Só passando para desejar um Feliz natal (atrasado) e um ótimo fim de ano. Que 2016 traga muita saúde, paz e sucesso a vocês, seguidores queridos!
30 de dez. de 2015
28 de dez. de 2015
A favorita, de Kiera Cass – DL do Tigre 2015
Tema: Lançado no mês
Mês: Dezembro
Leitura do mês: A favorita
Autora: Kiera Cass
Editora Seguinte , 50p.
Marlee se tornou a favorita do povo, mas não do príncipe Maxon. Mesmo querendo ganhar a competição, ela nunca tentou se jogar aos pés de Maxon como algumas concorrentes faziam, e sua amizade com America, a favorita do príncipe, nunca diminuiu. A jovem acaba se tornando amiga de um dos guardas do palácio, e essa amizade evolui, mesmo sem nenhum dos dois quererem. Eles até tentam se evitar, mas não conseguem e passam a se encontrar escondido. Até serem pegos e punidos por traição. Mas Maxon não é o pai, e consegue salvar e ajudar os dois jovens amantes.
Eu deixei essa categoria pro final achando que fosse achar alguma coisa que se adequasse. Ledo engano. Depois de procurar, não achei nada que me interessasse, então tive que adequar a categoria e escolhi um Lançamento do ano. Como não tinha mais tempo pra ler um livro muito grande, esse ebook da Kiera caiu direitinho. Adorei saber mais sobre Marlee e seu romance proibido com o soldado e o jeito que Maxon deu para fazer os dois ficarem juntos. Só tive uma pequena surpresa quando vi que a parte final do livro já tratava de assuntos que vão acontecer ainda (eu só li até A elite). Uma leitura bem rápida, adorei.
25 de dez. de 2015
Dia de folga (John Boyne) – RC 2015
Título: Dia de folga: um conto de Natal
Autor: John Boyne
Mês: Dezembro
Tema: Ambientação natalina
Editora Cia. das Letras, 10p.
É véspera de Natal e o soldado Hawke, junto aos seus companheiros, passam o dia de folga em uma trincheira durante a Primeira Guerra Mundial. Ao mesmo tempo em que Hawke relembra os seus Natais anteriores e imagina o que sua família está fazendo, as bombas alemães caem a sua volta.
Essa escolha foi totalmente aleatória. Na verdade, não tinha em mente nenhum outro livro com temática de Natal, e esse acabou caindo nas minhas mãos do nada, então aproveitei pra ler. Na verdade, Dia de folga não é bem um livro, e sim um conto que se passa durante a Primeira Guerra. Estava meio traumatizada desde que li O menino do pijama listrado (do mesmo autor), mas essa pequena história valeu a pena. Boyne nos faz refletir sobre nossa vida a partir das memórias de um soldado entrincheirado, que mostra que, apesar de qualquer desgraça ao redor, ainda existem boas coisas e que estar vivo é a principal delas.
23 de dez. de 2015
O cavaleiro da morte (Bernard Cornwell)
Título: O cavaleiro da morte
Autor: Bernard Cornwell
Editora Record, 391p.
Os saxões enfrentam um grande problema, pois seu rei, Alfredo, acha que a paz entre dinamarqueses e saxões está selada. Quando os vikings conseguem que a tão antecipada invasão a Wessex seja bem sucedida, Alfredo e sua família conseguem fugir e se refugiam em Æthelingæ, de onde ele tenta reunir o seu exército novamente para marchar contra os invasores. Desta vez, Alfredo deve deixar seu lado de estudioso de lado e se tornar um verdadeiro comandante ao passo que Uhtred, que agora é um homem feito, casado e pai, navega entre os dois povos em busca de informações que possam levar a derrota dos dinamarqueses e a reconquista de Wessex, Uthred ainda não se esqueceu da Nortúmbria nem aquietou a vontade de se juntar novamente ao filho de seu pai adotivo, Ragnar. Exército agrupado, eles partem para a luta definitiva entre Alfredo e o líder viking Guthrum, conhecida como a Batalha de Ethandun, que aconteceu em 879 AD.
O destino é inexorável.
Aposto que essa fala, se estiver na série (e se ela fizer sucesso – cruzando os dedos) irá virar bordão :P
O segundo livro das Crônicas saxônicas continua de onde parou o primeiro. A leitura dessa vez foi mais cansativa porque eu peguei o segundo livro para ler assim que terminei o primeiro. Claro que ajudou para eu não me perder do rumo dos acontecimentos, mas eu gostaria de ter tido um tempinho maior (até porque eu li rápido por causa do início da série, mas até agora não vi nem o primeiro episódio – as séries mal começaram e eu já estou atrasada com todas que acompanho). Como foi quando li o primeiro, este livro também não decepcionou. Mais uma aula de história sobre a vida de Alfredo o Grande e sobre os acontecimentos reais que moldaram a Inglaterra atual. Neste livro fica claro que a história toda é centrada em Alfredo e que Uthred, personagem fictício, é só uma invenção de Cornwell para explorar em forma de romance histórico mais sobre a vida do único monarca inglês a receber a alcunha de “o Grande”. Mais uma vez, recomendo.
21 de dez. de 2015
O último reino (Bernard Cornwell)
Título: O último reino
Autor: Bernard Cornwell
Editora Record, 362p.
Uthred, filho de Uthred da Nortúmbria, acompanha o pai em uma das batalhas contra os dinamarqueses e acaba se tornando órfão. Ao se tornar refém dos dinamarqueses. Uthred começa a aprender sobre as crenças pagãs e modos de lutar deste povo e praticamente se torna um deles. Este é o século IX, época em que viveu o rei Alfredo de Wessex, mais tarde Alfredo, o Grande, que luta para libertar o território da Grã-Bretanha dos vikings. Uthred, cuja herança foi roubada pelo tio quando da morte do seu pai, nunca esqueceu que seu lar era a Nortúmbria, no entanto, ele se afeiçoa aos dinamarqueses e é criado como um filho pelo carismático earl Ragnar. O tempo passa, os dinamarqueses avançam cada vez mais pelo interior da Inglaterra conquistando os reinos da Nortúmbria, Mércia e Ânglia Oriental, pilhando e deixando meros reis fantoches no comando de seus novos domínios. Somente Wessex ainda não caiu, e quando uma tragédia atinge Ragnar e sua família, Uthred decide que é hora de tentar recuperar sua herança por direito.
Nortumbriano ou dinamarquês? O que eu era? O que queria ser?
Eu já tinha ouvido falarem muito mais do que bem do Bernard Cornwell. Várias e várias vezes pesquisei livros dele, principalmente os que falavam sobre a vida do rei Artur, mas nunca me interessei realmente em comprar e ler. Sempre deixava pra depois, até começarem a anunciar a série The Last Kingdom. Na verdade, nem assim, eu sabia que a série se basearia nos livros dele, mas não fui correr atrás pra comprar. Consegui os dois primeiros livros através de uma troca com uma amiga (e tão fanática por séries quanto eu – valeu, Mireille!) e comecei a ler. Minha dificuldade com esse livro foi mais por causa dos capítulos do que outra coisa, fico meio agoniada com livros que tem poucos capítulos, parece que ao terminar um capítulo, você já está na metade do livro. Fora isso, só tenho elogios. A história é completamente envolvente, a narrativa é rica em detalhes sobre a cultura escandinava e a história da Inglaterra. Gostei da explicação sobre a diferença entre ser um viking e um dinamarquês. E, OMG!, esse homem sabe escrever como ninguém uma batalha, dá para se ver participando da luta (eu me via lutando ao lado dos dinamarqueses), além do que, ele consegue pegar os leitores de surpresa toda hora (jamais imaginava o que aconteceria com Ragnar :’( ). Pontos altos: os questionamentos de Uthred sobre o que ele não sabe ser, se dinamarquês ou saxão, e o tratamento imparcial que Cornwell dá a religiosidade pagã e cristã. Recomendadíssimo.
18 de dez. de 2015
Azul da cor do mar (Marina Carvalho) – RC 2015
Título: Azul da cor do mar
Autora: Marina Carvalho
Mês: Dezembro
Tema: Cor no título
Editora Novo Conceito, 334p.
Rafaela cursa o último ano de sua faculdade de jornalismo. Ajudada por uma professora, ela consegue se tornar estagiária na Folha de Minas. Mesmo com o “privilégio” de conseguir trabalhar no jornal mais famoso de Minas Gerais, ela não consegue ficar muito alegre, pois seu trabalho consiste em ser auxiliar do repórter investigativo Bernardo, um cara que começa a tratá-la mal desde o início da convivência deles, sempre com ironias e mal-humorado. Apesar de ser um dos melhores no ramo, Bernardo é seco e mal educado, o que leva Rafaela a loucura, o que a leva a pensar bastante nele, mesmo sem querer, principalmente depois que uma de suas amigas ficou com ele. Rafaela custa a admitir que esteja interessada em seu mentor, ao mesmo tempo em que se aproxima de um colega boa pinta que quer muito mais que simples amizade. Mesmo com dois caras bonitos ao seu redor, Rafaela nunca foi capaz de esquecer o cara dono de uma mochila xadrez que ela viu anos atrás, enquanto passava férias na casa da avó. Com essa imagem na cabeça desde esse dia, Rafaela passa a criá-lo em sua mente como se o conhecesse de verdade. Uma situação perigosa inerente ao seu trabalho como repórter a leva a analisar sua vida e seus desejos que, sem saber, a colocarão no caminho do garoto da mochila xadrez.
