30 de mar. de 2016

Doctor Who (Gareth Roberts) – DL L&T 2016



Título: Doctor Who: Shada
Autor: Gareth Roberts
Mês: Março
Tema: Sci-fi
Editora Suma de Letras, 345p.

Estamos em Cambridge, final dos anos 70. Um certo estudante de pós-gradução chamado Chris Parsons vai em direção a sala do professor Chronotis em busca de alguns livros emprestados. Um dos livros chama sua atenção, e ele não faz idéia de que o objeto, chamado “O venerável e ancestral livro das leis de Gallifrey”, está sendo procurado por Skagra. O livro é a chave para Shada, um planeta que serve de prisão para os Senhores do Tempo criminosos. Outras pessoas que também procuram o livro com o objetivo de evitar que caia nas mãos erradas é o Doutor e Romana, mas eles acabam chegando tarde demais. De posse do livro, Skagra dá início ao seu plano:

[...] Vou criar propósito e sentido. Vou salvar o universo de si mesmo, do caos.

Em palavras mais claras, Skagra, que havia concluído que Deus não existia desde pequeno, quer ele mesmo fazer com que sua mente seja a mente universal, a mente de Deus. Nessas alturas, Clare, amiga de Chris, também já estava muito envolvida em toda a confusão da busca pelo livro. Juntos, o Doutor, Romana, Chris e Clare partem para impedir que Skagra chegue em Shada e liberte o antigo criminoso Salyavin. O que Skagra não faz idéia é de que Salyavin está mais perto do que ele imagina...

Eu sou iniciante no mundo de Doctor Who. Desde o ano passado que me interessei pela série, e como acontece comigo no que se refere as séries que assisto hoje em dia, eu comecei a ver essa por pedaços (episódios aleatórios, de várias temporadas, e digo que Peter Capaldi está se tornando o meu Doutor favorito), ainda não tomei coragem para começar a ver desde 2005, mas uma hora vai :P Enfim. Soube que além da série, haviam livros, mas como eu ainda não sabia muito sobre a história e sabia que os livros eram como derivados da série, eu comprei alguns mas só queria ver depois de ver pelo menos metade das temporadas atuais, o que seria impraticável no momento, então desisti dessa idéia. Quando saiu o tema do desafio esse mês, nem precisei pensar muito. Este livro é a transformação em prosa do roteiro de um episódio da série escrito por Douglas Adams, na época do 4º Doutor e Romana II. Apesar do episódio ter sido filmado e nunca ter ido ao ar, algumas partes aparecem no especial The Five Doctors. Achei um trailer de cinema desse especial:



Curti bastante a história, me surpreendi em alguns momentos, dei boas risadas e agora estou mais ansiosa para começar a ver essa série direito. Deu pra perceber porque, desde o início, as aventuras desse Senhor do Tempo vêm encantando tantas pessoas de todo o mundo. Não levei muito tempo para ler, na verdade eu devorei o livro em dois dias (isso porque eu trabalho, senão teria sido somente em um). Recomendo o livro e recomendo a série.

28 de mar. de 2016

The Hunger Games (Kate Egan) – IDY 2016



Título: The Hunger Games: the official illustrated movie companion
Autora: Kate Egan
Mês: Março
Tema: Escrito por mulher
Editora Scholastic, 160p.

Recheado de imagens conhecidas da época da divulgação do primeiro filme de Jogos Vorazes e outras nem tanto, esse livro de making of faz inicialmente um breve histórico sobre o enredo. A autora fala sobre as audições e testes para os principais papéis e como Suzanne Collins tranqüilizou Jennifer Lawrence sobre o papel; sobre os sets de filmagem e as diferentes pessoas que habitam o mundo de Panem; sobre filmar e o legado de Jogos Vorazes.

Livro bem legal, mostrando os bastidores do primeiro filme da série Jogos Vorazes. As imagens são muito bonitas e as curiosidades são ótimas. Adoro quando esses livros mostram os autores dos livros adaptados envolvidos nas filmagens e na preparação dos atores. Leitura curtinha, agradável e indispensável.

25 de mar. de 2016

A namorada do meu amigo (Graciela Mayrink) – RC 2016


Título: A namorada do meu amigo
Autora: Graciela Mayrink
Mês: Março
Tema: Com título que começa com primeira letra do nome
Editora Novo Conceito, 334p.

Juju ou Juliana era apaixonada por Cadu desde criança, mas ele e seus amigos Beto e Caveira nunca gostaram da menininha que vivia atrás deles querendo ser um dos três mosqueteiros, e Cadu dá graças a Deus quando Juju vai embora da cidade. Anos depois ela volta, e Cadu descobre que ela e Beto estão namorando e não acredita, mas quando vê a moça, ela está totalmente mudada. Sem conseguir tirá-la da cabeça, ele logo percebe que está se apaixonando, mas Beto é seu melhor amigo. Ao mesmo tempo, Alice, irmã de Beto adora Cadu, mas por causa de um pacto entre os três amigos que proibiam ele e Caveira de dar em cima das irmãs de Beto, nada podia acontecer. Mas Beto libera e Alice começa a namorar com Cadu, apesar dele não ter esquecido Juju...

