Título: Um cântico de Natal Autor: Charles Dickens Mês: Dezembro Tema: Se passa no Natal
Editora Landmark, 144p.
O velho Ebenezer Scrooge é um proprietário pão duro, mesquinho e egoísta que só gasta dinheiro com o que julga necessário, sem nunca oferecer conforto ou ajuda de bom grado a quem precisa. Na véspera de Natal, ele recebe a visita de três fantasmas, que irão lhe mostrar visões do passado, presente e do futuro que lhe aguarda caso ele não mude sua conduta e filosofia de vida.
Eu já perdi a conta de quantas versões desta história eu já vi por aí. Desde livrinhos infantis até filmes da Disney, onde o pão-duro é sempre o Tio Patinhas (que surpresa :P ) que fiquei abismada comigo mesmo pelo tempo que me levou ler a versão original da história. Fazia tempo que eu estava atrás desse livro, consegui numa troca e quando finalmente li, eu amei, tanto que me deu vontade de ir atrás dos meus antigos gibis e filmes para ver tudo de novo. Leitura mais do que apropriada para essa época do ano. Recomendadíssimo.
Título: The Inheritance almanac Autor: Michael Macauley Mês: Novembro Tema: Livro de capa azul
Editora Knopf Books for Young Reader, 224p.
Um guia do tipo A-Z sobre o mundo de fantasia criado por Christopher Paolini. Personagens, lugares, objetos, acontecimentos, criaturas, tudo está reunido e explicado neste manual que oferece informações que não se encontram nos livros da série.
Um guia muito bom. Desde que eu soube dele, fiquei curiosa, mas como nem sempre esses guias são realmente bons, só fiz questão de comprar porque o Ciclo da Herança foi uma das melhores séries que li. Ele ficou na estante muito tempo, fiquei esperando porque imaginei que alguma hora ele se encaixaria em algum desafio literário. Dito e feito. O ebook é muito bom porque eu descobri coisas que nunca soube, mesmo lendo e relendo os livros várias e várias vezes, como o nome do dragão de Galbatorix. Adorei e indico.
Título: Caçadas de Pedrinho Autor: Monteiro Lobato Mês: Outubro Tema: Clássico
Editora Brasiliense, 105p.
O Marquês de Rabicó mora no sítio de Dona Benta e conhece todos os recantos do local. Ao se aventurar por uma parte da mata fechada, ele acaba descobrindo pegatas do que ele acredita ser um gato gigante. Desesperado, ele volta pro sítio e conta sua descoberta para o Pedrinho, atiçando a curiosidade do menino. Ele conta para Narizinho, e mais tarde Dona Benta e Tia Nastácia também ficam sabendo. Pedrinho, então, convence Narizinho de que eles devem caçar a onça (eles já descobriram que o gato gigante é uma onça). Junto a eles se unem oVisconde de Sabugosa, o Marquês de Rabicó e a boneca Emília. Mas a aventura das crianças leva os animais a procurar vingança e assim começa uma guerra entre animais e crianças. No meio disso, aparece um rinoceronte fugido que encontra no sítio um lugar de sossego. Então, as crianças se aproximam do bicho, que os ajudam a resolver o problema com o resto dos animais.
Um livro gracinha que não me levou mais do que uma hora pra ler. Monteiro Lobato fez parte da minha infância, mas somente pelo programa que a Globo exibia, “O sítio do picapau amarelo”, porque até este momento eu não havia lido mais do que um livro dele. Gostei. A história é divertida, os personagens são cativantes e o livro é uma bela amostra do porque Monteiro Lobato é um dos grandes nomes da literatura.
Título: Eu, você e a garota que vai morrer Autor: Jesse Andrews Mês: Setembro Tema: Sick-lit
Editora Rocco Fábrica231, 288p.
Eu sou um burro que não sente emoções apropriadas e não consigo viver de verdade uma vida humana normal.
Greg Gaines tem 17 anos cujo objetivo é passar pela vida sem incômodos. Ele não tem amigos porque não quer ser enquadrado em um grupo específico que talvez possa sofrer bullying dos outros. A única pessoa que pode ser considerada algo próximo de amigo por ele é Earl Jackson, um garoto de vida familiar problemática e com quem ele cria filmes péssimos, os quais os dois não deixam ninguém ver de tão ruins. A vida de Greg seguia normal e sem incidentes, até sua mãe intimá-lo a voltar a falar com Rachel, uma ex-namorada que agora está morrendo devido a leucemia. A desculpa é que a amizade deles possa fazer alguma diferença no pouco tempo que Rachel tem de vida.
