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9 de jul. de 2025

The golden compass (Stéphane Melchior)


 

Título: The golden compass
Autora: Stéphane Melchior 
Editora Knopf Books for Young Readers, 224p.

Sinopse: The graphic novel adaptation of The Golden Compass, one of the most celebrated books of all time, is now complete! This edition contains all three volumes—the entire story.
Published in 50 countries with over 22 million copies sold, The Golden Compass, The Subtle Knife, and The Amber Spyglass are renowned for their engrossing storytelling and epic scope. These modern classics are must-reads for every book lover.
Now, in this graphic novel adaptation of The Golden Compass, the world of His Dark Materials is brought to visual life. The stunning full-color art will offer both new and returning readers a chance to experience the story of Lyra, na ordinary girl with na extraordinary role to play in the fates of multiple worlds, in na entirely fresh way.
This volume collects the full journey of Lyra to the far north, her rescue of the kidnapped children at Bolvangar, her escape via hot-air balloon, and her crucial role in Lord Asriel’s ambitions to build a bridge to another world.

Eu gosto muito dessa trilogia do Pullman. Foi uma série que me pegou de jeito, eu não consegui largar de jeito nenhum. O filme foi um pouco decepcionante, apesar do elenco de luxo. A série foi mais fiel, mas até hoje não terminei de ver. Então não resolvi deixar passar a chance de ler essa hq para ver como seria mais uma adaptação da história. Apesar de imaginar desenhos diferentes, eu gostei bastante. Na data exata em que o livro comemora 20 anos de lançamento, essa é a minha homenagem.

21 de jan. de 2022

La Belle Sauvage (Philip Pullman) – DLL 2022


 

Título: La Belle Sauvage 
Autor: Philip Pullman 
Mês: Janeiro 
Tema: Um livro que seja o primeiro de uma série ou trilogia 
Editora Suma de Letras, 398p. 

Malcolm e seu daemon, Asta, tem onze anos e vive com seus pais na Truta, uma estalagem perto de Oxford. Ele tem como vizinho o convento de Godstow, onde Malcolm vai para ajudar sempre que pode. Em um dia normal, ele entreouve que as freiras estão recebendo uma hóspede bebê chamada Lyra. Ele logo se apega a criança, e sua curiosidade só aumenta quando percebe que outras pessoas também estão interessadas na bebê. O problema é que esse interesse nem sempre vêm de pessoas boas, e Malcolm logo percebe isso. Quando uma tempestade desaba e começa uma enchente (que o garoto avisou para todo mundo que ia chegar, mas que poucos deram atenção), o garoto se junta a Alice, a jovem que ajuda na estalagem mas com quem Malcolm nunca se deu bem, para salvar Lyra dos perigos que a enchente e o próprio nascimento de Lyra trazem para a criança. 

Eu comecei esse livro sem saber exatamente o que esperar. Até fiquei relutante em selecioná-lo para o desafio, apesar da minha curiosidade quando descobri que os acontecimentos dele se passam antes de toda a aventura que começou com A bússola de ouro. Gostei de ter um vislumbre de lorde Asriel e da sra Coulter no início da história deles e o “relacionamento” deles (se é que posso chamar disso) com Lyra, considerando como tudo termina. A história me prendeu do início ao fim, só não terminei ele em um dia porque fiquei realmente com muito sono. Vale a pena cada segundo e agora estou louca pelo segundo da série.

4 de nov. de 2015

Trilogia As Fronteiras do Universo vai virar série!


