O blog Book - Times está sorteando os três livros do Ciclo da Herança, livros de fantasia de Christopher Paolini.
A promoção é válida até o dia 22.06.2011.
As regras da promoção podem ser vistas aqui.
25 de mai. de 2011
24 de mai. de 2011
Christopher Paolini
No livro Eragon, Eragon é um jovem camponês de 15 anos, que vive com o tio e o primo no vale Palancar. Em uma caçada, acaba encontrando uma pedra azul polida e a partir daí sua vida muda totalmente. Esta pedra, na verdade, é um ovo de dragão roubado do rei tirano Galbatorix. Quando o ovo rompe e Saphira nasce, Eragon se torna um cavaleiro. Ajudado por Brom, o velho contador de histórias de seu vilarejo, Eragon descobre muito mais sobre a história dos cavaleiros de dragões e como Galbatorix perverteu a ordem e se tornou um rei tirano. Brom, na verdade, é um antigo cavaleiro, e treina Eragon para que ele possa alcançar os Varden, um grupo forte de oponentes do rei. No meio do caminho, Eragon começa a ter sonhos estranhos com uma bela mulher. Resolvido a ajudá-la, ele acaba sendo capturado pelo espectro Durza, mas foge e liberta Arya, a mulher misteriosa, descobrindo que na verdade ela é uma elfa. Ajudado por Murtagh, ele e Saphira chegam até os Varden, onde descobre a identidade do rapaz que o ajudou. Mesmo assim, eles acabam ficando amigos. Em combate, Eragon consegue matar Durza, mas o espectro lhe fere terrivelmente. Mas a ajuda chega de onde menos o cavaleiro poderia esperar.
Em Eldest, três dias após a vitória sobre os urgals mandados por Galbatorix, Ajihad, líder dos varden, é morto e Murtagh é capturado em uma emboscada por dois magos traidores. Eragon se entristece com a perda do amigo e a morte do líder varden. No lugar dele, Nasuada, sua filha, assume a liderança dos revoltosos. Ela permite que Saphira e o cavaleiro viajem para Du Weldenvarden, reino dos elfos, para que Eragon possa começar seu treinamento apropriado. Lá, ele descobre que Arya é a filha da rainha e encontra Oromis e Glaedr, cavaleiro e dragão mais antigos que Galbatorix. Enquanto isso, o rei manda para Carvahall os ra’zac, para capturarem Rohan, primo de Eragon. Mas Rohan não se rende, luta desesperadamente, e enlouquece quando Katrina, sua amada, é raptada. Ele, então, convoca todos os moradores do vilarejo para partir. Seus feitos de coragem falam por si só, e mesmo com temores, todos o seguem. De volta ao reino élfico, Eragon tem seu ferimento curado em uma celebração élfica, e sua aparência modificada. Mais forte, ele e Saphira vão para Surda, onde os varden se encontram e na batalha com o exército de Galbatorix, descobrem que existe um novo cavaleiro, sob o julgo do rei.
Brisingr narra a tentativa de Eragon, Saphira e Rohan de resgatarem Katrina das garras dos ra’zac. Ambos estão a par dos acontecimentos desde que se separaram. Eles conseguem resgatar a jovem, mas Rohan e Katrina voltam sem Eragon para os varden, pois o jovem decidiu ficar para dar uma punição a Sloan, pai de Katrina e traidor do povoado. De volta aos varden, Eragon descobre que a rainha élfica Islanzadí enviou um grupo de elfos poderosos para protegê-lo e a Saphira. Como cavaleiro, ele celebra o casamento do primo com Katrina e Rohan se alista ao exército varden, ganhando respeito por seus feitos. Eragon deseja voltar para o treinamento com Oromis porque mesmo não perdendo para Murtagh e Thorn, ele sabia que precisava aprender mais. No entanto, Nasuada manda-o e Saphira para participarem da escolha do novo rei, sucessor de Hrothgar, morto durante a batalha na Campina Ardente. Uma vez que Orik é escolhido rei, cavaleiro e dragão voam para Du Weldenvarden para continuar seu treinamento e lá Oromis conta quem é seu pai de verdade. De posse desse conhecimento, e querendo uma nova espada, Eragon convence a elfa ferreira a lhe fazer uma nova arma. Ele e Saphira também aprendem sobre os Eldunarí e descobrem uma das fontes de poder e controle de Galbatorix. Ventos de guerra sopram, os elfos resolvem sair de seus recantos escondidos e Oromis e Glaedr se juntam a batalha. As conseqüências desses atos levam Eragon a mais uma etapa do caminho em direção a Urû’baen.