Segundo livro da Marina Carvalho que pego em mãos. Como gostei de Simplesmente Ana e já sabia o estilo de escrita da Marina, foi agradável ler este. A história é muito legal, e devo dizer que o final meio que me surpreendeu, porque eu já tinha desistido de encontrar o cara da mochila xadrez. Já disse que o estilo chick-lit não é muito o meu forte, mas a leitura desse livro foi bastante prazerosa. O ponto alto da história é quando a protagonista acaba enfrentando um dos perigos de sua profissão (o que me irritou um pouco, devido às motivações por trás da aceitação em correr o perigo em questão). Gostei bastante e recomendo.
14 de dez. de 2015
Ponte para Terabitia (Katherine Paterson) – RC 2015
Título: Ponte para Terabítia
Autora: Katherine Paterson
Mês: Dezembro
Tema: Livro banido
Editora Salamandra, 160 p.
Jess Aarons tem 10 anos e quer muito ser o campeão de corrida em sua escola. Ele passa o verão treinando para isso, mas quando volta para a escola, perde para uma menina, Leslie Burke, novata na escola e sua nova vizinha. Mesmo sem querer, Jess se torna amigo de Leslie e ambos criam um cenário imaginário chamado Terabítia em uma parte da floresta que ronda sua cidade. Em Terabítia, Jess é o rei e Leslie a rainha, e ambos governam protegidos de tudo e todos. A amizade se estreita cada vez mais, até que uma fatalidade separa ambos. Nesse momento, Jess precisa aprender a ser forte para enfrentar a realidade que o espera.
Fazia tempo que eu não me emocionava do jeito que fiquei com este livro. A história de Jess e Leslie é uma história simples, que fala de amizade e companheirismo. Eu conhecia o livro de nome e o filme, mas nunca havia visto nenhum. Minha recém paixonite por Josh Hutcherson (o Peeta Melark de Jogos Vorazes) me fez ir atrás do filme e eu fiz a grande besteira de ver o final. Então, quando fui ler o livro, já sabia o que ia acontecer. Chorei, é claro. Mas não desmereço a história. Tocante e simples, este livro não só emociona, mas também mostra o valor de uma amizade verdadeira. E sim, sei que foi banido de escolas americanas por linguagem ofensiva... Na verdade, parece mais uma desculpa para banir um livro do que qualquer outra coisa. Recomendo.
11 de dez. de 2015
Contos de Perrault (Charles Perrault) – RC 2015
Título: Contos de Perrault
Autor: Charles Perrault
Mês: Dezembro
Tema: Contos
Editora Vila Rica, 290p.
Chapeuzinho Vermelho, O Pequeno Polegar, A Bela Adormecida do Bosque, Cinderela ou O Sapatinho de Vidro, Mestre Gato ou O Gato de Botas, Riquet o Topetudo, Pele-de-Asno, As Fadas e Barba-Azul. Estes são os contos, em suas formas originais, como coletados pelo francês Charles Perrault. Belamente ilustrados, na última parte do livro, após uma breve história sobre o escritor, também se analisa as versões e origens dos contos.
Esse livro foi um verdadeiro achado. Com tantos livros na estante sobre os contos dos irmãos Grimm, há muito tempo eu queria algum que falasse sobre os contos de Perrault. Achei essa edição em uma biblioteca na qual trabalhei, e como estavam fazendo seleção do material e este iria parar em um sebo ou biblioteca pública, peguei para mim. Apesar de não ter tantos contos que eu imaginava que teria (só tem nove), vale muito a pena. As ilustrações de Gustave Doré são lindas, o livro traz uma introdução sobre a importância dos contos de fadas para as crianças e também um pequeno resumo sobre o próprio Charles Perrault, A melhor parte é que os contos estão em sua forma original, apesar de que eu já conhecia essas versões de uma coleção antiga que tenho (muito linda por sinal). Um livro encantador e altamente recomendado.
7 de dez. de 2015
Legend (Marie Lu) – RC 2015
Título: Legend: a verdade se tornará lenda
Autora: Marie Lu
Mês: Dezembro
Tema: Recomendado por um amigo
Editora Rocco Jovens Leitores, 255p.
Day e June são dois jovens que fazem parte de lados opostos de uma guerra entre desfavorecidos e privilegiados. Eles vivem em Los Angeles, no ano de 2130, época em que os EUA se dividem entre a República da América (uma espécie de elite militarista) e os Patriotas (rebeldes). Day não obteve os resultados necessários para passar na prova obrigatória que as crianças devem fazer aos 10 anos e é enviado para trabalhar nos campos de comida. Ele consegue fugir e vivendo como ladrão para ajudar a família, se torna o criminoso mais procurado pela República. June é o oposto:atingiu a pontuação máxima na prova que a qualifica para estudar nas melhores universidades e futuramente conseguir um excelente emprego nos círculos militares da República. A vida dos dois se cruza depois que Day, ao tentar roubar um medicamento de um hospital, é perseguido pelo irmão de June, Metias e é assassinado. As suspeitas caem sobre Day, e June faz de tudo para tentar prendê-lo, só que no meio do caminho ela descobre coisas muito sérias sobre a República e sobre as pessoas com as quais trabalha, inclusive sobre sua família...
Já tinha ouvido falar muito bem dessa trilogia, mas como estava meio traumatizada com o final de Jogos Vorazes e estava lendo Insurgente (outro que já era um prenúncio de um final que eu sequer imaginava), não me interessei. Fiquei esperando uma oportunidade como essa, de tema para desafio literário. Foi o primeiro livro que pensei para essa categoria, porque de muitos livros indicados por amigos, esse foi um dos poucos que me interessaram. Confesso, não me controlei e fui pegar o último livro da trilogia só para passar uma olhada rápida (fiquei na dúvida sobre o destino do cãozinho de June, não gosto de animais em histórias assim, só faltei pirar depois que li Em chamas e não sabia que fim tinha levado o gato Buttercup) e li o final (sim, não sou normal, essas distopias estão me traumatizando rsrsrs). Li, gostei e só não fui direto pegar o segundo da trilogia porque tinha outros na frente. Recomendo.
4 de dez. de 2015
Ouro, fogo & megabytes, de Felipe Castilho – DL do Tigre 2015
Tema: Autor brasileiro
Mês: Dezembro
Leitura do mês: Ouro, fogo & megabytes
Autor: Felipe Castilho
Editora Gutemberg, 286p.
Anderson Coelho tem 12 anos e é uma sensação no jogo Battle of Esgaroth, um MMORPG (Massive Multiplayer Online Role-Playing Game), ou simplesmente um jogo de interpretação de personagens online e em massa para múltiplos jogadores. Na verdade, Anderson é o segundo colocado no ranking do jogo, o primeiro deles é o tal de Esmagossauro. Quando, durante uma partida com seus amigos, um desconhecido entra em contato tentando oferecer ao menino um emprego. Após uma mal sucedida tentativa pelo telefone, Anderson deixa o assunto de lado. Pelo menos até uma aula estranha de educação física, quando ele é provocado a saltar o muro da escola para recuperar a bola perdida do jogo de futebol e dá de cara com uma criatura que Anderson nem ao menos sabe definir o que é. Ele leva três dias de suspensão na escola e não sabe como vai contar para os pais, até chegar em casa e encontrar a mãe e o pai conversando com um homenzinho muito esquisito, o mesmo que ligou para ele, que está ali para levá-lo até São Paulo para a final da Copa de Matemática da qual ele nunca participou. Pensando que seria uma boa saída para evitar explicar sobre a suspensão, ele aceita e acaba descobrindo sobre a Organização, uma ONG que quer impedir que um poderoso magnata consiga ir até o fim com seu plano maligno de destruição usando a Mãe D’Ouro, uma criatura de fogo muitíssimo rara e poderosa ligada ao fogo. O que eles querem de Anderson é que ele crie um vírus que invada o sistema da Rio Dourado, empresa do ricaço Wagner Rios. À medida em que os dias passam, Anderson conhece as criaturas do folclore e enquanto fica amigo de alguns como Zé, o caipora e Chris, algo como um lobisomem, ele também corre perigo ao enfrentar outras como a Cuca. Anderson descobre mais sobre a vida na Organização e de que forma o triste destino de um outro cara ligado em informática que já fez parte da ONG está ligado a tudo que está acontecendo. Mais ainda, ele se vê envolvido de forma definitiva nos acontecimentos que estão por vir.
Este é o tipo de livro que você pode escrever uma resenha de cinco páginas e mesmo assim vai ter certeza de que não irá falar o suficiente. Mas vamos lá.