Como aconteceu com a série de livros Instrumentos Mortais de Cassandra Clare, os livros de Philip Pullman também irão virar série para TV. Foi anunciado hoje que a BBC One irá transformar os livros da trilogia As Fronteiras do Universo em série televisiva.
Vale lembrar que em 2007 foi lançado o filme A bússola de ouro, baseado no primeiro livro da trilogia e estrelado por Daniel Craig e Nicole Kidman (infelizmente, o filme não fez o sucesso esperado). Agora, a responsabilidade em produzir uma adaptação mais fiel está a cargo da produtora Bad Wolf em parceria com a New Line Cinema, está última sendo responsável pela trilogia de O Senhor dos Anéis no cinema.
Eu já li os livros, vi o filme e fiquei decepcionada com o desperdício de talento dos atores principais. Rezando agora para sair uma adaptação melhor. Se você ainda não leu os livros e quer indicação se valem a pena, basta clicar neste link e dar uma olhadinha nas resenhas ;)

6 de mar. de 2015

Once upon a time in the north, de Philip Pullman – DL do Tigre 2015


Tema: Em outro idioma
Mês: Março
Leitura do mês: Once upon a time in the north
Autor: Philip Pullman
Editora Knopf Books, 96p.

Lee Scoresby tem 24 anos e acabou de ganhar seu balão em um jogo de pôquer. Voando pelo Norte, ele acaba indo parar em uma ilha chamada Novy Odense. Lá, ele e seu Damon Ester se envolvem em uma conspiração envolvendo um magnata do óleo, o corrupto candidato a prefeito e um inimigo de Lee de longa data. Sentindo que a situação em que se encontra é bastante perigosa, ele forma uma aliança com um dos ursos de armadura, Iorek Byrnisson (futuro Rei dos Ursos) para por um fim ao esquema desonesto que tem como objetivo o controle de Novy Odense.

Um livrinho bem legal de ler, uma espécie de prequel da história de Lyra Belaqua. Achei legal porque Lee é um dos personagens mais adorados da série Fronteiras do Universo, então saber mais sobre ele e ver como ele adquiriu seu balão foi interessante. O livro é pequeno, só tem 96 páginas, dá pra ler em uma hora. Adorei as ilustrações, um dos atrativos deste livro, além, é claro, do fato de ser capa dura. Infelizmente, nunca publicado em português (deveria ter sido). Gostei bastante e recomendo.

20 de fev. de 2012

BBC “In their own words”: British novelists


Série que aborda a história do romance britânico do século XX contada por aqueles que a conhecem bem: os próprios autores.Os episódios estão divididos por ano (2010 e 2011).

Também da BBC, disponíveis coleções de entrevistas feitas com alguns dos escritores mais lidos do século XX. Philip Pullman é um deles.

14 de nov. de 2011

Ensinando literatura através da leitura de literatura

Aproveitando o ensejo, ao postar no Meu Cantinho Literário sobre lições e guias para ensinar Tolkien e sua obra, resolvi postar aqui também sobre como usar os best-sellers atuais como Harry Potter para ensinar literatura e estimular o gosto pela leitura nos jovens. Alguns artigos discutem isso, como foi postado no site Educar Para Crescer, onde se pode ver uma seleção de livros que se tornaram os mais vendidos.

Dentre eles, está a trilogia Mundo de Tinta de Cornelia Funke, a coleção O Diário da Princesa, dentro outros. Um artigo que eu traduzi e já postei aqui fala dos livros que os leitores de Harry Potter poderiam ler e até fazer relações entre as histórias. São eles:

C.S.Lewis – Crônicas de Nárnia
Ursula Le Guin – Earthsea
Lene Kaaberbol – The Shamer’s daughter
Christopher Paolini – Eragon,
Cornelia Funke – Dragon Rider
Philip Pullman – Fronteiras do Universo
Charles de Lint – The blue girl
Holly Black e Tony DiTerlizzi – As Crônicas de Spiderwick
Eoin Colfer – Artemis Fowl
Debi Gliori – The pure dead magic
Jenny Nimmo – The children of the Red King
Garth Nix – The old Kingdom


Alguns eu já conhecia, outros não. Estou pesquisando sobre cada obra para depois postar um resumo de cada uma delas.

31 de out. de 2011

O Meme Literário de Um Mês 2011 - Dia 31

Qual o livro que você leu esse ano que mais gostou?


