite his wife's incessant nagging? And will Lizzy's beautiful sister Jane marry the handsome, wealthy Mr. Bingley, or will his brooding friend Mr. Darcy stand between their happiness. (Sinopse: Skoob)

Para quem conhece o romance mais famoso de Jane Austen, essa graphic novel (dividida em cinco volumes), pode ser uma nova versão de Orgulho e Preconceito, não só pelas imagens, mas por manter o mesmo tom do romance original. E para quem não conhece, é uma ótima chance de se apaixonar por Darcy e Lizzie e experimentar o que só a leitura de um romance de Jane Austen é capaz. Apesar de não ser fã da Marvel e seus quadrinhos, gostei das ilustrações, pois mesmo não retratando alguns personagens como eu sempre imaginei, também não fogem muito a regra.

17 de set. de 2012

O trono de fogo de Rick Riordan – DL 2012


Tema: Mitologia universal
Mês: Setembro de 2012 (Livro 3)
Leitura do mês: O trono de fogo
Autor: Rick Riordan
Editora Intrínseca, 398 p.

Carter e Sadie estão de volta a casa do Brooklyn, agora uma sede de treinamento para jovens do mundo todo que descendem de linhagens faraônicas. Desta vez, eles precisam encontrar os pedaços do Livro de Rá, o deus Sol, e decifrá-lo para poder vencer uma batalha contra Apófis, o deus do caos. Eles só têm cinco dias para decifrar o livro, despertar Rá e evitar que Apófis se liberte de sua prisão milenar. No meio disso, Carter lida com uma “paixonite obsessiva”, enquanto Sadie suspira pelo deus Anúbis e por Walt, um dos seus aprendizes. Quando Sadie volta a Londres para celebrar seu aniversário com suas amigas, tudo dá errado e assim, novamente os irmãos embarcam em uma nova aventura, lidando com novos inimigos e com as dúvidas dos deuses sobre o despertar de Rá. A Casa da Vida, com Desjardins como Sacerdote-Leitor Chefe, agora oferece um perigo maior, pois um mago poderoso parece estar controlando Desjardins totalmente, e os irmãos precisam descobrir se despertar o deus Sol realmente os ajudará na luta contra o caos.

Novos deuses são apresentados, assim como o mito do nascimento do sol e a luta da Ordem contra o Caos. Riordan continua, em meio a aventura principal, apresentando as várias facetas dos deuses egípcios. Desde o primeiro livro, o autor utiliza algumas passagens cômicas para expressar as dúvidas e descobertas pertinentes à adolescência. Neste segundo livro, estas passagens conseguem ser mais engraçadas. Uma excelente sequência.

A pirâmide vermelha de Rick Riordan – DL 2012


Tema: Mitologia universal
Mês: Setembro de 2012 (Livro 2)
Leitura do mês: A pirâmide vermelha
Autor: Rick Riordan
Editora Intrínseca, 445 p.

Carter Kane e seu pai Julius estão em Londres para a costumeira visita a irmã de Carter, Sadie, que vive com os avós maternos desde a morte da mãe deles. Julius Kane é um arqueólogo e egiptólogo conhecido no mundo todo. Nesta noite, uma véspera de Natal, Julius resolve levar os filhos para o British Museum, onde ele afirma para os filhos que irá “consertar” as coisas. No entanto, tudo dá errado, pois Dr. Kane acaba libertando os principais deuses do panteão egípcio: Set, Osíris, Hórus, Néftis e Ísis. O maligno deus Set aprisiona Julius em um caixão e o enterra, jurando perseguir seus filhos. A confusão está armada, Carter e Sadie não entendem nada e acabam sendo levados por um homem chamado Amós para uma casa no Brooklyn, Estados Unidos. Só que nem tudo parece seguro: sua nova casa é atacada e eles precisam fugir para salvar suas vidas. A partir daí, os irmãos Kane embarcam em uma aventura louca e cheia de imprevistos para salvar seu pai, e no caminho descobrem a verdadeira história de sua família, qual seu vínculo com um grupo secreto de magos poderosos que existe desde o tempo dos faraós e qual a real fonte de seus poderes.

