22 de mar. de 2014

A invenção de Hugo Cabret, de Brian Selznick – DL do Tigre 2014



Tema: Filme ou livro
Mês: Março
Leitura do mês: A invenção de Hugo Cabret
Autor: Brian Selznick
Editora SM, 533p.

Hugo Cabret vive na estação de trem, cuidando dos relógios, como seu tio ensinou. Ele é pego pelo dono da loja de brinquedos roubando e quase se vê acuado, acaba mostrando seu caderno de anotações. O velho tira dele o caderno e o enxota. De volta em seu lar (ou o que ele chama assim), um quartinho construído para o pessoal que dirigia a estação de trem onde ele vivia com o tio desaparecido, ele vê o dono da loja indo embora e o segue, pedindo o caderno de volta. A sobrinha dele vê tudo e promete devolver o caderno. De volta ao seu quartinho, Hugo para em frente ao homem mecânico, lembrando do dia em que o pai o descobriu no museu onde trabalhava. Nos dias seguintes, ele vai atrás do velho de novo, esperando recuperar seu caderno, até o velho se cansar e lhe dar um emprego na loja. Ele aceita e a convivência entre os dois melhora. Isabelle, a sobrinha, devolve o caderno para Hugo, o que faz o velho acusar o menino de roubo. Ele foge, Isabelle vai atrás dele e Hugo percebe que a chave que a menina traz pendurada no pescoço fará o homem mecânico funcionar. Hugo acha que o boneco, ao funcionar, pode lhe escrever uma mensagem deixada por seu pai. Mas o que está escrito na folha de papel é outro nome, e leva Hugo e Isabelle a se meterem em várias enrascadas para descobrir mais sobre o autômato e seu inventor.

Eu vi esse filme só para ler esse livro, por causa do desafio. O que me fez mesmo gostar da história foi o livro, pois foi escrito como se fosse um filme antigo, em preto e branco, com legendadas no meio das imagens para mostrar o que acontecia. Na verdade, eu chamo esse livro de “um filme antigo impresso em forma de livro”. A história toda gira em torno de uma invenção esquecida de Georges Méliès: o autômato, o que eu achei bem impressionante. As ilustrações são como desenhos, muito bonitas. Valeu cada minuto de leitura. Recomendo. E o filme também.

O símbolo perdido (Dan Brown) – DL 2014



Título: O símbolo perdido
Autor: Dan Brown
Mês: Março
Tema: Policial / mistério
Editora Sextante, 512p.

Robert Langdon foi chamado a Washington pelo seu antigo mestre e amigo Peter Solomon para dar uma palestra no Smithsonian. O problema começa quando ele chega no local e percebe que tem alguma coisa errada. Na há evento algum, e uma ligação de um homem misterioso leva Langdon na busca por um antigo portal. Ou ele encontra esse portal ou Peter Solomon irá morrer. A coisa piora quando a chefe do Escritório de Segurança da CIA começa a interrogar Langdon. Ao mesmo tempo, não tão longe, Katherine Solomon começa a se preocupar com o atraso do irmão para sua reunião familiar. Um homem alegando ser o médico do irmão marca um encontro com ela para falarem de, entre outras coisas, sua pesquisa cientítifica. O que ela não sabe é que esse homem é um dos muitos disfarces de Mal’akh, que não quer de jeito nenhum que o trabalho dela saia a público. Logo Langdon e Katherine se encontram e partem numa busca desenfreada pelo portal que Mal’akh quer descobrir, numa tentativa louca de salvar o irmão dela.

Gostei bastante desse livro. Como todo livro de Dan Brown, me deixou louca para chegar logo no final para resolver tudo. Acho que estou aprendendo, já consigo captar algumas coisas que antes me deixavam surpresas, como: qual a identidade do louco/ assassino/ psicopata. Acho que de tanto ler os livros dele, consegui agora ver a mesma fórmula: o policial durão que parece, mas não é o “cara mau”; a lua entre fé e ciência, razão e emoção, onde prevalecem as duas em igual medida; a pessoa que colabora com toda a investigação, mas que esconde um segredo... um motivo a mais para eu ter gostado desse livro (e no início uma das razões que me fizeram adiar a leitura) foram as referências a maçonaria. Gostei bastante, porque o pouco que eu sei sobre o assunto foi bem escrito, sem distorções. Recomendo esse livro.

