Tema: Fatos Históricos
Mês: Maio de 2012 (Livro 1)
Leitura do mês: As memórias de Cleópatra: a filha de Ísis
Autora: Margaret George
Editora Geração Editorial, 486 p.
Lembranças da mãe morta, afogada nas águas do Nilo. Lembranças da primeira oferenda feita a Ísis, a deusa soberana do Egito e a qual se acreditava que Cleópatra era a própria encarnação. Após a morte da rainha Cleópatra (mãe da famosa homônima, elas tinham o mesmo nome), o faraó Ptolomeu se casou novamente e teve mais três filhos. Somando-os as três primeiras filhas, Cleópatra, Berenice e Cleópatra, eram seis. Na época em que Ptolomeu subiu ao trono, o Egito já havia perdido muito de sua grandeza e se encontrava nas mãos dos romanos. Em seu primeiro banquete, aos sete anos de idade, Cleópatra conhece Pompeu, o famoso general. Á medida que o banquete acontece, a situação política é descortinada: Ptolomeu Alexandre havia deixado o Egito em testamento para Roma e agora Júlio César intencionava transformar o país em província romana... Quando o faraó parte para Roma em busca de ajuda, Cleópatra VI e Berenice IV tomam o poder. Intrigas palacianas, assassinatos em família e o faraó retoma seu trono com ajuda de Roma, condenando Berenice a morte por traição. Assim, Cleópatra VII se torna a sucessora do trono. Ela e seu irmão Ptolomeu XIII são coroados novos governantes do Egito, mas não se casam. As brigas começam quando ela tenta tomar a frente do poder sem se casar, o que era visto como ameaça, já que seu irmão também era o governante. Ela começa a juntar partidários, mas certos acontecimentos viram o povo contra ela. Quando ela viaja para participar da cerimônia de sucessão do touro sagrado de Hermôntis, o conselho regente usurpa o poder em nome de Ptolomeu XIII e mata Pompeu (que chegara ao Egito em busca de ajuda, derrotado por César). Este chega ao Egito e se mostra descontente com a morte do rival (Pompeu tinha o direito de receber ajuda egípcia, já que era considerado seu “protetor”). O general manda chamar Cleópatra, então a rainha se esconde em um tapete e chega assim disfarçada até César. Na mesma noite eles se tornam amantes, enquanto César luta para derrotar Ptolomeu e seu exército. Ao mesmo tempo, Cleópatra descobre estar grávida. Ptolomeu César nasce e a rainha embarca para Roma, onde deverá testemunhar o Triunfo Alexandrino, o desfile com os espólios de guerra e prisioneiros da Guerra Alexandrina. Sua estada em Roma se estende por alguns anos, tempo em que Cleópatra avalia e vive as mais diversas intrigas políticas que culminam no assassinato de Júlio César. Melhor frase: “Rainhas que não se ocupam dos detalhes ordinários geralmente se acham ignorantes dos detalhes maiores.”
Sempre fui apaixonada pela história e mitologia egípcias. Fiquei louca quando vi pela primeira vez essa coleção de Margaret George, até mesmo por causa da capa. Comprei, li e adorei. Esse livro mostra, através de romance, a fascinante vida na corte egípcia na época de uma das mais famosas faraonas da história. Foi interessante descobrir que sua mãe também se chamava Cleópatra e que sua irmã mais velha também tinha o mesmo nome, assim como saber que a Cleópatra mais velha e Berenice também foram rainhas, mesmo por pouco tempo (já que o nome da rainha não figura em nenhuma genealogia egípcia dos Ptolomeu que eu tenha visto, assim como os nomes das filhas enquanto rainhas). A boa narrativa e a descrição excelente fazem deste livro uma ótima leitura.