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26 de jun. de 2015

Caçadora de unicórnios (Diana Peterfreund) – RC 2015


Título: Caçadora de unicórnios
Autora: Diana Peterfreund
Mês: Junho
Tema: Com personagens não humanos
Editora Galera Record, 360p.

Filha de Alexandre.

Astrid descende de uma longa linhagem de caçadora de unicórnios, e o sonho de sua mãe é que ela se torne uma, já que Lilith não pode porque engravidou. O único problema é que Astrid não acredita que unicórnios existam nem em nada disso. Sua visão muda depois que uma espécie de unicórnio, criatura mortal cujo alicórnio (o chifre no meio da testa) é venenoso e cuja sede de sangue é insaciável, ataca seu namorado. Como só ela pode vê-lo, o despeito e perda de paciência pelo fato de Astrid viver se negando a transar com ele, levam ao fim do namoro. Mas o mal está feito, e Lilith começa a perceber que as feras julgadas extintas estão reaparecendo. Mesmo com esses problemas, não significa que Astrid quisesse abandonar tudo para se tornar uma caçadora de unicórnios, mas é exatamente isso que acontece. Ela é mandada pela mãe para Roma, onde a jovem logo começa a ser testada e treinada de várias formas, principalmente quando encontra um jovem estudante muito interessante... Mas sexo é um assunto delicado, já que o fator virgindade é uma determinante para se pertencer a esse seleto e antigo grupo de caçadoras. O perigo não está somente fora das paredes do centro de treinamento, mas também dentro dele... Quando um Karkadhan, o maior de todos, se revela para ela como o cavalo do maior conquistador do mundo antigo, Astrid percebe que as histórias que cresceu ouvindo estão bem longe da verdade...

Toda vez que eu começo a resenhar um livro como esse, eu me forço a pensar e lembrar do por que eu quis comprá-lo, em primeiro lugar. Na maioria das vezes eu compro porque começo a perceber que estou ficando sem livros novos; outras vezes eu só me interessei pela capa ou a sinopse me deixou com a pulga atrás da orelha. No caso deste livro, eu comprei porque era uma novidade. O fato de dar uma nova caracterização ao unicórnio, uma das minhas criaturas fantásticas favoritas, também atraiu. Apesar disso, confesso que no início a leitura parecia até tediosa. Mas como eu não sou de começar uma série e parar no meio (a curiosidade pra saber o fim é sempre maior), eu fui lendo e comecei a gostar. A autora consegue, como eu acho que é necessário nos casos em que se dá uma nova roupagem a algo já estabelecido, misturar a sua nova criatura a fatos históricos antigos, o que serve tanto para embasar sua história quanto para dar um toque mais fantástico ao próprio acontecimento histórico. Valeu cada minuto da leitura e eu só não fui correndo pegar o segundo volume porque tinha outros livros do desafio para me ocupar, mas em nenhum momento eu consegui, nos dias seguintes ao fim da leitura, desvincular a figura do unicórnio de Bucéfalo (sim, sou apaixonada por história antiga e a história de Alexandre o Grande me fascina). Recomendo completamente e não vejo a hora de ser lançado o último livro da trilogia.

24 de jun. de 2015

Finalizado o roteiro de As Crônicas de Nárnia: A cadeira de prata!

Foi anunciado que o roteiro do livro Crônicas de Nárnia: A cadeira de prata, de C.S. Lewis foi finalizado e o filme já tem ano de estréia: 2017. O anúncio foi feito pelo twitter do roteirista responsável pelo projeto, David Magee (o mesmo de As aventuras de Pi).



Crônicas de Nárnia: A cadeira de prata é o sexto livro sobre Nárnia na ordem cronológica e quarto na ordem de publicação. Desta vez, Eustáquio Mísero e sua amiga Jill Poole vão para Nárnia quando o rei Caspian X já está bem velho, em busca de seu filho Rilian, que está desaparecido. Com a ajuda e conselhos de Aslan, Eustáquio e Jill partem em busca de Rilian e acabam enfrentando uma nova inimiga: a Feiticeira Verde.

