Mostrando postagens com marcador Biblioteconomia. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Biblioteconomia. Mostrar todas as postagens

24 de abr. de 2024

Contos de biblioteca (Jéssica Spilla) – DLL 2024


 

Título: Contos de biblioteca: histórias de amor e livros 
Autora: Jéssica Spilla 
Mês: Abril 
Tema: Um livro de contos (antologia) 
Editora Arcádia, 188p. 

“1. Os livros são para serem usados; 
 2. Todo leitor tem seu livro; 
 3. Todo livro tem seu leitor; 
 4. Poupe o tempo do leitor; 
 5. Uma biblioteca é um organismo em crescimento.” 
 - As cinco leis de Ranganathan. 

Joana Silva e o Livro da Pedra Filosofal narra a história de Joana, bibliotecária recém-formada que chega cheia de ideias, mas se desmotiva ao perceber que o trabalho não era valorizado. Ela começa a meter a mão na massa e através de Harry Potter e a pedra filosofal, acaba não só ajudando um jovem que acreditava não ter nada a oferecer, mas também encontra o amor de sua vida. Karina Costa e a Câmera Secreta fala da vida de Karina que, após perder a mãe e não ter nenhum parente próximo, decide prestar concurso para bibliotecária bem longe de sua cidade natal. Apesar de ainda sentir muita falta da mãe, ela consegue ir superando ao encontrar no clube de leitura que se reunia na biblioteca onde trabalhava (que discutia a leitura de Harry Potter e a câmara secreta) a motivação para seguir em frente. 
Priscila Lima e o Menino n’AsKabanas conta a história de quando Priscila assumiu seu cargo de bibliotecária e durante um belo projeto, o acampabiblio com a discussão do livro Harry Potter e o prisioneiro de Azkaban, ela encontra um menino chamado Pedro, aparentemente abandonado. Quando descobre a história dele, Priscila decide adota-lo. 
Gerson Schneider e o Torneio Trilivros narra a vida boa e confortável que Gerson levava até uma tragédia mudar tudo. Sua vida começa a entrar nos eixos novamente quando ele resolve voltar a trabalhar como bibliotecário, encontrando em um projeto inspirado em Harry Potter e o cálice de fogo e em uma pequena aluna com problemas de visão uma nova maneira de enxergar a vida. 
Mayara e a Ordem da Felicidade fala de como Mayara, nascida em uma aldeia munduruku, conseguiu cursar biblioteconomia e como uma idéia ousada inspirada na Armada de Dumbledore de Harry Potter e a Ordem da Fênix fez com que sua aldeia tivesse mais acesso a literatura, especialmente a indígena. 
Roberta Albuquerque e o Enigma de São Tomé e Príncipe marra a história de Roberta que, desejosa de se graduar em Química e apaixonada por Harry Potter e o enigma do príncipe (e encantada pelo aplicado aluno de poções Snape), começa a trabalhar como editora de livros didáticos de química. Ao tirar um ano sabático, Roberta viaja e participa de vários projetos ligados a bibliotecas e livros. 
Cláudia Pires e as Relíquias da vida fala da história de Cláudia, formada em Biblioteconomia em uma época em que mulheres casadas deviam total obediência ao marido, ela se livra de um relacionamento abusivo e se muda para outra cidade, onde acaba trabalhando em uma biblioteca particular e descobre os prazeres da filantropia ligados a sua paixão: os livros. Seu livro favorito: Harry Potter e as reliquias da morte

[...] sempre tive a certeza de que bibliotecas são pontos de encontros de almas, e que os livros sempre conspiram em nosso favor. [...]

Eu diria que esse é um livro feito por bibliotecários para bibliotecários, mas não vou reduzir tanto assim. Então, agora digo que esse é um livro feito por apaixonado por livros para outros apaixonados por leitura e por qualquer tipo de trabalho que se realize com livros. 
Não faço ideia do por quê eu demorei tanto para ler esse livro. Ele junta as leituras dos livros de Harry Potter com as histórias de cada um dos narradores. Através da leitura da série de J.K. Rowling, cada um deles fala sobre suas histórias de vida. Eu AMEI que uma das personagens é uma bibliotecária paraense. Um dos melhores livros do ano, sem dúvida alguma.

