Título: Uma prova de amor
Autora: Emily Griffin
Novo Conceito, 432p.
Claudia e Ben se conhecem num encontro às cegas armados por amigos em comum. Ela sempre disse que não queria ter filhos, desde pequena, e isso nunca mudou. Talvez esse tenha sido um dos fatores que acabaram com os seus antigos relacionamentos. Claudia, aos 31 anos, nem sabia mais se ainda conheceria um cara que tivesse o mesmo objetivo de vida que ela, ou seja, que também não quisesse ter filhos. Até Ben aparecer. Eles tem uma vida semelhante: adoram seus respectivos trabalhos, gostam de viajar, comer coisas exóticas e beber além da conta, eram bagunceiros e organizados, românticos e pragmáticos na mesma medida. Acima de tudo, os dois concordavam sobre um assunto que, na idade deles, virou tabu: ter filhos. Nenhum dos dois quer. Ela, acima de tudo, não sente essa necessidade que a maioria das mulheres na idade dele tem. Ele não vê isso como num defeito. Então, o relacionamento dá certo. Alguns meses depois do primeiro encontro, eles fogem e se casam, sem pompa nem circunstância, e sem suas famílias. A conversa em torno de filhos aparece com mais freqüência, e nenhum dos dois mudou de idéia, o que está tudo bem para ambos. Até que uma viagem com amigos muda tudo. Porque Annie estava grávida, e Ben começa a se interessar demais pelo progresso da gestação da amiga, chegando até mesmo a grudar uma foto do ultrassom na geladeira de casa. Ben resolve ser claro e dizer que quer ter filhos. Em um primeiro momento, Claudia leva na brincadeira, achando que o desejo do marido é momentâneo. Mas não é. A idéia começa a tomar forma na cabeça dele, enquanto ela continua nem querendo ouvir sobre o assunto. Em uma noite, sua maneira de falar deixa claro que ela realmente, completamente não quer ter filhos nunca muda algo em sua vida. Uma briga feia com o marido faz com que seu casamento acabe. Agora, Claudia precisa lidar com sua escolha, mesmo que isso custe o amor de sua vida. Será que ela vai mudar de idéia?
De várias formas, esse livro foi uma surpresa. Primeiro, porque já havia lido algumas resenhas, que não me chamaram nenhuma atenção. Segundo, porque como já disse, não sou chegada a romances desse tipo. Só precisei ler a sinopse com um pouco mais de atenção pra perceber que talvez ler esse livro não fosse uma má idéia, principalmente porque a protagonista fala de certas coisas nas quais eu também acredito ou também aprovo. Algumas partes são até engraçadas, porque fazem parte da realidade. Por exemplo, quando Ben e Claudia respondiam as perguntas de quando eles teriam filhos. As pessoas objetando convencê-los de que ter filhos é uma coisa boa, eles precisando aturar tudo, achei engraçado. Até porque me lembrou de certas coisas e pessoas e situações... Enfim. A linguagem não é formal, o que dá a narrativa um tom leve e bem, digamos objetivo, coisa que não espero encontrar em livros desse tipo. Gostei muito e recomendo.
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