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21 de mar. de 2016

O lado bom da vida (Matthew Quick) –RC 2016


Título: O lado bom da vida
Autor: Matthew Quick
Mês: Março
Tema: Sobre doença mental
Editora Intrínseca, 256p.

Pat Peoples está na faixa dos 30 anos e se encontra internado em uma clínica psiquiátrica. Mas ele não se lembra do por quê havia sido internado nem quando isso aconteceu, sua única memória diz respeito a sua mulher, Nikki, e ao fato de que eles estavam separados por um tempo. Por isso, ele passa seu tempo na clínica malhando e se cuidando, ficando bonito para a esposa. Sua mãe faz o tira da clínica e faz todo o possível para que ele não perca o controle e tenha que voltar a ser internado. O que Pat não sabe, e que ninguém diz, é que existe uma ordem judicial impedindo Pat de se aproximar de Nikki. Enquanto sua relação com sua mãe é boa, com seu pai passa a ser reconstruída através do desempenho do time de coração do pai dele, os Eagles. Pat é bipolar, mas não sabe o que é isso nem como tratar. Seu terapeuta fanático por futebol americano, Dr. Patel, ajuda-o a entender sua condição e a voltar a conviver com sua família e amigos, e a controlar sua ansiedade de voltar para a ex-esposa. Durante um jantar, ele conhece Tiffany, uma mulher tão ferrada emocionalmente quanto ele. Através dessa convivência, Pat e Tiffany acabam ajudando um ao outro a superar seus problemas e a buscar um final feliz para seus jeitos únicos de ver a vida.

Comprei esse livro na mesma época em que me interessei a ler Guerra dos tronos. Sim, nada a ver, só falo isso pra mostrar que desde 2012 eu tenho vontade de ler esse livro. Mas como geralmente livros do tipo “adaptados para o cinema” eu deixo para desafios literários, ele ficou guardado na minha estante por um bom tempo. Nunca aparecia um momento para lê-lo, então troquei. E eis que esse ano surge uma chance e eu tenho que pegar emprestado... Não foi nada do que eu esperava, acima de tudo pelo jeito de Pat de querer ver sempre o lado bom da vida, como Pollyanna e seu jogo do contente. E eu confesso que, apesar de amar Pollyanna e Pollyanna Moça, às vezes me irritava com a mania de ver só as coisas boas da vida. Estranhamente, não me irritei com Pat. Gostei do fato do livro ser narrado por ele, porque assim sabe-se em primeira mão o que passa na cabeça dele, os motivos de seus surtos, e só assim somos capazes de entender direito sua bipolaridade. Gostei muito.

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