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21 de nov. de 2018

Destinos de papel (Luciane Rangel) – BL 2018


Título: Destinos de papel
Autora: Luciane Rangel
Mês: Novembro
Tema: Pessoa(s) na capa
Editora Qualis, 278p.

Rebeca tem 19 anos e vive a vida como se não houvesse amanhã. Não tem namorados porque não gosta de se apegar, cicatriz que carrega devido ao fato de ter sido abandonada pela mãe ainda criança. Sua única amiga é Laura, dez anos mais velha e psicóloga. Elas tem em comum a perda de uma pessoa querida... Rebeca também cursa psicologia (mas só porque não sabia direito o que queria fazer da vida) e acaba sendo contratada pelo Instituto Santa Agnes. Esta escola está realizando um projeto comandado pelo psicólogo chefe, Christian, e consiste em contratar psicólogos jovens para que os adolescentes se sintam mais a vontade. Utilizando um tipo de psicologia reversa, Rebeca acaba caindo nas graças dos alunos, exceto em um caso: Júlia, a mais “problemática”, não está nem aí para o que Rebeca oferece de ajuda, mas com o passar do tempo, as duas acabam se ligando cada vez mais, porque a jovem psicóloga logo percebe que por baixo de toda aquela marra, se esconde uma menina tão frágil e complexa, cuja vulnerabilidade Rebeca viu anos atrás em uma outra pessoa...

Mais um livro da Luciane Rangel que quase acabou comigo. Não pude deixar de notar uma similaridade com Os 13 porquês, não sei se por causa do tema do suicídio ou por causa da maneira como ambos autores resolveram abordar o tema, o fato é que a carga emocional em ambas histórias é impactante. É sempre intenso ver em uma história o quanto o suicídio de alguém acaba com quem fica para trás, seja família ou amigo, e como isso afeta não só o modo de vida das pessoas próximas, mas também sua capacidade de sentir emoções. A protagonista da história é um ótimo exemplo desse tipo de situação. A ligação dela com Júlia é uma coisa bonita de se ver e só nesses momentos que eu fui entender a ligação da história em si com o prólogo. Não preciso dizer que esse livro me emocionou e me deixou vidrada nele, só larguei quando terminei mesmo. Como tudo que a Lu Rangel escreve e eu tenho a sorte de ter em mãos, completamente indicado.

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