14 de mar. de 2022

Sejamos todos feministas (Chimamanda Ngozi Adichie) – DLL 2022


 

Título: Sejamos todos feministas 
Autora: Chimamanda Ngozi Adichie 
Mês: Março 
Tema: Um livro escrito e protagonizado por uma mulher negra 
Editora Companhia das Letras, 87 p. 

Sinopse: Chimamanda Ngozi Adichie ainda se lembra exatamente do dia em que a chamaram de feminista pela primeira vez. Foi durante uma discussão com seu amigo de infância Okoloma: "Não era um elogio. Percebi pelo tom da voz dele; era como se dissesse: Você apoia o terrorismo!" Apesar do tom de desaprovação de Okoloma, Adichie abraçou o termo e - em resposta àqueles que lhe diziam que feministas são infelizes porque nunca se casaram, que são antiafricanas e que odeiam homens e maquiagem - começou a se intitular uma "feminista feliz e africana que não odeia homens, e que gosta de usar batom e salto alto para si mesma, e não para os homens". 
Neste ensaio preciso e revelador, Adichie parte de sua experiência pessoal de mulher e nigeriana para mostrar que muito ainda precisa ser feito até que alcancemos a igualdade de gênero. Segundo ela, tal igualdade diz respeito a todos, homens e mulheres, pois será libertadora para todos: meninas poderão assumir sua identidade, ignorando a expectativa alheia, mas também os meninos poderão crescer livres, sem ter que se enquadrar em estereótipos de masculinidade. Sejamos todos feministas é uma adaptação do discurso feito pela autora no TEDx Euston, que conta com mais de 1,5 milhão de visualizações e foi musicado por Beyoncé. 

Que livro maravilhoso. Que discurso poderoso. Essas são as duas maneiras que encontrei para começar a falar desse livro. Que é muito curto, por sinal. O relato sobre sua vida e suas experiências pessoais, apesar de curto, chega a ser avassalador, porque nós tomamos mais consciência do que significa ser uma mulher negra e feminista. Eu só me pergunto o por quê do livro não ser maior (sim, eu sei que é a transcrição de um discurso, mas a leitura é tão satisfatória que se fica querendo mais). De qualquer forma, vale a pena porque levanta o questionamento pessoal sobre certas relações que estão muito enraizados em nós. Dez estrelas são muito pouco.

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