- Oi.
- Ei.
- …
- Eu telefonei para o médico, e ele disse que você precisava de uma receita de Greg-acil.
- E isso é o quê?
- Sou eu.
Greg não tem ideia de como se aproximar de Rachel, até que um simples telefonema muda tudo e os dois se tornam amigos. E o mais irônico: Rachel gosta dos filmes horrorosos que Greg e Earl produzem.
Depois de pesquisar sobre livros para essa categoria do desafio (pois eu não tinha idéia do que ler e os que sugeriam eu já havia lido), achei o livro do Jesse Andrews. O título me soava familiar, e só depois que eu vi no telecine um filme homônimo na programação, me toquei que era uma adaptação. Não quero falar das diferenças e semelhanças entre ambos, só quero dizer que fiquei encantada com o filme, chorei muito e logo depois fui ler o livro. Como é meio difíAcil expressar o quanto você pode gostar de um livro que fala sobre uma adolescente morrendo de câncer, eu só digo que o livro é diferente dos que eu li dessa temática. Ao invés de você começar a se desesperar por causa de uma jovem que está condenada a morrer tão cedo, dá para o leitor gostar da irreverência e do deboche presentes na história. Não me entenda mal, a temática é triste e sim, você vai derramar algumas lágrimas, mas o foco do livro não é o drama da doença. Eu gostei do jeito “acomodado” de Greg (como me identifiquei com ele!) e gostei da dinâmica entre ele e Rachel. Muito recomendado.
Título: Pântano de sangue Autor: Pedro Bandeira Mês: Agosto Tema: Suspense / Terror / Thrillher
Editora Moderna, 192p.
O professor favorito de Crânio foi assassinado. Pouco tempo depois, o menino some também. No Pantanal. Longe dali, Miguel, Calu, Magrí e Chumbinho se sentem culpados por não darem ouvidos as explicações de Crânio sobre a morte do professor. Mesmo assim, o menino resolve agir sozinho e parte para o Pantanal, pois ele acredita que lá ele descobrirá o assassino de seu mestre. O detetive Andrade lhes dá a notícia do sumiço do amigo, e agora os karas restantes também resolvem se embrenhar na selva pantaneira atrás do amigo. Lá, eles dão de cara com um grupo criminoso de exploração desordenada da natureza, liderado por um criatura misteriosa que todos conhecem como Ente.
A segunda aventura dos Karas, tão envolvente quanto a anterior. Dessa vez, o cenário é o pantanal brasileiro, e só por isso eu adorei. Novamente, o vilão é quem menos se espera (e sim, eu pensei em várias alternativas para descobrir quem era o Ente, pensei inclusive no verdadeiro vilão, mas como acontece na maioria das vezes, desconsiderei muito rápido, só para no final ficar me irritando kkkkk). Gostei bastante e recomendo.
Título: Os magos de Caprona Autora: Diana Wynne Jones Mês: Julho Tema: Fantasia
Editora Geração Editorial, 263p.
Os Montana e os Petrocchi são duas famílias italianas importantes que controlam o negócio de feitiços em Caprona. Por motivos estranhos, as duas famílias são inimigas há anos, e isso se reflete em seus componentes mais jovens, Tonino Montana e Angélica Petrocchi. Eles somem depois de ler um livro sobre a história de uma criança que salvou seu país. Quem primeiro dá por falta de Tonino é Benvenuto, o gato da família, que alerta todos para o seu desaparecimento. Como não podia deixar de ser, eles culpam os Petrocchi, enquanto estes culpam os Montana pelo sumiço de Angélica. O que eles não sabem é que os dois se encontram presos pela Duquesa, quem eles descobrem estar por trás da ameaça ao Anjo de Caprona, estátua guardiã de ambas as casas.
Mais um livro da Diana. Cada vez que eu pego um dos livros dela para ler, tomo consciência de que a única motivação por trás de eu ter adquirido esses livros está no fato de que ela foi aluna de Tolkien e Lewis. A única. Apesar de ter gostado mais desse livro do que dos primeiros que li dela, ainda assim. Desta vez, a leitura foi mais prazerosa e conseguiu prender mais a minha atenção. Fiquei roendo as unhas em certos momentos e gostei mais da forma como a autora aborda a questão da magia em seu mundo. Recomendo.
Título: Perdendo-me
Autora: Cora Cormack
Mês: Junho
Tema: Hot
Editora Novo Conceito, 288p.