Desde que eu soube desse livro, fiquei louquinha para conseguir, tinha gostado bastante de Até eu te encontrar, da Graciela. Gostei da leitura desse também, o livro é dividido em 40 capítulos, mas eles não são muito grandes, o que eu adoro em um livro que tem muitos capítulos. Leitura fluída, o romance é bonito, e a história prende (fiquei agoniada querendo saber de que jeito o triângulo amoroso se resolveria). Recomendo.

23 de mar. de 2016

Os arquivos perdidos (Pittacus Lore) – RC 2016


Título: Os arquivos perdidos: os legados do número Cinco
Autor: Pittacus Lore
Mês: Março
Tema: Spin-offs de uma série
Editora Intrínseca, 95p.

A vida de Cinco não foi das mais fáceis. Ele e seu cêpan até viviam confortavelmente, apesar de fugidos. Viveram em Montreal, mas os mogs os encontraram e eles fugiram de novo. Foram várias viagens e mudanças de identidade, e sem ninguém saber como, a saúde de Rey, o último nome que seu cêpan assume, vai se deteriorando a cada dia. Eles acabam indo morar no Caribe, em uma ilha afastada de tudo e todos, pensando que o clima pode ajudar Rey, mas é inútil. Quando seu cêpan morre, Cinco não tem chance de contar a ele que começou a desenvolver seus legados. Se vendo sozinho, ele decide voltar para Martinica, lugar onde eles viveram por um tempo. Mas graças a um poder que ele não sabia que tinha, acaba indo parar em Miami, onde uma nova vida irá começar para ele e onde ele será colocado frente a frente com a escolha entre se render aos mogs ou lutar com a Garde. 

Foi bem estranho ler esse livro depois de ler A queda dos cinco, depois de ver tudo que Cinco fez. Claro que gostei de ver como ele se virara, se o que ele havia dito no livro cinco da série era verdade e como ele havia mudado de lado e porquê. Não entendi bem o final, mas depois me toquei quem era o alvo que ele estava visando... Recomendo.

21 de mar. de 2016

O lado bom da vida (Matthew Quick) –RC 2016


Título: O lado bom da vida
Autor: Matthew Quick
Mês: Março
Tema: Sobre doença mental
Editora Intrínseca, 256p.

Pat Peoples está na faixa dos 30 anos e se encontra internado em uma clínica psiquiátrica. Mas ele não se lembra do por quê havia sido internado nem quando isso aconteceu, sua única memória diz respeito a sua mulher, Nikki, e ao fato de que eles estavam separados por um tempo. Por isso, ele passa seu tempo na clínica malhando e se cuidando, ficando bonito para a esposa. Sua mãe faz o tira da clínica e faz todo o possível para que ele não perca o controle e tenha que voltar a ser internado. O que Pat não sabe, e que ninguém diz, é que existe uma ordem judicial impedindo Pat de se aproximar de Nikki. Enquanto sua relação com sua mãe é boa, com seu pai passa a ser reconstruída através do desempenho do time de coração do pai dele, os Eagles. Pat é bipolar, mas não sabe o que é isso nem como tratar. Seu terapeuta fanático por futebol americano, Dr. Patel, ajuda-o a entender sua condição e a voltar a conviver com sua família e amigos, e a controlar sua ansiedade de voltar para a ex-esposa. Durante um jantar, ele conhece Tiffany, uma mulher tão ferrada emocionalmente quanto ele. Através dessa convivência, Pat e Tiffany acabam ajudando um ao outro a superar seus problemas e a buscar um final feliz para seus jeitos únicos de ver a vida.

Comprei esse livro na mesma época em que me interessei a ler Guerra dos tronos. Sim, nada a ver, só falo isso pra mostrar que desde 2012 eu tenho vontade de ler esse livro. Mas como geralmente livros do tipo “adaptados para o cinema” eu deixo para desafios literários, ele ficou guardado na minha estante por um bom tempo. Nunca aparecia um momento para lê-lo, então troquei. E eis que esse ano surge uma chance e eu tenho que pegar emprestado... Não foi nada do que eu esperava, acima de tudo pelo jeito de Pat de querer ver sempre o lado bom da vida, como Pollyanna e seu jogo do contente. E eu confesso que, apesar de amar Pollyanna e Pollyanna Moça, às vezes me irritava com a mania de ver só as coisas boas da vida. Estranhamente, não me irritei com Pat. Gostei do fato do livro ser narrado por ele, porque assim sabe-se em primeira mão o que passa na cabeça dele, os motivos de seus surtos, e só assim somos capazes de entender direito sua bipolaridade. Gostei muito.