17 de dez. de 2018

Farmácia literária (Susan Elderkin e Ella Berthoud) – BL 2018


Título: Farmácia literária
Autoras: Susan Elderkin e Ella Berthoud
Mês: Dezembro
Tema: Resenhado pelo seu booktuber favorito
Editora Verus, 376p.

Sinopse: Lido no momento certo, um livro pode mudar sua vida. “Farmácia literária” é um tributo a esse poder. Mais de 400 livros para curar males diversos, de depressão e dor de cabeça a coração partido Para criar esta obra, as autoras viajaram por dois mil anos de literatura, selecionando livros que promovem felicidade, inspiração e sanidade, escritos por mentes brilhantes que nos mostram o que é ser humano e nos permitem identificação ou até mesmo catarse.
Estruturado como uma obra de referência, em “Farmácia literária” os leitores podem simplesmente procurar por sua “doença”, seja ela agorafobia, tédio ou crise da meia-idade, e encontrarão um romance como antídoto. A biblioterapia não discrimina entre as dores do corpo e as da mente (ou do coração). Está convencido de que tem sido covarde? Leia O sol é para todos e receba uma injeção de coragem. Vem experimentando um súbito medo da morte? Mergulhe em Cem anos de solidão para ter uma nova perspectiva da vida como um ciclo maior. Ansioso porque vai dar um jantar na sua casa? Suíte em quatro movimentos, de Ali Smith, vai convencê-lo de que a sua noite nunca poderá dar tão errado. Brilhante e encantador, Farmácia literária pertence tanto à estante de livros quanto ao armário de remédios.
Esta obra vai fazer com que até mesmo o leitor mais aficionado descubra um livro do qual nunca ouviu falar e enxergue com outros olhos aqueles mais familiares. E, mais importante, vai reafirmar o poder da literatura de distrair e fazer viajar, repercutir e curar, além de mudar a maneira como vemos o mundo e nosso lugar nele.

Esse tema foi meio complicado, porque a maioria dos booktubers que eu sigo resenham todo tipo de livro, e a maioria não faz meu estilo, eu não arrisco ler nem quando a resenha coloca o livro nas estrelas. Farmácia literária, no entanto, me deixou curiosa por causa do tema, além da quantidade de indicações de leitura que eu poderia achar nele. Tenho várias listas, e uma a mais, uma a menos... Confesso que esse ramo do meu trabalho, a biblioterapia, nunca me interessou (sou bibliotecária, e isso é vergonhoso de admitir). No início, a leitura se arrastou um pouco, mas a partir da letra C peguei o embalo e gostei. O livro traz mais de 400 livros para se ler em vários momentos de dificuldade ou alegria, embaraço ou coração partido, com doenças complicadas ou sofrendo de uma leve dor de cabeça. Recomendo para qualquer um, em qualquer momento de sua vida.

19 de fev. de 2016

A evolução da escrita (Carlos M. Horcades) – RC 2016


Título: A evolução da escrita: história ilustrada
Autor: Carlos M. Horcades
Mês: Fevereiro
Tema: Não ficção
Editora Senac Rio, 128p.

Uma verdadeira viagem no tempo através das formas de escrita. O livro faz um resumo da invenção da escrita, passando pela Idade Média e Renascença, falando sobre Gutenberg, até o século XX. O livro também trata um pouco da história de alguns dos mais significativos calígrafos, tipógrafos e impressores. Carlos M. Horcades consegue falar dos principais tipógrafos em cada momento histórico e as principais variações de estilos tipográficos. Ele retrata desde os registros pictográficos até a classificação das letras, de acordo com o estilo, através de paralelos com os movimentos artísticos da humanidade.




Um livro maravilhoso. Não entendo nada de design, mas sou bibliotecária e amo tudo que se refere a história da escrita, dos livros e das bibliotecas. Era minha matéria favorita na faculdade. Comprei esse livro nessa época, mas acabou ficando guardado. Finalmente tive uma chance de ler e amei. O apanhado histórico que o autor faz em cada época e as ilustrações maravilhosas dos estilos tipográficos (a imagem acima é só um exemplo), tudo nesse livro vale a pena. Completamente recomendado.

