30 de dez. de 2015

FELIZ ANO NOVO!

Só passando para desejar um Feliz natal (atrasado) e um ótimo fim de ano. Que 2016 traga muita saúde, paz e sucesso a vocês, seguidores queridos!

28 de dez. de 2015

A favorita, de Kiera Cass – DL do Tigre 2015


Tema: Lançado no mês
Mês: Dezembro
Leitura do mês: A favorita
Autora: Kiera Cass
Editora Seguinte , 50p.

Marlee se tornou a favorita do povo, mas não do príncipe Maxon. Mesmo querendo ganhar a competição, ela nunca tentou se jogar aos pés de Maxon como algumas concorrentes faziam, e sua amizade com America, a favorita do príncipe, nunca diminuiu. A jovem acaba se tornando amiga de um dos guardas do palácio, e essa amizade evolui, mesmo sem nenhum dos dois quererem. Eles até tentam se evitar, mas não conseguem e passam a se encontrar escondido. Até serem pegos e punidos por traição. Mas Maxon não é o pai, e consegue salvar e ajudar os dois jovens amantes.

Eu deixei essa categoria pro final achando que fosse achar alguma coisa que se adequasse. Ledo engano. Depois de procurar, não achei nada que me interessasse, então tive que adequar a categoria e escolhi um Lançamento do ano. Como não tinha mais tempo pra ler um livro muito grande, esse ebook da Kiera caiu direitinho. Adorei saber mais sobre Marlee e seu romance proibido com o soldado e o jeito que Maxon deu para fazer os dois ficarem juntos. Só tive uma pequena surpresa quando vi que a parte final do livro já tratava de assuntos que vão acontecer ainda (eu só li até A elite). Uma leitura bem rápida, adorei.

25 de dez. de 2015

Dia de folga (John Boyne) – RC 2015


Título: Dia de folga: um conto de Natal
Autor: John Boyne
Mês: Dezembro
Tema: Ambientação natalina
Editora Cia. das Letras, 10p.

É véspera de Natal e o soldado Hawke, junto aos seus companheiros, passam o dia de folga em uma trincheira durante a Primeira Guerra Mundial. Ao mesmo tempo em que Hawke relembra os seus Natais anteriores e imagina o que sua família está fazendo, as bombas alemães caem a sua volta.

Essa escolha foi totalmente aleatória. Na verdade, não tinha em mente nenhum outro livro com temática de Natal, e esse acabou caindo nas minhas mãos do nada, então aproveitei pra ler. Na verdade, Dia de folga não é bem um livro, e sim um conto que se passa durante a Primeira Guerra. Estava meio traumatizada desde que li O menino do pijama listrado (do mesmo autor), mas essa pequena história valeu a pena. Boyne nos faz refletir sobre nossa vida a partir das memórias de um soldado entrincheirado, que mostra que, apesar de qualquer desgraça ao redor, ainda existem boas coisas e que estar vivo é a principal delas.

23 de dez. de 2015

O cavaleiro da morte (Bernard Cornwell)


Título: O cavaleiro da morte
Autor: Bernard Cornwell
Editora Record, 391p.

Os saxões enfrentam um grande problema, pois seu rei, Alfredo, acha que a paz entre dinamarqueses e saxões está selada. Quando os vikings conseguem que a tão antecipada invasão a Wessex seja bem sucedida, Alfredo e sua família conseguem fugir e se refugiam em Æthelingæ, de onde ele tenta reunir o seu exército novamente para marchar contra os invasores. Desta vez, Alfredo deve deixar seu lado de estudioso de lado e se tornar um verdadeiro comandante ao passo que Uhtred, que agora é um homem feito, casado e pai, navega entre os dois povos em busca de informações que possam levar a derrota dos dinamarqueses e a reconquista de Wessex, Uthred ainda não se esqueceu da Nortúmbria nem aquietou a vontade de se juntar novamente ao filho de seu pai adotivo, Ragnar. Exército agrupado, eles partem para a luta definitiva entre Alfredo e o líder viking Guthrum, conhecida como a Batalha de Ethandun, que aconteceu em 879 AD.

O destino é inexorável.