A-PAI-XO-NA-DA!!! É assim que defino a minha pessoa após ler esse livro maravilhoso do Felipe Castilho. A primeira vez que vi este livro, o que me chamou a atenção foi a capa. Depois que eu vi que o livro abordaria como o folclore brasileiro, a curiosidade piorou. Comprei logo, mas estava esperando uma chance aparecer para ler (sempre participo de desafios literários, então eu achava que não seria difícil encaixar o livro do Felipe em alguma categoria. A dificuldade mesmo foi esperar o tempo chegar :P )
Juro que ao ler essa parte, imaginei como seria louco ver essa parte no cinema.
O que eu não esperava mesmo é que a história fosse me prender como prendeu. Só larguei esse livro mesmo quando já estava caindo de sono, e às vezes ainda forçava. O livro tem muitos capítulos que são pequenos, o que facilitou pra mim (como já disse na resenha de O último reino, não gosto de capítulos grandes). O gênero da ficção fantástica é um dos meus favoritos desde sempre, e juntar essa fórmula a um enredo onde os personagens fazem parte do folclore brasileiro. O tema principal do livro é: a preservação da natureza, um assunto que não poderia ser mais atual. Essa luta constante do capitalismo conta a natureza, as modernidades contra o estilo mais simples de vida, a destruição contra a preservação, tudo isso são aspectos que Felipe trata de forma bastante crítica. O chamariz é o uso que ele faz do folclore, pois, ao mostrar as criaturas e suas peculiaridades, Felipe chama atenção para o fato de que, como na vida real, a natureza tem modos de revidar pelas desgraças que o ser humano causa no meio ambiente, e ele faz isso mostrando um pouco da história das criaturas. Confesso que me emocionei com a história do Saci-Patrão e não pude evitar pensar que esta figura teve a influência em certos aspectos do famoso escravo libertário Zumbi dos Palmares (não sei se isso é correto, mas foi a impressão que tive, sorry se estiver errada).
Ele também mostra que, como tudo, a internet pode ser uma ferramenta tanto de destruição e manipulação para o mal quanto de preservação e aviso. Sobre o grande traidor da história, Felipe novamente mostrou que sempre a moeda tem dois lados. Como sempre, eu penso em alguma (s) pessoa que possa ser o “culpado”, até nas possibilidades mais absurdas, nunca descarto quem é descartado na história (pra mim todo mundo é suspeito) mas raramente chego na pessoa certa, eu sempre “tropeço” na verdade e acabo ficando com raiva, mas depois percebo que esse é o trabalho de um bom autor, surpreender. E como toda a história é surpreendente, seria no mínimo errado o final ser previsível. Amei o livro, estou louca pra ler o segundo. Recomendo mil vezes.
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27 de nov. de 2015
A guerra dos tronos (George R.R. Martin) – RC 2015
Título: A guerra dos tronos
Autor: George R.R. Martin
Mês: Novembro
Tema: Começou mas não terminou
Editora Leya, 682p.
Os Starks são a família protetora do Norte de Westeros. Quando lorde Stark, Eddard, é chamado para fazer a justiça do rei, ele encontra no caminho o símbolo de sua casa, um grande lobo morto com a galhada de um cervo na garganta. O animal, uma fêmea, cuja espécie não é vista há anos nesta parte do mundo, só teve tempo de parir antes de sucumbir ao ferimento, deixando 6 filhotes. Brandon, o filho mais novo de Eddard que acompanha o pai, não quer que os filhotes sejam sacrificados e seu irmão bastardo Jon Snow pede ao pai para que eles possam ficar com os lobos. No mesmo dia, chega uma carta avisando que a Mão do Rei e amigo de Eddard, lorde Arryn, morreu e que o rei e sua corte chegarão em Winterfell em pouco tempo. Mesmo suspeitando que a longa viagem do rei Robert tivesse como objetivo transformá-lo na nova Mão, Eddard ainda assim está indeciso e só quando sua esposa Catelyn recebe uma carta da irmã avisando dos perigos em Porto Real ele decide aceitar a proposta. Mas um acidente envolvendo Brandon transforma mais ainda a tranqüilidade da família, já abalada pela chegada do rei. Winterfell fica vazia, pois Eddard e suas filhas partem para Porto Real enquanto Jon viaja para a Muralha para se tornar um patrulheiro. Do outro lado do mundo, as coisas também estão agitadas, pois Viserys Targaryen, filho do rei destronado Aerys, quer a todo custo reconquistar o que foi de sua família. Ele casa sua irmã Daenerys com um líder dothraki, Khal Drogo, senhor do povo dos cavalos, em troca de um exército. Em Porto Real, Eddard se aproxima da verdade sobre a morte da antiga Mão, enquanto do outro lado do mar, Daenerys começa a assumir o controle de sua vida. Problemas surgem e as sementes da tragédia são plantadas na vida destes dois personagens, trazendo conseqüências sérias para toda Westeros.
A minha história com esta saga literária é no mínimo curiosa. Comprei o livro faz tempo, mas por curiosidade do que outra coisa. Deixei ele guardado outra metade desse tempo, comecei a ler, parei, comecei a ver partes das várias temporadas da série (fora de ordem) e, apesar de saber um pouco sobre as mortes horrorosas através de pesquisa e comentários de amigos que já conheciam a série, não fiz questão de ler nem ver mais nada. Até a temporada de 2014, quando a TV a cabo liberou o sinal da HBO e fiz uma maratona das três temporadas. Vi mais vídeos no youtube, fui atrás de mais informação, mas foi por causa de um grupo de amigos que curtiam os livros e a série que resolvi ler a sério. Comecei a ler e como não podia deixar de ser, virei fã. Já sabia da complexidade da obra graças as entrevistas que via do autor e dos fãs, mas só lendo mesmo pra entender. Adorei, fiquei traumatizada, mas como uma boa fã, vou acompanhar tudo até o final. Recomendo a todo fã de fantasia como eu.
23 de nov. de 2015
O reino dos sonhos (Natália Couto Azevedo) – RC 2015
Título: O reino dos sonhos: a cidade de cristal
Autora: Natália Couto Azevedo
Mês: Novembro
Tema: Autor que tenha minhas iniciais
Editora Estronho/Fantas, 220p.
Elorá é uma estudante do curso de artes plásticas que se sente deslocada das pessoas ao seu redor, talvez por ter um estilo próprio pois ela customiza as próprias roupas. Suas pinturas retratam um mundo fantasioso que desagrada sua orientadora justamente por isso. Quando ela dorme, Elorá se vê em um mundo completamente diferente, habitado por fadas e percebe estar mais ligada a esse reino dos sonhos do que a vida real, e acaba descobrindo a verdade por trás dessa estranha ligação: ela descobre ser filha de um humano e uma fada. Os seres que pinta e com os quais sonha são reais. Como se isso não bastasse, ela descobre também que existe uma profecia destinando-a a salvar o reino das fadas. Em sua vida real, ela precisa lidar com sua família, trabalho e um novo romance. No entanto, ao dormir, uma disputa entre clãs a aguarda neste reino dos sonhos, e ela precisa tomar cuidado para que os humanos não sejam os inimigos a derrotar.
Mais um livro cuja escolha foi totalmente aleatória e que dependeu totalmente do tema. Não conhecia nenhum autor (a) que tivesse as iniciais do meu nome, este livro da Natália Azevedo veio de uma indicação. Li e gostei, e apesar de tratar de um tema (sonhos) que não curto muito, tem fadas, então valeu meu tempo. A narrativa é agradável, o romance não é meloso (graças a Deus, estou saturada de romance seguindo essa linha de escrita), a história é envolvente, mas mesmo tendo apreciado, não sei se vou ler a continuação. Mesmo assim, recomendo.Uma das poucas autoras nacionais que escreve de uma forma que te prende a atenção desde o início.
20 de nov. de 2015
O curioso caso de Benjamin Button (F. Scott Fitzgerald) – RC 2015
Título: O curioso caso de Benjamin Button
Autor: F. Scott Fitzgerald
Mês: Novembro
Tema: Graphic novel
Editora Ediouro, 228p.
Benjamin Button não é uma pessoal normal. Nascido com a aparência de um homem de 70 anos, ele assombra todos ao envelhecer como um bebê recém-nascido. Ao longo de sua vida, ele sofre muitos preconceitos, inclusive do próprio pai, que não entende e não se conforma com o fato do filho ser do jeito que é. Dividido em capítulos onde Benjamin aparece com uma idade em cada um, este livro mostra de forma bem humorada e irônica a forma como até hoje as pessoas tratam a velhice.
Eu não li o livro antes de ler esta graphic novel, então não tenho meios de comparar a obra original com esta versão. Minha escolha para este tema recaiu neste livro por causa do filme homônimo estrelado por Brad Pitt e Cate Blanchett, que eu vi por curiosidade e me apaixonei. A graphic novel é boa o bastante, mas difere do filme em muita coisa, e como disse, não li o livro então não sei falar sobre o que tem mais a ver com a história original (apesar da contra capa dizer que o texto original foi mantido, e entre a versão apresentada nesta graphic e o filme, fico com o filme). A leitura foi rápida, questão de meia hora. Recomendo.
16 de nov. de 2015
A jóia (Amy Ewing) – RC 2015
Título: A jóia
Autora: Amy Ewing
Mês: Novembro
Tema: Publicado no ano
Editora Leya, 352p.