Bliss Edwards é uma estudante de 22 anos, e a única virgem da sua turma na faculdade. Depois de uma saída em que sua amiga Kelsey decide que ela precisa perder a virgindade o quanto antes, Bliss volta para casa acompanhada de um cara charmosíssimo. O clima é favorável, eles estão no maior amasso, a coisa está ficando quente mas Bliss acaba dando para trás. Ela inventa uma desculpa completamente esfarrapada e abandona o cara na própria cama. Depois dessa, tudo que ela quer é esquecer o que aconteceu. Qual não é sua surpresa quando ela chega para o primeiro dia de aula do último semestre e descobre que o professor substituto é Garrick Taylor, o mesmo cara que ela abandonou na sua cama! Ambos constrangidos, Bliss e Garrick vão precisar lidar um com o outro, sem se deixar levar pela atração fortíssima (e pelo assunto inacabado) que existe entre eles. Ou será que não?
Nunca pensei que fosse dizer isso de um livro com essa temática, mas eu me diverti muito lendo. A história é meio clichê (menina se apaixona por um cara que mais tarde se revela ser seu professor, e os dois precisam lidar com a tensão sexual para evitar que sejam descobertos), mas talvez seja por isso mesmo que seja uma divertida. A protagonista é muito maluca (só pela desculpa que ela inventa na hora do bem-bom e o estado em que ela se encontra vale altas risadas), Bliss consegue se meter nas maiores confusões graças a confusão inicial (vulgo arranjar uma gata para que não se sinta mais uma mentirosa). Ao contrário de outros livros que eu li desse gênero, a protagonista não é patética nem carente, seu embaraço consegue até mesmo ser encantador. Indicado.
Título: A vida antes de Legend Autora: Marie Lu Mês: Maio Tema: Distopia
Editora Rocco, 64p.
Três anos antes do acontecimento de Legend, Day observa no telão o juramento diário e as notícias, que incluem a entrada de June na Universidade Drake. Quando ele mais uma vez está na tentativa de roubar suprimentos, acaba sendo descoberto por uma garota, mas ela parece ser legal e não o prende. Ela faz uma oferta de trabalho e ele aceita para não ser preso, mas Charlie (a menina) também quer outra coisa...O trabalho é bom, Day faz amizade com Charlie e tudo parece muito melhor para o garoto do que jamais foi. Enquanto isso, June começa seu primeiro dia na universidade não de forma muito boa, reagindo a provocação de um aluno que, pelo que parece, é só um valentão metido. Apesar de se meter em problemas logo no primeiro dia, acaba sendo incluída em uma turma adiantada.
Uma história bem curtinha, li bem rápido. Vale a pena saber mais sobre a vida de Day e June, mesmo que seja só um pequeno fragmento dela. Como o conto fala de coisas que aconteceram antes de Legend, não faz diferença ler antes ou depois da trilogia. Só para lembrar, esse conto esta disponível somente em formato digital.
Título: Cinderela Pop Autora: Paula Pimenta Mês: Abril Tema: Nacional
Editora Galera Record, 156p.
A diretora do colégio de Cintia proibiu os alunos de usarem os celulares na escola. Para a garota, isso não seria nenhum problema se o horário do recreio não fosse a única hora para ela falar com a mãe que trabalha no Japão. Assim, Cintia se vê obrigada a pedir um favor para o pai, com quem ela não fala há um bom tempo, e acaba tendo que prestar outro favor em troca: ir na festa de quinze anos das enteadas dele, filhas da sua nova (e nojenta) mulher. Ela aceita e vai disfarçada, porque ela também já havia sido contratada para trabalhar como DJ na mesma festa, mas seu pai nem sonha com isso. No dia da festa, Cintia acaba encontrando um carinha gente boa, e a conversa entre eles indica que algo mais está surgindo. Só que Cintia descobre tarde demais que o tal carinha simpático é Fredy Prince, cantor super famoso e desejado que até momentos antes ela detestava. Na correria da fuga, ela acaba perdendo um par do seu estilizado tênis All star e mais tarde descobre que está com Fredy. Ele está louco atrás de sua Cinderela pop, e faz de tudo para encontrá-la, mas Cintia terá que lidar com as tramóias de sua madrasta má, que quer a todo custo impedir que a menina consiga o que quer.
Gostei bastante desse livro. Apesar de adorar a Paula Pimenta, eu estava com o pé atrás, mas amei. Uma versão moderna do conto da Cinderela, como o próprio título indica, envolvendo música, um astro adolescente e um par perdido de All star (que foi, na minha opinião, o tchan da história. Nada de sandálias enfeitadas ou saltos bonitos, um simples e estilizado par de tênis). Também gostei do que Fredy faz para encontrá-la. Li em uma tarde, não consegui largar.
