Tema: Contos
Mês: Novembro de 2011 (Livro II)
Título: As melhores histórias da mitologia nórdica
Autor do livro: A. S. Franchini e Carmen Seganfredo
Editora: Artes e Ofícios
Nº de páginas: 328
Sinopse: As Melhores Histórias da Mitologia Nórdica reúne, num único volume, as principais lendas relativas à mitologia dos povos que habitaram, nos tempos pré-cristãos, os atuais países escandinavos (Noruega, Suécia e Dinamarca), além da gélida Islândia. Este conjunto de mitos também teve especial desenvolvimento na Alemanha, que foi a grande divulgadora da cultura dos nórdicos. Com a expansão das navegações vikings, esta difusão alcançou os povos de língua inglesa e deixou sua marca na própria denominação dos dias da semana destes países (Thursday, por exemplo, é o "dia de Thor", e Friday, "dia de Freya".)
Fonte de inspiração para as mais variadas áreas, a mitologia nórdica influenciou uma legião de artistas na criação de suas próprias obras, tal como o escritor inglês J. R. R. Tolkien e o argentino Jorge Luís Borges. Também o compositor alemão Richard Wagner utilizou as lendas vikings para compor a famosa tetralogia operística O Anel dos Nibelungos, que apresentamos sob a forma romanceada de uma pequena novela, na segunda parte deste volume. Nestas histórias, não faltam ação, romance e até a presença de uma insuspeita veia cômica, já que a maioria dos personagens transitam pelo grotesco, numa profusão de anões, gigantes e elfos. Eis aqui uma das principais "raízes" das modernas sagas de RPG.
Quando vi a capa do livro, o que mais chamou a minha atenção foi… o desenho da espada. E obviamente para um fã ardoroso de Tolkien, o dizer sobre a obra que incluia uma versão romanceada da ópera de Richard Wagner, Anel dos Nibelungos.
Eu escolhi este livro porque… contém duas versões do mesmo mito: o homem que mata o dragão e fica com seu tesouro, tomando posse de um anel de grande poder, e que acaba sendo a ruína de sua vida. Vou explicar esse papo de duas versões: existe a versão germânica, um poema germânico antigo (feito Beowulf e Ilíada) no qual Wagner se baseou para compor sua obra, e a versão nórdica. Pode parecer a mesma coisa, mas não é: os germânicos são a atual Alemanha e os nórdicos são alguns países de origem viking.
A leitura foi… ma-ra-vi-lho-sa! Eu simplesmente amei esse livro porque contem, como eu já disse, duas versões do mesmo mito (como eu sou apaixonada por essa história dos nibelungos e seu tesouro, consegui identificar de cara as semelhanças e diferenças entre as variações), e sempre quis ler uma versão, digamos, melhorada, daquela existente na Wikipédia da ópera de Wagner. Como eu não consegui até hoje, mesmo procurando feito uma louca, achar o poema original na internet (mesmo em inglês), eu queria muito saber mais sobre a ópera, mesmo sabendo que existem muitas diferenças. Eu também já havia visto o filme Maldição do Anel (que eu conheci porque virei fã de Robert Pattinson quando descobri que ele faria Cedrico Diggory no quarto filme de Harry Potter – viu só, uma coisa leva a outra), inspirado em Wagner, e queria saber mais sobre Siegfried e as valquírias. Adoro as mitologias nórdica e germânica porque foram as maiores fontes do grande mestre Tolkien e porque ao mesmo tempo, diferem e assemelham-se bastante as mitologias mais conhecidas, grega e romana (que eu adorava, mas como tudo que é demais enjoa,...)
O personagem que eu gostaria de ter entendido melhor foi o próprio Wotan (na versão nórdica, Odin). O grande deus. Ele permite que seu filho seja morto por outro somente para depois matar o assassino vingando, assim, a morte do filho. O detalhe é que ele deixou o filho ser morto porque o homem tinha cometido um erro (passível de duelo e morte). Então ele fez o “certo”, mesmo que isso custasse a vida de seu corajoso filho. È tipo aquela coisa de que, mesmo que doa a Deus as ações humanas, Ele tem que nos deixar colher os frutos (doces e amargos) de nossas ações.
O trecho do livro que merece destaque: todo o livro merece destaque.
A nota que eu dou para o livro: 5 (aka 10)