6 de dez. de 2017

Assassinato no Expresso do Oriente (2017)

A história é essa: Hercule Poirot é um famoso detetive que está decidido a ter uns dias de descanso do seu trabalho. Ele embarca no Expresso do Oriente, mas uma tempestade causa o descarrilamento do trem, forçando o expresso a parar no meio das montanhas. Poirot havia sido abordado por um dos passageiros pedindo proteção. O homem dizia estar correndo risco de morte devido ao seu trabalho, e na noite da tempestade o homem é assassinado, transformando todos no trem em suspeitos. Assim, Poirot acaba se envolvendo para descobrir a causa do assassinato e quem foi o autor do crime.


Sabem aquele tipo de livro que é bem adaptado? Poucas vezes tive chance de ver uma adaptação tão bem feita, onde cortam detalhes não tão necessários e acabam adicionando outros que servem para introduzir determinado personagem ou somente para dramatizar mais a história, de qualquer forma ficando excelente.


Eu não sou do tipo que fica ligada nos nomes dos atores, principalmente quando estou conhecendo personagens pela primeira vez, então sim, eu sabia que o filme traria excelentes atores e atrizes, mas só vendo o elenco todo junto pela primeira vez tem-se o impacto do peso daquele grupo (considerando mesmo os atores mais novos e/ou não tão conhecidos) e já fica na torcida para que o filme não seja ruim, afinal, toda adaptação corre riscos.


Logo no início o filme já traz uma diferença em relação ao livro, que serve para dar uma pequena amostra da capacidade de dedução do personagem principal, Hercule Poirot. Aliás, Kenneth Branagh DO-MI-NA como o detetive. Simplesmente domina. Os outros dois que chamam atenção em seus papéis são Johnny Depp e Michelle Pfeiffer (a cena entre os dois pode ser meio banal, mesmo que você tenha lido o livro, mas também é fantástica e é nesse momento que vemos logo de cara o tom da história).



Poirot questionando a moralidade da justiça com as próprias mãos faz o detetive tirar uma lição da resolução do caso, e eu não me lembro se essas considerações estão no livro, mas de qualquer forma foi uma cena muito interessante e bem feita. As locações e paisagens são lindas, como as montanhas por onde o trem passa na Nova Zelândia:


Ou esse prédio inspirado na atual estação ferroviária Sirkeci, o antigo terminal do Expresso do Oriente em Istambul, na Turquia:


A trilha sonora é maravilhosa, composta por Patrick Doyle, só faz complementar a qualidade da adaptação, com certeza uma das melhores já feitas.

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