Título: Doctor Who: Shada Autor: Gareth Roberts Mês: Março Tema: Sci-fi
Editora Suma de Letras, 345p.
Estamos em Cambridge, final dos anos 70. Um certo estudante de pós-gradução chamado Chris Parsons vai em direção a sala do professor Chronotis em busca de alguns livros emprestados. Um dos livros chama sua atenção, e ele não faz idéia de que o objeto, chamado “O venerável e ancestral livro das leis de Gallifrey”, está sendo procurado por Skagra. O livro é a chave para Shada, um planeta que serve de prisão para os Senhores do Tempo criminosos. Outras pessoas que também procuram o livro com o objetivo de evitar que caia nas mãos erradas é o Doutor e Romana, mas eles acabam chegando tarde demais. De posse do livro, Skagra dá início ao seu plano:
[...] Vou criar propósito e sentido. Vou salvar o universo de si mesmo, do caos.
Em palavras mais claras, Skagra, que havia concluído que Deus não existia desde pequeno, quer ele mesmo fazer com que sua mente seja a mente universal, a mente de Deus. Nessas alturas, Clare, amiga de Chris, também já estava muito envolvida em toda a confusão da busca pelo livro. Juntos, o Doutor, Romana, Chris e Clare partem para impedir que Skagra chegue em Shada e liberte o antigo criminoso Salyavin. O que Skagra não faz idéia é de que Salyavin está mais perto do que ele imagina...
Eu sou iniciante no mundo de Doctor Who. Desde o ano passado que me interessei pela série, e como acontece comigo no que se refere as séries que assisto hoje em dia, eu comecei a ver essa por pedaços (episódios aleatórios, de várias temporadas, e digo que Peter Capaldi está se tornando o meu Doutor favorito), ainda não tomei coragem para começar a ver desde 2005, mas uma hora vai :P Enfim. Soube que além da série, haviam livros, mas como eu ainda não sabia muito sobre a história e sabia que os livros eram como derivados da série, eu comprei alguns mas só queria ver depois de ver pelo menos metade das temporadas atuais, o que seria impraticável no momento, então desisti dessa idéia. Quando saiu o tema do desafio esse mês, nem precisei pensar muito.
Este livro é a transformação em prosa do roteiro de um episódio da série escrito por Douglas Adams, na época do 4º Doutor e Romana II. Apesar do episódio ter sido filmado e nunca ter ido ao ar, algumas partes aparecem no especial The Five Doctors. Achei um trailer de cinema desse especial:
Curti bastante a história, me surpreendi em alguns momentos, dei boas risadas e agora estou mais ansiosa para começar a ver essa série direito. Deu pra perceber porque, desde o início, as aventuras desse Senhor do Tempo vêm encantando tantas pessoas de todo o mundo. Não levei muito tempo para ler, na verdade eu devorei o livro em dois dias (isso porque eu trabalho, senão teria sido somente em um). Recomendo o livro e recomendo a série.
Título: De repente, Ana Autora: Marina Carvalho Mês: Fevereiro Tema: Chick-lit
Editora Novo Conceito, 317p.
Ana agora vive na Krósvia. Formada em direito, seu namoro com Alex vai de vento em popa, e ela consegue dividir seu tempo entre o trabalho na embaixada, o namorado e as meninas do Lar Irmã Celeste. De férias no Brasil, ela recebe uma notícia bombástica: seu pai, o rei Andrej, sofreu um acidente sério e se encontra em estado gravíssimo. Agora Ana, como herdeira do trono, deve aprender a lidar na base da pressa com as pressões da realeza, cumprindo os compromissos do pai, aprendendo a lidar com a oposição que quer vê-la pelas costas. Alex é seu apoio, mas as coisas começam a complicar quando com as investidas da garota que não desiste. Até que um seqüestro põe sua vida em risco, ao mesmo tempo em que Ana descobre a verdadeira ameaça escondida em sua própria família..
