Título: Caçadora de unicórnios
Autora: Diana Peterfreund
Mês: Junho
Tema: Com personagens não humanos
Editora Galera Record, 360p.
Filha de Alexandre.
Astrid descende de uma longa linhagem de caçadora de unicórnios, e o sonho de sua mãe é que ela se torne uma, já que Lilith não pode porque engravidou. O único problema é que Astrid não acredita que unicórnios existam nem em nada disso. Sua visão muda depois que uma espécie de unicórnio, criatura mortal cujo alicórnio (o chifre no meio da testa) é venenoso e cuja sede de sangue é insaciável, ataca seu namorado. Como só ela pode vê-lo, o despeito e perda de paciência pelo fato de Astrid viver se negando a transar com ele, levam ao fim do namoro. Mas o mal está feito, e Lilith começa a perceber que as feras julgadas extintas estão reaparecendo. Mesmo com esses problemas, não significa que Astrid quisesse abandonar tudo para se tornar uma caçadora de unicórnios, mas é exatamente isso que acontece. Ela é mandada pela mãe para Roma, onde a jovem logo começa a ser testada e treinada de várias formas, principalmente quando encontra um jovem estudante muito interessante... Mas sexo é um assunto delicado, já que o fator virgindade é uma determinante para se pertencer a esse seleto e antigo grupo de caçadoras. O perigo não está somente fora das paredes do centro de treinamento, mas também dentro dele... Quando um Karkadhan, o maior de todos, se revela para ela como o cavalo do maior conquistador do mundo antigo, Astrid percebe que as histórias que cresceu ouvindo estão bem longe da verdade...
Toda vez que eu começo a resenhar um livro como esse, eu me forço a pensar e lembrar do por que eu quis comprá-lo, em primeiro lugar. Na maioria das vezes eu compro porque começo a perceber que estou ficando sem livros novos; outras vezes eu só me interessei pela capa ou a sinopse me deixou com a pulga atrás da orelha. No caso deste livro, eu comprei porque era uma novidade. O fato de dar uma nova caracterização ao unicórnio, uma das minhas criaturas fantásticas favoritas, também atraiu. Apesar disso, confesso que no início a leitura parecia até tediosa. Mas como eu não sou de começar uma série e parar no meio (a curiosidade pra saber o fim é sempre maior), eu fui lendo e comecei a gostar. A autora consegue, como eu acho que é necessário nos casos em que se dá uma nova roupagem a algo já estabelecido, misturar a sua nova criatura a fatos históricos antigos, o que serve tanto para embasar sua história quanto para dar um toque mais fantástico ao próprio acontecimento histórico. Valeu cada minuto da leitura e eu só não fui correndo pegar o segundo volume porque tinha outros livros do desafio para me ocupar, mas em nenhum momento eu consegui, nos dias seguintes ao fim da leitura, desvincular a figura do unicórnio de Bucéfalo (sim, sou apaixonada por história antiga e a história de Alexandre o Grande me fascina). Recomendo completamente e não vejo a hora de ser lançado o último livro da trilogia.