23 de fev. de 2014

Lágrima de fogo (Ana Macedo)


Título: Lágrima de fogo: mundo de sombras
Autora: Ana Macedo
Editora Novo Século, 311p.

No mundo paralelo de Agnitellure, existem várias criaturas mágicas, todas vivendo em paz. Até o momento em que os humanos chegaram.Quando dragões e anjos caídos resolvem invadir o terceiro mundo, a Terra, aqueles responsáveis por manter a paz recebem ordens de levar ao seu mundo a mais perigosa criatura... Quando a tia de Annabelle lhe entrega uma carta de sua mãe, ela acaba descobrindo mais do que gostaria. O choque faz com que ela perca a cabeça e vá parar em um descampado conhecido. O que ela não esperava era encontrar um dragão pronto para atacá-la. E a chegada de outro dragão a surpreende muito mais, até porque o monstro azul veio salvá-la. Ao mesmo tempo, um belo jovem chamado Draco aparece em sua vida e a vira de cabeça para baixo. Agora Anne precisa avaliar seus conceitos sobre as lendas e mitos que passou a vida escutando, mas esse belo estranho, com seu sorriso cínico, não está ajudando muito. Ainda mais quando ele se aproxima muito dela... À medida que a convivência com Draco se estreita, sua relação com Daniel piora. Porque sua vida agora corre mais perigo que antes, Anne é levada para Askrácën. Enquanto Draco precisa entender o que sente de verdade por sua protegida, seu irmão Desmond quer se casar com ela, tudo levando em conta a profecia sobre a criança que unirá os povos novamente.

Esse livro é de uma das minhas autoras parceiras, Ana Macedo. Lembro exatamente do dia em que dei de cara com o livro dela, bem antes do lançamento. Entrei em contato e firmamos a parceria, mas demorei um tempão pra adquirir o livro. Quando consegui, comecei a ler, mas parei a leitura por conta de algumas obrigações. Resultado: tive que ler desde o começo de novo.
Não me critiquem, eu adorei esse livro, mas posso falar uma coisa? Adorei o Desmond. Ele pode ser sanguinário e perverso e tudo, mas eu tenho um fraco por dragões vermelhos rsrsrs Além disso, prefiro-o também porque ele mostra logo o que realmente é. Draco me irritou terrivelmente, com aquele papo de querer proteger Anne sem ser honesto, toda hora jogando charme ao mesmo tempo em que tratava a menina com ironia. Já estava me cansando dele, realmente. A própria protagonista testou bastante a minha paciência, sempre parecendo uma garotinha mimada, mas creio que isso se devia a total ignorância dos acontecimentos nos quais ela estava envolvida.
Outra coisa: o livro é muito CURTO!!!! Como assim, Ana Macedo??? Como você me cria uma história fantástica em apenas 300 e poucas páginas? É muita maldade com o seu leitor :P E que final foi aquele???? Me mate de ansiedade só mais um pouquinho. Mas eu confesso, isso tudo só me fez ficar mais louca para ler a continuação dessa história. Recomendo completamente.

Profundezas (Roderick Gordon e Brian Williams)


Título: Profundezas
Autores: Roderick Gordon e Brian Williams
Editora Rocco Jovens Leitores, 689p.