Bom, eu adorei o primeiro livro com a princesa da Krósvia como protagonista, então quando soube da continuação, fui logo atrás. Apesar de estar na minha estante faz um tempinho, eu andava ansiosa pra ler. O primeiro livro, apesar de eu ter gostado, meio que me irritou com a implicância da protagonista pelo Alex, ao mesmo tempo em que achava o cara o maior gostoso, ficava enchendo. Dessa vez, e sim, eu gostei muito desse livro, o que me irritou foi a total incapacidade de Ana em fazer o certo, já que a vida dela estava em risco. É o segundo livro da Marina Carvalho em que a protagonista sofre um seqüestro, apesar de estar totalmente “avisada” que estaria em risco (a primeira vez foi no livro Azul da cor do mar, vejam a resenha). Esse é um dos problemas do chick-lit, e um dos fatores que me levam a não gostar muito do gênero. Enquanto alguns livros apresentam protagonistas com as quais você se diverte e ri a beça, outros irritam. E ainda outros causam as duas reações. Parece clichê do gênero, não sei, não sou inteirada sobre o assunto. Não me levem a mal, a história é boa, tem certas partes que eu consigo me colocar no lugar da personagem, mas tem outros momentos que sua incapacidade de ser racional só porque o relacionamento amoroso não está bom irrita. Apesar disso, eu gostei muito. Quero muito ler o livro seguinte, que pelo nome, Elena: a filha da princesa, dá a impressão de que trará uma nova protagonista e outros tipos de problemas. Recomendo.
Título: Shirley Autora: Charlotte Brontë Mês: Janeiro Tema: Romance de época
Editora Pedrazul, 397p.
O ano é 1881, quando toda a região de Yorkshire se encontra sob o peso da guerra napoleônica. O comércio é difícil e muitos usineiros são obrigados a medidas drásticas para evitar o destino de milhares de famílias que passavam fome e se encontravam completamente miseráveis. Caroline Helstone é uma jovem de temperamento doce, órfã desde cedo que vive com seu tio, o reverendo Mr. Helstone. Ela se torna aluna de uma prima distante, Miss Moore, irmã de Robert Moore, inquilino do maior moinho da aldeia de Briarfield, na região de Yorkshire. O moinho se encontra nas terras da jovem herdeira Miss Shirley Keeldar. Estas duas moças não poderiam ser mais diferentes: Caroline é tímida, enquanto Shirley tem toda a confiança de uma herdeira de grandes terras e fortuna, que logo após chegar no local consegue chamar atenção de vários pretendentes. Exceto de Mr. Moore que, muito preocupado com a situação do seu moinho, nunca reparou que a jovem pupila de sua irmã lhe dedicava um forte sentimento. Até que uma desilusão e a chegada de Shirley, que guarda um segredo, transforma tudo ao seu redor.
Mais uma vez eu me encontro em uma situação difícil para resenhar um livro de Charlotte Brontë. Não sei porque, esse foi o terceiro livro que li da autora e segundo após Jane Eyre. Acho que essa dificuldade tem a ver com o fato de que, erroneamente, fico esperando que todos os livros dela sejam iguais a Jane Eyre. Não que sejam muito diferentes, afinal são romances de época e também podem ser vistas as ironias sociais e (uma das coisas que eu amo nesta autora) o tema da independência feminina. Acho que é porque eu já vou esperando encontrar outro Mr. Rochester, um protagonista masculino que me prendeu a atenção desde o início em Jane Eyre. Não encontrei isso nem em Villette nem em Shirley, e deve ser daí minha (quase) decepção com a história. Apesar disso, valeu a pena ler, não só porque eu gosto muito da autora, mas porque eu amo romances clássicos onde existe uma mulher do tipo de Shirley, cuja independência me atrai demais. E mesmo não gostando de sentimentos platônicos como o de Caroline por Robert, não consegui sentir aversão a personagem (o que geralmente acontece quando me deparo com personagens sonhadoras assim). Recomendo.
Então, chegou 2016. Um novo ano, com muito mais novidades e paixões literárias.
Ano passado participei de dois desafios literários e consegui cumprir todos \o/ Esse ano continuo participando do Reading Challenge criado pelo Goodreads, e continuo com o mesmo grupo que criou o Desafio Literário 2015 (esse ano, Desafio Literário 2016). Aliás, só para situar vocês, o Reading Challenge do ano passado foi traduzido pela Mari Pacheco, do blog Mari The Reader, e foi acompanhado em um grupo pelo facebook, o mesmo que esse ano lançou o Desafio Literário 2016.
A novidade fica por conta dos desafios I Dare you 2016 e do Desafio Literário Livros & Tal 2016. O diferencial entre este último e os outros está no fato de que os blogueiros não tem antecipadamente os temas de TODOS os meses. É isso mesmo, nós só vamos saber o tema de cada mês no mês anterior. Além disso, as meninas do Livros e Tal resolveram atribuir pontos para cada leitura e no fim do ano darão um prêmio a quem cumpriu todas as regras e somou mais pontos. O desafio I Dare You disponibiliza três opções de temas para cada mês e a pessoa escolhe qualquer um ou os três.
Minhas listas estão feitas. Para conferir, basta dar uma olhada na minha Meta de Leitura.