25 de fev. de 2019

Lendo o Brasil: MARANHÃO - Dom Pedro I vampiro (Nazarethe Fonseca)

D. Pedro I, ou somente Pedro, está fugindo. Ele já foi um mortal, um príncipe, com todas as obrigações que sua posição exige e das quais ele não aguenta falar, principalmente aquela sobre casamento arranjado. Ele se torna amigo do conde Durval e de sua linda prima Lucille, e eles oferecem a Pedro todo o apoio que nunca conseguiu obter da família. O que o príncipe nem imagina é o preço que irá pagar por essa amizade. Nos dias atuais, ele conhece Eva, uma jovem aparentemente comum, cujos caminhos se cruzam com os de Pedro, pois ele está atrás da caixa misteriosa de Eva recebeu de um amigo. Eles se sentem atraídos um pelo outro, mas Pedro sabe que se envolver com ela a colocará em perigo, principalmente porque Lucille não sossegará até que ela tenha em mãos a caixa e também Pedro.


Dessa leva de livros que misturam clássicos e personagens históricos com criaturas sobrenaturais, este é o primeiro livro que leio. Já vi a adaptação de Orgulho e preconceito e zumbis, e até achei o filme legalzinho, mas não li o livro para não me decepcionar. Apesar de não curtir muito essa mistura, estava curiosa para ler esse porque pelo que eu vi, o livro de Nazareth Fonseca é o primeiro que mistura uma personalidade histórica com vampiros. 
O que eu mais gostei foi a mistura entre passado e presente, com D. Pedro vivendo no século XIX e nos dias atuais. Particularmente, acho que os autores utilizam esse lá e cá para manter o interesse na leitura, porque faz com que o leitor fique grudado na história, querendo saber como o acontecimento que irá determinar o enredo da história se desenvolveu (no caso, D. Pedro virando vampiro). Livro para entreter que cumpre o que promete.

Editora Planeta do Brasil.
336 páginas.

22 de fev. de 2019

198 livros: ESLOVÊNIA – O ano em que sonhamos perigosamente (Slavoj Zizek)

Sinopse: Este livro se propõe a recuperar os principais eventos de 2011 e analisar tanto os sonhos emancipatórios (Primavera Árabe, Occupy Wall Street, levantes em Londres e Atenas) quanto aqueles destrutivos que motivaram a chacina de Anders Breivik na Noruega e outros movimentos racistas que eclodiram por toda a Europa. A questão que o livro coloca é - essas explosões têm a mesma raiz? Invocando a expressão persa 'war nam nihadan' - 'matar uma pessoa, enterrar o corpo e plantar flores sobre a cova para escondê-la' - para descrever o processo de neutralização crítica em marcha próprio da ideologia hegemônica, o esforço crítico de Zizek consiste em situar esses eventos no interior da totalidade do capitalismo global. Para tanto, ele articula uma contribuição ao conceito de mapeamento cognitivo, desenvolvido por Fredric Jameson, sem abrir mão de anedotas e análises da cultura pop.


Quando procurava livros deste país, este foi um dos que me deixaram com um pé atrás, apesar das minhas pesquisas iniciais e do tema do livro ser interessante, porque o autor é um filósofo e eu sempre tive dificuldade em ler livros do tipo. Ainda bem que me enganei. A leitura flui bem, são oito ensaios que exploram desde a situação do capitalistmo global até o anúncio de um “descontentamento em marcha”. Muito recomendado.

Editora Boitempo.
144 páginas.

20 de fev. de 2019

Turma da Mônica Jovem Especial (Maurício de Sousa) – DC 2019


Título: Turma da Mônica Jovem Especial: o segredo do acampamento
Autor: Maurício de Sousa
Mês: Fevereiro
Tema: Um clássico brasileiro
Editora Panini, 97p.

Mônica e seus amigos estão de férias, e acabaram indo parar em um acampamento de verão. Alguns curtem a ideia, enquanto outros só sabem reclamar que não tem internet, que só tem mosquito, etc. Quando Cebola começa a manifestar interesse pela monitora bonita, Mônica fica se roendo de ciúmes, enquanto Xaveco tenta provar que os acontecimentos estranhos relacionados ao rio da cidade tem a ver com ETs... Quando os meninos começam a desaparecer, Mônica resolve ir atrás do mistério, e a verdadeira identidade de Iara é revelada.