Eu simplesmente amei este livro. Desde que assisti a desastrosa adaptação de Percy Jackson para o cinema, fiquei com um pé atrás com Rick Riordan (como se a culpa do filme ruim fosse do autor....), então estava muito na dúvida com essa nova série. Não me arrependi. O livro, narrada em primeira pessoa (alternando entre os irmãos) é repleto de informações históricas e curiosas sobre o Egito Antigo, principalmente sobre sua mitologia. Conhecemos um pouco da história de Osíris, Ísis e Hórus, da eterna disputa pelo poder entre Set e Osíris e do papel que cada um dos mais importantes deuses egípcios desempenhava. Um dos pontos altos é a maneira como Riordan explorou as variações de um mesmo mito. Por exemplo, uma das variações: quando Osíris é aprisionado pelo irmão Set, seu caixão é quebrado e o pedaço espalhado por vários cantos do Egito. Ísis foge, reúne os pedaços e revive Osíris tempo suficiente para que ela engravide de Hórus, o qual mais tarde derrota Set e assume o trono. Existe outra variação em que Hórus é irmão de Osíris e Ísis, ao invés de filho. Os três, junto a Set e Néftis, são filhos de Geb e Nut. Riordan expõe cada variação de uma forma que o leitor não se confunde. Ele também menciona objetos famosos, como a Pedra de Roseta, e explica sua história. Este livro reúne todos os elementos de uma deliciosa aventura infantojuvenil: aventura, diversão e educação.

16 de set. de 2012

A epopéia de Gilgamesh – DL 2012



Tema: Mitologia universal
Mês: Setembro de 2012 (Livro 1)
Leitura do mês: A epopéia de Gilgamesh
Autor: Anônimo
Editora Martin Fontes, 182 p.

Gilgamesh foi o rei de Uruk. Dotado de grande poder e e beleza pelos deuses, Gilgamesh se tornou um homem forte e um grande guerreiro. Ele conquistava todas as cidades, todas as mulheres e não havia outro homem que pudesse se equiparar a ele. Até o momento em que os deuses, escutando os lamentos do povo que Gilgamesh não poupava, decidiram criar um “rival”. Enkidu nasceu da imagem criada pela deusa Aruru. Enkidu era um homem selvagem, que vivia nas colinas dentre as feras que aceitavam sua companhia como se fosse seu igual. Um caçador o encontra e, assombrado com sua força selvagem, fala com Gilgamesh, que entrega ao caçador uma rameira para que a mulher o tentasse. O encontro acontece, Enkidu cede e perde a capacidade (por assim dizer) de conviver em harmonia com os animais. Quando se deitou com a mulher, ele se tornou realmente um homem. Impressionado com o que ela conta sobre Gilgamesh e seu reino, Enkidu resolve desafiá-lo. A luta entre ambos é assustadora. Quando Gilgamesh tropeça na muralha da cidade, Enkidu o ajuda. O rei Gilgamesh percebe que encontrou o amigo dos seus sonhos premonitórios, já que Enkidu, ao invés de matá-lo como deveria, venceu a luta sem sangue derramado.

Uma história que vale a pena ser lida por diversos motivos. O texto reporta a uma cultura quase muito antiga, da qual poucos são os registros que ainda temos hoje. A antiga região da Mesopotâmia (que hoje abarca alguns territórios do Oriente Médio) é a região “berço do mundo”, onde a própria civilização nasceu, onde surgiram as primeiras formas de escrita. Além disso, se refere a uma cultura que poucos conhecem, mas que faz parte da história da humanidade. Este tipo de poema é o único que me dar prazer em ler (talvez porque contem histórias sobre mitologias e heróis épicos). Uma história onde aventura, moralidade e tragédia se reúnem, esse livro é indicada não somente por precederem as epopéias de Homero mas por sua qualidade e originalidade.

1 de ago. de 2012

Drácula de Bram Stoker – DL 2012


Tema: Terror
Mês: Agosto de 2012
Leitura do mês: Drácula
Autor: Bram Stoker
Editora Martin Claret, 438 p.

