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28 de abr. de 2016

O caçador e a Rainha de Gelo (2016)

Desde que foi anunciada uma continuação do filme Branca de Neve e o caçador, eu fiquei imaginando no que eles centrariam a história, já que não iriam mais focar na Branca de Neve (devido a polêmica com a atriz e diretor, anunciaram que Kristen Stewart não voltaria para o papel e óbvio que eles não escalariam outra atriz). Depois anunciaram que o filme seguinte mostraria um pouco da história do caçador, Eric. Fiquei bastante curiosa, mas sem nenhuma expectativa. Então quando, ano passado, saíram fotos de Charlize Theron e Emily Blunt caracterizadas como Ravenna e Freya, respectivamente, achei que seria um filme bem legal. Antes que eu fale minha opinião, vamos ao enredo.


O filme O caçador e a Rainha de Gelo é uma prequel (porque narra a história de Eric e Ravenna antes dos acontecimentos do filme de 2012) e uma sequel (porque a linha temporal do filme segue contando a história entrando no reinado da Branca de Neve). Ravenna era rainha. Ela descobre que sua irmã Freya tem um caso com um nobre comprometido. Ela afirma que ele não irá desfazer seu compromisso, mesmo Freya estando grávida de uma menina. Mas Freya não perde a esperança, e quando sua filha está com três meses, ela é enganada e sua filha morta pelo próprio pai. Em sua fúria e tristeza, ela o mata ao libertar seus poderes de gelo. Desgostosa, ela abandona a irmã e se estabelece em um palácio de gelo no norte e sai conquistando os reinos, transformando a terra em um lugar gélido. Ao mesmo tempo, ela forma um exército de crianças, treinando-as para serem caçadores e endurecendo seus corações, pois para ela, o amor se tornou uma farsa. 


Duas dessas crianças são Eric e Sara, seus caçadores mais talentosos, que se apaixonam e tentam fugir, mas Freya impede e os engana. Eric é dado como morto e sete anos se passam (durante esse tempo, Branca de Neve se tornou rainha e Ravenna morreu). Rei William, marido de Branca de Neve, aparece e informa Eric que o Espelho de Ravenna, que havia sido levado para o Santuário, foi roubado. Eric e dois anões, Nion e Gryff, partem para descobrir o que realmente aconteceu, e no caminho Eric descobre que Sara está viva. Tentando fazê-la crer que ambos haviam sido enganados por Freya, eles acham o Espelho e estão no caminho de volta quando Freya aparece com um exército: ela quer o Espelho da irmã e Eric morto. De volta em seu palácio, ela descobre o que aconteceu com sua irmã e a fonte das desgraças que se abateram sobre seus sonhos de uma vida feliz.


De forma geral, eu gostei muito desse filme. Gostei que eles não focaram somente na história de Ravenna e de Freya, aliás, esta última foi uma personagem que eu não havia imaginado o que seria na série. Acaba que ela se tornou a tal vilã do filme. O legal mesmo é que, como no caso de Malévola, eles mostraram as desilusões de uma mulher apaixonada como causa para todo o mal que ela pratica. E também como no caso de Malévola, foi uma personagem que eu não consegui sentir raiva, só pena. Muito bom também ela ter se tornado uma Rainha de Gelo (ela cavalgando um urso polar foi demais),  com vários elementos remontando a personagem das histórias de Hans Christian Andersen. Nota 10 por essa mistura de contos de fadas.


O romance entre Eric e Sara também foi uma coisa muito bonita. Ele, todo feliz por vê-la viva, ela, com raiva por, ela acreditava, ter sido traída e a reticência em acreditar nele. Outro ponto alto: você torce para Sara acreditar em Eric, apesar de conseguir olhar a situação pelo olhar dela também, e o tempo todo não se consegue definir de que lado ela realmente está, mesmo depois que ela obtém uma confirmação de que Eric está falando a verdade sobre amá-la.


O filme também tem ação, o que eu amei. Chris Hemworth maravilhoso como sempre e Jessica Chastain lutando muito. Amo quando colocam personagens femininas que sabem tanto ou mais que os masculinos quando se trata de dar umas porradas kkkk
Os cenários são muito bonitos, não somente os lugares cheios de cor, mas o território gelado de Freya. Amei aquele palácio de gelo. Os figurinos são lindos, eu não pude evitar olhar para Charlize e Emily e imaginá-las como as primeiras rainhas Targaryen das Crônicas de Gelo e Fogo.






Não foi uma sequência necessária, nem tampouco desnecessária, e sim uma mera forma de divertimento que mostra uma nova visão sobre a vida do caçador e como ele virou O caçador. Com o final do filme de 2012, o que deu a entender, até mesmo devido a cena em que Eric desperta Branca de Neve do sono de morte, era que ele estava apaixonado por ela. Foi legal ver que ele ainda amava a esposa que ele acreditava estar morta. De forma geral, um filme bonito. 

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