Aposto que essa fala, se estiver na série (e se ela fizer sucesso – cruzando os dedos) irá virar bordão :P O segundo livro das Crônicas saxônicas continua de onde parou o primeiro. A leitura dessa vez foi mais cansativa porque eu peguei o segundo livro para ler assim que terminei o primeiro. Claro que ajudou para eu não me perder do rumo dos acontecimentos, mas eu gostaria de ter tido um tempinho maior (até porque eu li rápido por causa do início da série, mas até agora não vi nem o primeiro episódio – as séries mal começaram e eu já estou atrasada com todas que acompanho). Como foi quando li o primeiro, este livro também não decepcionou. Mais uma aula de história sobre a vida de Alfredo o Grande e sobre os acontecimentos reais que moldaram a Inglaterra atual. Neste livro fica claro que a história toda é centrada em Alfredo e que Uthred, personagem fictício, é só uma invenção de Cornwell para explorar em forma de romance histórico mais sobre a vida do único monarca inglês a receber a alcunha de “o Grande”. Mais uma vez, recomendo.

21 de dez. de 2015

O último reino (Bernard Cornwell)


Título: O último reino
Autor: Bernard Cornwell
Editora Record, 362p.

Uthred, filho de Uthred da Nortúmbria, acompanha o pai em uma das batalhas contra os dinamarqueses e acaba se tornando órfão. Ao se tornar refém dos dinamarqueses. Uthred começa a aprender sobre as crenças pagãs e modos de lutar deste povo e praticamente se torna um deles. Este é o século IX, época em que viveu o rei Alfredo de Wessex, mais tarde Alfredo, o Grande, que luta para libertar o território da Grã-Bretanha dos vikings. Uthred, cuja herança foi roubada pelo tio quando da morte do seu pai, nunca esqueceu que seu lar era a Nortúmbria, no entanto, ele se afeiçoa aos dinamarqueses e é criado como um filho pelo carismático earl Ragnar. O tempo passa, os dinamarqueses avançam cada vez mais pelo interior da Inglaterra conquistando os reinos da Nortúmbria, Mércia e Ânglia Oriental, pilhando e deixando meros reis fantoches no comando de seus novos domínios. Somente Wessex ainda não caiu, e quando uma tragédia atinge Ragnar e sua família, Uthred decide que é hora de tentar recuperar sua herança por direito.

Nortumbriano ou dinamarquês? O que eu era? O que queria ser?

Eu já tinha ouvido falarem muito mais do que bem do Bernard Cornwell. Várias e várias vezes pesquisei livros dele, principalmente os que falavam sobre a vida do rei Artur, mas nunca me interessei realmente em comprar e ler. Sempre deixava pra depois, até começarem a anunciar a série The Last Kingdom. Na verdade, nem assim, eu sabia que a série se basearia nos livros dele, mas não fui correr atrás pra comprar. Consegui os dois primeiros livros através de uma troca com uma amiga (e tão fanática por séries quanto eu – valeu, Mireille!) e comecei a ler. Minha dificuldade com esse livro foi mais por causa dos capítulos do que outra coisa, fico meio agoniada com livros que tem poucos capítulos, parece que ao terminar um capítulo, você já está na metade do livro. Fora isso, só tenho elogios. A história é completamente envolvente, a narrativa é rica em detalhes sobre a cultura escandinava e a história da Inglaterra. Gostei da explicação sobre a diferença entre ser um viking e um dinamarquês. E, OMG!, esse homem sabe escrever como ninguém uma batalha, dá para se ver participando da luta (eu me via lutando ao lado dos dinamarqueses), além do que, ele consegue pegar os leitores de surpresa toda hora (jamais imaginava o que aconteceria com Ragnar :’( ). Pontos altos: os questionamentos de Uthred sobre o que ele não sabe ser, se dinamarquês ou saxão, e o tratamento imparcial que Cornwell dá a religiosidade pagã e cristã. Recomendadíssimo.

18 de dez. de 2015

Azul da cor do mar (Marina Carvalho) – RC 2015


Título: Azul da cor do mar
Autora: Marina Carvalho
Mês: Dezembro
Tema: Cor no título
Editora Novo Conceito, 334p.