Difícil. Esse ano eu li duas trilogias que, confesso, mesmo antes de ver boas recomendações (e apesar de suas adaptações para o cinema terem sido totalmente deturpadas), eu simplesmente amei. A primeira foi Fronteiras do Universo. Eu li os dois primeiros para o Desafio Literário 2011 e tive que ler o outro logo em seguida, porque a história é fantástica.


A segunda foi Mundo de Tinta. uma história dentro de outras histórias. Livros dentro de livros, além de mostrar o trabalho do encadernador. Eu simplesmente amei essa trilogia. As epígrafes dentro de cada capítulo foram o que mais me chamou atenção, porque cada uma tem a ver certinho com o que aquele capítulo descreve. E me deu muita vontade de começar a trabalhar com encadernação, um assunto dentro da minha profissão que sempre me chamou atenção.

19 de out. de 2011

O Meme Literário de Um Mês 2011 - Dia 19

Qual é o livro que você leu, gostou e recomenda para todo mundo ler também?


Livros dos meus escritores favoritos, geralmente. Mas a maioria dos livros que eu leio e gosto acabo recomendando. Alguns deles já citei aqui no Meme, recomendo além de autores como Jane Austen, Tolkien, Rowling e Lewis, a coleção Herança (Christopher Paolini), as trilogias Fronteiras do Universo (Phillip Pulman) e Mundo de Tinta (Cornélia Funke), a coleção de livros Diário da Princesa (Meg Cabot) e vááários outros.

24 de jul. de 2011

A Oxford de Lyra (Philip Pullman)


Esse pequeno conto começa dois anos depois da conclusão de A Luneta Âmbar. Lyra e Pantalaimon se encontram no conforto e na familiaridade da Faculdade Jordan, quando um pássaro estranho, o dimon de uma feiticeira, aparece desacompanhado e, literalmente, cai do céu. Ele está a procura de Lyra para que ela o ajude a encontrar um eleixir que slavará a vida da feiticeira. Lyra aceita ajudar, e quando ela e Pantalaimon se aproximam da casa de um alquimista de reputação duvidosa, a menina toma consciência do perigo e descobre que, mais uma vez, sua vida está em perigo. O livro é legal, um item de colecionador: acompanha um mapa de Oxford, um cartão-postal da doutora Mary Malone e um cartaz do S.S.Zenobia.
Não dá para saber os motivos que levaram Philip Pullman a escrever A Oxford de Lyra. Existem duas opções: esse livrinho seria um teste para saber se os leitores da trilogia Fronteiras do Universo se interessariam em uma continuação? Ou a história seria um interlúdio entre a destruição do mal supremo e novos males no caminho de Lyra da Língua Mágica? As duas respostas podem ser afirmativa, até porque Pullman já trabalha em um livro chamado The Dust Book (O Livro do Pó), que trará novamente as aventuras da Lyra da Língua Mágica.

19 de mai. de 2011

A luneta âmbar - Philip Pullman





Título: A luneta âmbar
Autora: Philip Pullman
Editora Objetiva, 624 p.

O terceiro e último livro da trilogia Fronteiras do Universo.
Eu li A Bússola de Ouro e A Faca Sutil para o Desafio Literário 2011, e estava louca para saber como a história terminava. Quando li o primeiro, fiquei me perguntando por quê eles, quando adaptaram para o cinema, acabaram com a história, infantilizando o filme demais. Quando li o segundo, fiquei em dúvida se a Sra. Coulter ainda seria a vilã, retratada tão perfeitamente pela Nicole Kidman. Agora que li o último livro, vi que a saga toda, de infantil, não tem nada. E tentei imaginar como seria adaptar o último livro para as telas, principalmente no que diz respeito a Will e Lyra.
Se no segundo livro, a referência a Paraíso Perdido de John Milton fica um pouco evidente, n'A luneta âmbar, é uma referência clara e total. É até engraçado. Pullman soube colocar a influência do poema de uma forma sutil, mas também bastante clara, de um jeito que eu vi poucos autores fazerem com suas referências literárias. E o Pó... Terminei o primeiro livro sabendo o que era isso, terminei o segundo com a cabeça zonza e agora terminei o terceiro entendendo totalmente.

