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24 de jul. de 2012

O livro das cartas encantadas (Índigo)


Título: O livro das cartas encantadas: a correspondência secreta das princesas
Autora: Índigo
Editora Brinque-Book, 159 p.

Uma fada chamada Gwenhyfar guardou consigo durante séculos a correspondência trocada entre Bela Adormecida, Cinderela e Branca de Neve. Bella vive confinada no palácio para que a maldição da fada má não se realize, Cindy vive em um sótão poeirento e é obrigada a virar empregada da madrasta, e Branca foge da própria mãe que queria matá-la por ser a mais bela do reino. Com as datas e localidades de onde foram escritas, as cartas trocadas entre elas (cujos mensageiros eram animais) revelam toda sua intimidade: Bella estava frustrada por viver presa dentro do próprio palácio, Cindy não agüentava mais a vida de criada e Branca passou a viver com os anões depois que aprendeu a lavar e cozinhar para pagar sua “estadia”. Longe do romantismo da Disney, cada uma delas faz de um tudo para buscar seu final feliz.

Um livro impagável. Pelo título, achei fosse livro estrangeiro. Tive uma surpresa quando vi que era uma publicação de autora brasileira, e fiquei ainda mais curiosa, até porque nunca tinha visto nenhuma “mexida” boa em contos de fadas por autores brasileiros. Esse livro foi o primeiro.Este livro é muito divertido. Logo de cara, já existe uma observação da fada guardiã acerca do conteúdo das cartas e do motivo que a levou a guardar. Tais observações são entremeadas com as cartas no intuito de explicar alguns acontecimentos.
As princesas que se correspondem, Bela Adormecida, Cinderela e Branca de Neve estão bem longe de serem as mesmas que conhecemos (pintadas na nossa imaginação por Walt Disney). A despeito de algumas mudanças bem visíveis, as vidas delas não mudaram nada do que nós já conhecemos. O que eu mais gostei foram as datações e localizações fornecidas em cada carta. Um paralelo legal: todos os locais onde as princesas vivem se encontram na Alemanha, não por acaso, país dos irmãos Grimm. Adorei.

12 de jan. de 2012

Academia de Princesas (Shannon Hale)


Título: Academia de Princesas
Autora: Shannon Hale
Editora Galera Record, 272p.

As pessoas do Monte Eskel, um povoado distante não reconhecido pelo povo da Planície como um território significativo, vivem sua vida normalmente. O trabalho na pedreira não muda, enquanto esperam os mercadores aparecem para trocarem suas pedras de cantaria por mercadorias necessárias para enfrentar o inverno. Até que um mandatário-mor chega e anuncia que a próxima princesa de Danland sairá do Monte Eskel (de acordo com os augúrios dos padres) e por isso, todas as meninas de 12 a 17 anos deveriam freqüentar a Academia de Princesas. Miri é uma dessas meninas, mas sua irmã não. Marda ficará com o pai e como de costume ajudará no trabalho na Montanha (trabalho esse que Miri inveja e desejava realizar).
Então, ela e todas as outras jovens se encaminham para a Academia, onde encontram sua severa tutora Olana e descobrem tudo que deverão aprender em um ano antes que o príncipe apareça para escolher sua futura noiva: a ler, a escrever, sobre comércio e economia, ter noções de conversação e postura. Como tudo que é desconhecido assusta, elas começam a ter aulas e passam a dar o melhor de si quando descobrem a vida confortável que a escolhida poderá dar a família. Os ensaios, aulas, provas e eventuais castigos continuam, pois ninguém quer ser a perdedora, inclusive Miri. Na Academia, a pequena menina (que se considerava uma inútil, já que o pai nunca permitiu sua ajuda na pedreira) descobre que o mundo além do monte pode ser muito interessante. Na Academia, ela aprende o real valor da pedra da cantaria e ajuda seu povoado a comercializá-lo da maneira correta. Enquanto isso, ela continua se preparando, mesmo sem saber se gostaria realmente de ser princesa. Como ficaria sua relação com seu melhor amigo Peder, um garoto simpático que ultimamente fazia seu coração disparar?
O ano passa, Miri é escolhida como a princesa da Academia e o príncipe chega. Todas elas dançam com ele e o entretêm, mas ele continua distante, sem demonstrar a mínima inclinação para nenhuma delas. O sonho de virar princesa de verdade começa a arrefecer no coração de Miri, quando um grupo de bandoleiros invade a Academia e aprisiona todas. É com a ajuda da linguagem da pedreira, linguagem essa usada por todos aqueles que trabalhavam na pedreira e que, Miri descobre mais tarde, existe em cada morador do povoado, que ela consegue pedir ajuda dos aldeões e libertar suas amigas. O príncipe volta pronto para fazer sua escolha, e Miri finalmente descobre o que fez sua amiga Britta passar mal quando da primeira visita do príncipe e porque ele estava tão desinteressado. Mais importante: Miri descobre o lugar onde realmente pertence e o que realmente quer fazer com o que aprendeu na Academia.
Dois trechos do livro que eu adorei: "Jamais hesite se você souber que está certa". E “A verdade é quando entranhas e mente concordam”. Um ótimo livro infanto-juvenil.