Título: O diário da irmã de Laura
Autora: Kathy Kacer
Mês: Maio
Tema: Um livro com uma capa preta e branca
Editora Callis, 184p.
Laura está às vésperas de celebrar o seu bar mitzvah quando o rabino sugere uma tarefa inesperada: pesquisar um menino ou menina da sua idade que tivesse vivido durante a Segunda Guerra Mundial, para aprender sobre a vida dessas crianças como forma de compartilhar essa “passagem para a vida adulta” que elas não tiveram chance de celebrar devido a guerra. É dessa forma que Laura recebe o diário de Sara Gittler, uma menina judia que teve que abandonar tudo e viver num gueto de Varsóvia, vendo sua família e amigos sofrerem todo tipo de humilhação e desgraça por serem judeus. À medida que vai lendo, Laura se envolve com a vida de Sara e aprende que a verdade é mais importante do que tudo, que disseminar ódio nunca leva a nada e assim, consegue ajudar a única testemunha de um ato de vandalismo tido como crime de racismo.
Eu não sabia muito bem o que esperar desse livro. Não entendia se era um romance sobre judeus na Segunda Guerra Mundial ou se era alguma biografia como o diário escrito por Anne Frank. De certa forma, acabou sendo as duas coisas, porque a autora precisou criar alguns acontecimentos e as emoções pessoais dos personagens, ao mesmo tempo em que mostra outros elementos históricos, como a situação de vida dentro de um dos guetos em Varsóvia e a tentativa de luta de um grupo de judeus contra os nazistas dentro do gueto, um levante que ficou conhecido como Organização da Luta Judaica, liderado por Mordechai Anielewicz. As fotografias acabam dando um ar mais real a história, e eu gostei bastante de saber mais sobre o bar mitzvah e sobre as histórias reais de gêmeos. Num tempo como o que estamos vivendo, a mensagem que a história passa não poderia ser mais bem vinda. Livro completamente recomendado.
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