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21 de dez. de 2015

O último reino (Bernard Cornwell)


Título: O último reino
Autor: Bernard Cornwell
Editora Record, 362p.

Uthred, filho de Uthred da Nortúmbria, acompanha o pai em uma das batalhas contra os dinamarqueses e acaba se tornando órfão. Ao se tornar refém dos dinamarqueses. Uthred começa a aprender sobre as crenças pagãs e modos de lutar deste povo e praticamente se torna um deles. Este é o século IX, época em que viveu o rei Alfredo de Wessex, mais tarde Alfredo, o Grande, que luta para libertar o território da Grã-Bretanha dos vikings. Uthred, cuja herança foi roubada pelo tio quando da morte do seu pai, nunca esqueceu que seu lar era a Nortúmbria, no entanto, ele se afeiçoa aos dinamarqueses e é criado como um filho pelo carismático earl Ragnar. O tempo passa, os dinamarqueses avançam cada vez mais pelo interior da Inglaterra conquistando os reinos da Nortúmbria, Mércia e Ânglia Oriental, pilhando e deixando meros reis fantoches no comando de seus novos domínios. Somente Wessex ainda não caiu, e quando uma tragédia atinge Ragnar e sua família, Uthred decide que é hora de tentar recuperar sua herança por direito.

Nortumbriano ou dinamarquês? O que eu era? O que queria ser?

Eu já tinha ouvido falarem muito mais do que bem do Bernard Cornwell. Várias e várias vezes pesquisei livros dele, principalmente os que falavam sobre a vida do rei Artur, mas nunca me interessei realmente em comprar e ler. Sempre deixava pra depois, até começarem a anunciar a série The Last Kingdom. Na verdade, nem assim, eu sabia que a série se basearia nos livros dele, mas não fui correr atrás pra comprar. Consegui os dois primeiros livros através de uma troca com uma amiga (e tão fanática por séries quanto eu – valeu, Mireille!) e comecei a ler. Minha dificuldade com esse livro foi mais por causa dos capítulos do que outra coisa, fico meio agoniada com livros que tem poucos capítulos, parece que ao terminar um capítulo, você já está na metade do livro. Fora isso, só tenho elogios. A história é completamente envolvente, a narrativa é rica em detalhes sobre a cultura escandinava e a história da Inglaterra. Gostei da explicação sobre a diferença entre ser um viking e um dinamarquês. E, OMG!, esse homem sabe escrever como ninguém uma batalha, dá para se ver participando da luta (eu me via lutando ao lado dos dinamarqueses), além do que, ele consegue pegar os leitores de surpresa toda hora (jamais imaginava o que aconteceria com Ragnar :’( ). Pontos altos: os questionamentos de Uthred sobre o que ele não sabe ser, se dinamarquês ou saxão, e o tratamento imparcial que Cornwell dá a religiosidade pagã e cristã. Recomendadíssimo.

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