Para quem não sabe, o poema de Milton, Paraíso Perdido, fala da queda do principal anjo de Deus, Satã, e da corrupção de Adão e Eva e sua expulsão do Paraíso. Nos livros de Pullman, Deus é chamado de Autoridade, Lyra faz referência a Eva, Will, a Adão, e a Cobra tentadora na árvore é uma cientista (antes, freira) Mary Malone. Até então, não havia entendido o papel dela na história, mas quando a chamaram de "a mulher tentadora" e ela fala que, no mundo em que ela está, as serpentes são animais que não são incomodados (ela inclusive foi parar num mundo onde os habitantes não são cobras, mas são animais com as mesmas características), clareou a minha mente. Lorde Asriel e vários outros personagens, inclusive anjos (referência aos anjos decaídos que acompanham Satã na guerra contra Deus), começam a guerra. O livro não retrata a guerra início-meio-fim, mas o leitor sabe quando começou e terminou.

Sobre o Pó e os dimons: o Pó é composto por partículas, encontradas em todos os seres. Quando crianças, as pessoas não têm muito Pó "em torno de si" (é mais ou menos essa a expressão). À medida que elas crescem, o Pó vai se concentrando nelas. E os dimons vão ganhando uma forma única quando a criança se torna adulta. No livro, Pullman coloca que o Pó (e a forma imutável do dimon) é a evidência física de que algo acontece quando a pessoa deixa de ser criança (inocente) e se torna adulta (experiente). Existe uma conotação sexual, como no caso de Adão e Eva, puros antes de cair em tentação, mas mudados após comerem a maçã. Muita concentração do Pó na pessoa é sinônimo de que ela é adulta, que ela não é mais inocente e pura. E os dimons mudando quando crianças fazem referência a quando, antes de cometerem o Pecado, Ãdão, Eva e todos os seres eram criaturas puras e semelhantes. Quando cada dimon assume uma forma diferente do outro, as pessoas vêem as diferenças entre si e se envergonham, fazendo referência a diferença entre homem e mulher (a conotação sexual).

Como Will e Lyra fazem referência ao casal primordial, eu fiquei ansiosa esperando pra ver quando seria a tentação, quando Lyra cederia a ela e Will acompanharia. Aí o romance começa entre os dois. Mas não tem uma conotação sexual, por assim dizer. É o primeiro amor. Mas acontece de um jeito que quem lê percebe a clara referência a Eva oferecendo o fruto vermelho, Adão comendo e o Pecado (o sexo) acontecendo. Mas não tem sexo nos livros. É um romance. Mas como é um referência tão explícita nesse momento, já tendo lido os outros, você até fica esperando algo assim acontecer. Não consigo imaginar isso no cinema. É uma temática forte, principalmente para crianças.
No momento em que Will e Lyra tocam um no dimon do outro, Pantalaimon e Kirjava mantém a forma em que estavam nesse momento como uma lembrança do sentimento entre eles. Pois eles se separam para sempre (como ambos saíram de mundos diferentes, só viveriam bem no mundo em que nasceram, caso contrário, a vida não seria produtiva e satisfatória para aquele que abdicou do seu mundo para viver no do outro). Como em Nárnia, o final feliz não é aquele dos contos de fadas.
E Mary Malone, como uma ex-freira que virou cientista por parar de ver significado em Deus e se torna a tentadora (apesar de não ser tão claro assim, descobrimos que ela é a tentadora por um comentário e uma sensação de Lyra), faz uma referência ao anjo decaído Satã, antes um anjo muito poderoso perante Deus, mas que também pára de ver significado Nele e se revolta.