Rafaela cursa o último ano de sua faculdade de jornalismo. Ajudada por uma professora, ela consegue se tornar estagiária na Folha de Minas. Mesmo com o “privilégio” de conseguir trabalhar no jornal mais famoso de Minas Gerais, ela não consegue ficar muito alegre, pois seu trabalho consiste em ser auxiliar do repórter investigativo Bernardo, um cara que começa a tratá-la mal desde o início da convivência deles, sempre com ironias e mal-humorado. Apesar de ser um dos melhores no ramo, Bernardo é seco e mal educado, o que leva Rafaela a loucura, o que a leva a pensar bastante nele, mesmo sem querer, principalmente depois que uma de suas amigas ficou com ele. Rafaela custa a admitir que esteja interessada em seu mentor, ao mesmo tempo em que se aproxima de um colega boa pinta que quer muito mais que simples amizade. Mesmo com dois caras bonitos ao seu redor, Rafaela nunca foi capaz de esquecer o cara dono de uma mochila xadrez que ela viu anos atrás, enquanto passava férias na casa da avó. Com essa imagem na cabeça desde esse dia, Rafaela passa a criá-lo em sua mente como se o conhecesse de verdade. Uma situação perigosa inerente ao seu trabalho como repórter a leva a analisar sua vida e seus desejos que, sem saber, a colocarão no caminho do garoto da mochila xadrez.

Segundo livro da Marina Carvalho que pego em mãos. Como gostei de Simplesmente Ana e já sabia o estilo de escrita da Marina, foi agradável ler este. A história é muito legal, e devo dizer que o final meio que me surpreendeu, porque eu já tinha desistido de encontrar o cara da mochila xadrez. Já disse que o estilo chick-lit não é muito o meu forte, mas a leitura desse livro foi bastante prazerosa. O ponto alto da história é quando a protagonista acaba enfrentando um dos perigos de sua profissão (o que me irritou um pouco, devido às motivações por trás da aceitação em correr o perigo em questão). Gostei bastante e recomendo.

14 de dez. de 2015

Ponte para Terabitia (Katherine Paterson) – RC 2015



Título: Ponte para Terabítia
Autora: Katherine Paterson
Mês: Dezembro
Tema: Livro banido
Editora Salamandra, 160 p.

Jess Aarons tem 10 anos e quer muito ser o campeão de corrida em sua escola. Ele passa o verão treinando para isso, mas quando volta para a escola, perde para uma menina, Leslie Burke, novata na escola e sua nova vizinha. Mesmo sem querer, Jess se torna amigo de Leslie e ambos criam um cenário imaginário chamado Terabítia em uma parte da floresta que ronda sua cidade. Em Terabítia, Jess é o rei e Leslie a rainha, e ambos governam protegidos de tudo e todos. A amizade se estreita cada vez mais, até que uma fatalidade separa ambos. Nesse momento, Jess precisa aprender a ser forte para enfrentar a realidade que o espera.

Fazia tempo que eu não me emocionava do jeito que fiquei com este livro. A história de Jess e Leslie é uma história simples, que fala de amizade e companheirismo. Eu conhecia o livro de nome e o filme, mas nunca havia visto nenhum. Minha recém paixonite por Josh Hutcherson (o Peeta Melark de Jogos Vorazes) me fez ir atrás do filme e eu fiz a grande besteira de ver o final. Então, quando fui ler o livro, já sabia o que ia acontecer. Chorei, é claro. Mas não desmereço a história. Tocante e simples, este livro não só emociona, mas também mostra o valor de uma amizade verdadeira. E sim, sei que foi banido de escolas americanas por linguagem ofensiva... Na verdade, parece mais uma desculpa para banir um livro do que qualquer outra coisa. Recomendo.

11 de dez. de 2015

Contos de Perrault (Charles Perrault) – RC 2015


Título: Contos de Perrault
Autor: Charles Perrault
Mês: Dezembro
Tema: Contos
Editora Vila Rica, 290p.

Chapeuzinho Vermelho, O Pequeno Polegar, A Bela Adormecida do Bosque, Cinderela ou O Sapatinho de Vidro, Mestre Gato ou O Gato de Botas, Riquet o Topetudo, Pele-de-Asno, As Fadas e Barba-Azul. Estes são os contos, em suas formas originais, como coletados pelo francês Charles Perrault. Belamente ilustrados, na última parte do livro, após uma breve história sobre o escritor, também se analisa as versões e origens dos contos.