A trilogia, agora ciclo da Herança, de Christopher Paolini, surpreende do início ao fim. Quando eu soube que não seriam mais 3 livros, e sim 4, fiquei muito feliz, não só pelo final de Brisingr mas porque queria que Murtagh e Thorn tivesse bons finais (estava comparando-os com Snape, e mesmo que ele tenha se redimido no final e nunca houvesse sido de verdade um traidor, não queria para eles o mesmo destino do bruxo). Depois de Harry Potter, nenhuma série me fez ficar mais louca de ansiedade do que essa. O fato de ser uma história quase centrada nos dragões também me chamou atenção. Paolini foi muito inteligente em unir muita ação, um vilão onipresente e aterrorizante somente pelo nome, elfos, magia e dragões, com uma clara influência de Tolkien. Tudo isso fez essa história ser uma das melhores sagas que eu já li.
19 de mai. de 2011
A luneta âmbar - Philip Pullman
Título: A luneta âmbar
Autora: Philip Pullman
Editora Objetiva, 624 p.
O terceiro e último livro da trilogia Fronteiras do Universo.
Eu li A Bússola de Ouro e A Faca Sutil para o Desafio Literário 2011, e estava louca para saber como a história terminava. Quando li o primeiro, fiquei me perguntando por quê eles, quando adaptaram para o cinema, acabaram com a história, infantilizando o filme demais. Quando li o segundo, fiquei em dúvida se a Sra. Coulter ainda seria a vilã, retratada tão perfeitamente pela Nicole Kidman. Agora que li o último livro, vi que a saga toda, de infantil, não tem nada. E tentei imaginar como seria adaptar o último livro para as telas, principalmente no que diz respeito a Will e Lyra.
Se no segundo livro, a referência a Paraíso Perdido de John Milton fica um pouco evidente, n'A luneta âmbar, é uma referência clara e total. É até engraçado. Pullman soube colocar a influência do poema de uma forma sutil, mas também bastante clara, de um jeito que eu vi poucos autores fazerem com suas referências literárias. E o Pó... Terminei o primeiro livro sabendo o que era isso, terminei o segundo com a cabeça zonza e agora terminei o terceiro entendendo totalmente.
Para quem não sabe, o poema de Milton, Paraíso Perdido, fala da queda do principal anjo de Deus, Satã, e da corrupção de Adão e Eva e sua expulsão do Paraíso. Nos livros de Pullman, Deus é chamado de Autoridade, Lyra faz referência a Eva, Will, a Adão, e a Cobra tentadora na árvore é uma cientista (antes, freira) Mary Malone. Até então, não havia entendido o papel dela na história, mas quando a chamaram de "a mulher tentadora" e ela fala que, no mundo em que ela está, as serpentes são animais que não são incomodados (ela inclusive foi parar num mundo onde os habitantes não são cobras, mas são animais com as mesmas características), clareou a minha mente. Lorde Asriel e vários outros personagens, inclusive anjos (referência aos anjos decaídos que acompanham Satã na guerra contra Deus), começam a guerra. O livro não retrata a guerra início-meio-fim, mas o leitor sabe quando começou e terminou.
Sobre o Pó e os dimons: o Pó é composto por partículas, encontradas em todos os seres. Quando crianças, as pessoas não têm muito Pó "em torno de si" (é mais ou menos essa a expressão). À medida que elas crescem, o Pó vai se concentrando nelas. E os dimons vão ganhando uma forma única quando a criança se torna adulta. No livro, Pullman coloca que o Pó (e a forma imutável do dimon) é a evidência física de que algo acontece quando a pessoa deixa de ser criança (inocente) e se torna adulta (experiente). Existe uma conotação sexual, como no caso de Adão e Eva, puros antes de cair em tentação, mas mudados após comerem a maçã. Muita concentração do Pó na pessoa é sinônimo de que ela é adulta, que ela não é mais inocente e pura. E os dimons mudando quando crianças fazem referência a quando, antes de cometerem o Pecado, Ãdão, Eva e todos os seres eram criaturas puras e semelhantes. Quando cada dimon assume uma forma diferente do outro, as pessoas vêem as diferenças entre si e se envergonham, fazendo referência a diferença entre homem e mulher (a conotação sexual).
