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22 de jan. de 2021

When women ruled the world (Kara Cooney) – DLL 2021


Título: When women ruled the world 
Autora: Kara Cooney 
Mês: Janeiro 
Tema: Que você abandonou 
Editora National Geographic Society, 400p. 

ONCE UPON A TIME, there were women who ruled the world. 

Merneith, Neferusobek, Hatshepsut, Nefertiti, Tawosret e Cleópatra foram seis faraós femininas que reinaram no antigo Egito. Em diferentes períodos da história egípcia, essas seis rainhas que começaram como esposas de reis passaram a governar por direito próprio, postas no poder por um sistema que precisava dos seus governos. Neste livro da celebrada egiptologista Kara Cooney, as vidas e reinados dessas mulheres e as razões por trás de suas ascensões ao poder máximo no Egito é discutido em grandes detalhes. 

In one place on our planet thousands of years ago, against all the odds of the male-dominated system in which they lived, women ruled repeatedly with formal, unadulterated power. 

Esse livro é uma verdadeira maravilha! Sempre fui apaixonada pela história do Egito e essa temática de mulheres governando sempre me fascinou. Juntando as duas coisas em um livro só, foi só um chamariz. De todas as rainhas citadas, eu já conhecia Hatshepsut, Nefertiti e é claro, Cleópatra. Foi um prazer descobrir sobre outras três mulheres reinantes e suas histórias e motivações. Considerando que o sistema patriarcal permitia que elas reinassem para depois apagarem os nomes delas da história, a autora consegue chamar atenção para as vidas delas enquanto explica a situação política do Egito em cada momento dos reinados. 
Merneith reinou durante a Primeira Dinastia (3000-289 a.C.) como regente do filho novo demais para assumir o trono. Séculos depois foi a vez de Neferusobek, durante a Dinastia 12 (1985-1773 a.C.); ela era produto do harém real, uma Filha do Rei, que assumiu após a morte do marido-meio irmão (ou irmão “completo”,os historiadores discordam se o marido dela, Amenemhat IV foi também um produto do harém real ou se ele não fazia parte da família real). Ela foi a primeira rainha reinante por direito próprio do Egito. 
Durante a Dinastia 18 (1550-1295 a.C. ), surge Hatshepsut, que foi cabeça do reinado feminino mais poderoso do Egito até a época, marcada por longevidade (durou mais de 20 anos), prosperidade e expansão. Da mesma dinastia, surge mais tarde Nefertiti, irmã-esposa de Amenhotep IV (o rei responsável pela instituição inédita do culto a um único Deus) e cujo tempo de reinado foi curto e ocupado em curar as feridas deixadas pelo marido herege. 
Tawosret, da Dinastia 19 (1295–1186 a.C.), assumiu o poder através do marido Seti II (neto de Ramsés II, o Grande) em uma época em que tentavam de todas as formas suprimir um reinado feminino, atuando no lugar do rei menino (sem ser mãe dele) e com sua morte, assumindo o poder pela força. 

[…] In a land where women had repeatedly risen to the top, achieving ever greater heights, Egypt fell to foreign empires, obstructing the female authority that kept the people of the Nile protected when everything fell apart. […] 

Finalmente, Cleópatra. A última de sua dinastia, a Ptolemaica (305 a.C.-30 a.C.) e última rainha do Egito. A autora aborda o contexto histórico de cada reinado, situando as vidas de cada mulher e seus papéis dentro da complexa sociedade egípcia. Uma das minhas partes favoritas foi a abordagem do papel do harém e suas implicações em questões de herança. Livro completamente indicado.

13 de mar. de 2017

Faraona de Tebas (Francis Fèvre) – IDY 2017



Título: Faraona de Tebas: Hatchepsut, filha do Sol
Autor: Francis Fèvre
Mês: Março
Tema: Autor francês
Editora Mercuryo, 259 p.

Este livro narra de maneira simples a história de Hatchepsut. Filha da rainha Ahmósis e do faraó Tutmósis I, neta do faraó Amenófis I, a futura faraona de Tebas é a primeira da quinta geração de rainhas e princesas da 18ª dinastia. O nascimento real não corresponde às expectativas do pai, que queria um filho varão para evitar contestação ao trono por parte de outros príncipes reais (o faraó possuía um numeroso harém). A menina cresce, ao mesmo tempo em que é apresentado ao leitor Tutmósis II, filho de uma concubina (mas mesmo assim príncipe real) que será seu futuro marido. Tudo era válido para perpetuar o sangue real; o incesto era prática constante. Assim, Hatchepsut e seu meio irmão se casam, mas a morte do faraó entroniza os dois jovens. A rainha mãe Ahmósis desempenha um papel significativo na vida dos dois jovens unidos por questão de Estado. O tempo passa, crianças reais nascem, mas Hatchepsut só tem duas meninas, enquanto o varão nasce da concubina. A história corre o risco de se repetir, no entanto Tutmósis II morre sem deixar sucessor varão adulto. A rainha se torna regente do jovem faraó. E se apodera do título durante o segundo ano de sua regência. Aqui, a história da faraona de Tebas se inicia.