11 de mai. de 2015

A longa viagem da biblioteca dos reis (Lilia Moritz Schwarcz) – RC 2015


Título: A longa viagem da biblioteca dos reis: do terremoto de Lisboa à Independência do Brasil
Autora: Lilia Moritz Schwarcz
Mês: Maio
Tema: Não-ficção
Editora Companhia das Letras, 558p.

No dia 1º de dezembro de 1755, um terremoto destruiu a cidade de Lisboa. Incêndios eclodindo por todos os lugares, as águas do Tejo subiram e trouxeram barcos, despojos e corpos dos que resolveram se refugiar no porto. Construções antigas como a Basílica de Santa Maria foram destruídas, o Palácio Real e sua Real Biblioteca eram nada mais que escombros. No entanto, a Real Biblioteca ou Livraria real, como ícone da monarquia, logo foi refeita por iniciativa do Marquês de Pombal através do acúmulo de coleções, dentre elas o acervo do Colégio Jesuíta de Todos os Santos. Percorrendo o tortuoso caminho da história de Portugal após o terremoto, a biblioteca régia participa de vários eventos que fizeram a história portuguesa e também a brasileira. Sendo instrumentos de poder para os reis, nada mais normal que D. João, ao embarcar fugindo para o Brasil com sua família, também fizesse questão de trazer os livros. Apesar de terem ficado esquecidos em caixotes no cais em Portugal, os livros eventualmente acabaram chegando no Brasil, onde o acervo cresceu devido ao acréscimo de livros vindos de Lisboa e da compra de coleções particulares. D. João retorna a Portugal, levando com ele alguns documentos, e D. Pedro assume a regência do Reino do Brasil. O príncipe não acata as ordens de voltar a Portugal, a independência do Brasil é proclamada e as obras que vieram com seu pai custam de indenização 2 milhões de libras esterlinas.

Não tenho palavras para descrever o prazer que foi ler este livro. Desde os meus tempos na UFPA, enquanto rodava a biblioteca central atrás dos livros para os trabalhos (eu me recusava a tirar xerox dos livros que não iria precisar depois, sempre emprestava os livros das matérias não específicas do curso de Biblioteconomia). Junto a estes livros, eu sempre tentava também emprestar livros que tivessem relacionados a história das bibliotecas e quando vi este livro, enlouqueci. Não só porque fala basicamente da história inicial da nossa Biblioteca Nacional, mas porque as ilustrações das pinturas e gravuras são ma-ra-vi-lho-sas!!! Consegui comprar só recentemente, mas a espera valeu. O trabalho dos pesquisadores Lilia Moritz Schwarcz, Paulo Cezar de Azevedo e Angela Marques da Costa é de um primor e qualidade ímpar que impressiona até quem não é muito chegado ao assunto. Dois capítulos eu tenho como favoritos: o capítulo 4, “Uma nova biblioteca: um novo espírito”, que fala da história do livro e das bibliotecas até chegar na Real Biblioteca, e o 8, “O destino da biblioteca em terras brasileiras”, que aborda sua instalação em terras brasileiras. O livro também conta com uma seção de notas explicativas, uma cronologia e muitas reproduções de ilustrações de artistas renomados e de obras e livros que fazem parte do acervo. Eu indico este livro total e completamente para qualquer um, seja bibliotecário ou não, basta ser amante de livros.

15 de jul. de 2012

O guia dos hieróglifos egípcios (Richard Parkinson)


Título: O guia dos hieróglifos egípcios
Autor: Richard Parkinson
Editora Madras, 120 p.

Um guia para escrever utilizando os famosos hieróglifos egípcios. O autor faz um breve histórico sobre essa forma de escrita antiga. Repleto de ilustrações, este livro ensina ao leitor quais são os símbolos mais importantes e o significado de cada um deles, além de como decifrá-los. Uma leitura interessante, indicado a quem quer que se interesse pelo assunto.