Como Will e Lyra fazem referência ao casal primordial, eu fiquei ansiosa esperando pra ver quando seria a tentação, quando Lyra cederia a ela e Will acompanharia. Aí o romance começa entre os dois. Mas não tem uma conotação sexual, por assim dizer. É o primeiro amor. Mas acontece de um jeito que quem lê percebe a clara referência a Eva oferecendo o fruto vermelho, Adão comendo e o Pecado (o sexo) acontecendo. Mas não tem sexo nos livros. É um romance. Mas como é um referência tão explícita nesse momento, já tendo lido os outros, você até fica esperando algo assim acontecer. Não consigo imaginar isso no cinema. É uma temática forte, principalmente para crianças.
No momento em que Will e Lyra tocam um no dimon do outro, Pantalaimon e Kirjava mantém a forma em que estavam nesse momento como uma lembrança do sentimento entre eles. Pois eles se separam para sempre (como ambos saíram de mundos diferentes, só viveriam bem no mundo em que nasceram, caso contrário, a vida não seria produtiva e satisfatória para aquele que abdicou do seu mundo para viver no do outro). Como em Nárnia, o final feliz não é aquele dos contos de fadas.
E Mary Malone, como uma ex-freira que virou cientista por parar de ver significado em Deus e se torna a tentadora (apesar de não ser tão claro assim, descobrimos que ela é a tentadora por um comentário e uma sensação de Lyra), faz uma referência ao anjo decaído Satã, antes um anjo muito poderoso perante Deus, mas que também pára de ver significado Nele e se revolta.
Sobre o título e a capa: enquanto nos dois primeiros livros, titulo e capa estão claramente se conectando com a história, no terceiro, somente a capa. Não muito o título. E não digo isso porquê só percebi a utilidade do título (Luneta âmbar) depois, bem depois. A luneta é o instrumento que Mary (a tentadora) utiliza para ver que o Pó (partícula ligada a maturidade, experiência, conhecimento) está indo embora. Ao acolher Lyra e Will no lugar onde animais como serpentes são deixados em paz, ela propicia (mais ou menos) o descanso que eles precisam e que necessitam para exporem seus sentimentos. E propricia que o Pó volte a habitar nos humanos. Mais uma referência a serpente que, ao fazer com que Eva e Adão comam do fruto, faz com que os dois Conheçam. Eu já havia lido que, quando o Primeiro Homem e a Primeira Mulher comem do fruto, eles abrem seus olhos para aquilo que Deus não queria que eles conhecessem, algo muito além do Pecado, algo sobre o Conhecimento, o fato de Conhecer. É como se a serpente os tivesse tirando do controle de Deus. Aliás, a guerra toda gira em torno de matar a Autoridade e recuperar o Paraíso perdido há muito. Para isso, muitos se unem a causa de Lorde Asriel. Ele e Marisa Coulter, os pais da nova Eva, se sacrificam para que Lyra (Eva) cumprisse o seu destino: recuperasse o Paraíso, libertasse o mundo da Morte.
Essa é a parte que ilustra a capa. Will e Lyra seguidos por um cortejo de mortos, buscando a saída do mundo dos mortos. Como o dimon de uma pessoa que morre se esvanece no ar e passa a pertencer ao ar, as flores, as estrelas e a tudo que vive, os mortos desejam se unir a seus dimons queridos se transformando também em partículas que habitassem cada ser vivente. Lyra e Will os libertam do mundo escuro e eles têm esse destino. Assim, a morte morre. Aqui, já acho que faz parte só da história de Pullman: a nova Eva recuperando o que ela havia perdido (o Paraíso). Os mortos já não estão mais mortos, eles fazem parte de cada ser vivente, de cada estrela, de cada coisa.
