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13 de mar. de 2017

Faraona de Tebas (Francis Fèvre) – IDY 2017



Título: Faraona de Tebas: Hatchepsut, filha do Sol
Autor: Francis Fèvre
Mês: Março
Tema: Autor francês
Editora Mercuryo, 259 p.

Este livro narra de maneira simples a história de Hatchepsut. Filha da rainha Ahmósis e do faraó Tutmósis I, neta do faraó Amenófis I, a futura faraona de Tebas é a primeira da quinta geração de rainhas e princesas da 18ª dinastia. O nascimento real não corresponde às expectativas do pai, que queria um filho varão para evitar contestação ao trono por parte de outros príncipes reais (o faraó possuía um numeroso harém). A menina cresce, ao mesmo tempo em que é apresentado ao leitor Tutmósis II, filho de uma concubina (mas mesmo assim príncipe real) que será seu futuro marido. Tudo era válido para perpetuar o sangue real; o incesto era prática constante. Assim, Hatchepsut e seu meio irmão se casam, mas a morte do faraó entroniza os dois jovens. A rainha mãe Ahmósis desempenha um papel significativo na vida dos dois jovens unidos por questão de Estado. O tempo passa, crianças reais nascem, mas Hatchepsut só tem duas meninas, enquanto o varão nasce da concubina. A história corre o risco de se repetir, no entanto Tutmósis II morre sem deixar sucessor varão adulto. A rainha se torna regente do jovem faraó. E se apodera do título durante o segundo ano de sua regência. Aqui, a história da faraona de Tebas se inicia.

Muito interessante a colocação do autor quando afirma que a princesa, mesmo sendo filha da rainha e indiscutivelmente perpetuadora do papel da mãe, era bem menos que um menino (impressionante a capacidade, desde a antiguidade, de denegrir a mulher, mesmo uma recém-nascida a um segundo lugar, sem antes dar qualquer chance dela ter algum tipo de atuação). É meio irritante, já que existem certas semelhanças com a cultura contemporânea (isso é o que eu chamo de velhos hábitos serem difíceis de mudar!). O livro é ótimo; descreve a vida da rainha ao mesmo tempo em que traça o contexto histórico da época (ocorrem até algumas comparações com o mundo contemporâneo!). Muito recomendado.

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