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14 de ago. de 2017

Guerra civil (Stuart Moore) – IDY 2017


Título: Guerra civil
Autor: Stuart Moore
Mês: Agosto
Tema: Autor que você nunca leu
Editora Novo Século, 318p.

Thor está morto. Nick Fury também. No lugar do líder da S.H.I.E.L.D, está Maria Hill, mais determinada que nunca em capturar e prender os superhumanos que não se cadastraram pela nova lei do governo. Tony Stark e Steve Rogers sentem uma espécie de culpa por ambas as coisas, pois eles se questionam se poderiam ter impedido a morte de Fury, já que agora os heróis não tem mais seu “líder” ou “mentor”. A morte de Thor também pesa na consciência de ambos: enquanto Stark acha que os Vingadores poderiam ter ajudado o deus do trovão no Ragnarok, Rogers pensa que se Thor estivesse com eles, de alguma forma a morte de Golias teria sido impedida. De um lado, o Homem de Ferro afirma que os heróis devem ser registrados e regulamentados, do outro, o Capitão América se recusa a tomar uma atitude que, a seu ver, só irá tolher a liberdade dos heróis. As discordâncias entre eles só fazem crescer, enquanto tentam recrutar aliados para suas respectivas causas. Famílias viram alvos dos inimigos, casais se separam por questões ideológicas, amigos viram inimigos, mortes com as quais ninguém sabe lidar muito bem, tudo isso vai fazendo com que os heróis percebam que a verdadeira guerra deve ser travada para proteger vidas humanas, não para destruí-las.

Ok. Sobre esse livro. A primeira coisa a falar dele é que eu arrastei demais a parte 1. Não sei porque, afinal, livros que são como este, onde a ação ocupa início, meio e fim da história, eu geralmente não consigo largar até terminar, de preferência no mesmo dia. Mas, nossa, como eu arrastei a leitura. Cheguei na parte 2 com muita força de vontade e só fui me interessar mesmo na parte seguinte. Sobre a história, é difícil falar além do óbvio (que tem muita ação, muita pancadaria, e morte que eu nem imaginava, já que estava com o filme na cabeça). Não li os quadrinhos, então até isso fica difícil de comparar, e não quero traçar paralelos com o filme também. Acho que o fator principal atraente deste livro (para mim) foi que, além de mostrar e me fazer lembrar de alguns super-heróis que até agora não apareceram nas adaptações, eu pude entender o porque de tanta gente tomando partido na briga entre o Capitão América e o Homem de Ferro. Finalmente me toquei que, como todo filme, a história é suavizada, tanto no caráter dos personagens quanto na questão da violência. Na época do filme, eu não escolhi lados e não entendia como as pessoas podiam preferir um ao outro, porque na minha visão limitada, ambos tinham bons motivos para agir como agiam. Agora, depois de ler esse livro, fiquei encucada e simplesmente não consigo tomar partido porque acho que estão ambos errados (percebam a visão lesada da pessoa). Minha percepção: Tony Stark é um sacana arrogante (me deu uma raiva imensa dele usando o Homem-Aranha, quando pelo que já foi mostrado no cinema, dá a impressão de que Tony realmente se importa com o menino, e com aquele Clor – WTF!!!) e o Capitão América, longe de ser aquele cara compreensivo dos filmes, é um cara ignorante que não está nem aí para quem vai machucar. Terminei o livro com uma raiva imensa de ambos os personagens. Um tema que eu gostei: a responsabilidade moral dos dois personagens líderes está mais forte e atuante que nos filmes, e isso, depois que você pega o embalo, te mantém pregado na leitura só para ver qual vai ser o fim de tanta desgraça.

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