È uma história muito boa, que nos faz pensar bastante. Particularmente, só ouvi falar de Milton ao estudar Senhor dos Anéis. Como n’O Silmarillion, onde o Valar mais poderoso se revolta contra Iluvatar, Satã n'O Paraíso se revolta contra Deus. As referências são mais profundas, não dá para falar agora. Eu li o poema e apesar de não ser muito fã de poesia, adorei. Então fiquei muito feliz quando vi uma trilogia inteira dedicada a esse assunto, apesar de ser somente uma referência literária. Indico ambos para leitura.
Morte de Tinta - Cornelia Funke
Título: Morte de tinta
Autora: Cornelia Funke
Editora Cia. das Letras, 560 p.
O último livro da trilogia Mundo de Tinta.
Esse livro é o mais acelerado de todos. Quando li na sinopse que Mo, o personagem principal, confundiria si mesmo com o personagem Gaio (do qual ele assumiu a identidade), pensei que mostraria uma coisa totalmente diferente (negativamente diferente). Mas não foi o que aconteceu, ainda bem. A história continua, com Mo lutando mais ferozmente agora contra as injustiças do inimigo, Cabeça de Víbora. Uma parte da história sobre a qual eu estava morrendo de curiosidade para saber o desfecho dizia respeito ao livro que "prendia" a morte em suas páginas. E gostei do resultado, apesar de esperar que acontecesse exatamente aquilo, me surpreendi como aconteceu. E Dedo Empoeirado volta :):):), Fenoglio volta a escrever, Meggie se apaixona por outro,... Eu li o finalzinho, as últimas frases, quando já estava me desesperando para saber o final ainda no meio do livro. Mas mesmo assim, mesmo gostando de ler e já saber mais ou menos o que aconteceria, ainda assim foi uma surpresa porque espera que acontecesse outra coisa.
Adorei toda a trilogia. Adorei as citações em cada início de capítulo, adorei as descrições do processo de encadernação. Foi uma coleção excelente de ler, necessária a todos os amantes de fantasia, perfeita para aqueles leitores que buscam entrar na história que estão lendo.
A Ilha – Um repórter brasileiro no país de Fidel Castro de Fernando Morais – DL 2011
Tema: Livro-reportagem
Mês: Maio de 2011 (Livro II)
Título: A Ilha: Um repórter brasileiro no país de Fidel Castro
Autor do livro: Fernando Morais
Editora: Companhia das Letras
Nº de páginas: 264
Sinopse: Lançada em 1976, esta reportagem sobre Cuba tornou-se um dos maiores sucessos editoriais brasileiros e se converteu num ícone da esquerda brasileira nos anos 70. O livro é reeditado com caderno de fotos e prefácio em que o jornalista Fernando Morais apresenta suas impressões sobre o país um quarto de século depois da primeira viagem.
A ilha teve trinta edições esgotadas, passou mais de sessenta semanas nas listas de mais vendidos e foi traduzido na Europa, Estados Unidos e América Latina. Polêmico, o livro foi acusado de fazer a apologia da Revolução Cubana e chegou a ser apreendido pela polícia em dois estados. Naquela época o isolamento de Cuba, para os brasileiros, era total. Com o golpe militar de 1964, o Brasil rompera relações com o regime de Fidel Castro, repetindo o que já fizera quase toda a América Latina. Os passaportes brasileiros passaram a ostentar a advertência: "Não é válido para Cuba". Foi nessa atmosfera típica da Guerra Fria que Morais desembarcou em Cuba, onde passou três meses colhendo dados para uma reportagem que se tornaria histórica.
Quando vi a capa do livro, o que mais chamou a minha atenção foi… como na maioria dos livros, não foi a capa que me chamou a atenção.
Eu escolhi este livro porque… precisava escolher mais um desse tema e só conhecia o Livreiro de Cabul.
A leitura foi… interessante. É complicado escolher palavras que digam mais da leitura de um tipo de livro que eu (quase) tenho certeza de que só vou ler uma vez na vida. Como o primeiro livro do mês, esse também consegue captar o tom do que está retratando. O autor realmente quer que o leitor conheça a realidade do que ele está conhecendo enquanto escreve. Mas uma coisa esclarecedora sobre esse livro é o que diz no prefácio (mesmo que eu não faça idéia se outros livros-reportagem surjam de maneira diferente). É o seguinte: “A Ilha, de Fernando Morais, é uma reportagem no exato sentido da palavra. Ela só admitiria um qualificativo, o de reportagem escolhida, já que o autor não foi imperativamente incumbido por nenhum jornal ou revista de ir a Cuba. Escolheu, como jornalista, seu tema, quis conhecer pessoalmente o país e foi visitá-lo. A partir daí temos a reportagem, o franco relato de alguém que observa o país em construção, o país que lançou sua própria pedra fundamental em janeiro de 1959 e que desde então se elabora penosamente.”