Sobre o título e a capa: enquanto nos dois primeiros livros, titulo e capa estão claramente se conectando com a história, no terceiro, somente a capa. Não muito o título. E não digo isso porquê só percebi a utilidade do título (Luneta âmbar) depois, bem depois. A luneta é o instrumento que Mary (a tentadora) utiliza para ver que o Pó (partícula ligada a maturidade, experiência, conhecimento) está indo embora. Ao acolher Lyra e Will no lugar onde animais como serpentes são deixados em paz, ela propicia (mais ou menos) o descanso que eles precisam e que necessitam para exporem seus sentimentos. E propricia que o Pó volte a habitar nos humanos. Mais uma referência a serpente que, ao fazer com que Eva e Adão comam do fruto, faz com que os dois Conheçam. Eu já havia lido que, quando o Primeiro Homem e a Primeira Mulher comem do fruto, eles abrem seus olhos para aquilo que Deus não queria que eles conhecessem, algo muito além do Pecado, algo sobre o Conhecimento, o fato de Conhecer. É como se a serpente os tivesse tirando do controle de Deus. Aliás, a guerra toda gira em torno de matar a Autoridade e recuperar o Paraíso perdido há muito. Para isso, muitos se unem a causa de Lorde Asriel. Ele e Marisa Coulter, os pais da nova Eva, se sacrificam para que Lyra (Eva) cumprisse o seu destino: recuperasse o Paraíso, libertasse o mundo da Morte.
Essa é a parte que ilustra a capa. Will e Lyra seguidos por um cortejo de mortos, buscando a saída do mundo dos mortos. Como o dimon de uma pessoa que morre se esvanece no ar e passa a pertencer ao ar, as flores, as estrelas e a tudo que vive, os mortos desejam se unir a seus dimons queridos se transformando também em partículas que habitassem cada ser vivente. Lyra e Will os libertam do mundo escuro e eles têm esse destino. Assim, a morte morre. Aqui, já acho que faz parte só da história de Pullman: a nova Eva recuperando o que ela havia perdido (o Paraíso). Os mortos já não estão mais mortos, eles fazem parte de cada ser vivente, de cada estrela, de cada coisa.

È uma história muito boa, que nos faz pensar bastante. Particularmente, só ouvi falar de Milton ao estudar Senhor dos Anéis. Como n’O Silmarillion, onde o Valar mais poderoso se revolta contra Iluvatar, Satã n'O Paraíso se revolta contra Deus. As referências são mais profundas, não dá para falar agora. Eu li o poema e apesar de não ser muito fã de poesia, adorei. Então fiquei muito feliz quando vi uma trilogia inteira dedicada a esse assunto, apesar de ser somente uma referência literária. Indico ambos para leitura.

20 de abr. de 2011

A Faca Sutil de Philip Pullman – DL 2011



Tema: Ficção Científica

Mês: Abril de 2011 (Livro II)

Título: A Faca Sutil

Autor do livro: Philip Pullman

Editora: Objetiva

Nº de páginas: 359

Sinopse: Will tem 12 anos e acabou de matar um homem. Agora está fugindo, decidido a descobrir a verdade, sobre o pai que jamais conheceu. Sem querer, atravessa uma janela que dá para um outro mundo - onde espectros devoradores de almas assombram as ruas de uma cidade e uma estranha menina chamada Lyra está à procura do Pó. As buscas em que Will e Lyra estão empenhados têm uma ligação misteriosa e, juntos, os dois precisam procurar um objeto poderoso e secreto. Só que pessoas de mundos diferentes matariam para possuí-lo.

Quando vi a capa do livro, o que mais chamou a minha atenção foi… o gato, porque faz referência aos gatos que ou são personagens principais ou desempenham um papel muito importante na história (como Pantalaimon, que não é propriamente um gato, mas assume essa forma com muita freqüência, ou a gatinha que leva Will para outro mundo e depois o ajuda). E também mostra bacana a fissura entre os mundos e um menino, com certeza Will. Antes de ler, eu me perguntava a relação entre o título e o desenho da capa. Faz total sentido.