Um corretor de imóveis chamado Jonathan Harker viaja para a Europa central para negociar com um nobre romeno, Conde Drácula, interessado em adquirir uma propriedade na Inglaterra. Apesar de alguns fatos estranhos, o negócio se concretiza. Mas o corretor começa a ficar apavorado. De volta a Londres, o rapaz começa a perceber a relação entre acontecimentos noticiados pela imprensa local, ocorrências no seu círculo de amizades, com destaque para o médico Seward e Van Helsing, e a chegada do nobre à cidade. Eles se organizam para desarticular o plano de Dracula, interessado em reproduzir na maior cidade de então o mesmo domínio que exerce sobre os habitantes da Transilvânia. Jonathan e sua noiva Mina também agem. Mas um triste acontecimento frustra os planos do grupo por um tempo até a caçada se reiniciar. 

Um livro difícil de ler. As descrições no início são exaustivas, mas mesmo para alguém que não é fã de terror como eu o livro vale a pena. Estava com saudade do vampiro “normal”, que morre com uma estaca no coração e bebe sangue humano. Apesar de ter certeza de que não vou ler esse livro de novo, recomendo.

1 de jul. de 2012

As meninas de Lygia Fagundes Telles – DL 2012


Tema: Prêmio Jabuti
Mês: Julho de 2012
Leitura do mês: As meninas
Autora: Lygia Fagundes Telles
Editora Cia. Das Letras, 304 p.

Três amigas, tendo como ponto em comum a solidão, vivendo na época dos governos militares. Enquanto Lia briga com o regime, Ana Clara está metida com drogas e Lorena, a mais rica, vive ajudando as amigas com o dinheiro do papai. As três meninas compartilham um pensionato de freiras, que não cansam de se surpreenderem com o estilo de vida das três. Lia, Ana Clara e Lorena são personagens conflitantes, o que se demonstra através de suas reflexões interiores constantes. A isso, soma-se a miséria cultural da época.

O livro de Lygia Fagundes Telles proporciona uma leitura fácil e a linguagem é leve. A história não é vulgar, apesar de complexa. O mais legal é que é fácil se identificar com qualquer uma das três meninas, mesmo a época que se vive seja outra. Além de ser fácil se identificar com a luta pela liberdade, luta esta que todos travam uma vez na vida. Um belo livro, uma história para pensar.

28 de jun. de 2012

O atlas esmeralda de John Stephens - DL 2012


Tema: Viagem no tempo
Mês: Junho de 2012 (Livro 3)
Leitura do mês: O atlas esmeralda
Autor: John Stephens
Editora Objetiva, 295 p.

Em uma noite de Natal, Kate, Michael e Emma são tiradas da casa dos pais para serem escondidos. Eles corriam perigo, e seus pais resolvem entregá-los para protegê-los. Kate se lembra pouco dessa noite, mas o suficiente para manter acesa na mente e no coração de seus irmãos menores a lembrança dos pais e a promessa de que um dia eles voltarão para buscá-los. Por 10 anos, eles vagaram de orfanatos em orfanatos. Quando sua última chance evapora, eles são mandados para Cambridge Falls, onde descobrem a existência de um livro que os faz viajar no tempo. Em sua primeira “viagem” ao passado, eles descobrem o mistério que, no presente, faz com que a cidade seja tão sombria e o porque de não existirem crianças vivendo nela. A partir daí, os três irmãs, juntos e às vezes separados, embarcam de volta para um passado mais distante e voltam novamente para o presente com o objetivo de encontrar o Atlas, um livro esmeralda que tem o poder de comandar o tempo e o mundo, e assim poder ajudar as crianças, derrotar a Condessa e descobrir onde estão seus pais. Anões, espíritos malignos e homens amaldiçoados também tomam parte nessa luta para que os mundos mágico e humano possam novamente existir juntos.

Uma aventura repleta de mistérios, viagens no tempo, três crianças espertas e a busca por um livro poderoso são os elementos principais do livro de John Stephens. Confesso que as várias viagens no passado me confundiram um pouco e somente no final fui entender, mas isso não desmerece de forma alguma o livro. Os personagens são muito divertidos (as implicâncias de Emma e Michael me fizeram rir bastante), mas a história tem seus momentos tristes (mas não infelizes, já que Gabriel foi salvo). Um livro que eu recomendo não só porque é de fantasia, mas também porque fala da magia da viagem no tempo de uma forma que eu poucas vezes vi igual.

