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6 de nov. de 2023

Zikora (Chimamanda Ngozi Adichie) – DLL 2023


 

Título: Zikora 
Autora: Chimamanda Ngozi Adichie 
Mês: Novembro 
Tema: Escrito por autora negra 
Editora Amazon, 35p. 

Zikora é uma advogada nigeriana que vive e trabalha em DC. Durante seu parto, ela reflete sobre seu relacionamento com o pai da criança, que a abandonou quando soube da gravidez, e com sua mãe, uma mulher certa de que seus próprios pensamentos são os que devem permear a vida da filha. Durante a gestação e o parto, ela pensa no quanto sua vida “perfeita e ideal” mudou de um momento para o outro, e na vida sofrida de sua mãe, que permeiam os ensinamentos que ela quer passar para sua filha. 

Esse livro foi mais um achado. Eu fico impressionada com o quanto a Chimamanda consegue, toda vez, fazer com que o leitor se perca em seus livros. Longe de serem histórias muito elaboradas ou grandiosas, são dolorosamente reais, em livros sempre muito curtos que prendem completamente a atenção. Já é uma escritora na lista das favoritas.

13 de fev. de 2023

O perigo de uma história única (Chimamanda Ngozi Adichie) – DLL 2023

 

Título: O perigo de uma história única 
Autora: Chimamanda Ngozi Adichie 
Mês: Fevereiro 
Tema: Autora africana 
Editora Companhia das Letras, 64p. 

  É assim que se cria uma história única: mostre um povo como uma coisa, uma coisa só, sem parar, e é isso que esse povo se torna. 

Sinopse: O que sabemos sobre outras pessoas? Como criamos a imagem que temos de cada povo? Nosso conhecimento é construído pelas histórias que escutamos, e quanto maior for o número de narrativas diversas, mais completa será nossa compreensão sobre determinado assunto. É propondo essa ideia, de diversificarmos as fontes do conhecimento e sermos cautelosos ao ouvir somente uma versão da história, que Chimamanda Ngozi Adichie constrói a palestra que foi adaptada para livro. O perigo de uma história única é uma versão da primeira fala feita por Chimamanda no programa TED Talk, em 2009. Dez anos depois, o vídeo é um dos mais acessados da plataforma, com cerca de 18 milhões de visualizações. Responsável por encantar o mundo com suas narrativas ficcionais, Chimamanda também se mostra uma excelente pensadora do mundo contemporâneo, construindo pontes para um entendimento mais profundo entre culturas.

[...] A consequência da história única é esta: ela rouba a dignidade das pessoas. Torna difícil o reconhecimento da nossa humanidade em comum. Enfatiza como somos diferentes, e não como somos parecidos. 

“um entendimento mais profundo entre culturas”... É exatamente a isso que se propõe esta palestra de Chimamanda. Novamente a autora surpreende ao relatar sem nenhum drama os problemas de seu país, sem diminuir no sentido de denegrir sua cultura, ela é simplesmente objetiva, falando sobre as coisas boas e ruins. Eu gostei de quando ela fala sobre seus projetos futuros sobre criar bibliotecas para ajudar a comunidade de onde ela saiu a ler mais autores africanos. Valeu a pena.

9 de nov. de 2022

Para educar crianças feministas (Chimamanda Ngozi Adichie) – DLL 2022


 

Título: Para educar crianças feministas 
Autora: Chimamanda Ngozi Adichie 
Mês: Novembro 
Tema: Um livro escrito por autor africano 
Editora Companhia das Letras, 96p. 

Essas são as 15 sugestões de Chimamanda para educar uma criança feminista: não seja definida pela maternidade; divida a criação dos filhos com o pai; não diga que uma menina não pode fazer algo porquê é uma menina; ensine a criança a tomar cuidado com o feminismo condicional; ensine a criança a ler; ensine a questionar a linguagem e decida o que dirá ou não a criança; não fale do casamento como uma realização; ensine a não se preocupar em agradar; dê a criança um senso de identidade; fique atenta às atividades e à aparência dela; ensine-a a questionar o uso seletivo da biologia como “razão” para normas sociais em nossa cultura; converse com ela sobre sexo; apoie o romance que irá existir (porque irá existir); ensine sobre opressão e não faça dos oprimidos santos; e finalmente ensine sobre a diferença e a torne normal.