Violet Lasting nasceu no Pântano, um dos cinco círculos da Cidade Solitária. Separada de sua família desde cedo por ser fértil, ela é treinada e com dezesseis anos, se prepara para ser leiloada a uma das damas da Jóia, casta da realeza. O objetivo: fornecer a sua compradora um(a) herdeiro(a) saudável, isso porque as mulheres da realeza não podem ter filhos e quando os tem, nascem com anomalias ou mortos. Além da fertilidade, Violet e suas colegas apresentam um tipo de poder chamado Presságio que permite modificar a cor e forma das coisas, possibilitando a “produção” de crianças perfeitas. Temerosa de como será sua vida como substituta e com muita saudade de sua família, ela começa a ver o tratamento cruel ao qual as substitutas são forçadas, sendo tratadas como animais de estimação, sem ter noção do destino que as espera após cumprirem seu papel. Sem poder fazer nada, ela se rende... até conhecer o jovem Ash Lockwood, um acompanhante da realeza. Ajuda para se livrar dessa situação também surge de onde menos se espera, mas o romance com Ash pode colocar tudo a perder.
A primeira vez que vi a capa deste livro, duas coisas vieram na minha cabeça: distopia e a série da Kiera Cass. Nem sabia do que se tratava, só pela capa eu já fiquei obcecada. Demorei um pouco pra comprar e fiquei me agüentando para chegar logo o momento de poder ler. Adorei. O enredo é envolvente, para dizer o mínimo. Confesso que quando li a seguinte frase “... e seu único propósito é dar à luz um herdeiro saudável para a Duquesa...” fiquei enojada e ao mesmo tempo curiosa. Comecei a ler e mesmo com essa sensação de repulsa, eu gostei, puramente porque é uma sociedade matriarcal. O homem ocupa o cargo mais importante, mas quem manda é a mulherada, tanto as substituas que tem o poder de engravidar, quanto as damas da realeza, que tem o poder de escolher e determinar que tipos de filhos elas terão. As intrigas são muito bem construídas, o que é só mais um atrativo do livro. E o final... Nada, absolutamente nada, teria me preparado para aquilo, principalmente porque não dei valor para um personagem secundário que aparentemente só faz figuração na história. Ansiosíssima para ler a continuação. Recomendado.
13 de nov. de 2015
Simplesmente Ana, de Marina Carvalho – DL do Tigre 2015
Tema: Sobre amor
Mês: Novembro
Leitura do mês: Simplesmente Ana
Autora: Marina Carvalho
Editora Novo Conceito, 207p.
Um belo dia, normal como qualquer outro, Ana está abrindo seu perfil no facebook e dá de cara com a mensagem:
Desculpe, mas acho que sou seu pai.
Uma única frase, suficiente para fazer uma garota de 20 anos surtar. Tomada pela curiosidade, ela marca um encontro com o pai e descobre a verdade por trás do suposto abandono de sua mãe grávida. E mais ainda, descobre que seu pai é rei em um país no sudeste da Europa. Como se isso não fosse suficiente, ele quer levá-la para a Krósvia, já que ela governará o país um dia. Agora, Ana vai ter que decidir o que fazer da sua vida. Neste meio tempo, ela aceita conhecer o lugar e se encanta, apesar de sentir saudade do Brasil e de um carinha chamado Artur, com quem ela estava tentando começar algo. Mas essa saudade começa a ser eclipsada pela antipatia (e outros sentimentos que ela não consegue definir de cara) por Alex, o insuportável enteado do pai... Durante seu tempo em Krósvia, Ana vai aprender várias coisas, desde a história de sua família até o significado de suas escolhas.
Eu fiquei curiosa para ler esse livro assim que foi lançado, até porque na época estava vendo ótimas críticas a autora, Mariana Carvalho. Demorei um pouquinho pra consegui-lo e mais ainda para lê-lo, mas assim que comecei não parei. A leitura é leve, divertida e gostaria que a leitura tivesse demorado mais do que dois dias. Um conto de fadas moderno, do tipo de Diário da princesa, que faz você rir. Confesso que me irritei com a protagonista, como acontece na maioria das vezes em que ela não entende porque o cara gostoso sente antipatia e ela começa a se derreter por ele toda vez que chega perto, mas mesmo assim gostei muito. Aquele vestido com o qual Ana sonhava, na minha imaginação, era um vestido do tipo que a Bela usa no baile no filme da Disney A Bela e a Fera, e só por isso fiquei desejando um filme deste livro :P Ansiosa para ler a continuação.
9 de nov. de 2015
A máquina de xadrez, de Robert Löhr – DL do Tigre 2015
Tema: Cabe no bolso
Mês: Novembro
Leitura do mês: A máquina de xadrez
Autor: Robert Löhr
Editora BestBolso, 351p.
Wolfgang von Kempelen apresenta ao mundo pela primeira vez sua máquina de xadrez. Ele encanta a nobreza com sua invenção, onde um boneco vestido de turco derrotava qualquer humano, e faz um sucesso tremendo durante sua turnê pelas principais cidades européias, como Amsterdam, Frankfurt e Berlim. O que ninguém sabe é que, diferentemente do que o inventor propagava, o boneco não podia pensar para raciocinar a complexidade de um jogo de xadrez; dentro da máquina se escondia um anão, excelente jogador de xadrez, contratado para manipular o boneco.Os céticos continuam desconfiando da invenção, e um deles, Friedrich Knaus, mecânico da corte da imperatriz da Áustria e da Hungria, Maria Teresa, é quem mais se empenha em desvendar o mistério por trás do autômato. Apesar do sucesso, o barão Von Kempelen começa a sentir a pressão da sua mentira e a morte suspeita de uma bela aristocrata ameaça trazer a verdade a tona.
Eu achei esse livro por acaso em um daqueles momentos em que não se tem nada para fazer e você entra na livraria só para passar o tempo, foi uma questão de se deixar levar pela curiosidade suscitada pelo título. Queria saber se era a história real da máquina de xadrez. Acontece que é mesmo, em forma de romance. Algumas vezes me senti meio perdida em relação ao enredo, sem conseguir identificar o que era história do que era romance, mas o epílogo dá uma ajudinha ao resumir o acontecimento e as figuras reais. Algumas vezes a leitura me entediou, mas de modo geral eu gostei do livro. Recomendo.
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Robert Löhr
4 de nov. de 2015
Trilogia As Fronteiras do Universo vai virar série!
Como aconteceu com a série de livros Instrumentos Mortais de Cassandra Clare, os livros de Philip Pullman também irão virar série para TV. Foi anunciado hoje que a BBC One irá transformar os livros da trilogia As Fronteiras do Universo em série televisiva.
Vale lembrar que em 2007 foi lançado o filme A bússola de ouro, baseado no primeiro livro da trilogia e estrelado por Daniel Craig e Nicole Kidman (infelizmente, o filme não fez o sucesso esperado). Agora, a responsabilidade em produzir uma adaptação mais fiel está a cargo da produtora Bad Wolf em parceria com a New Line Cinema, está última sendo responsável pela trilogia de O Senhor dos Anéis no cinema.
Eu já li os livros, vi o filme e fiquei decepcionada com o desperdício de talento dos atores principais. Rezando agora para sair uma adaptação melhor. Se você ainda não leu os livros e quer indicação se valem a pena, basta clicar neste link e dar uma olhadinha nas resenhas ;)
23 de out. de 2015
O mercador de Veneza (William Shakespeare) – RC 2015
Título: O mercador de Veneza
Autor: William Shakespeare
Mês: Outubro
Tema: Peça
Editora Agir, 720p.
Bassanio quer se casar com Porcia. Ele se endivida com seu amigo Antonio (um mercador de Veneza), o qual por sua vez se endivida com um agiota judeu Shylock. O acordo firmado entre eles afirma que caso o dinheiro não seja pago no prazo, ele tenha direito a uma libra da carne de Antonio cortada bem perto do coração. Bassanio aceita e parte para tentar resolver o enigma deixado pelo pai de Porcia, pois era a única maneira deles se casarem. Ele consegue, mas com o prazo esgotado, Shylock cobra sua dívida de Antonio, que está prestes a ter a carne cortada. Quando tudo parece ter ido por água abaixo, surge um advogado enviado para ajudar Antonio.
Como eu já havia falado na resenha de Sonho de uma noite de verão (uma das únicas histórias que eu gosto do autor), eu nunca fui fã de Shakespeare e só leio os livros dele quando se tratam de desafios literários. Mesmo assim, saio atrás de edições que valham a pena. E desde que eu botei os olhos nos três volumes da Agir, não nego, me apaixonei. Os livros são um primor, e apesar nunca ter feito questão de comprar, sempre consegui emprestar. Sobre a história, é uma das poucas que me despertam interesse do autor. A leitura deste livro foi legal e até meio surpreendente, porque eu nunca havia sequer procurado saber sobre o enredo da história e estava pensando que seria algo como Hamlet ou Rei Lear. Valeu a pena, não só porque é uma obra de Shakespeare, mas porque o autor retrata (mesmo sem entrar nos fatos históricos) a relação entre judeus e cristãos por volta do ano de 1290. Recomendo.