O personagem que eu gostaria de ter acompanhado é o próprio autor. Porque deve ser excitante o trabalho de conhecer um lugar, uma situação política, vivenciar ao mesmo tempo em que prepara um relato sobre isso.
O trecho do livro que merece destaque: todo o livro merece destaque.
A nota que eu dou para o livro: 5
O Livreiro De Cabul de Anne Seierstad – DL 2011
Tema: Livro-reportagem
Mês: Maio de 2011 (Livro I)
Título: O Livreiro de Cabul
Autor do livro: Anne Seierstad
Editora: Record
Nº de páginas: 316
Sinopse: Por ter vivido três meses com uma família afegã, na primavera de 2002, logo aós a queda do regime talibã, a jornalista norgueguesa Asne Seierstade pôde produzir esta narrativa ímpar que mostra aspectos do país que poucos estrangeiros testemunhariam. Como ocidental, mulher e hóspede de Sultan Khan, um livreiro de Cabul, obteve o privilégio de transitar entre o universo feminino e masculino de uma sociedade islâmica fundamentalista. Preso e torturado durante o regime comunista, dos mujahedin e dos talibãs, Sultan Khan teve sua livraira invadida e parte dos livros queimados, mas alimentava o sonho de ver seu acervo de 10 mil volumes sobre história e literatura afegã transformar-se mo núcleo de uma nova Biblioteca Nacional. Apesar da situação estável, a família do livreiro, duas mulheres, cinco filhos e parentes, dividia uma casa de quatro cômodos em uma cidade que se recuperava da guerra e de trágicos refluxos políticos. Os integrantes da família acostumaram-se à presença da autora sob uma burca. Assim, ela pôde observar relatos das rixas do clã; da exploração sexual das jovens viúvas que esperaam doações de alimentos das organizações de ajuda internacional; da adúltera sufocada com um travesseiro pelos três irmãos sobe as ordens da mãe; do exílio no Paquistão da primeira esposa de Sultan Khan, após um segundo casamento com ma moça de 16 anos; do filho adolescente do livreiro obrigado a trabalhar 12 horas por dia sem chance de estudar.
Quando vi a capa do livro, o que mais chamou a minha atenção foi… não foi a capa que me chamou a atenção. Na verdade, eu tinha curiosidade de ler o livro desde que foi lançado, todo mundo comentava, mas não queria comprar. Foi o primeiro que pensei quando vi o tema do mês.
Eu escolhi este livro porque… Como já disse, por curiosidade. Tinha medo de comprar o livro e não gostar, mas também queria ler, então acabei baixando o ebook mesmo.
A leitura foi… interessante. Até esclarecedora. É muito fácil as pessoas não conhecerem um determinado assunto, aí acontecem situações relacionadas a esse assunto, e as pessoas então o rotulam como negativo ou positivo, mesmo sem conhecer um pouco que seja. No caso do livro, ele mostra a vida de uma família afegã após a saída do regime de Bin Laden do país. É um livro bacana que mostra um pouco da cultura deles. Uma das razões para a minha curiosidade e que me faria correr o risco de não gostar, apesar disso, era o que poderia falar sobre a vida das mulheres. E apesar de sim, eu ter gostado do livro, sim, é um livro interessante, eu não gostei. Está certo, ele mostra a realidade, então o que eu não gosto é da realidade... Enfim. Não me considero feminista, mas mesmo assim os costumes deles são... No que se refere às mulheres, Senhor meu Pai! Quanto atraso! (desculpem se ofendo alguém, mas não consigo achar palavra melhor).
O personagem que eu gostaria de ter ajudado foram as mulheres da família. Principalmente a irmã do personagem principal, não me lembro o nome agora. Ao mesmo tempo em que ela tenta se “modernizar”, os costumes estão tão enraizados que ela simplesmente não consegue! É impressionante.
