17 de fev. de 2018

Pantera Negra (2018)


A história do Pantera Negra: depois dos eventos ocorridos em Capitão América: Guerra Civil, T'Challa, que agora é rei da fictícia nação de Wakanda, está em casa. Coroado, T’Challa começa a perceber que existem facções dentro de seu país que o desafiam. Dois adversários resolvem se unir para colocar Wakanda no mapa como a terra que realmente é (avançada tecnologicamente), não como a terra que os outros pensam, o novo rei que agora assumiu também o manto de Pantera Negra se junta a Everett Ross para evitar que seu mundo tranquilo e recluso seja tragado pela guerra.

Esse foi o primeiro filme do ano, e devo dizer que comecei bem. Como sempre quando se trata de filmes de super-heróis, eu não sei nada da história de antemão, então quando lançam o trailer eu nunca perco tempo avaliando os personagens ou o tema porque sei que não vai adiantar, preciso assistir o filme. A única coisa que eu presto atenção é o elenco, isso quando já conheço de outras produções. Então vou falar primeiro dele.


Nesse filme, quando vi que Lupita Nyong'o estaria nele, já gostei. Não sabia do personagem, nem fazia ideia de que seria o interesse amoroso do herói, e mesmo assim, quando ela apareceu junto com o Chadwick Boseman, eu já estava shippando loucamente. Gostei do fato dela não querer largar tudo que ela considerava importante, a sua missão na vida, para ser a rainha de T'Challa.


Aliás, mulher de opinião e caráter fortes é o que não falta nesse filme. Além de lutarem super bem, o elenco feminino é simplesmente maravilhoso, encarnando personagens igualmente atraentes. O fato do rei ter uma guarda real SÓ de mulheres e sua general ser a melhor lutadora é um atrativo singular. Danai Gurira como a general Okoye, a princesa Shuri (Letitia Wright), que foge do que se espera de uma princesa e ao invés disso, é expert em tecnologia e ciência, a rainha-mãe Ramonda (Angela Bassett, que é uma atriz linda e cujo olhar é capaz de fazer você se sentir totalmente paralisado e avaliado).
A fotografia, os cenários, e os figurinos do filme são outros fatores que enchem o olho. Particularmente, o colorido me atraiu muito, além do fato de ser tudo tomando forma no meio da natureza.


A temática como um todo desse filme foi bem mais construída do que qualquer outro dos filmes de super-heróis que já vi, incluindo nisso a história do vilão, Erik Killmonger (Michael B. Jordan), que foi o que deu contexto ao primeiro desafio como governante do novo rei. T'Challa não somente descobriu um dos maiores erros (talvez o mais grave) do pai, como rei e como figura familiar, mas também se viu tentando consertar esse erro. Killmonger foi um dos vilões mais bem feitos porque desde o início você sabe da história dele, de como ele se perdeu e acaba tendo algum tipo de compaixão por ele.


Esse é um tema que pode sim ser considerado bem batido (o novo rei que tem que se virar para ser um rei melhor do que o antecessor consertando os erros dele), mas da forma como foi construída, com essa temática familiar, deu um tom mais pessoal à história como um todo. Além de retomar a colocação que fazem no início do filme: de que Wakanda não é o país subdesenvolvido que todos pensam que é, mas sim uma terra que tem todos os requisitos para atuar em contexto mundial, e que se mantém no isolamento por questão de sobrevivência, considerando-se o caos em que o mundo inteiro se vê envolvido. 
De forma geral, esse filme é muito bom. Diverte como uma boa arte de entretenimento, mas também faz belas críticas a sociedade atual.

Nenhum comentário:

Postar um comentário