O livro começa, diferentemente de como se poderia imaginar, mostrando Sarah Jerome, uma fugitiva da Colônia. Mas logo voltamos a Cal, Chester e Will no trem dos mineradores, em direção às profundezas, mas especificamente, em direção ao Desterro, Will com a idéia fixa de que ainda pode encontrar Dr. Burrows, seu pai, vivo. Aliás, ele reaparece, fazendo anotações sobre tudo que encontra pela frente, delirando (praticamente) com o esperado reconhecimento científico pelas suas descobertas. Voltando a superfície, damos de cara com a Sra. Burrows e o que ela anda fazendo durante seu período de internação. O tempo corre, já fazem meses que sua família foi separada, e ela não faz idéia do que aconteceu com todos. Voltando aos meninos, eles ainda lutam para fugir dos Styx e acabam encontrando ajuda pelo caminho na forma de Drake e Elliot. As coisas não andavam bem entre Chester e Cal, e agora o relacionamento entre Will e seu amigo também começa a piorar. Mas a reviravolta na história está ainda para acontecer, quando Will descobre mais sobre sua suposta irmã Rebecca. O que acontece depois ninguém poderia prever.

Se você gostou do primeiro livro dessa série, vai adorar esse. Surpresas do início ao fim. Muito mais detalhes e descrições, muitas aventuras e um final de tirar o fôlego (e de fazer chorar também). Confesso que fiquei meio perdida com as muitas descrições, as quais sou péssima pra imaginar (vou deixar por conta do filme me ajudar a visualizar os locais, o qual vai acontecer, se Deus quiser, se o primeiro filme fizer sucesso, o que vai acontecer, se Deus quiser). E também fiquei surpresa com a reviravolta no final. Na verdade fiquei louca com aquele final. Eu cometi a grande besteira de ler algumas páginas do final do livro antes e me conformei, depois da surpresa. Mas eu não sabia o que vinha antes dessas páginas... Algo que eu sequer imaginava. E ainda não me conformo, mesmo já estando lendo o terceiro e vendo que aquilo aconteceu mesmo. Enfim. Como o primeiro livro, eu totalmente recomendo.

6 de fev. de 2014

Seraphina, de Rachel Hartman – DL do Tigre 2014


Tema: Julgando pela capa
Mês: Fevereiro
Leitura do mês: Seraphina
Autora: Rachel Hartman
Editora Jangada, 384 p.

Seraphina é órfã de mãe, mora com o pai e a madrasta, e passa maior parte de seu tempo com o amigo de seu pai, Orma, e tendo aulas de musica. Mas ela esconde um segredo que se vier a tona, pode prejudicar sua família. Phina vive em uma época em que os dragões e os humanos convivem relativamente bem entre si, graças à assinatura de um tratado. É às vésperas da comemoração desse tratado, quando Ardmagar Comonot, o líder no mundo dos dragões, está chegando ao reino de Gored, que a vida da jovem começa a virar de cabeça para baixo: ela começa a ter visões que desconhece o significado, passa a ter lembranças de sua mãe, descobre a real ligação que existe entre ela e Orma e também o que ela é na verdade. Justamente nesse momento, em que ela trabalha como assistente do compositor da corte, um membro da família real aparece morto. As evidências apontam para um dragão, o que leva a desavenças e levantes públicos contra a chegada de Comonot. Ela de junta ao Capitão da Guarda da Rainha, o príncipe Lucian Kiggs. Todas as pistas levam a uma trama sórdida criada para destruir a tênue paz entre humanos e dragões, e Seraphina precisa lidar com sua verdadeira identidade, algo que pode arruinar sua vida.

O que me chamou atenção para esse livro foi a palavra dragão. Adoro dragões, e depois da série Ciclo da Herança, de Christopher Paolini, eu queria muito alguma outra história sobre essas criaturas. Seraphina não decepcionou. Li em dois dias, não conseguia parar. Logo no final, fiquei com uma sensação de “querer ler a continuação” (que não existe, esse livro é único), porque ficaram umas partes soltas, e o próprio final dá muito pano pra uma nova história. Ao mesmo tempo, fiquei feliz de ser só um, porque existem histórias que mesmo com panos soltos, seriam melhores ficarem em um livro do que se alongarem e perderem o foco (como existem alguns livros por aí). De qualquer jeito, eu adorei, A capa é linda e o subtítulo sugere exatamente aquilo que a personagem é. Recomendo completamente.