Eu escolhi este livro porque… é continuação do outro, claro. Mas mesmo que não fosse, mesmo que fosse um história separada, só por ser um livro de Philip Pullman já valeria a pena.

A leitura foi… intensa também, até porque como era continuação, queria muito saber onde Lyra foi parar. O engraçado é que o livro começa de um jeito totalmente diferente, tipo, não é como se o leitor acompanhasse Lyra nessa sua “viagem”, ela só aparece muito depois. A história começa mostrando outro protagonista da trilogia e o protagonista d’A Faca Sutil: Will Parry. Ele é de outro mundo, de uma Oxford diferente da de Lyra, que a primeira vista pensei que era a Oxford atual, mas não é. Acho que esse negócio de vários mundos é assim: você tem um lugar que tem um nome só, como Oxford, onde dentro dele existem vários mundos, Ou dimensões paralelas. As coisas acontecem dentro da Oxford de Will e de Lyra, sem que ambas dimensões tomem consciência da existência da outra, mas essas dimensões estão lá no mesmo lugar. E é isso que Will e Lyra descobrem, ao passarem para mundos diferentes. Claro que o livro mostra Oxfords diferentes e outros mundos também diferentes. Passagens ou aberturas entre esses mundos sempre existiram, e Will, como novo portador da faca sutil (segundo objeto mais importante depois do aletiômetro), precisa aprender a lidar com elas. Ah! Quase esqueço: depois que você lê e entende mais sobre o Pó, somado as referências ao pecado primordial e a Eva (principalmente ela), sua mente voa porque começa a aparecer uma amizade que pode se encaminhar para algo além (por favor, Deus, que isso aconteça no último livro, tanta desgraça merece um final bacana) entre Will e Lyra. Então, com todas essas referências teológicas e sabendo mais ou menos o papel que Lyra vai desempenhar na história (pelo menos é o que dizem, ainda não terminei o terceiro livro), é até engraçado pensar nesse interesse entre esses dois, que estão naquela fase de transição entre o infantil (meninas odeiam meninos e vice-versa) e a juventude (quando hormônios começam a ser mais atuantes). Quando o Publishers Weekly avaliou o livro, escreveu: “O segundo volume da trilogia Fronteiras do Universo começa em um ritmo frenético e jamais desacelera.” Não podia ser uma avaliação mais acertada.

O personagem que eu gostaria de ter ajudado (sempre ajudado, porque a situação é tão crítica que você só pode querer ajudar) é o Lee Scoresby Por quê? Por quê é um personagem do lado do bem, e diferentemente dos verdadeiros (e loucos) pais de Lyra, ele realmente se importava com ela. Fiquei chocada com o seu destino, chorei, odiei Pullman como odiei Rowling (uma coisa passageira, claro) e ainda não me conformo.

O trecho do livro que merece destaque: todo o livro. Todinho.

A nota que eu dou para o livro: 5 (de novo, 1000!!!!!! Temos que aumentar essa pontuação, Vivi. A nota “5”, mesmo sendo a mais alta, não faz jus a nota máxima que muitos livros merecem.)

A Bússola de Ouro de Philip Pullman – DL 2011



Tema: Ficção Científica

Mês: Abril de 2011 (Livro I)

Título: A Bússola de Ouro

Autor do livro: Philip Pullman

Editora: Objetiva

Nº de páginas: 429

Sinopse: Quando Roger, amigo de Lyra, desaparece, ela e seu daemon, Pantalaimon, resolvem procurá-lo. Viajam para os reinos frios do Norte, onde urso de armadura e bruxas-rainhas voam pelos céus congelados. Lyra possui um aparelho que auxiliará na missão - caso ela consiga decifrar suas mensagens misteriosas. Mas o equipamento contém segredos assustadores sobre a viagem e os perigos que os esperam em mundos distantes.