Esse livro foi um verdadeiro achado. Com tantos livros na estante sobre os contos dos irmãos Grimm, há muito tempo eu queria algum que falasse sobre os contos de Perrault. Achei essa edição em uma biblioteca na qual trabalhei, e como estavam fazendo seleção do material e este iria parar em um sebo ou biblioteca pública, peguei para mim. Apesar de não ter tantos contos que eu imaginava que teria (só tem nove), vale muito a pena. As ilustrações de Gustave Doré são lindas, o livro traz uma introdução sobre a importância dos contos de fadas para as crianças e também um pequeno resumo sobre o próprio Charles Perrault, A melhor parte é que os contos estão em sua forma original, apesar de que eu já conhecia essas versões de uma coleção antiga que tenho (muito linda por sinal). Um livro encantador e altamente recomendado.

7 de dez. de 2015

Legend (Marie Lu) – RC 2015


Título: Legend: a verdade se tornará lenda
Autora: Marie Lu
Mês: Dezembro
Tema: Recomendado por um amigo
Editora Rocco Jovens Leitores, 255p.

Day e June são dois jovens que fazem parte de lados opostos de uma guerra entre desfavorecidos e privilegiados. Eles vivem em Los Angeles, no ano de 2130, época em que os EUA se dividem entre a República da América (uma espécie de elite militarista) e os Patriotas (rebeldes). Day não obteve os resultados necessários para passar na prova obrigatória que as crianças devem fazer aos 10 anos e é enviado para trabalhar nos campos de comida. Ele consegue fugir e vivendo como ladrão para ajudar a família, se torna o criminoso mais procurado pela República. June é o oposto:atingiu a pontuação máxima na prova que a qualifica para estudar nas melhores universidades e futuramente conseguir um excelente emprego nos círculos militares da República. A vida dos dois se cruza depois que Day, ao tentar roubar um medicamento de um hospital, é perseguido pelo irmão de June, Metias e é assassinado. As suspeitas caem sobre Day, e June faz de tudo para tentar prendê-lo, só que no meio do caminho ela descobre coisas muito sérias sobre a República e sobre as pessoas com as quais trabalha, inclusive sobre sua família...

Já tinha ouvido falar muito bem dessa trilogia, mas como estava meio traumatizada com o final de Jogos Vorazes e estava lendo Insurgente (outro que já era um prenúncio de um final que eu sequer imaginava), não me interessei. Fiquei esperando uma oportunidade como essa, de tema para desafio literário. Foi o primeiro livro que pensei para essa categoria, porque de muitos livros indicados por amigos, esse foi um dos poucos que me interessaram. Confesso, não me controlei e fui pegar o último livro da trilogia só para passar uma olhada rápida (fiquei na dúvida sobre o destino do cãozinho de June, não gosto de animais em histórias assim, só faltei pirar depois que li Em chamas e não sabia que fim tinha levado o gato Buttercup) e li o final (sim, não sou normal, essas distopias estão me traumatizando rsrsrs). Li, gostei e só não fui direto pegar o segundo da trilogia porque tinha outros na frente. Recomendo.

4 de dez. de 2015

Ouro, fogo & megabytes, de Felipe Castilho – DL do Tigre 2015


Tema: Autor brasileiro
Mês: Dezembro
Leitura do mês: Ouro, fogo & megabytes
Autor: Felipe Castilho
Editora Gutemberg, 286p.