21 de out. de 2015
Livros de colorir de Harry Potter!
Mais uma série literária que ganha seus livros de colorir. No dia 18 de outubro, a editora Scholastic anunciou mais três livros de colorir, além do já anunciado Harry Potter: O livro de colorir oficial. São eles:
Data prevista: 26 de janeiro
Data prevista: 29 de março
Data prevista: 28 de junho
19 de out. de 2015
Amazônia (Paul Fabien) – RC 2015
Título: Amazônia: arquivo das almas
Autor: Paul Fabien
Mês: Outubro
Tema: Ambientando na cidade natal
Editora Ísis, 331p.
Vitã e Helena são dois militares muito competentes e requisitados, que lutam em prol da defesa da Amazônia. Eles fazem parte de um grupo de militares brasileiros que atuam em uma sede de vigilância do território brasileiro situado na região amazônica. Ambos são convocados para uma missão secreta e muito perigosa que os leva da Amazônia para as cavernas da Absínia, em território colombiano, onde eles não só descobrem a origem do verdadeiro mal, como se apoderam de segredos gravados em escrita cuneiforme que remontam a civilizações pré-dilúvio.
A primeira vez que vi esse livro, duas coisas me chamaram a atenção: a capa, porque me pareceu uma coisa muito futurística, e o título, porque eu moro na região amazônica. Qualquer livro de ficção que tenha como pano de fundo me interessa, então fui atrás de mais informações sobre o autor, me interessei e consegui o livro em um troca. Adorei cada minuto. Apesar de ter mais de 300 páginas, os capítulos são pequenos, o que facilitou a leitura para mim (não aguento livros com muitas páginas e poucos capítulos). Tem alguns erros de concordância e gramaticais, mas uma nova edição traz estes erros corrigidos. O ponto fortíssimo do livro: Paul Fabien consegue mostrar um Brasil forte, preparado e invejado! O retrato dos índios também é muito interessante. Muita ação, novas tecnologias e um enredo que mostra uma Amazônia num futuro não tão distante assim (infelizmente, se a coisa continuar do jeito que está). Recomendadíssimo!
16 de out. de 2015
O trono de vidro (Sarah J. Maas) – RC 2015
Título: O trono de vidro
Autora: Sarah J. Maas
Mês: Outubro
Tema: Trilogia
Editora Galera Record, 390p.
Celaena Sardothien é a assassina mais famosa e mortífera de Ardalan. Condenada e presa, ela realiza trabalhos pesados nas minas de sal de Endovier até uma inesperada visita a leva para fora da prisão em muitos anos. O príncipe Dorian oferece a ela uma chance de liberdade: treinar e participar de uma competição cujo vencedor será o assassino do rei por alguns anos antes de receber a liberdade total. Ela aceita e viaja com o príncipe para a corte, onde os competidores, dentre ladrões e assassinos, e seus patrocinadores se prepararão para a competição. O capitão da guarda, Westfall, no início não confia nela, mas a convivência leva ao surgimento de uma camaradagem entre eles. Ele aconselha a jovem a não revelar sua verdadeira identidade no início, como uma forma de preservação durante a competição. Ao mesmo tempo em que treina, Celaena começa a se habituar e infiltrar nas fofocas e políticas da corte, além de atrair a atenção do príncipe. Quando os competidores começam a ser mortos de forma inexplicável, Celaena começa a termer pela própria vida, e sua investigação a leva a conhecimentos sobre si mesma que ela jamais imaginou.
Até agora eu não sei como classificar esse livro. A primeira vez que me interessei por ele foi ao ler uma resenha que dizia que seria uma versão diferente do conto da Cinderela. Ainda não achei a conexão entre uma história e outra, mas não é por isso que vou dizer que não gostei, seria uma mentira enorme. Mesmo não tendo gostado do jeito que imaginei que gostaria, o enredo e a narrativa são interessantes. Você mesmo que não queira acaba se apegando a personagem principal, desejando que ela vença a competição e mate logo o rei (isso não é spoiler ok). Eu li o livro bem rápido, até porque queria descobri logo quem venceria. Vale muito a pena.
12 de out. de 2015
Coração dividido (Janet Quin-Harkin) – RC 2015
Título: Coração dividido
Autora: Janet Quin-Harkin
Mês: Outubro
Tema: Deveria ter lido para a escola, mas não leu.
Editora Ática, 167p.
Amber Stevens mora em NY, gosta de pizza, cinema e de tudo que uma típica garota da cidade gosta. Ela também tem um namorado lindo e popular, Brendan Cooper. Ao fazer umas besteiras, ela acaba convencendo seus pais a quererem mudar de cenário. Assim, a família se muda para um sítio no velho oeste americano. Agora, a garota mimada vai ter que aprender a ordenhar vacas e alimentar galinhas, enquanto o namorado e sua turma agitada de amigos ficam para trás. A nova vida de Amber poderia ser um pesadelo, não fosse pelo seu antigo conhecido Rich Winter, por quem Amber vai começar a questionar seus sentimentos em relação a garotos e principalmente sobre si mesma.
Eu tenho todos os livros da Coleção Primeiro Amor, mas apesar de serem livros bem finos, nunca li todos. Acho que em parte porque, como estou sempre participando de desafios literários cujos temas acabam sendo variados, fico esperando a chance de encaixar os livros em alguma categoria de leitura. O livro é fofo, proporciona uma leitura rápida e divertida. Recomendo.
9 de out. de 2015
Beleza negra, de Anna Sewell – DL do Tigre 2015
Tema: Proibido
Mês: Outubro
Leitura do mês: Beleza negra
Autora: Anna Sewell
Editora Abril, 207p.
Na Inglaterra vitoriana, nasce um belo cavalo chamado pelo seu dono (amo) de Beleza Negra. Muito bem cuidado e treinado, o cavalo acaba passando por vários donos e várias situações (boas e más). Após sair da quinta onde havia nascido e deixar sua mãe para trás, Beleza Negra passa a morar em Birtwick Park, local que marca sua vida, onde faz grandes amizades com os cavalos Ginger e Merrylegs. Inclusiva sua convivência com Ginger muda o temperamento da bela égua. De Birtwick Park, ele e Ginger passam a morar em Earlshall, e sua nova dona é uma dama muito exigente com os animais que possui. O tratamento não é ruim, o problema são as amarras apertadas que fazem Ginger lembrar de quando foi maltratada e com isso seu temperamento piora. A vida de Beleza Negra é boa, apesar de certos incômodos, mas uma irresponsabilidade de seu tratador o leva a sofrer um grave acidente e carregar uma cicatriz para o resto da vida. Só que um cavalo aleijado não serve de nada para os donos de Earlshall e assim Beleza Negra passa por mais uma mudança, desta vez drástica, pois se torna um cavalo de aluguel e sofre todos os maus tratos possíveis. Sua vida muda novamente quando é vendido para um dono de fiacres (o meio de transporte da época), por cuja família é bem tratado. No entanto, por problemas financeiros, Beleza Negra acaba sendo vendido de novo e vai parar nas mãos de um dono severo e que o maltrava. Vendido pela última vez, desta vez para Thoro Ughood, Beleza Negra goza de seus últimos dias bem tratado e em liberdade.
A primeira vez eu vi esse livro foi quando eu xeretava uma das coleções da casa do meu avô. Sempre havia sido fascinada por uma certa coleção colorida que ele tinha, com vários clássicos e Beleza Negra me chamou atenção porque eu sempre fui apaixonada por animais. Apesar de ter adquirido a certeza, após ler este livro, de que todos os livros que contam histórias de animais não terão o que eu sempre acreditei ser um final feliz (não me entendam mal, a história de Beleza Negra é linda e sim, o final é bonito, mas para mim final feliz seria ele ter passado sua vida no lugar onde nasceu sem sofrer maus tratos), foi esta história que me levou a me interessar tanto por clássicos quanto por histórias sobre animais. O fato do livro ser narrado em primeira pessoa é o que fascina, porque ao invés de termos uma visão distorcida sobre o tratamento aos animais (aos cavalos), o que seria o caso se fosse narrado por uma pessoa. Beleza Negra narra sua própria história e através de sua visão, percebemos a denúncia que a autora faz contra as crueldades sofridas por cavalos na época. Além disso, a narrativa de Beleza Negra aborda os tipos de doma, tipos de cavalos e suas funções, tratamentos e cuidados que devem receber. Um livro encantador e maravilhoso, um verdadeiro clássico que, apesar de ter obtido maior popularidade entre as crianças quando lançado, é indicado para todas as idades, por abordar assuntos cotidianos e sérios e que são mais atuais que nunca.
5 de out. de 2015
O jardim secreto, de Frances Hodgson Burnett – DL do Tigre 2015
Tema: Clássico
Mês: Outubro
Leitura do mês: O jardim secreto
Autora: Frances Hodgson Burnett
Editora 34, 269p.