22 de jun. de 2015

O teste (Joelle Charbonneau) – RC 2015


Título: O teste
Autora: Joelle Charbonneau
Mês: Junho
Tema: Ambientado no futuro
Editora Ùnica, 318p.

- O teste nem sempre é justo, nem sempre é correto.

Chegou o dia em que Malencia Vale, ou Cia, e os jovens da Colônia Cinco se formam. Todos eles esperam ser escolhidos para o teste, um programa das Nações Unificadas que seleciona os melhores e mais aptos recém-formados para freqüentarem a Universidade e, no futuro, se tornarem líderes promissores na construção do mundo pós-guerra. Poucas pessoas selecionadas no passado têm quaisquer informações para dar para os novatos, então quando Cia é selecionada, seu pai a aconselha e confessa certos sonhos... Desconfiada, ela segue em frente, percebendo desde o início as tramas e armadilhas do teste. Cia e todos os outros devem passar por cada etapa e evitar concorrentes trapaceiros e perigosos. Acima de tudo, ela deve se preparar para o terror que a aguarda no final do teste, Afinal, ela não gostaria de ler de tudo que aconteceu. Ou gostaria?

Como eu estou na moda das distopias (parece que ainda não aprendi com Jogos Vorazes e Divergente, mas enfim), tive que pegar a trilogia de Joelle Charbonneau para ler. Ainda não me arrependi porque esse início, apesar de traumatizante (afinal, é uma distopia), é promissor. A narrativa é completamente envolvente, apesar de no início eu ter mais arrastado a leitura do que outra coisa. Antes de começar a ler, eu ainda não havia entendido o símbolo que aparece na capa, me parecia completamente estranho, depois tudo se encaixa. Devo dizer que estou gostando de ver que as autoras das distopias que li até agora criaram protagonistas fortes e independentes que encaram as provações sem pensar duas vezes. Em um mundo onde as mulheres conseguem conquistar certos objetivos que antes só eram permitidos aos homens almejar, a literatura atual está revelando um leque de belos exemplos femininos jovens. A editora Única está se tornando uma das minhas editoras favoritas, primeiro com uma trilogia de contos de fadas “subversiva” e agora essa distopia que, apesar de estar seguindo os mesmos moldes das outras, consegue surpreender com do início ao fim.

19 de jun. de 2015

Peter Pan (J.M. Barrie) – RC 2015


Título: Peter Pan
Autora: J.M. Barrie
Mês: Junho
Tema: Lançado há mais de 100 anos
Editora Zahar, 224p.

Em um de seus passeios, Peter Pan esqueceu sua sombra na casa dos Darling. Quando ele volta para buscá-la, acompanhado da fada Sininho, Peter acaba acordando Wendy (ele tentou grudar a sombra com sabonete e quando não consegui, começou a chorar e acordou Wendy). A menina decide costurar a sombra de volta. Uma amizade se inicia entre Wendy, seus irmãos João e Miguel e Peter, que os leva para a Terra do Nunca prometendo muitas aventuras com índios, piratas e sereias. Quando o Sr. e a Sra. Darling voltam para casa, encontram com o quarto das crianças vazio, pois eles já haviam partido. Voando, com a ajuda de bons pensamentos e pó de fada. Na ilha, as crianças se separam por um momento após Capitão Gancho atacá-los. Peter manda Sininho levar Wendy até os Garotos Perdidos, mas a fada, enciumada, faz com que eles a ataquem. Peter fica com raiva e diz aos meninos que eles matam a mãe deles, papel que Wendy aceita logo, sendo Peter o pai. Os irmãos se envolvem em muitos perigos e confusões e chega o momento de Peter enfrentar de uma vez seu grande inimigo, Capitão Gancho.

Todas as crianças crescem, menos uma.