Sobre clássico brasileiro, a primeira coisa que me veio a cabeça foram aqueles livros que no ensino médio se transformam em literatura obrigatória para o vestibular e que, consequentemente, eu não aguento. Minha segunda opção para esse tema, depois de Machado de Assis, era Monteiro Lobato, mas não encontrei nenhum dos títulos que queria de nenhum dos dois autores. Então, pensei na Turma da Mônica, que eu adoro desde sempre, e a Panini tem feito uns lançamentos muito bons da coleção. Apesar de curtinho, ele é muito bom, o colorido salta aos olhos (principalmente se vocês está acostumado as edições em preto e branco da revista) uma ótima aquisição para quem gosta dessa nova fase da turma mais famosa do Brasil.

18 de fev. de 2019

Malévola (Serena Valentino) – DLS 2019


Título: Malévola: a rainha do mal
Autora: Serena Valentino
Mês: Fevereiro
Tema: Um livro de contos
Editora Universo dos Livros, 236p.

Malévola sempre foi diferente. Ela é uma fada-bruxa que sentiram, desde o seu nascimento, que ela seria um instrumento do mal. Mesmo vendo isso, Babá, diretora da escola de fadas, procurou lhe dar oportunidades que a levassem a um caminho diferente. Mesmo sendo a mais inteligente, aplicada e perpicaz, na escola de fadas Malévola era criticada e sofria preconceitos. No dia do teste para a formatura na escola das fadas, seus amados corvos viram alvo da maldade de algumas colegas implicantes e assim, sela o destino de Malévola.

- Sua mente é tão obtusamente de fada. Se algo não se encaixa na sua versão ideal de mundo, se a atrapalha de algum modo, então quer que isso saia da sua frente. Malévola é como uma orquídea negra em meio a um campo de peônias cor-de-rosa. Você é incapaz de deixar que a orquídea floresça. Você a removeria por não combinar perfeitamente.

Que livro! Os contos de fadas já são uma coisa tão imbuída na nossa mente, já crescemos com aquela ideia fixa de princesa boa, rainha ou bruxa má, que quando aparecem autores que resolvem encarar o desafio de repaginar histórias e personagens já fortemente estabelecidos no imaginário comum, acaba sendo um sopro de ar fresco. Toda essa série da Serena Valentino faz isso, mas Malévola: a rainha do mal, leva tudo a outro nível, muito mais complexo. Se o filme com a Angelina Jolie conseguiu redimir a personagem, este livro mostra que as suas motivações (diferentes das mostradas no filme, e prestem atenção, nem este livro é a novelização do filme, nem vice-versa, estou meramente comparando) foram muito mais fortes, e mesmo assim, durante todo o processo, você espera que ela realmente se redima. Depois de ler que eu percebi que o livro era o último lançado da série, vindo antes dele A mais bela de todas, que ainda não li, então não sei se algum acontecimento influencia a história de Malévola. Muito recomendado.

15 de fev. de 2019

A coroa (Kiera Cass) – DLLC 2019


Título: A coroa
Autora: Kiera Cass
Mês: Fevereiro
Tema: Um livro com um triângulo amoroso
Editora Seguinte, 310p.

Eadlyn Schreave agora é uma princesa mais consciente. Seu pai está cansado e abatido, sua mãe está entre a vida e a morte, seu irmão fugiu e o povo a odeia. Sua Seleção, processo de escolha de seu futuro marido, ainda não terminou, mesmo com a atmosfera pesada no palácio. A jovem princesa tomou consciência de que sua postura arrogante lhe trouxe problemas, então ela resolve mudar. Enquanto seu pai está impossibilitado de governar devido a saúde da rainha, Eadlyn se torna regente, o que leva a Seleção a se reduzir a Elite. Ela recebe ajuda e as coisas começam a melhorar um pouco, até ela se descobrir apaixonada por um jovem que não estava na competição e alguém que ela julgava seu amigo resolver atacá-la pelas costas, criando um triângulo amoroso absurdo. Agora a princesa precisa tomar decisões importantes não somente para si mesma, mas para seu reino inteiro.

Um excelente final de série. Achei que A escolha seria o último livro dessa série, mas fiquei feliz que a autora resolveu mostrar a vida seguinte ao casamento de Maxon e America, com uma herdeira e seu próprio período de escolha de marido. O final me surpreendeu e me lembrou do que acontece no final de O diário da princesa. O final de A herdeira me deixou imaginando mil coisas (America morta, o príncipe enganado, uma guerra à vista), mas ainda bem que a história segue por caminhos bem diferentes. Vale a pena, livro recomendado.