Mary Lennox é uma garotinha que vive com os pais na Índia. Cuidado por uma aia, a menina estranha quando é deixada de lado, justo ela que tinha todas as vontades feitas a hora que queria. O que Mary não sabe é que uma epidemia está assolando o lugarejo onde mora e sua aia foi uma das vítimas. Ao acordar e se descobrir sozinha e rodeada de nada mais que silêncio, Mary Lennox descobre que seus pais também foram morreram. Sem ser acostumada a demonstrar sentimentos que não sejam aqueles que a fazem ser uma garotinha irritante e mimada, Mary se deixa levar para a Inglaterra, onde ficará aos cuidados de um tio desconhecido. Sem grandes preocupações, Mary começa a perguntar mais sobre o lugar onde passa a viver e Martha, sua camareira, responde o que ela quer saber, mas desconversa quando o assunto é o ruído e barulho estranho de choro de criança. Interessada em explorar os arredores da propriedade do tio, Mary conhece o jardineiro, o passarinho amigo dele e acaba sendo levada a descobrir um jardim secreto, fechado por anos e cuja chave estava enterrada. Ela indaga sobre o local sem revelar que o encontrou, e de posse desse segredo, a menina começa a plantar e regar e cuidar do jardim. Com a ajuda de Dickon, irmão de Martha, Mary faz o jardim renascer. Quando descobre que tem um primo, um garoto tão mimado quanto ela havia sido um dia e que achava que iria morrer cedo, ela conta a ele sobre o jardim e juntos, ela, Dickon e Colin começar a passar seus dias no lugar, brincando e planejando e vivendo seus melhores dias. Através de uma “mágica” de Colin, seu pai, Senhor Craven, volta para casa e encontra o filho que ele sempre evitou ver bem de saúde, pronto para ser amado e amar de volta.
Eu sempre fui apaixonada por essa história, desde a primeira vez que eu vi o filme. Até descobrir que o mesmo havia sido baseado em um livro demorou muito tempo, mas assim que eu soube, fui correr atrás de uma edição atual e boa. Parece sacanagem dizer assim, mas a edição da Editora 34 foi a única que achei que valia a pena, até porque eu adoro livro ilustrado. O livro é pequeno, quase uma edição de bolso, o que é bom porque dá pra levar pra qualquer canto. Como eu vi o filme inúmeras vezes antes de ler o livro, não deu para evitar comparações, e apesar do filme me emocionar mais, eu completamente indico a leitura.
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25 de set. de 2015
Maldosas (Sara Shepard) – RC 2015
Título: Maldosas
Autora: Sara Shepard
Mês: Setembro
Tema: Baseado ou originou série de TV
Editora Rocco, 296p.
Rosewood é uma cidade normal no interior dos EUA. Cinco amigas super unidas vivem bem até o final do sétimo ano, quando Alison, a líder do grupo e mais popular de todas, após uma discussão entre elas, some do mapa. Uma coisa que deve ser dita: o que as unia era muito mais do que uma amizade, e sim os segredos que compartilhavam. Após o sumiço inexplicável de Alison, elas se separam. Três anos depois, as vidas das ex-amigas Emily, Hanna, Aria e Spencer está totalmente diferente, cada uma está passando por uma situação complicada (Emily está apaixonada pela menina nova da escola, Aria tem um caso com seu professor, Hanna tenta seduzir o namorado se autoagredindo e Spencer quer o namorado da irmã de novo). Além de terem lidar com isso, mensagens de alguém chamado Al começa a atormentá-las, pois se Alison está morta, quem sabe daqueles segredos obscuros que só as cinco compartilhavam?
Aí está um livro de uma série que nunca tive vontade de ler, apesar do sucesso. Já tinha ouvido falar do tema e lido algumas resenhas e nunca me interessei, confesso que só li por causa do desafio e vai ser mais uma série que não irei continuar, porque não curto histórias do tipo Gossip Girl (apesar de, sim, no caso desta série, eu assisti a série toda). O mistério que é o enredo da história é bem legal e coloca sua mente pra funcionar à medida que você vai descartando as possibilidades enquanto lê, mas é só isso. Um ponto que devo salientar é o fato a história é simples, sem grandes descrições, o que é bom também. Apesar do que já afirmei (sobre não ler a continuação), valeu a pena, só para conhecer.
21 de set. de 2015
Bob: um gato fora do normal (James Bowen) – RC 2015
Título: Bob: um gato fora do normal
Autor: James Bowen
Mês: Setembro
Tema: Fez chorar
Editora Novo Conceito, 202p.
James Bowen é um músico sem teto que vive se apresentando nas ruas de Londres. Ao voltar para casa, depois de uma quinta-feira trabalhando nas ruas de Covent Garden, ele encontra um gato laranja na frente de um dos apartamentos vizinhos ao seu. A cena se repete no dia seguinte, e James tenta descobrir de quem é o animal. Sem sucesso, ele leva o bichano pra dentro de casa e o alimenta. Começa a partir daí uma relação forte de amizade e companheirismo. Medicado e examinado pelo veterinário, Bob, como mais tarde James passou a chamá-lo, volta para a casa do músico para se recuperar. James decide castrá-lo e após isso decide soltá-lo nas ruas de novo. Só que o gato não quer mais saber disso e o segue até seu ponto de trabalho. Bob começa a chamar a atenção das pessoas que param para dar um carinho, James percebe que lucra com isso, tanto em dinheiro quanto em companhia, e toma a séria decisão de se livrar de vez de seu vício em drogas.
Eu não li o livro “original”, Um gato de rua chamado Bob, então fiquei pensando se teria alguma diferença na história dos dois livros. O fato é que já faz algum tempo que eu queria ler a história desse gatinho, e como estava na dúvida sobre qual comprar, fui pesquisar e descobri que a versão que li é uma versão inédita que não perde nem um pouco do encantamento da história do primeiro livro lançado. Também gostei desta edição por causa das várias fotos de Bob e de James. Livro mais do que apropriado para o tema porque, apesar de ter um final feliz, o livro emociona do início ao fim.
18 de set. de 2015
Queda dos reinos (Morgan Rhodes) – RC 2015
Título: Queda dos reinos
Autora: Morgan Rhodes
Mês: Setembro
Tema: Está embaixo na lista de leitura
Editora Seguinte, 399p.
Limeros, Paelsia e Auranos são os três reinos que fazem parte da região chamada de Mítica. Limeros é o reino cujo povo tem uma vida confortável. Em Paelsia, a miséria é abundante, e Auranos é o reino mais próspero. Quando um nobre de Auranos assassina um camponês de Paelsia, os paelsianos percebem que não podem mais agüentar o estado de calamidade que assola o reino. Jonas, irmão do jovem assassinado, só quer vingança contra a princesa de Auranos, Cleo, e seu pretendente, que é o assassino. A morte do irmão é usada como desculpa por Jonas e todos aqueles que querem guerra contra Uranos. Isso chama a atenção do impiedoso rei de Limeros, que há muito quer conquistar Auranos. Seus filhos, Magnus e Lucia, fazem parte dos jogos do pai para conseguirem o que querem, e seus destinos se cruzam com o de Cleo, que tenta a todo custo salvar a vida da irmã. Muita intriga, mortes, romances malfadados e tristeza permeiam a vida destes jovens, enquanto os reinos se digladiam por poder e justiça.
Lembro que a primeira vez que vi esse livro, fiquei curiosa. A capa é misteriosa, não revela exatamente muito de cara do enredo, e mesmo com muita vontade de ler, ele foi rápido para a estante de desejados, mas demorou demais para vir para o topo de leitura. Isso porque já experimentei a mesma sensação antes (ver e gostar da capa, se interessar pela sinopse, ler o livro e não gostar da história). Se não fosse esse tema do desafio, provavelmente eu demoraria mais para ler esse livro. Como já fui ler com certo receio, demorei um pouco para apreciar a leitura totalmente. Não me arrependo, adorei a leitura. A narrativa é fluente, corrida, a autora não perde tempo com grandes descrições, ela não enrola, o que é um ponto positivo. O fato de o livro ser narrado através do ponto de vista de Cleo, Jonas e Magnus e Lucia também fazem toda a diferença, porque eles representam os três lados da guerra em questão. A autora soube trabalhar bem os conflitos existentes, tanto físicos quanto psicológicos, os quais prendem totalmente a atenção do leitor. Livro totalmente recomendado.
14 de set. de 2015
Mulherzinhas (Louise May Alcott) – RC 2015
Título: Mulherzinhas
Autora: Louise May Alcott
Mês: Setembro
Tema: Romance clássico
Editora Martin Claret, 258p.
Durante a Guerra Civil, uma família norte-americana humilde tem que se manter enquanto seu pai foi chamado para lutar. A Sra. March e suas quatro filhas Meg, Jo, Beth e Amy vivem como podem, com suas tarefas domésticas diárias e tentando lidar com a falta do pai. Cada uma das irmãs tem uma característica que as define: Meg gosta de luxo, Jo adora ler, Beth é a mais bondosa e Amy gosta de arte. As mulherzinhas fazem amizade com Laurie e seu avô, o Sr. Lawrence, e tem o tempo dividido entre o cuidado com a casa e o aprendizado de valores morais importantes. A Sra. March faz questão de ensinar as filhas, de um jeito bastante eficaz, sobre bondade, retidão de caráter e o amor à pátria. Um grande amigo das quatro, Laurie se apaixona por Jo, mas ela não pensa nesses assuntos. Alguns problemas e uma grave doença lançam uma sombra sobre a quietude da família, mas a união e boa vontade que a mãe incutiu nas suas mulherzinhas as ajudam a suportar tudo.