Quando vi a capa do livro, o que mais chamou a minha atenção foi… acho que o urso. Apesar de ter a ver com a história, acho que podia ser outro animal, porque as cenas em que o urso aparece são importantes, mas não o vejo como principal personagem do todo.

Eu escolhi este livro porque… eu queria ler há muito tempo, mas tinha medo de não gostar. Depois da saga Crepúsculo (que eu ainda não li o último livro, mas li a tradução na internet e ODIEI o final, só comprei o livro pra completar a coleção) e de Percy Jackson (que teve o filme estragado, por isso me deu medo de comprar a coleção e não gostar), estou meio traumatizada com sagas. Mas esse livro totalmente valeu a leitura.

A leitura foi… ÓTIMA. Eu AMEI esse livro, AMEI essa história. Na minha lista de coleções, essa, Fronteiras do Universo, está em quarto lugar, só perdendo para a trilogia O Senhor dos Anéis (óbvio, primeiríssimo lugar), Harry Potter (segundo) e As Crônicas de Nárnia (terceiro).
Eu vi o filme quando lançaram em 2007, e sempre fico meio assim quando vejo a adaptação antes de ler o livro, porque depois eu fico tentando me lembrar quais partes cortaram no cinema e eu não consigo mais imaginar os personagens, eles passam a ser como os atores que eu vi no cinema. Também consegui entender o que era o Pó, coisa que eu voei no filme. Essa adaptação é um exemplo de como se pode “estragar” (apesar de não ser exatamente essa palavra) uma saga que teria tudo para ser um enorme sucesso no cinema. O pior de tudo é que eu nem sei como eles conseguiram fazer isso, porque a Nicole Kidman estava PERFEITA como Sra. Coulter (eu nunca tinha visto ela fazer papel de vilã e adorei), Daniel Craig estava magnífico como Lorde Asriel, Dakota Blue Richards estava legal mesmo sendo iniciante. O filme também ganhou nomes de peso como Ian McKellen dando voz ao urso Iorek (que eu pensava que era a voz do Liam Neeson), além de Christopher Lee e outros grandes nomes. Os efeitos usados para criar os dimons, a Aurora Boreal e tudo isso foram perfeitos. Pantalaimon era uma gracinha, Stelmaria (dimon de Lorde Asriel) e o macaco dourado (um mico-leão dourado, pra ser mais exata, dimon da Sra. Coulter) também perfeitos. Então realmente não entendo porque eles infantilizaram a trilogia, por que as críticas feitas a Igreja, que são o ponto alto da história, desaparecem. Mas vamos ao livro.
Emocionante. Prende a atenção do leitor desde o início. A história começa em Oxford, mas uma Oxford de outro mundo, que eu, particularmente, adoraria conhecer. A narrativa começa devagar, mas já com um “quê” de mistério, mencionando o Pó. No decorrer do livro, o leitor percebe que Lyra também tem um papel muito importante, tipo “a criança prometida ou esperada” ou algo assim. Como Nárnia, é uma obra cercada de motivos e temas cristãos, e o que eu mais gostei é que, diferente de Nárnia mais sutil (apesar de Aslan ser claramente uma alusão a Deus e Cristo e às vezes mostrar isso logo de cara), Fronteiras do Universo (falo da trilogia apesar de ainda não ter lido o último livro) faz uma alusão a algo mais bacana: a guerra de um anjo (conhecido depois como Lúcifer) contra Deus e sua queda. Eu li por alto e estudei um pouco do poema de Milton (Paraíso Perdido), que fala exatamente dessa guerra. É algo parecido o que querem fazer nessa trilogia, mas ao invés de anjos, é um simples humano que quer matar a Autoridade, como chamam Deus no livro. Acho que é por isso que eu gostei tanto dessa história, me lembrou demais O Silmarillion (estudei Milton tentando identificar sua influência na queda de Melkor, o primeiro Senhor do Escuro da mitologia tolkeniana). É uma história que, como eu disse, prende a atenção do início ao fim. Também emociona. Chorei absurdamente em duas partes: primeira, quando Lyra descobre o que é a interseção, o que acontece com as crianças e os dimons que são separados, e segunda, no final, quando aquilo (que eu não vou dizer o que é) acontece com Roger. Odiei Lorde Asriel por isso. E aconteceu o mesmo que quando eu lia a morte do Cedrico Diggory em Harry Potter e o Cálice de Fogo, a morte do Sirius em Ordem da Fênix, a morte de Dumbledore em Príncipe Mestiço e em TODO o Relíquias da Morte: tive que voltar e ler de novo porque não acreditava que aquilo tinha acontecido.

