Título: Bambi
Autor: Felix Salten
Mês: Novembro
Tema: Nacionalidade que nunca leu
Editora Cosac & Naify, 224p.
Sinopse: Um dos personagens mais amados por crianças e adultos do mundo todo, Bambi chega às prateleiras das livrarias pela primeira vez em português. Escrito pelo austríaco Felix Salten e publicado originalmente em 1923, o romance "Bambi" - Uma história de vida na floresta popularizou-se pela versão cinematográfica feita pelos estúdios Disney, em 1942. A narrativa doce - mas em certos momentos também sombria e dolorosa -, nos apresenta Bambi, o cervo que pouco a pouco vai desvendando os mistérios da floresta e, na batalha pela sobrevivência, entende que o homem, a quem chama apenas de Ele, é o seu principal inimigo. Escrito sob a ótica dos animais, o livro tem como marca registrada os profundos diálogos entre os moradores da floresta, nos quais cabem assuntos dos mais variados, além de questionamentos acerca da vida. As delicadas ilustrações ficaram a cargo do premiado artista Nino Cais, que trabalhou com colagens de silhuetas dos bichos sobre recortes de livros de botânica, entre outros. Uma parábola atemporal sobre a vida e a morte que finalmente poderá ser redescoberta pelo leitor brasileiro.
De repente, diante de Bambi e de sua mãe, tudo ficou claro. O descampado brilhava através da grade de arbustos. Atrás deles, cada vez mais perto, repicava a batida contra os troncos, afugentadora, o estalo da quebra dos galhos e os gritos “Haha” e “Hoho”!
Eu nem imaginava que o filme da Disney Bambi fosse uma adaptação, então foi uma surpresa descobrir o livro. Mas considerando que esse é um dos filmes que até hoje não consigo ver sem chorar feito uma criancinha, fiquei em dúvida se lia ou não. Afinal, já sei a história há muito tempo, não é, para quê ler, só para chorar? Fiquei tensa a leitura inteira. Na verdade, eu só escolhi este título para o tema porque não consegui achar mais nada, mas não esperava ficar desesperada do jeito que fiquei. E mesmo sem esperar tanta diferença do livro para a adaptação da Disney, agora comprovei que o filme suavizou demais a história (graças a Deus!).
Valeu a pena porque, mesmo mantendo o tom sombrio do filme (ou vice-versa, já que o livro veio primeiro), o antropomorfismo é evidente e muito bem elaborado que até me levou a esquecer alguns vezes que a história é sobre um reino animal, tal a forma como os animais demonstram suas emoções e intenções. A minha maior surpresa ficou por conta de Gobo, e lá fui eu chorar mais um pouco (mas calma, leiam o livro primeiro, não tirem conclusões precipitadas). Um livro clássico que mostra a relação (muitas vezes) conturbada do Homem com a Natureza, sem perder a leveza de um conto infanto-juvenil.
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