Eu sou apaixonada pelas edições da editora Zahar desde sempre. Assim que soube que tinha saído uma nova edição de Peter Pan, fui logo atrás pra saber se tinha a edição comentada. Achei e amei. O livro é lindo demais. A capa é perfeita, a diagramação em capa dura, como sempre, é perfeita. Essa edição traz, além da história original, várias notas explicativas, uma apresentação sobre o autor com explicações sobre a origem da sua obra e sobre o contraste entre a infância e maturidade que os personagens encarnam, e uma cronologia de sua vida. Eu sou apaixonada por Peter Pan desde pequena, sempre foi um dos meus clássicos favoritos. Um dos maiores clássicos da literatura mundial em uma edição que faz lhe faz justiça.

15 de jun. de 2015

O grande Gatsby (F. Scott Fitzgerald) – RC 2015


Título: O grande Gatsby
Autor: F. Scott Fitzgerald
Mês: Junho
Tema: Ambientado em outro país
Editora L&PM Pocket, 240p.

Os EUA da década de 20 é sinônimo da obsessão pelo sexo, quando a sociedade é fútil (onde o que importa é o dinheiro, o casamento interesseiro), o jazz é a música que embala as festas espalhafatosas e o gim é a bebida nacional. Jay Gatsby é jovem e rico, cuja vida e grandes festas para a sociedade são descritas por seu vizinho e mais tarde amigo Nick Carraway. Daisy, prima de Nick e grande amor de Gatsby, é casada com Tom Buchanan. Apesar de seu estilo de vida extravagante, Gatsby é um homem triste cujo objetivo é reconquistar Daisy, tudo que ele faz é visando a amada. Até mesmo encobrir um crime... Que pode ter consequências muito trágicas.

Não sei bem o que pensar desse livro, além do fato do final não ser nem de longe o que eu esperava. Não vi o filme com o Leonardo DiCaprio justamente porque queria ler o livro primeiro. Agora nem sei mais se verei. Na verdade, estou até surpresa com a minha decepção, porque eu já aprendi que poucos clássicos trazem aquele final “feliz” que eu costumo (quero dizer estou habituada a) desejar. Gostei da leitura, mas não é um livro que eu vá ler de novo porque, mesmo que eu tenha até simpatizado (um pouco) com Gatsby, aquela Daisy me irritou até a morte. Afinal, você não espera que a “mocinha” da história seja a imagem da futilidade que não merece o amor constante de um homem como Gatsby. Ao invés disso, merece cada minuto de infelicidade ao lado daquele marido preconceituoso que tem. O livro valeu a pena só por causa da crítica social fortíssima. Agora eu quero muito ver se Leo faz jus ao personagem.

12 de jun. de 2015

Veneno, de Sarah Pinborough – DL do Tigre 2015


Tema: Capa linda
Mês: Junho
Leitura do mês: Veneno
Autora: Sarah Pinborough
Editora Única, 224p.

A rainha Lilith, bela e fria, é somente quatro anos mais velha que sua enteada, a doce Branca de Neve. Cansada do jeito da moça, que é a personificação de um conjunto de suavidade de comportamento, despreocupação com as regras e beleza arrebatadora, ela quer tirar Branca de Neve de sua vista. Quando o rei parte para a batalha, Lilith começa a por seu plano em prática, tentando de tudo para Branca de Neve se comportar como uma princesa, mas falha. Ela até mesmo tenta melhorar seu relacionamento com a enteada, mas tudo dá errado e ela começa a ser odiada. Ela então chama um caçador para matar a princesa, que não tem coragem de fazer de acordo com o que lhe foi ordenado e Branca de Neve foge e se refugia com seus amigos anões. Só que a avó de Lilith (a rainha vem de uma longa linhagem de bruxas) acaba conseguindo o que quer. E assim a princesa cai em sono profundo.

Repense seus vilões.