Nunca lhe diga para fazer ou deixar de fazer alguma coisa “porque você é menina”. “Porque você é menina” nunca é razão para nada. Jamais. 

Esse foi mais um livro que eu fiquei desejando que fosse maior, bem maior. Apesar da autora conseguir falar tudo a que se propõe me pouco mais de noventa páginas, quando se lê sobre um assunto com o qual você tem afinidade, a vontade é que o livro não acabe mais. A cada tópico, a cada sugestão, eu poderia acrescentar muitos mais exemplos que iriam trazer mais exemplos e mais ramificações do assunto. Não acho que levei mais de uma hora para ler esse livro e adorei.

14 de mar. de 2022

Sejamos todos feministas (Chimamanda Ngozi Adichie) – DLL 2022


 

Título: Sejamos todos feministas 
Autora: Chimamanda Ngozi Adichie 
Mês: Março 
Tema: Um livro escrito e protagonizado por uma mulher negra 
Editora Companhia das Letras, 87 p. 

Sinopse: Chimamanda Ngozi Adichie ainda se lembra exatamente do dia em que a chamaram de feminista pela primeira vez. Foi durante uma discussão com seu amigo de infância Okoloma: "Não era um elogio. Percebi pelo tom da voz dele; era como se dissesse: Você apoia o terrorismo!" Apesar do tom de desaprovação de Okoloma, Adichie abraçou o termo e - em resposta àqueles que lhe diziam que feministas são infelizes porque nunca se casaram, que são antiafricanas e que odeiam homens e maquiagem - começou a se intitular uma "feminista feliz e africana que não odeia homens, e que gosta de usar batom e salto alto para si mesma, e não para os homens". 
Neste ensaio preciso e revelador, Adichie parte de sua experiência pessoal de mulher e nigeriana para mostrar que muito ainda precisa ser feito até que alcancemos a igualdade de gênero. Segundo ela, tal igualdade diz respeito a todos, homens e mulheres, pois será libertadora para todos: meninas poderão assumir sua identidade, ignorando a expectativa alheia, mas também os meninos poderão crescer livres, sem ter que se enquadrar em estereótipos de masculinidade. Sejamos todos feministas é uma adaptação do discurso feito pela autora no TEDx Euston, que conta com mais de 1,5 milhão de visualizações e foi musicado por Beyoncé. 

Que livro maravilhoso. Que discurso poderoso. Essas são as duas maneiras que encontrei para começar a falar desse livro. Que é muito curto, por sinal. O relato sobre sua vida e suas experiências pessoais, apesar de curto, chega a ser avassalador, porque nós tomamos mais consciência do que significa ser uma mulher negra e feminista. Eu só me pergunto o por quê do livro não ser maior (sim, eu sei que é a transcrição de um discurso, mas a leitura é tão satisfatória que se fica querendo mais). De qualquer forma, vale a pena porque levanta o questionamento pessoal sobre certas relações que estão muito enraizados em nós. Dez estrelas são muito pouco.

23 de nov. de 2018

198 livros: NIGÉRIA – A coisa a volta do teu pescoço (Chimamanda Ngozi Adichie)

Não existe tradução desse livro no Brasil, então fiquei com a tradução de Portugal mesmo. Doze contos, cada um deles retratando a figura feminina e sua força de várias formas. Cada uma das protagonistas dos contos mostra suas lutas para manter a própria identidade, assim como para preservar a sua cultura de origem.


Um livro muito interessante, porque cada um dos contos me impactou de maneiras diferentes. O que mais mexeu comigo foi “Casamenteiros”, que narra a vida de uma jovem nigeriana oferecida em casamento a um nigeriano que mora na América, e por causa disso, ela é obrigada a mudar todos os seus costumes para ser bem aceita, porque o marido se preocupa com o que os outros pensam. Esse tema (ter que mudar para satisfazer opinião alheia) sempre me irrita, enlouquece, entristece e revolta, sempre. Acho que foi por isso que eu acabei gostando tanto do livro, por me despertar esse tipo de reação. Mais um belo achado para esse desafio que valeu cada minuto da leitura.

Editora Dom Quixote.
224 págnas.