2 de jun. de 2012

A Mulher do Viajante no Tempo de Audrey Niffenegger – DL 2012


Tema: Viagem no tempo
Mês: Junho de 2012 (Livro 2)
Leitura do mês: A Mulher do Viajante no Tempo
Autora: Audrey Niffenegger
Editora Suma de Letras, 450 p.


Clare Anne Abshire é escultora, mulher de Henry DeTamble, um homem que sofre de um distúrbio genético que faz com que ele viaje no tempo. Por isso, Clare conhece Henry a vida toda, mas não sabe disso: ele sempre é seu melhor amigo durante a infância e adolescência. No presente, quando eles se conhecem Clare já tem 20 anos e Henry 28. E aí está o cerne da questão, pois ela reconhece o homem que sempre, enquanto ele ainda não a conhece. Os encontros entre ambos vão acontecendo, no passado e no presente. Assim, Clare precisa aprender a conviver com a espera por Henry.

Um livro confuso, pelo menos no início. O que me chamou a atenção e me confundiu demais foram as viagens no tempo. Mas há algo de bonito no fato de um estar esperando pelo outro. Uma coisa legal é que, seja no passado, seja no presente, ambos, Clare e Henry, demonstram seu ponto de vista. Uma excelente história de amor, complexa e simples ao mesmo tempo. Recomendado.

1 de jun. de 2012

Os doze trabalhos de Hércules de Monteiro Lobato – DL 2012


Tema: Viagem no tempo
Mês: Junho de 2012 (Livro 1)
Leitura do mês: Os doze trabalhos de Hércules
Autor: Monteiro Lobato
Editora Brasiliense, 130 p.


Pedrinho está com muita vontade de visitar a Grécia de novo e saber mais sobre Hércules. Ele, o Visconde e Emília estão se preparando para viajar para a Grécia Antiga. Enquanto isso, Dona Benta continua contando as aventuras do herói. Assim, quando está tudo pronto, os três aspiram o pó de pirlimpimpim e pronto: já chegaram a Grécia. A primeira parada é Neméia, onde Hércules irá matar o leão comedor de gente. É assim que começam as aventuras do pessoal do sítio na Grécia Antiga. Depois de Neméia, eles seguem para a próxima tarefa de Hércules: matar a Hidra de Lerna. E assim o herói vai completando suas tarefas.

Um livro muito divertido. Uma excelente junção, Monteiro Lobato e mitos gregos na figura do herói supremo: Hércules, o mais famoso filho de Zeus. Devo dizer que a primeira vista achei engraçada a idéia de Hércules ter ajuda para completar suas tarefas, ainda mais ajuda vinda de um menino, uma boneca de pano e um boneco feito de sabugo de milho. A leitura foi rápida e divertida. Um dos livros infantis mais divertidos que li. Muito recomendado.

2 de mai. de 2012

As memórias de Cleópatra 3 de Margaret George – DL 2012


Tema: Fatos Históricos
Mês: Maio de 2012 (Livro 3)
Leitura do mês: As memórias de Cleópatra: o beijo da serpente
Autora: Margaret George
Editora Geração Editorial, 414 p.

A situação política é uma bomba que está a um passo de explodir. Cleópatra tenta constantemente assegurar a Marco Antônio que ele é o homem certo para unir ocidente e oriente em um único império. Agora, ele e Otávio duelam pelo poder supremo. As intrigas políticas são cada vez mais constantes, um lado perde aliados enquanto outro os ganha. E tudo culmina na Batalha de Áccio, a qual Marco Antonio perde. Louco de pesar, ele se mata, enquanto Otávio entra em Alexandria para reclamar a cidade. Ele faz de Cleópatra prisioneira, mantendo a rainha em constante vigilância para que ela não se mate (ele queria levá-la como prisioneira para o desfile em seu Triunfo). No entanto, pela última vez, a sagacidade da rainha é maior do que a força do soldado. Percebendo que os pedidos de clemência para seu filho Cesarion (o qual já havia fugido) não vão resultar em nada, se tranca em sua câmara funerária e se mata com o veneno de uma serpente. Otávio chega tarde para evitar o acontecido, mas acaba levando para Roma os filhos pequenos de Cleópatra e Marco Antônio (mais tarde ele os incorpora a sua própria casa) e mata Cesarion. Assim, se finda a dinastia ptolemaica e o Egito passa a fazer parte do futuro império romano. Melhor frase: “De todas as coisas perdidas em todo o mundo, as coisas das quais jamais ficaremos sabendo, este filho perdido de César e Cleópatra deve ser a mais torturante. Que tipo de adulto ele teria sido, com os dons herdados de seus notáveis pais?”

