Título: Inside the worlds of Star Wars Attack of the clones
Autor: Simon Beecroft
Mês: Maio
Tema: Letra I
Editora Doring Kindersley, 40p.
Sinopse: Produced in association with Lucasfilm, a complete guide to all
the incredible locations from Star Wars: Attack of the Clones includes views of
the two new planets, Coruscant and Kamino, as well as details about their
cities, cultures, people, and politics. 75,000 first printing.
Mais um livro sobre o making of de Star Wars, dessa vez do episódio II.
Como sempre, as artes são lindas, eu adoro esse tipo de livro. Os esboços e as
ideias por trás da criação dos locais e instrumentos do filme sempre conseguem
prender a atenção do fã de Star Wars. Indico.
This story happened a long time ago in a galaxy far, far away. It is already over. Nothing can be done to change it.
It is a story of love and loss, brotherhood and betrayal, courage and sacrifice and the death of dreams. It is a story of the blurred line
Between our best and our worst.
It is the story of the end of na age.
A strange thing about stories—
Though this all happened so long ago and so far away that words cannot describe the time or the distance, it is also happening right now.
Right here.
It is happening as you read these words.
This is how twenty-five millennia come to a close. Corruption and treachery have crushed a thousand years of peace. This is not just the end of a republic; night is falling on civilization itself.
This is the twilight of the Jedi.
The end starts now.
A República está por um fio. O sequestro televisivo do Cancelar
Palpatine leva Obi-Wan Kenobi e Anakin Skywalker ao encontro de Dookan, aprendiz
sith. O resgate é um sucesso e o chanceler já está de volta na capital, mas a
vida de Anakin começa a ficar mais complicada, pois Padmé surge com a notícia
de que está grávida. Quando mais um de seus sonhos premonitórios mostra Padmé
morrendo no parto, ele assume com mais certeza que não vai deixar a esposa
morrer. A partir daí, o promissor Jedi embarca numa descida cada vez mais sem
volta para o lado negro da Força...
A primeira coisa que eu tenho a dizer sobre esse livro é: a revelação que acontece nos primeiros capítulos teria um impacto daqueles se a trilogia prequel tivesse sido lançada primeiro, se a história toda tivesse começado do início, ao invés do meio. Apesar disso, eu aplaudo a forma de escrita do Matthew Stover porque a forma que ele constrói essas cenas iniciais até a revelação de quem é o mestre sith é MUITO boa.
Eu não quero falar muito sobre esse livro para não dar spoiler da novelização, mas aí você se pergunta: como dar spoiler de uma história que foi lançada no cinema há 20 anos? Simples. Toda novelização vem complementar o que foi mostrado no cinema, mas essa faz mais do que isso. O autor não só acrescenta cenas, ele adiciona camadas e mais camadas que mostram pensamentos e sentimentos, e como essa é a história da queda de Anakin Skywalker e ele é um personagem intenso reprimido, as partes com ele são muito mais... Mais.
Eu queria poder encher essa resenha de quotes, mas já que não posso, vou falar dos principais aqui: a percepção dos cidadãos sobre os Jedi que Stover soube, em poucas linhas, dar uma visão excelente (a diferença entre a percepção das crianças e dos adultos foi top); Anakin buscando os conselhos de Yoda sobre seus sonhos e percebendo a inutilidade da resposta do mestre (mostrando mais uma vez a falta de entendimento dele sobre o que estava acontecendo).
O que me pegou nessa novelização é como o Mat consegue colocar em palavras momentos que vimos no cinema e que nós sabemos explicar, mas a sensação é que faltam as palavras certas.
Quem lê esse livro, se ja viu os filmes e a série Clone Wars, sabe muito bem sobre as maquinações de Palpatine e como ele manipulou a opinião pública sobre os jedi. Mesmo assim, é bom ver que Mat consegue captar o tom da situação.
Voltando ao início porque eu tenho que falar. A história começa com o sequestro do chanceler por Grievous, um ato televisionado. Enquanto as crianças esperam pelos heróis glorificados Obi-Wan Kenobi e Anakin Skywalker que irão com certeza salvar o chanceler, os adultos nao tem tanta fé assim, porque eles sabem que no meio dos jedi, dentre esse grupo de heróicos comandantes de guerra, existem aqueles que trairam a República.
Some of the adults even whisper to themselves, They might have fallen.
Eu achei que ele ia detalhar a Ordem 66, mas não. Nessa descrição, ele é sucinto:
The order is given once. Its wave-front spreads to clone commanders on Kashyyyk and Felucia, Mygeeto and Tellanroaeg and every battlefront, every military installation, every hospital and rehab center and spaceport cantina in the galaxy.
Except for Coruscant.
On Coruscant, Order Sixty-Six is already being executed.
Outros cenas foram complementadas (e sim, essa parte da Padmé me destruiu):
So this is how liberty dies, she was saying to herself. With cheering, and applause.
“We can’t let this happen!” Bail lurched to his feet. “I have to get to
my pod—we can still enter a motion—”
"No.” Her hand seized his arm with astonishing strength, and for the first time since he’d arrived, she looked straight into his eyes.
“No, Bail, you can’t enter a motion. You can’t. Fang Zar has already been arrested, and
Tundra Dowmeia, and it won’t be long until the entire Delegation of the Two Thousand are declared enemies of the state. You stayed off that list for good reason; don’t add your name by what you do today.”