2 de jul. de 2012

A história do alfabeto (John Man)


Título: A história do alfabeto
Autor: John Man
Editora Ediouro, 268 p.

Desde a sua origem até como conhecemos hoje, o alfabeto é estudado de maneira clara e acessível neste livro. O autor traça uma rota desde o surgimento dos hieróglifos no Egito até os dias atuais para escrever a história do alfabeto. O livro também apresenta uma árvore genealógica do nosso alfabeto, além de amostras de alguns alfabetos importantes, como o hieroglífico, fenício, grego, etrusco, dentre outros. O livro de John Man é uma excelente indicação para todos aqueles que, como eu, se interessam por esse aspecto da história da humanidade que, mesmo não tão reconhecido, desempenhou papel fundamental na construção das maiores sociedades do mundo.

19 de mai. de 2011

Morte de Tinta - Cornelia Funke



Título: Morte de tinta

Autora: Cornelia Funke
Editora Cia. das Letras, 560 p.


O último livro da trilogia Mundo de Tinta.
Esse livro é o mais acelerado de todos. Quando li na sinopse que Mo, o personagem principal, confundiria si mesmo com o personagem Gaio (do qual ele assumiu a identidade), pensei que mostraria uma coisa totalmente diferente (negativamente diferente). Mas não foi o que aconteceu, ainda bem. A história continua, com Mo lutando mais ferozmente agora contra as injustiças do inimigo, Cabeça de Víbora. Uma parte da história sobre a qual eu estava morrendo de curiosidade para saber o desfecho dizia respeito ao livro que "prendia" a morte em suas páginas. E gostei do resultado, apesar de esperar que acontecesse exatamente aquilo, me surpreendi como aconteceu. E Dedo Empoeirado volta :):):), Fenoglio volta a escrever, Meggie se apaixona por outro,... Eu li o finalzinho, as últimas frases, quando já estava me desesperando para saber o final ainda no meio do livro. Mas mesmo assim, mesmo gostando de ler e já saber mais ou menos o que aconteceria, ainda assim foi uma surpresa porque espera que acontecesse outra coisa.
Adorei toda a trilogia. Adorei as citações em cada início de capítulo, adorei as descrições do processo de encadernação. Foi uma coleção excelente de ler, necessária a todos os amantes de fantasia, perfeita para aqueles leitores que buscam entrar na história que estão lendo.

28 de abr. de 2011

Sangue de Tinta - Cornelia Funke



Título: Sangue de tinta
Autora: Cornelia Funke
Editora Cia. das Letras, 560 p.

Sangue de tinta é a continuação de Coração de Tinta.
Os personagens principais do livro anterior retornam ao Mundo de Tinta. Se o primeiro livro foi bom, esse é melhor, apesar de diminuir o ritmo um pouco. Dedo Empoeirado é o único a realmente estar feliz em voltar ao mundo criado por Fenoglio, mas Farid ficou para trás. Quando ele pede a ajuda de Meggie para seguir Dedo Empoeirado, a garota decide ir com ele para finalmente conhecer um mundo que ela só conheceu lendo o livro. Mas as coisas não acontecem como eles previram. Após sua partida, Mortola, Basta e um capanga aparecem em busca da família de Mo para acertar as contas com aquele que matou Capricórnio. Ela consegue levar para o mundo de Coração de Tinta Mo e Resa, mas Elinor fica. Lá, Mortola atira em Mo, que fica entre a vida e a morte. É a partir daí que vamos conhecer o Mundo de Tinta, o mundo que Fenoglio escreveu e se tornou o livro Coração de Tinta. O romance entre Meggie e Farid se torna evidente, apesar de eu nem suspeitar ao ler o primeiro livro; descobre-se a vida que Fenoglio está levando desde que foi transportado para dentro do seu próprio livro. Além disso, conhecemos outros personagens, alguns bons, outros nem tanto. Outro vilão surge, mais cruel e asqueroso que Capricórnio.
O livro é ótimo. Já comecei o último livro da trilogia e mal posso esperar para ver o desfecho dessa história e principalmente como vai ficar a história de Coração de Tinta após tanta interferência de um mundo exterior.