O último livro da trilogia de Margaret George sobre a vida de Cleópatra fecha a história com chave de ouro. O mais interessante é ler no final e descobrir que a descendência dos filhos sobreviventes da rainha e Marco Antonio e que os filhos dos outros casamentos do general o transformaram em ancestral de reis e rainhas da Pequena Armênia (dentre outros reinos) e de imperadores como Calígula, Claudio e Nero. Uma excelente leitura para todos aqueles fascinados pela vida da mais famosa rainha do Egito.

As memórias de Cleópatra 2 de Margaret George – DL 2012


Tema: Fatos Históricos
Mês: Maio de 2012 (Livro 2)
Leitura do mês: As memórias de Cleópatra: sob o signo de Afrodite
Autora: Margaret George
Editora Geração Editorial, 398 p.

Cleópatra está de volta ao Egito após deixar Roma às pressas. A pressão na cidade era enorme, depois da morte de Júlio César. Após se recuperar da viagem, em sua primeira reunião ela começa a descobrir o rumo político do testamento de César, que havia nomeado seu sobrinho Otávio como herdeiro. Após Ptolomeu XIV, seu irmão mais novo e segundo marido, morrer de tuberculose, Cleópatra se inteira acerca da vida em Roma. O Triunvirato está formado com Lépido, Otávio e Marco Antonio dividindo o poder. Sua ajuda a Marco Antonio é adiada quando a rainha perde seus melhores barcos durante uma tempestade; os assassinos de César estão mortos. Decidida a se encontrar com Marco Antonio para de alguma forma garantir a vida de seu filho e seu trono, Cleópatra embarca em uma magnífica embarcação. Vestida de Vênus, com um belo séquito e destilando sensualidade, na mesma noite ela e Marco Antonio se tornam amantes. A partir desse momento, tem inicio um dos casos amorosos mais famosos da história. Com seus dois filhos, Cleópatra Selene e Alexandre Hélio, Cleópatra e Marco Antonio sonharam um império que ligaria o ocidente ao oriente. Mesmo que ambos se tornassem uma ameaça a Roma. Melhor frase: “Tenha cuidado com o homem que adota uma cultura estrangeira com naturalidade. Isso o arruína.”

Uma das coisas que eu mais gostei foi que a autora construiu a vida de Cleópatra bem longe dos estigmas conhecidos; Margaret George menciona a beleza como uma das qualidades da rainha, mas também menciona sua inteligência e astúcia política. Os casos mais famosos da história (entre a rainha e César e depois Marco Antonio) começaram do nada, a rainha não intencionava ser amante de nenhum deles. Uma continuação excelente.

1 de mai. de 2012

As memórias de Cleópatra 1 de Margaret George – DL 2012


Tema: Fatos Históricos
Mês: Maio de 2012 (Livro 1)
Leitura do mês: As memórias de Cleópatra: a filha de Ísis
Autora: Margaret George
Editora Geração Editorial, 486 p.