Eu sempre tive curiosidade sobre essa história. Quando vi um episódio da série Friends onde Rachel recomendava o livro para Joey (veja um trecho do episódio aqui), fiquei com mais vontade de ler (e fiquei com muita raiva quando, no final do mesmo episódio, Rachel praticamente dá um spoiler do livro. Já fui ler esperando essa parte, mas graças a Deus era spoiler falso \o/ O que me levou a perceber que, apesar da edição da Martin Claret anunciar ser o texto integral, existe uma continuação porque a história original é dividida em dois volumes (e a Martin Claret traduziu só o primeiro). A história é cativante e de uma simplicidade ímpar, e mesmo sendo delicada e talvez até ingênua para os padrões atuais, serve de exemplo para nossa conduta. Completamente indicado.
11 de set. de 2015
Apaixonada por palavras, de Paula Pimenta – DL do Tigre 2015
Tema: Crônicas
Mês: Setembro
Leitura do mês: Apaixonada por palavras
Autora: Paula Pimenta
Editora Gutenberg, 157p.
55 crônicas, escritas entre 200 e 2009, narrando cenas corriqueiras do dia a dia de um jeito mágico. Paula Pimenta mostra que é uma apaixonada por palavras: suas crônicas revelam um lado mais íntimo, pois ela fala de seus amores e inseguranças, mostrando um lado da pessoa Paula Pimenta que poucas pessoas devem conhecer. O livro segue uma ordem cronológica, iniciando com “Regresso da ilusão” e finaliza com “Ani-versário”, e autora fala que o livro é uma compilação das quase 150 crônicas que ela escreveu. O meu trecho favorito e com o qual me identifiquei de cara foi quando ela fala que provoca um acidente de trânsito mas não atropela um animal na rua (me lembrei na hora das minhas aulas de direção). Neste livro, mais uma vez Paula nos mostra sua natureza tímida e alegre que cativa leitores de todas as idades.
Mais um livro da Paula Pimenta que foi uma delícia de ler. Sério, ela já se tornou uma das minhas autoras brasileiras favoritas, e não só porque seus livros são cativantes, mas porque ela consegue fazer com que eu me identifique. Com Apaixonada por palavras, não foi diferente. É impossível ler e não se sentir atraída pela narração dos acontecimentos do dia a dia que ela faz neste livro. Além disso, a diagramação é tão fofa e linda e colorida que não tem como não se apaixonar, como sempre a editora caprichando. Li em uma tarde, pois o livro é pequeno. Totalmente recomendado.
7 de set. de 2015
Inferno, de Dan Brown – DL do Tigre 2015
Tema: Com mais de 300 páginas
Mês: Setembro
Leitura do mês: Inferno
Autor: Dan Brown
Editora Arqueiro, 496p.
Robert Langdon acorda em um hospital em Florença sem ter a menor idéia de como foi parar lá. Os médicos que o atendem também não conseguem responder as suas perguntas sobre o assunto, a única coisa que podem dizer com certeza é que o professor levou um tiro. Quando o perseguidor volta para terminar o serviço, a jovem e atraente médica que o atende, Sienna Brooks, o ajuda a escapar. No apartamento dela, tentando organizar as idéias e recuperar a memória, ele descobre sobre a vida da médica e sem querer acaba revelando sua localização para quem lhe persegue. Sua única alternativa é fugir, só que ele leva junto um estranho objeto, que contém uma ilustração macabra: uma representação artística do Inferno, peça de poesia criada pelo italiano Dante Alighieri. À medida que Langdon tenta decifrar o objeto, o professor e Sienna mergulham na Itália em que Dante viveu, passando por museus, palácios e obras de arte de valor incalculável, tentando decifrar códigos elaborados pela mente brilhante de um gênio da ciência obcecado tanto com questões sobre o fim do mundo quanto com a obra do grande poeta italiano.
Mais uma vez Dan Brown me fazendo prender a respiração. Cada vez que ouço falar que esse cara vai lançar mais um livro com Robert Langdon como protagonista, eu me desespero para tê-lo logo em mãos. Com esse livro não foi diferente. Eu comprei a edição normal num rompante, achando que talvez não fossem lançar a edição ilustrada, Mesmo ansiosa para ver em que confusão o simbologista havia se metido desta vez, não li o livro e fiquei só no aguardo da edição ilustrada. Achei, comprei e mesmo assim ainda demorei pra ler (estava esperando algum desafio literário ou algo do tipo). Assim que a chance surgiu, li. Apesar de que, desde a leitura de O símbolo perdido, eu já consiga identificar o padrão que Brown usa para escrever seus livros sobre Langdon (o cara forte armado que parece o vilão mas não é, a ajuda repentina que parece amiga mas não é, o “chefão” que parece o inimigo na verdade é o salvador, o assassino de aluguel sempre morre cumprindo seu dever, etc), achei que seria a mesma coisa com Inferno. E foi. Mais ou menos... A surpresa mesmo ficou por conta do final mesmo, pois a bela mulher que acompanhava Langdon (o professor universitário está sempre tentando salvar o mundo com uma mulher atraente do lado) era uma coisa por mais da metade da história, se torna o oposto e depois muda de novo. O principal atrativo deste livro foram as alusões a Divina Comédia de Dante. Sempre me interessei por poemas épicos, mesmo nunca tendo lido uma edição que prestasse desse poema. Como sempre, o autor faz Langdon e o leitor passearem por lugares incríveis do mundo e sua história, tudo através da mais pura simbologia. Adorei e agora estou mais do que ansiosa para ver o filme.
21 de ago. de 2015
O lado mais sombrio (A.G. Howard) – RC 2015
Título: O lado mais sombrio
Autora: A. G. Howard
Mês: Agosto
Tema: Escolhido apenas pela capa
Editora Novo Conceito, 367p.
Alyssa Gardner ouve plantas e insetos. Ela escuta sussurros leves como o vento (quando uma borboleta fala em seu ouvido) e gritos de desespero (quando uma barata está sendo morta por um gato). Ela sabe e teme o resultado dessas alucinações: ir parar num sanatório como sua mãe, Allison, graças a maldição que persegue sua família desde que Alice Liddell (aquela Alice) voltou do País das Maravilhas. Isso mesmo, Alice Liddell, a garota que inspirou Lewis Carroll a escrever sua obra mais famosa e de quem ela é descencente. Para calar os sussurros, ela captura e faz quadros com os insetos, criando mosaicos de paisagens estranhas que são obras de arte. Além de ter que agüentar a gozação por ser descendente de Alice, o cara de quem ela gosta, Jeb, namora com outra. Em uma visita a sua mãe, Allison acaba se descontrolando de uma maneira mais forte e Alice acaba descobrindo que existem verdades por trás dessa loucura que ela sequer imaginava. Ela acaba aceitando o chamado de um ser chamado Morfeu, uma criatura sexy e envolvente, para entrar no País das Maravilhas e tentar por um fim na maldição de sua família antes que seja tarde demais para sua mãe. Só que ela acaba arrastando Jeb junto e vai precisar lidar com o que sente por ele e com a (re)descoberta de uma antigo amigo, que vai por em dúvida sobre seu destino. Alyssa acaba se redescobrindo e conhecendo seu próprio lado sombrio.
Esse livro foi realmente escolhido só pela capa. Desde a primeira vez que vi, me apaixonei, não sosseguei até comprar, mesmo depois que vi que era inspirado na história clássica que menos me apetece: Alice no Pais das Maravilhas (eu não gosto dessa história por causa do filme da Disney, o que é irônico, já que eu simplesmente adoro as versões da Disney de contos de fadas e clássicos da literatura). Resolvi dar uma chance. O que eu posso afirmar com certeza é que A.G. Howard conseguiu me transmitir a mesma sensação de confusão que a história de Lewis Carroll transmitiu. A autora é fã de Carroll, então se ela queria criar uma história tão complexa para fazer jus ao seu ídolo, conseguiu. A narrativa prende a atenção, não consegui largar o livro, só deixava de lado quando caia no meu rosto por causa de sono rsrsrs A diagramação é um primor, Novo Conceito se superou. Amei o livro e já estou ansiosa para começar o segundo.
17 de ago. de 2015
Como quase namorei Robert Pattinson (Carol Sabar) – RC 2015
Título: Como quase namorei Robert Pattinson
Autora: Carol Sabar
Mês: Agosto
Tema: Engraçado
Editora Jangada, 460p.