O trecho do livro que merece destaque: quando eles mencionam no livro que, quando todos os judeus estavam sofrendo perseguições pela Europa, época da 2ª Guerra Mundial, lá eles não sofreram perseguição nenhuma. Não é todo muçulmano que é terrorista. As palavras usadas pela autora quando ela descreve o momento em que um “pregador” (não é bem essa a palavra) importante fala de sua religião são muito bonitas. E significantes.
A nota que eu dou para o livro: 5
Mês: Maio de 2011 (Livro I)
Título: O Livreiro de Cabul
Autor do livro: Anne Seierstad
Editora: Record
Nº de páginas: 316
Sinopse: Por ter vivido três meses com uma família afegã, na primavera de 2002, logo aós a queda do regime talibã, a jornalista norgueguesa Asne Seierstade pôde produzir esta narrativa ímpar que mostra aspectos do país que poucos estrangeiros testemunhariam. Como ocidental, mulher e hóspede de Sultan Khan, um livreiro de Cabul, obteve o privilégio de transitar entre o universo feminino e masculino de uma sociedade islâmica fundamentalista. Preso e torturado durante o regime comunista, dos mujahedin e dos talibãs, Sultan Khan teve sua livraira invadida e parte dos livros queimados, mas alimentava o sonho de ver seu acervo de 10 mil volumes sobre história e literatura afegã transformar-se mo núcleo de uma nova Biblioteca Nacional. Apesar da situação estável, a família do livreiro, duas mulheres, cinco filhos e parentes, dividia uma casa de quatro cômodos em uma cidade que se recuperava da guerra e de trágicos refluxos políticos. Os integrantes da família acostumaram-se à presença da autora sob uma burca. Assim, ela pôde observar relatos das rixas do clã; da exploração sexual das jovens viúvas que esperaam doações de alimentos das organizações de ajuda internacional; da adúltera sufocada com um travesseiro pelos três irmãos sobe as ordens da mãe; do exílio no Paquistão da primeira esposa de Sultan Khan, após um segundo casamento com ma moça de 16 anos; do filho adolescente do livreiro obrigado a trabalhar 12 horas por dia sem chance de estudar.
Quando vi a capa do livro, o que mais chamou a minha atenção foi… não foi a capa que me chamou a atenção. Na verdade, eu tinha curiosidade de ler o livro desde que foi lançado, todo mundo comentava, mas não queria comprar. Foi o primeiro que pensei quando vi o tema do mês.
Eu escolhi este livro porque… Como já disse, por curiosidade. Tinha medo de comprar o livro e não gostar, mas também queria ler, então acabei baixando o ebook mesmo.
A leitura foi… interessante. Até esclarecedora. É muito fácil as pessoas não conhecerem um determinado assunto, aí acontecem situações relacionadas a esse assunto, e as pessoas então o rotulam como negativo ou positivo, mesmo sem conhecer um pouco que seja. No caso do livro, ele mostra a vida de uma família afegã após a saída do regime de Bin Laden do país. É um livro bacana que mostra um pouco da cultura deles. Uma das razões para a minha curiosidade e que me faria correr o risco de não gostar, apesar disso, era o que poderia falar sobre a vida das mulheres. E apesar de sim, eu ter gostado do livro, sim, é um livro interessante, eu não gostei. Está certo, ele mostra a realidade, então o que eu não gosto é da realidade... Enfim. Não me considero feminista, mas mesmo assim os costumes deles são... No que se refere às mulheres, Senhor meu Pai! Quanto atraso! (desculpem se ofendo alguém, mas não consigo achar palavra melhor).
O personagem que eu gostaria de ter ajudado foram as mulheres da família. Principalmente a irmã do personagem principal, não me lembro o nome agora. Ao mesmo tempo em que ela tenta se “modernizar”, os costumes estão tão enraizados que ela simplesmente não consegue! É impressionante.
O trecho do livro que merece destaque: quando eles mencionam no livro que, quando todos os judeus estavam sofrendo perseguições pela Europa, época da 2ª Guerra Mundial, lá eles não sofreram perseguição nenhuma. Não é todo muçulmano que é terrorista. As palavras usadas pela autora quando ela descreve o momento em que um “pregador” (não é bem essa a palavra) importante fala de sua religião são muito bonitas. E significantes.
A nota que eu dou para o livro: 5
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