Muito interessante a colocação do autor quando afirma que a princesa, mesmo sendo filha da rainha e indiscutivelmente perpetuadora do papel da mãe, era bem menos que um menino (impressionante a capacidade, desde a antiguidade, de denegrir a mulher, mesmo uma recém-nascida a um segundo lugar, sem antes dar qualquer chance dela ter algum tipo de atuação). É meio irritante, já que existem certas semelhanças com a cultura contemporânea (isso é o que eu chamo de velhos hábitos serem difíceis de mudar!). O livro é ótimo; descreve a vida da rainha ao mesmo tempo em que traça o contexto histórico da época (ocorrem até algumas comparações com o mundo contemporâneo!). Muito recomendado.

11 de jun. de 2012

As egípcias (Christian Jacq)


Título: As egípcias: retratos de mulheres no Egito faraônico
Autor: Christian Jacq
Editora Bertrand Brasil, 331 p.

Este livro fala de cada mulher egípcia (de sangue ou não) que desempenhou um papel importante na história faraônica. A primeira, é claro, é Ísis, Mãe e Rainha de todo o Egito. Da primeira (talvez) faraó do Egito, até Cleópatra, passando pelas famosas Hatchepsut e Nefertiti; falando dos aspectos e grupos sociais aos quais as mulheres pertenciam como mães, amantes, esposas; abordando as vidas das mulheres trabalhadoras, iniciadas e sacerdotisas. Com este livro, o autor faz se propõe a fazer: revive cada mulher egípcia, tenha ela sido célebre ou não.

Todo livro sobre o Egito e sua história vira uma obra de arte na mão deste renomado escritor. Não canso de me admirar com a capacidade que Christian Jacq tem de escrever a fundo sobre essa sociedade que ainda hoje tem um quê de mistério. Neste livro, Jacq fala de cada mulher notável, conhecida ou desconhecida com a mesma habilidade com que escreve seus romances sobre este povo intrigante.

22 de mai. de 2012

Cleópatra (Lucy Hughes-Hallett)




Título: Cleópatra: histórias, sonhos e distorções
Autor: Lucy Hughes-Hallett
Editora Record, 486 p.

Qual personagem feminina histórica antiga desperta tanto a imaginação até hoje? Neste livro, a autora aborda as variadas imagens criadas sobre Cleópatra, seja no cinema, na música, no teatro, nas artes plásticas, na literatura e, acima de tudo, no imaginário cultural ocidental. A autora mostra que, longe de ser a mulher ardilosa e vil que seduziu e dois grandes generais romanos, Cleópatra era uma hábil diplomata, governante capaz que falava nove idiomas, inteligente, sedutora e eficiente administradora. Um livro interessante e muito recomendado para aqueles que procuram desmistificar a visão femme fatale de uma das grandes rainhas orientais de todos os tempos.

Desde pequena, sempre fui apaixonada por mitologia. Como está na raiz da nossa cultura, comecei lendo a mitologia grego-romana. De mitologia para história foi um pulo, então comecei a me interessar por aquela parte da história romana que mencionava o Egito. Principalmente por uma rainha, a última da última dinastia de faraós do Egito. Foi a partir daí que minha fascinação por Cleópatra começou. Sempre me incomodou o fato de só verem a rainha como uma mulher perigosa, que se aproveitou de sua beleza e das “artes femininas orientais” para seduzir e corromper os dois maiores generais de Roma de seu tempo. Então, esse livro foi um bálsamo porque a autora desmistifica todas as versões “maldosas” da rainha e a demonstra bem perto de como ela deve ter realmente sido. Uma leitura esclarecedora e muito mais satisfatória.

19 de mai. de 2012

Alexandria (Theodore Vrettos)


Título: Alexandria: a cidade do pensamento ocidental
Autor: Theodore Vrettos
Editora Odysseus, 313 p.

Se um livro pode contar a biografia de uma cidade, é o que este faz. Em poucos capítulos, o autor constrói a história da cidade de Alexandria em uma narrativa simples que, mesmo seguindo uma ordem cronológica, não se torna cansativa. O autor aborda a história da cidade traçando a biografia de seus mais ilustres personagens, dentre eles, é claro, Alexandre, o Grande e Cleópatra. Um livro muito recomendado.