Quando eu vi esse livro pela primeira vez, a primeira coisa que me chamou atenção foi a capa, que é muito linda. Aí comecei a ler e só o que tenho a dizer é que essa versão do conto da Branca de Neve é totalmente diferente de tudo que já se leu (ou pelo menos que eu li) por aí no que diz respeito aos detalhes da história. A autora segue a premissa principal do conto e transforma-o em uma história adulta, com cenas bem descritivas de sexo e palavrões. Aliás, devo afirmar que, apesar de odiar quando fazem versões mais eróticas de qualquer conto de fada (como fizeram na época do lançamento de Cinquenta tons de cinza), não ficou estranho no livro, porque você vê desde o início que a história é bem diferente da versão mais açucarada da Disney, a qual, querendo ou não, domina o nosso imaginário. Apesar de o lembrete estar bem claro, nunca imaginei o final que teve, o que eu acho que foi mera bobeira minha porque com uma princesa “porra-louca” como essa, não creio que poderia ser diferente. Outro ponto que eu gostei: existe referência a um ou dois outros contos clássicos (não vou dizer quais). Só achei a autora deixou algumas pontas soltas no final, não achei tenha sido um final propriamente dito. Valeu o dia que eu li e não vejo a hora de começar o segundo.

10 de jun. de 2015

Projeto Fogo Fátuo: rumo à publicação

Hoje venho ajudar na divulgação deste projeto para a publicação do livro Fogo fátuo e outras histórias, de Maurício Coelho.



Sinopse:
Fogo Fátuo, conto inicial da coletânea, narra a história de Gilmar da Silva, um ribeirinho que cuida de três netos, além da esposa, um dia seu amigo de longa data bate à porta dele, no qual jura ter visto uma criatura de fogo. Para convencer Gilmar da verdade, seu amigo propõe uma aposta para saírem à noite em busca da criatura. O que seria a visão? Realidade ou loucura da mente deles? Seres de fogo, uma mensagem de outro mundo, um fóssil misterioso e até uma guerra iminente, são alguns dos elementos presentes. Tudo pode acontecer nas páginas desse volume.

Qualquer pessoa pode ajudar, basta clicar no site Catarse.

8 de jun. de 2015

Villette, de Charlotte Brontë – DL do Tigre 2015


Tema: Capa alaranjada
Mês: Junho
Leitura do mês: Villette
Autora: Charlotte Brontë
Editora Pedrazul, 593p.

Luci Snowe é uma jovem inglesa que aos 23 anos não tem conhecidos e nem um meio de se manter. Ao viajar, ela consegue por “acidente” um emprego de babá em um pensionato francês. Mesmo sem saber nada da língua, Madame Beck a contrata, primeiro como preceptora de suas filhas, depois Lucy se torna professora de inglês. Apesar de ter que aturar coisas muito desagradáveis de Madame Beck, Lucy passa a gostar de sua patroa e até mesmo se afeiçoa a suas estudantes, exceto a Miss Ginevra Fanshawe, um “projeto de coquete”, jovem voluntariosa e materialista, que resolve brincar com as atenções que o médico John Graham lhe dispensa, quando na verdade ela está mesmo interessada no conde De Hamal. A vida de Lucy continua a mesma, sua inteligência e consciência da própria insignificância perante o mundo desperta a atenção de Monsieur Emanuel. Durante as férias, Lucy acaba se deprimindo por ficar sozinha no internato e sem saber acaba encontrando sua madrinha e seu filho. Feliz com o reencontro, ela também retoma relações com (não mais) pequena Paulina e seu pai, Monsieur De Bassompierre. As adversidades no caminho de Lucy não são poucas, mas os princípios inabaláveis da moça ajudam-na sempre.

Esse livro foi a minha primeira compra na editora Pedrazul. Tudo porque depois de ler Jane Eyre, também de Charlotte Brontë, eu fiquei com muito mais vontade de ler os livros das irmãs Brontë (exceto O morro dos ventos uivantes que eu odiei de todo o meu coração). Assim, quando a Pedrazul anunciou o lançamento, eu corri atrás. O acabamento é lindo, as ilustrações são perfeitas, a diagramação é uma das melhores que eu já vi. Eu só fui entender mais a introdução do livro depois que li ele todo. Um dos fatos mais importantes é que Villette é uma história autobiográfica, e através de Lucy Snowe e as dificuldades de sua vida, nós podemos entender um pouco da vida da própria Charlotte. Um clássico da literatura que eu recomendo para todos.