19 de mai. de 2011

A Ilha – Um repórter brasileiro no país de Fidel Castro de Fernando Morais – DL 2011



Tema: Livro-reportagem

Mês: Maio de 2011 (Livro II)

Título: A Ilha: Um repórter brasileiro no país de Fidel Castro

Autor do livro: Fernando Morais

Editora: Companhia das Letras

Nº de páginas: 264

Sinopse: Lançada em 1976, esta reportagem sobre Cuba tornou-se um dos maiores sucessos editoriais brasileiros e se converteu num ícone da esquerda brasileira nos anos 70. O livro é reeditado com caderno de fotos e prefácio em que o jornalista Fernando Morais apresenta suas impressões sobre o país um quarto de século depois da primeira viagem.
A ilha teve trinta edições esgotadas, passou mais de sessenta semanas nas listas de mais vendidos e foi traduzido na Europa, Estados Unidos e América Latina. Polêmico, o livro foi acusado de fazer a apologia da Revolução Cubana e chegou a ser apreendido pela polícia em dois estados. Naquela época o isolamento de Cuba, para os brasileiros, era total. Com o golpe militar de 1964, o Brasil rompera relações com o regime de Fidel Castro, repetindo o que já fizera quase toda a América Latina. Os passaportes brasileiros passaram a ostentar a advertência: "Não é válido para Cuba". Foi nessa atmosfera típica da Guerra Fria que Morais desembarcou em Cuba, onde passou três meses colhendo dados para uma reportagem que se tornaria histórica.

Quando vi a capa do livro, o que mais chamou a minha atenção foi… como na maioria dos livros, não foi a capa que me chamou a atenção.

Eu escolhi este livro porque… precisava escolher mais um desse tema e só conhecia o Livreiro de Cabul.

A leitura foi… interessante. É complicado escolher palavras que digam mais da leitura de um tipo de livro que eu (quase) tenho certeza de que só vou ler uma vez na vida. Como o primeiro livro do mês, esse também consegue captar o tom do que está retratando. O autor realmente quer que o leitor conheça a realidade do que ele está conhecendo enquanto escreve. Mas uma coisa esclarecedora sobre esse livro é o que diz no prefácio (mesmo que eu não faça idéia se outros livros-reportagem surjam de maneira diferente). É o seguinte: “A Ilha, de Fernando Morais, é uma reportagem no exato sentido da palavra. Ela só admitiria um qualificativo, o de reportagem escolhida, já que o autor não foi imperativamente incumbido por nenhum jornal ou revista de ir a Cuba. Escolheu, como jornalista, seu tema, quis conhecer pessoalmente o país e foi visitá-lo. A partir daí temos a reportagem, o franco relato de alguém que observa o país em construção, o país que lançou sua própria pedra fundamental em janeiro de 1959 e que desde então se elabora penosamente.”

O personagem que eu gostaria de ter acompanhado é o próprio autor. Porque deve ser excitante o trabalho de conhecer um lugar, uma situação política, vivenciar ao mesmo tempo em que prepara um relato sobre isso.

O trecho do livro que merece destaque: todo o livro merece destaque.

A nota que eu dou para o livro: 5

2 comentários:

  1. Desafio excelente o seu. Esse livro eu não conhecia. Parece ser instigante em suas reflexões. =D

    Beijocas

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  2. Interessante, tenho gostado dos livros de Fernando Morais, normalmente remetem a reflexão...

    Beijos

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