“But I can’t just stand byand watch—”
“You’re right. You can’t just watch. You have to vote for him.”
“What?”
“Bail, it’s the only way. It’s the only hope you have of remaining in a position to do anyone any good. Vote for Palpatine. Vote for the Empire. Make Mon Mothma vote for him, too. Be good little Senators. Mind your manners and keep your heads down. And keep doing... all those things we can’t talk about. All those things I can’t know. Promise me, Bail.”
“Padme, what you’re talking about—what we’re not talking about—it could take twenty years! Are you under suspicion? What are you going to do?”
“Don’t worry about me,” she said distantly. “I don’t know I’ll live that long.”
Existe uma cena que George Lucas se superou. Sem diálogo nenhum, só a angústia, incerteza, dúvida e desespero e conexão que existe entre dois personagens. E a descrição desse cena é uma das melhores partes do livro (a trilha sonora da cena é fantástica também):
His agony somehow became an invisible hand, stretching out through the Force, a hand that found her, far away, alone in her apartment in the dark, a hand that felt the silken softness of her skin and the sleek coils of her hair, a hand that dissolved into a field of pure energy, of pure feeling that reached inside her-
And now he felt her, really felt her in the Force, as though she could have been some kind of Jedi, too, but more than that: he felt a bond, a connection, deeper and more intimate that he'd ver had before with anyone, even Obi-Wan; for a precious eternal instant he was her... he was the beat of her heart and he was the motion of her lips and he was her soft words as though she spoke a prayer to the stars-
"I love you, Anakin. I am yours, in life, and in death, wherever you go, whatever you do, we will always be one. Never doubt me, my love. I am yours."
-and her purity and her passion and the truth of her love flowed into hum and through him and every atom of him screamed to the Force how can I let her die?
Esse trecho (entre aspas), que é uma lembrança de Padmé falando que ama Anakin, é linda e mostra o que muita gente até hoje, se recusa a tentar entender. Padmé era uma mulher apaixonada. Pelo seu trabalho na República, pelo marido, muita certa das próprias convicções. Então, quando ela vê que o homem que ela ama destruiu o trabalho da vida dela, desgastada pela guerra e pelo que ela está vendo que está acontecendo ao seu redor, não tem forças mais pra nada e perde a razão de viver. Pode ser só a minha interpretação dos eventos, pode ser só uma tentativa de justificar as decisões de George Lucas quanto a história, pode ser que eu não aguente mais tanta crítica a trilogia que eu adoro. O que eu vejo é que Matt consegue, e muito bem, explicar o destino da personagem mostrado no filme.
Voltando ao trecho que me deixou de coração partido: a fala de Padmé quando Palpatine declara a formação do imperio. Não tem como não sentir pena, porque não dá pra saber de a constatação dela tem a ver com o sonho do marido (visões que ela já viu que se tornam reais) ou porque é algo que ela sente mesmo, vendo que o marido tem uma ligação muito forte com o agora imperador e que ambos destruíram tudo que ela lutou a vida toda para manter (e ela nem sabe ainda de tudo que foi feito).
De longe, a melhor novelização de Star Wars. No aniversário de 20 anos de lançamento de A vingança dos sith (foi em 19 de maio), não podia ser outra a leitura no mês de Star Wars. Muito recomendado.
De um lado, existe seu
“trabalho” de contrabandista, do outro existe
a sua (recém-descoberta) vocação para líder rebelde, e Han Solo não sabe para
onde vai. Apesar de não querer se envolver na luta contra o império, ele
percebe que pode ajudar Leia, mas também surge a oportunidade que ele esperou a
vida toda: participar da corrida espacial Dragon Void. O que ele escolhe? Só
lendo para saber.
Han Solo não é meu personagem favorito
de Star Wars, mas eu gosto muito das interações entre ele e Leia, são muito
divertidas. Foi esse um dos motivos que me levou a comprar essa hq. Valeu
porque a história é boa e eu adoro qualquer coisa que complemente os espaços da
história dos Skywalker entre cada filme. Estava guardado na estante há anos,
finalmente lido.
Título: Empire strikes back from a certain point of view
Mês: Maio
Tema: Um livro de contos
Editora Del Rey, 544p.
Em 1980, foi lançado o segundo filme da trilogia que mudaria o cinema. Star
Wars: o império contra ataca completou 40 anos em 2020 e em comemoração, foi
lançado um livro com 40 contos escritos por 40 autores, com histórias das mais
variadas, sob os pontos de vistas mais inusitados, de personagens que você
sequer imaginaria que fosse levado em consideração para que uma história sobre
ele fosse contada.
Como o primeiro livro, eu adorei esse. Dessa vez, os personagens que são
mostrados aqui são mais variados que da primeira vez. Exemplos: o tauntaun que
acompanha Han Solo, o wampa que ataca Luke (e esse conto deixa um gosto amargo
na boca quando se lê o conto seguinte, sobre o tauntaun fêmea que Han leva com
ele), o oficial imperial que Vader sufoca até a morte, o imperial que vai até a
câmara de Vader (esse foi muito interessante). Claro que Yoda e Obi-Wan também
aparecem, mas eu gostei mais desse livro porque tem mais histórias dos
imperiais. Muito indicado.
Mais uma curiosidade do mundo dos livros. Essa eu achei no blog Prateleira de cima, da bibliotecária Karin Paredes. Um texto bonito que enaltece os livros,
criado por Vera L. Stefanov, diretora do SINBIESP.