Eduarda é uma crepuscólica (fã completa da saga Crepúsculo) assumida. Ela já leu, releu, marcou as partes que gostou e decorou os livros da série. Vive sonhando com Robert Pattinson, o ator que deu vida a Edward Cullen, o vampiro mocinho. Ela viaja com as amigas e irmã para um ano de intercâmbio e sua loucura é tanta que quando ela vê seu vizinho pela primeira vez, ela desmaia. Isso porque o cara é uma cópia fiel de Robert Pattinson. Por causa dessa sua fixação, Eduarda começa a ficar sem saber como agir do lado do cara, e quando ele começa a se interessar, aí que ela surta mesmo. Ás vezes, ela não consegue distinguir o real da sua imaginação fértil, o que a coloca em várias situações hilárias. Ao aparecer uma chance de conhecer o verdadeiro Robert Pattinson, ela age sem hesitar. Será que irá fazer o mesmo para ficar com o cara de quem ela realmente gosta?
Eu perdi a conta de quantas vezes tirei e coloquei esse livro na minha lista de desejados. Sempre quis ler, primeiro porque o título se referia a Robert Pattinson, de quem sou fã desde antes de Crepúsculo (sim, ainda bem). Segundo, porque todo mundo dizia que era uma história divertida. Admito, é mesmo. Muito. Mas também cansativa. Não sei se porque, ao fazer de sua protagonista uma fã ardorosa de Bella e Edward, ela tenha dado muitas características da Bella a Eduarda. Até as constantes repetições de que o cara que ela ta a fim é um deus grego, que chateação. Aliás, as referências a Crepúsculo não param por aí, tem mais, só que não suporto mais essa história, então não tenho paciência para enumerá-las. Com isso, não quero nem vou desmerecer o trabalho da Carol Sabar, pelo contrário. O livro é grande, mas as risadas que você dá lendo fazem a história correr, sem demora. Vale a pena.
14 de ago. de 2015
Perelandra (C.S. Lewis) – RC 2015
Título: Perelandra
Autora: C.S. Lewis
Mês: Agosto
Tema: Ainda não lido de autor favorito
Editora Martins Fontes, 302p.
C.S.Lewis foi chamado à casa do amigo, o professor Elwin Ransom, com urgência. No caminho, ele se questiona sobre o que ouviu de Ransom e sua viagem até Malacandra (ou Marte). Ao chegar na casa do professor, ele encontra um bilhete avisando que Ransom recebeu um chamado urgente mas que em breve voltará para casa. Ao voltar para casa, o professor explica que recebeu uma missão: ele deve ir para Perelandra, pois alguém precisa impedir algo muito sério que está para acontecer lá. Para isso ele chamou Lewis, ele precisa que alguém o ajude em sua viagem. Um ano após, ele retorna a Terra e, apesar de não saber explicar a viagem em si, ele narra os acontecimentos em Perelandra (ou Vênus). Ele descreve o planeta e seu primeiro encontro com alguém semelhante, se é que posso dizer isso sobre ela: uma mulher, verde, nua e totalmente inocente, sem pensamentos obscenos mas com uma característica ao mesmo tempo infantil e anciã.
Ransom começa a se comunicar com ela e a explicar-lhe muitas coisas que ela não entende. Ao tentar descobrir a sua missão, ao invés ele descobre que a mulher (cujo aparecimento na história está ilustrada acima e que apresenta uma forte relação com o nascimento de Vênus) é a Mãe e Rainha de Perelandra e que o Pai e Rei sumiu após passear pelas ilhas que formam o planeta. Os dois se dirigem para a ilha fixa para ver se encontram o Pai e Rei quando uma espaçonave, que Ransom reconhece ser de Weston, cai do céu. É realmente Weston, mas somente no corpo: ele se tornou uma marionete comandada por alguma coisa completamente maligna. A partir do momento em que a criatura Weston conhece a Mãe e fala com ela, a missão de Ransom se torna clara: evitar que a Mãe e Rainha caia na mesma tentação que Eva caiu, de abrir mão do paraíso.
Desde que li o primeiro livro dessa série, fiquei na dúvida se conseguiria ler os seguintes. Não por falta de tempo, mas por falta de paciência. Achei a história do primeiro livro confusa, então não estava com muita pressa de ler o segundo. Arrisquei. Até agora não sei bem o que pensar, talvez porque mesmo amando As Crônicas de Nárnia e sendo capaz de entender a alegoria presente na história, neste livro consegui a muito custo. Os diálogos são mais profundos e a discussão filosófica acerca dos que teólogos chamam de “O grande conflito” mostram o entendimento de Lewis sobre questões como a cosmovisão de um tema muito explorado na literatura: a luta entre o bem e o mal. Talvez por eu ainda me lembrar de algumas coisas do livro anterior, a leitura desta vez foi mais interessante, até porque o tema da perda do paraíso e sua abordagem na literatura é uma coisa que me fascina bastante. Gostei e indico.
10 de ago. de 2015
Não sou este tipo de garota (Siobhan Vivian) – RC 2015
Título: Não sou este tipo de garota
Autora: Siobhan Vivian
Mês: Agosto
Tema: Ambientado no ensino médio
Editora Novo Conceito Jovem, 248p.
Natalie Sterling é uma adolescente completamente focada nos estudos, que tem certeza do que quer para seu futuro. Dedicada, leal, sua pretensão é ser eleita presidente do conselho estudantil. Sua melhor amiga, Autumm, foi difamada pelo ex-namorada perante a escola inteira e Natalie foi a única amiga que não a abandonou. Esse sentimento de cuidar dos outros se estende a Spencer, uma nova aluna que chama atenção de uma forma que Natalie não aprova. Apesar de tentar salvar a reputação da garota, de quem ela descobre ter sido babá, Spencer nunca ligava para os conselhos de Natalie. Ela é tão preocupada em passar a imagem certa e com o que as pessoas pensam dela que se encontra às escondidas com um carinha que ninguém imaginaria que ela ficaria, justamente por isso, porque Natalie não quer é ser “esse tipo de garota”, não quer ser julgada por ficar com um cara popular, apesar de seus preconceitos fazerem com que ela julgue todo mundo. Só que, por mais que ela tente, Natalie não pode controlar tudo, e quando esse seu relacionamento acaba prejudicando seu desempenho escolar, ela começa a se perguntar o que realmente quer.
Esse livro foi bem interessante. Eu já tinha ouvido falar dele, mas mesmo assim fiquei na dúvida sobre sua adequação ao tema do desafio. Gostei da leitura, não só porque fala de bullying, feminismo e assuntos típicos adolescentes, mas também porque ele fala de uma adolescente certinha que quer passar uma imagem diferente de suas ações. Uma das coisas que me irritou foi o fato de Natalie ficar julgando todo mundo, quando não tinha moral pra isso. Além ser preconceituosa em relação aos populares da sua escola. Gostei da forma como a autora aborda a questão das escolhas e dúvidas que os adolescentes precisam enfrentar. Recomendo.
7 de ago. de 2015
Um milagre chamado Grace, de Kristin Von Kreisler – DL do Tigre 2015
Tema: Para fazer chorar
Mês: Agosto
Leitura do mês: Um milagre chamado Grace
Autora: Kristin Von Kreisler
Editora Única, 224p.
“Ah, obrigada, Grace. Obrigada.”
Lila trabalha em um escritório de relações públicas. Em um dia que parecia ser tão normal quanto qualquer outro, ela fica entre a vida e a morte quando um funcionário abre fogo, matando vários colegas. Traumatizada e sem poder se virar sozinha, ela se hospeda na casa da amiga Cristina. Com medo de tudo, ela acaba tendo que conviver com Grace, uma golden retriever meiga e carinhosa que passou por abusos. Cristina está hospedando a cachorra temporariamente até Adam, seu salvador, encontrar um lar definitivo para ela. Só que Lila tem pavor de cachorros e quando Cristina viaja, ela não tem como se recusar em cuidar da casa e de Grace, considerando a quantidade de favores que ela deve para a amiga. Ao mesmo tempo, ela tenta entender o que levou o ex-colega a tomar atitudes tão drásticas, mas sua busca não dá em nada. Enquanto tenta achar forças para superar seus traumas, ela também se sente forçada a cuidar de Grace, mesmo reconhecendo os benefícios para ambas da convivência mútua... Após tentar deixar Grace em um abrigo, Lila reconhece que a cachorra lhe pertence, assim como ela pertence a Grace. E uma bela amizade começa a tomar forma, ainda mais com a proximidade de Adam, pronto para mostrar pra Lila que a vida ainda tem coisas boas a serem aproveitadas.
Eu não sabia muito bem o que esperar desse livro. Claro, quando o escolhi para essa categoria do desafio, “Para fazer chorar”, já imaginava que iria chorar, de um jeito ou de outro, porque histórias sobre animais, não importa o final, eu já começo a ler chorando. Este livro, contudo, mesmo falando sobre uma cachorra que já havia sido sofrido maus tratos, confesso que demorei um pouquinho para me emocionar de verdade. Não que falte emoção, mas a infantilidade constante de Lila no que se referia a Adam e Grace deixou a desejar. De qualquer forma, valeu a pena porque mostra o poder que os animas tem de nos transformar e de nos fazer ver que, apesar das cicatrizes que possamos carregar, a vida ainda pode oferecer coisas boas, é só deixar o passado para trás e aproveitar o que vier pela frente. Adorei.
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