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12 de set. de 2011

Aruanda de Eneida de Moraes – DL 2011



Tema: Autores Regionais

Mês: Setembro de 2011 (Livro II)

Título: Aruanda

Autor do livro: Eneida de Moraes

Editora: SECULT; FCPTN

Nº de páginas: 306

Sinopse: Aruanda, segundo Eneida, éo país que trazemos dentro de nós.

Quando vi a capa do livro, o que mais chamou a minha atenção foi… a capa não me chamou a atenção.

Eu escolhi este livro porque… era outra obra-prima da literatura paraense que eu sempre tive curiosidade em ler.

A leitura foi… boa. Nunca gostei muito de contos, fosse do autor que fosse, mas eu nunca havia lido nada de Eneida. A edição que eu li também continha outro conto, Banho de Cheiro, continuação de Aruanda, que se refere ao porto de Luanda, em Angola, de onde partiram muito navios com negros para servirem de escravos no Brasil. Esse porto foi o único cujo nome permaneceu na memória desses negros, através dos cantos de macumba. Essa pequena introdução já demonstra o grau desse livro.

O personagem que eu gostaria de ter ... foram... Não houve alguém que eu quisesse ter ajudado ou situação que quisesse ter influenciado. Acho que é porque o livro fala de um lugar histórico, o porto de Luanda. Não me entenda mal. Não quero dizer que eu não gostaria de ter ajudado a ir contra o tráfico negreiro, é só que Eneida fala desse acontecimento de um jeito tão diferente, que não vi algo que pudesse fazer.

O trecho do livro que merece destaque: o livro todo.

A nota que eu dou para o livro: 5

Belém do Grão Pará de Dalcídio Jurandir – DL 2011



Tema: Autores Regionais

Mês: Setembro de 2011 (Livro I)

Título: Belém do Grão Pará

Autor do livro: Dalcídio Jurandir

Editora: EDUFPA; Casa Rui Barbosa

Nº de páginas: 548

Sinopse: Em Belém do Grão Pará, lê-se, ao mesmo tempo, a história dos Alcântara, uma família de classe média, decaída do alto status social que tivera no governo do Prefeito Antônio Lemos, durante a alta da borracha, e a história da Belém dos anos 20, já decadente, mas com a estampa moderna parisiense que nela imprimira aquele Prefeito. Na tentativa de recuperar, pelo menos, a aparência da posição perdida, os Alcântara, sob a inspiração da fútil e gorda filha do casal, mudam-se da obscura rua onde moravam para a Av. Nazaré, onde se concentravam os ricaços, em geral fazendeiros da ilha do Marajó, mas vão ocupar aí uma casa em ruína, devorada pelos cupins. Quando a nova e chique residência ameaça desabar, a família, com a ajuda dos empregados, carrega, de noite, os poucos móveis que lhe restam, para a acolhedora sombra das mangueiras, à beira da calçada.

Quando vi a capa do livro, o que mais chamou a minha atenção foi… nada, na verdade. Mas a edição que eu li tem uma bela imagem: ao fundo, um dos pontos turísticos de Belém, o Ver-o-Peso visto da Baía de Guajará.

Eu escolhi este livro porque… é uma obra-prima da literatura paraense. Além do mais, o sobrenome da minha família é Alcantara, então fiquei curiosa para saber se podia fazer parte da família do livro (aqui no Pará, esse sobrenome tem tantas vertentes... Descobri isso quando fazia pesquisa da árvore genealógica da minha família, do lado materno).

A leitura foi… boa porque a linguagem é acessível. A história prende a atenção do leitor, principalmente porque se passa em uma Belém da época do boom da borracha, que as pessoas só conhecem pelos livros de história e por fotografias em preto e branco (eu particularmente adoro ver o Álbum de Belém, uma coleção de fotografias antigas da minha cidade e ver as mudanças nos nomes das ruas, como as praças eram antes, etc.).
Outro ponto forte do livro é que ele apresenta um glossário com palavras que podem ser estranhas ao leitor de outro estado e uma lista de topônimos com descrições dos lugares que fazem parte da geografia paraense.

O personagem que eu gostaria de ter ajudado foi a família Alcântara. Apesar de ser no mínimo curiosa a forma com ela perde todo o seu prestígio social.

O trecho do livro que merece destaque: todo o livro merece destaque.

A nota que eu dou para o livro: 5