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21 de set. de 2020

O homem que buscava sua sombra (David Lagercrantz) – DLS 2020



Título: O homem que buscava sua sombra
Autor: David Lagercrantz 
Mês: Setembro 
Tema: Um livro muito criticado 
Editora Companhia das Letras, 360p. 

Por seu envolvimento nos acontecimentos sobre o assassinato do professor Frans Balder, Lisbeth Salander tem que cumprir dois meses de prisão e vai parar na cadeia com as prisioneiras mais perigosas do país. Depois de falar com seu antigo guardião, Palgrem, ela acaba ficando desconfiada sobre antigos documentos que falavam de um tipo de experimento realizado com gêmeos (que tem a ver com ela e sua irmã e muitos dos seus traumas de infância). Ao mesmo tempo em que Lisbeth tenta libertar uma jovem detenta que sobre abusos e violência na cadeia, ela entra em contato com Mikael Blomkvist para tentar desvendar mais mistérios de seu passado. E é aí que entra o nome de Leo Mannheimer, cuja própria história é um caso à parte... 

Eu não fazia muita ideia de qual livro escolher para esse tema do desafio, porque na minha cabeça, “livro muito criticado” era “livro proibido ou banido”, e das várias listas sobre esse tema eu já tinha lido alguns e não queria ler outros por falta de afinidade. Então fui atrás das séries que me faltam terminar e de resenhas sobre os livros e vi que esse quinto da série Millennium (e segundo escrito por David Lagercrantz, que “substituiu” Stieg Larsson na continuação da série) foi um livro bastante criticado. 
Na verdade, as críticas sobre a história não focar mais em Lisbeth e Mikael já vem do quarto livro (e primeiro de Lagercrantz), e comparando com o último livro da série, este me pareceu o segundo mais criticado. E as resenhas sempre falando a mesma coisa: seja achando a história boa ou ruim, o foco está sempre no fato de que o enredo pode até girar em torno de acontecimentos relacionados a Lisbeth e Mikael, mas eles mesmos acabam não aparecendo muito na ação da história. 
Agora, sobre a história. Sim, o livro começa com Lisbeth, Mikael se envolve na investigação, ambos tem papéis que “movimentam” a história, mas eu comecei a entender as críticas, porque mesmo que tudo comece com Lisbeth e uma parte central do enredo seja sobre ela, o autor acaba dando mais destaque as pessoas que fazem parte dos segredos a serem desvendados, e a ação é pouca, mesmo Lisbeth estando envolvida nela. Além disso, eles adicionaram uma história à parte (do Leo Mannheimer) que mesmo tendo ligação com a história de Lisbeth, ainda assim se transformou em uma história separada, digamos assim. 
O que me deixou surpresa foi que existem manuscritos deixados por Larsson que Lagercrantz escolheu não utilizar (e saber disso me lembrou tanto Star Wars e o fato de que não utilizaram as ideias do Lucas pra trilogia sequel, e agora até rumor que essa trilogia deixaria de ser cânone surgiu, o que me enlouqueceu, mas voltando...) e isso acaba sendo decepcionante, porque não tem problema o novo autor querer colocar suas próprias ideias, mas precisa ter consciência de que tudo começou com outra pessoa. Enfim. Não achei o livro decepcionante, mas concordo que Lisbeth está bem diferente da trilogia original; não desmerece a história, mas se entende as críticas. Mesmo assim, recomendo.

18 de set. de 2020

A garota na teia de aranha (David Lagercrantz) – DLL 2020


Título: A garota na teia de aranha
Autor: David Lagercrantz
Mês: Setembro
Tema: Um livro de autor sueco
Editora Companhia das Letras, 472p.

O professor Frans Balder é um gênio da informática. Ele deixa seu trabalho para trás e vai em busca do filho August, em Estocolmo, após anos de negligência parental. Ele sempre só pagava pensão para o menino, que ficava com a mãe, uma atriz em decadência, e seu novo parceiro. Á medida que convive com o menino, Frans percebe que o filho sofreu maus tratos, e que August, apesar de sua doença mental severa, também tem uma capacidade intelectual imensa. Enquanto isso, Mikael Blomkvist esá passando por uma crise em sua carreira, sofrendo críticas sem fim. A própria Millenium não está passando por bons momentos também. Lisbeth Salander, ao hackear um órgão do governo americano, descobre a existência de Frans Balder, o qual está correndo grave perigo. Mas, envolvido com as descobertas sobre a doença do filho, ele nega toda ajuda. Até ser assassinado, mas como seu “desaparecimento” não tinha sido explicado por ninguém, as pessoas não sabiam de seu filho. August, agora testemunha do assassinato do pai, está correndo risco, ainda mais porque consegue retratar o momento do assassinato em seus desenhos. É aí que Lisbeth entra em cena, pois Mikael, com quem Frans tinha combinado se encontrar na noite em que morreu, meio que testemunha o crime, e ele pede ajuda dela, lançando ambos em uma caça que envolve muito mais que a simples morte de um professor.

Quando eu peguei esse livro para ler, fiquei com um pé atrás. Na primeira vez que soube dele, eu já fiquei na duvida, porque sabia que o autor era falecido e não sabia se e que ele tivesse deixado algum manuscrito para ser publicado postumamente. De qualquer forma, era sobre Lisbeth Salander e essa personagem não precisou de três livros para se transformar em uma das minhas heroínas literárias favoritas (depois do primeiro livro, eu já a idolatrava). De certa forma, dá para perceber a diferença na escrita, como se os personagens tivessem mantido sua essência, mas sem aquele ritmo frenético que caracterizava ambos. Eu atribui isso ao fato de que a trilogia original contava a história de Lisbeth então ela tinha que aparecer mais. Diferentemente dessa história, onde o foco é outro personagem, mas Lisbeth e Mikael desempenham um papel crucial no desenvolvimento dos acontecimentos. Para um livro escrito por outra pessoa, está muito bom.