O personagem que eu gostaria de ter ajudado foram todas as crianças que sofreram a interseção. Por quê? Obviamente porquê era uma interseção, uma castração. Como o dimon é a alma da pessoa, que adquire qualquer forma animal até a pessoa se tornar adulta quando o dimon ganha uma forma definitiva. Como uma castração, é um processo doloroso e até impensável, apesar de ser praticado. Mostram como fica uma criança que passa por isso (ela não vive muito) e os pobres dos dimons também. Triste, triste, triste.

O trecho do livro que merece destaque: Todo o livro, sem exceção, merece destaque.

A nota que eu dou para o livro: 5 (Queria dar 1000!!!!)

Philip Pullman


A menina Lyra da Língua Mágica e seu dimon, Pantalaimon, vivem muitas aventuras na trilogia Fronteiras do Universo. Na busca por um amigo desaparecido, ela descpbre mais sobre sua própria história e aprende a usar o aletiomêtro. Ela conhece Will Parry, um menino que saiu (sem querer) de seu mundo e foi parar em outro. Eles se tornam amigos e vivem outras aventuras em busca da faca sutil, um objeto que permite abrir passagens entre mundos paralelos. A amizade entre Lyra e Will se fortalece e eles se apaixonam. Quando Lyra desaparece, Will parte em sua busca, mas não é o único. A Igreja também quer encontrá-la, assim como Lorde Asriel, cada um deles com propósitos diferentes. A Igreja quer destruir a nova Eva, enquanto Asriel quer sua ajuda na guerra que está sendo travada contra Deus. Ao longo da história, o leitor conhece mais sobre o Pó e sua ligação entre ele, os humanos (quando crianças e quando adultos) e os dimons.


Quase 40 anos depois do último livro de Lewis sobre Nárnia ser lançado, Philip Pullman, com sua trilogia Fronteiras do Universo, rompe a orientação moral e religiosa estabelecida pelos livros de C.S. Lewis. Uma história dividida em três livros, repleta de ação, magia e personagens complexos que evoluem ao longo de suas experiências. Ciência, religião, bruxas boas escassamente vestidas, religiosos perversos, crianças mal comportadas que se transformam em heroínas, espectros, anjos rebeldes, mundos alternantes e toda sorte de criaturas estão envolvidos numa guerra que pode desmantelar a Criação e derrotar o próprio Deus. Uma das melhores trilogias que eu já li. A trilogia As Fronteiras do Universo fala do momento da Criação, do pecado original e do anjo decaído de uma forma muito clara. Particularmente, adoro cosmologias e cosmogonias. Um dos meus livros favoritos é O Silmarillion, que faz muitas referências ao livro do Gênesis e ao poema O Paraíso Perdido (para quem não sabe, o poema de John Milton fala da queda do principal anjo de Deus, depois conhecido como Satã, e da corrupção de Adão e Eva e sua expulsão do Paraíso). Longe de mostrar que é preciso de intercessores entre o homem e Deus para se resgatar o paraíso perdido por Adão e Eva, a trilogia de Philip Pullman retrata o que seria a ação final do homem para ter o direito de pisar nos jardins do Éden novamente.