Lembranças da mãe morta, afogada nas águas do Nilo. Lembranças da primeira oferenda feita a Ísis, a deusa soberana do Egito e a qual se acreditava que Cleópatra era a própria encarnação. Após a morte da rainha Cleópatra (mãe da famosa homônima, elas tinham o mesmo nome), o faraó Ptolomeu se casou novamente e teve mais três filhos. Somando-os as três primeiras filhas, Cleópatra, Berenice e Cleópatra, eram seis. Na época em que Ptolomeu subiu ao trono, o Egito já havia perdido muito de sua grandeza e se encontrava nas mãos dos romanos. Em seu primeiro banquete, aos sete anos de idade, Cleópatra conhece Pompeu, o famoso general. Á medida que o banquete acontece, a situação política é descortinada: Ptolomeu Alexandre havia deixado o Egito em testamento para Roma e agora Júlio César intencionava transformar o país em província romana... Quando o faraó parte para Roma em busca de ajuda, Cleópatra VI e Berenice IV tomam o poder. Intrigas palacianas, assassinatos em família e o faraó retoma seu trono com ajuda de Roma, condenando Berenice a morte por traição. Assim, Cleópatra VII se torna a sucessora do trono. Ela e seu irmão Ptolomeu XIII são coroados novos governantes do Egito, mas não se casam. As brigas começam quando ela tenta tomar a frente do poder sem se casar, o que era visto como ameaça, já que seu irmão também era o governante. Ela começa a juntar partidários, mas certos acontecimentos viram o povo contra ela. Quando ela viaja para participar da cerimônia de sucessão do touro sagrado de Hermôntis, o conselho regente usurpa o poder em nome de Ptolomeu XIII e mata Pompeu (que chegara ao Egito em busca de ajuda, derrotado por César). Este chega ao Egito e se mostra descontente com a morte do rival (Pompeu tinha o direito de receber ajuda egípcia, já que era considerado seu “protetor”). O general manda chamar Cleópatra, então a rainha se esconde em um tapete e chega assim disfarçada até César. Na mesma noite eles se tornam amantes, enquanto César luta para derrotar Ptolomeu e seu exército. Ao mesmo tempo, Cleópatra descobre estar grávida. Ptolomeu César nasce e a rainha embarca para Roma, onde deverá testemunhar o Triunfo Alexandrino, o desfile com os espólios de guerra e prisioneiros da Guerra Alexandrina. Sua estada em Roma se estende por alguns anos, tempo em que Cleópatra avalia e vive as mais diversas intrigas políticas que culminam no assassinato de Júlio César. Melhor frase: “Rainhas que não se ocupam dos detalhes ordinários geralmente se acham ignorantes dos detalhes maiores.”

Sempre fui apaixonada pela história e mitologia egípcias. Fiquei louca quando vi pela primeira vez essa coleção de Margaret George, até mesmo por causa da capa. Comprei, li e adorei. Esse livro mostra, através de romance, a fascinante vida na corte egípcia na época de uma das mais famosas faraonas da história. Foi interessante descobrir que sua mãe também se chamava Cleópatra e que sua irmã mais velha também tinha o mesmo nome, assim como saber que a Cleópatra mais velha e Berenice também foram rainhas, mesmo por pouco tempo (já que o nome da rainha não figura em nenhuma genealogia egípcia dos Ptolomeu que eu tenha visto, assim como os nomes das filhas enquanto rainhas). A boa narrativa e a descrição excelente fazem deste livro uma ótima leitura.

6 de abr. de 2012

Sombras do império de J.G. Ballard – DL 2012


Tema: Escritor oriental
Mês: Abril de 2012 (Livro 2)
Leitura do mês: Sombras do império
Autor: J.G. Ballard
Editora Record, 304 p.

Jim vive em Xangai com a família na época da II Guerra Mundial. Quando ele se separa dos pais na confusão dos ataques japoneses, ele perambula sozinho até ser preso. No campo de Lunghua, ele ouve boatos de uma tentativa de fuga. No entanto, quando a guerra acaba, ainda existe uma incerteza sobre evacuar o campo. Ele foge, esperando encontrar os pais na sua casa em Xangai. Ele é o primeiro a chegar em casa e fica a espera de seus pais, enquanto a vida em Xangai prossegue. 

Mais um romance autobiográfico e ficcional de J.G. Ballard. No “primeiro” livro, o autor narrou sua vida em Xangai na época da II Guerra Mundial e de que forma sua vida mudou após o ataque japonês a Pearl Harbor. Agora, ele fala sobre as tentativas de fuga e os traumas vividos nesse período. Não é como se esse livro fosse uma continuação, porque o autor narra um pouco do que já havia falado no primeiro livro. Ballard simplesmente dá outro enfoque aos acontecimentos relacionados a sua vida no campo de Lunghua. Mais um excelente livro de Ballard que, através de um relato biográfico, narra as esperanças do pós-guerra.