19 de mai. de 2011

O Livreiro De Cabul de Anne Seierstad – DL 2011



Tema: Livro-reportagem

Mês: Maio de 2011 (Livro I)

Título: O Livreiro de Cabul

Autor do livro: Anne Seierstad

Editora: Record

Nº de páginas: 316

Sinopse: Por ter vivido três meses com uma família afegã, na primavera de 2002, logo aós a queda do regime talibã, a jornalista norgueguesa Asne Seierstade pôde produzir esta narrativa ímpar que mostra aspectos do país que poucos estrangeiros testemunhariam. Como ocidental, mulher e hóspede de Sultan Khan, um livreiro de Cabul, obteve o privilégio de transitar entre o universo feminino e masculino de uma sociedade islâmica fundamentalista. Preso e torturado durante o regime comunista, dos mujahedin e dos talibãs, Sultan Khan teve sua livraira invadida e parte dos livros queimados, mas alimentava o sonho de ver seu acervo de 10 mil volumes sobre história e literatura afegã transformar-se mo núcleo de uma nova Biblioteca Nacional. Apesar da situação estável, a família do livreiro, duas mulheres, cinco filhos e parentes, dividia uma casa de quatro cômodos em uma cidade que se recuperava da guerra e de trágicos refluxos políticos. Os integrantes da família acostumaram-se à presença da autora sob uma burca. Assim, ela pôde observar relatos das rixas do clã; da exploração sexual das jovens viúvas que esperaam doações de alimentos das organizações de ajuda internacional; da adúltera sufocada com um travesseiro pelos três irmãos sobe as ordens da mãe; do exílio no Paquistão da primeira esposa de Sultan Khan, após um segundo casamento com ma moça de 16 anos; do filho adolescente do livreiro obrigado a trabalhar 12 horas por dia sem chance de estudar.

Quando vi a capa do livro, o que mais chamou a minha atenção foi… não foi a capa que me chamou a atenção. Na verdade, eu tinha curiosidade de ler o livro desde que foi lançado, todo mundo comentava, mas não queria comprar. Foi o primeiro que pensei quando vi o tema do mês.

Eu escolhi este livro porque… Como já disse, por curiosidade. Tinha medo de comprar o livro e não gostar, mas também queria ler, então acabei baixando o ebook mesmo.

A leitura foi… interessante. Até esclarecedora. É muito fácil as pessoas não conhecerem um determinado assunto, aí acontecem situações relacionadas a esse assunto, e as pessoas então o rotulam como negativo ou positivo, mesmo sem conhecer um pouco que seja. No caso do livro, ele mostra a vida de uma família afegã após a saída do regime de Bin Laden do país. É um livro bacana que mostra um pouco da cultura deles. Uma das razões para a minha curiosidade e que me faria correr o risco de não gostar, apesar disso, era o que poderia falar sobre a vida das mulheres. E apesar de sim, eu ter gostado do livro, sim, é um livro interessante, eu não gostei. Está certo, ele mostra a realidade, então o que eu não gosto é da realidade... Enfim. Não me considero feminista, mas mesmo assim os costumes deles são... No que se refere às mulheres, Senhor meu Pai! Quanto atraso! (desculpem se ofendo alguém, mas não consigo achar palavra melhor).

O personagem que eu gostaria de ter ajudado foram as mulheres da família. Principalmente a irmã do personagem principal, não me lembro o nome agora. Ao mesmo tempo em que ela tenta se “modernizar”, os costumes estão tão enraizados que ela simplesmente não consegue! É impressionante.

O trecho do livro que merece destaque: quando eles mencionam no livro que, quando todos os judeus estavam sofrendo perseguições pela Europa, época da 2ª Guerra Mundial, lá eles não sofreram perseguição nenhuma. Não é todo muçulmano que é terrorista. As palavras usadas pela autora quando ela descreve o momento em que um “pregador” (não é bem essa a palavra) importante fala de sua religião são muito bonitas. E significantes.

A nota que eu dou para o livro: 5

2 comentários:

  1. Gostei muito da sua resenha, o livro tambem me chamou a atencao desde que foi lancado, mas como voce tambem nao comprei, mas confesso que estou bem curiosa. Boa escolha. Beijos

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  2. Uma leitura dessas oportuniza que se amplia o olhar para o que há fora de nós...bela escolha!

    Beijocas

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