Anderson Coelho tem 12 anos e é uma sensação no jogo Battle of Esgaroth, um MMORPG (Massive Multiplayer Online Role-Playing Game), ou simplesmente um jogo de interpretação de personagens online e em massa para múltiplos jogadores. Na verdade, Anderson é o segundo colocado no ranking do jogo, o primeiro deles é o tal de Esmagossauro. Quando, durante uma partida com seus amigos, um desconhecido entra em contato tentando oferecer ao menino um emprego. Após uma mal sucedida tentativa pelo telefone, Anderson deixa o assunto de lado. Pelo menos até uma aula estranha de educação física, quando ele é provocado a saltar o muro da escola para recuperar a bola perdida do jogo de futebol e dá de cara com uma criatura que Anderson nem ao menos sabe definir o que é. Ele leva três dias de suspensão na escola e não sabe como vai contar para os pais, até chegar em casa e encontrar a mãe e o pai conversando com um homenzinho muito esquisito, o mesmo que ligou para ele, que está ali para levá-lo até São Paulo para a final da Copa de Matemática da qual ele nunca participou. Pensando que seria uma boa saída para evitar explicar sobre a suspensão, ele aceita e acaba descobrindo sobre a Organização, uma ONG que quer impedir que um poderoso magnata consiga ir até o fim com seu plano maligno de destruição usando a Mãe D’Ouro, uma criatura de fogo muitíssimo rara e poderosa ligada ao fogo. O que eles querem de Anderson é que ele crie um vírus que invada o sistema da Rio Dourado, empresa do ricaço Wagner Rios. À medida em que os dias passam, Anderson conhece as criaturas do folclore e enquanto fica amigo de alguns como Zé, o caipora e Chris, algo como um lobisomem, ele também corre perigo ao enfrentar outras como a Cuca. Anderson descobre mais sobre a vida na Organização e de que forma o triste destino de um outro cara ligado em informática que já fez parte da ONG está ligado a tudo que está acontecendo. Mais ainda, ele se vê envolvido de forma definitiva nos acontecimentos que estão por vir.

Este é o tipo de livro que você pode escrever uma resenha de cinco páginas e mesmo assim vai ter certeza de que não irá falar o suficiente. Mas vamos lá. A-PAI-XO-NA-DA!!! É assim que defino a minha pessoa após ler esse livro maravilhoso do Felipe Castilho. A primeira vez que vi este livro, o que me chamou a atenção foi a capa. Depois que eu vi que o livro abordaria como o folclore brasileiro, a curiosidade piorou. Comprei logo, mas estava esperando uma chance aparecer para ler (sempre participo de desafios literários, então eu achava que não seria difícil encaixar o livro do Felipe em alguma categoria. A dificuldade mesmo foi esperar o tempo chegar :P )


Juro que ao ler essa parte, imaginei como seria louco ver essa parte no cinema.

O que eu não esperava mesmo é que a história fosse me prender como prendeu. Só larguei esse livro mesmo quando já estava caindo de sono, e às vezes ainda forçava. O livro tem muitos capítulos que são pequenos, o que facilitou pra mim (como já disse na resenha de O último reino, não gosto de capítulos grandes). O gênero da ficção fantástica é um dos meus favoritos desde sempre, e juntar essa fórmula a um enredo onde os personagens fazem parte do folclore brasileiro. O tema principal do livro é: a preservação da natureza, um assunto que não poderia ser mais atual. Essa luta constante do capitalismo conta a natureza, as modernidades contra o estilo mais simples de vida, a destruição contra a preservação, tudo isso são aspectos que Felipe trata de forma bastante crítica. O chamariz é o uso que ele faz do folclore, pois, ao mostrar as criaturas e suas peculiaridades, Felipe chama atenção para o fato de que, como na vida real, a natureza tem modos de revidar pelas desgraças que o ser humano causa no meio ambiente, e ele faz isso mostrando um pouco da história das criaturas. Confesso que me emocionei com a história do Saci-Patrão e não pude evitar pensar que esta figura teve a influência em certos aspectos do famoso escravo libertário Zumbi dos Palmares (não sei se isso é correto, mas foi a impressão que tive, sorry se estiver errada). Ele também mostra que, como tudo, a internet pode ser uma ferramenta tanto de destruição e manipulação para o mal quanto de preservação e aviso. Sobre o grande traidor da história, Felipe novamente mostrou que sempre a moeda tem dois lados. Como sempre, eu penso em alguma (s) pessoa que possa ser o “culpado”, até nas possibilidades mais absurdas, nunca descarto quem é descartado na história (pra mim todo mundo é suspeito) mas raramente chego na pessoa certa, eu sempre “tropeço” na verdade e acabo ficando com raiva, mas depois percebo que esse é o trabalho de um bom autor, surpreender. E como toda a história é surpreendente, seria no mínimo errado o final ser previsível. Amei o livro, estou louca pra ler o segundo. Recomendo mil vezes.