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2 de fev. de 2015

O clube do filme, de David Gilmour – DL do Tigre 2015


Tema: Recomendado por um amigo
Mês: Fevereiro
Leitura do mês: O clube do filme
Autor: David Gilmour
Editora Intrínseca, 240p

Quando as notas de seu filho, Jesse, na escola começam a se tornar as piores possíveis, David Gilmour resolve tomar uma providência séria. Sempre disposta a ajudar o filho, e com a lembrança do que acontecia em sua época com quem não estudava direito, ele resolve primeiro trocar de moradia com a ex-mulher; depois, ele começou a ajudar no dever de casa; colocou o menino em uma escola particular. Nada dava certo. Não é que Jesse fosse delinqüente, ele só não tinha, digamos, afinidade com o estudo em si e com a resolução de deveres de casas, anotações e coisas do gênero, apesar de ser sociável. Até o dia em que, cansado de ver o filho desanimado ao resolver as lições e com receio de uma eventual reação explosiva, David faz a seguinte proposta:

— Esqueça as anotações. Quero que você pense se quer ir à escola ou não
— Por quê?
Eu podia sentir meu coração se acelerar, o sangue fluir para o meu rosto. Aquela era uma situação em que eu nunca estivera antes, nem mesmo imaginara ser possível.
— Porque, se você não quiser, está tudo bem.
— O que está tudo bem?
Apenas diga, desembuche.
— Se você não quiser mais ir à escola, não precisa mais ir.

Obviamente, a mãe não ficou muito feliz com a notícia, chorou com medo do filho ter algum problema, até David explicar a situação. Quando Jesse descobre o plano do pai, ele aceita rapidamente, já que ver filmes é uma das coisas que adora fazer. Assim, pai e filho começam a ver filmes, 3 vezes por semana, e começam a conversar sobre cada um deles. Tais conversas levam a reflexões sobre assuntos variados, mas acima de tudo, levam Gilmour a conhecer melhor os dilemas e pensamentos do filho.

Este é o tipo de livro que, apesar de ter partir de uma premissa boa, nunca me chamou atenção. Eu já havia ouvido falar dele, mas nunca fiz questão de ler. Como foi indicação de amigo, aproveitei para encaixar no desafio. Gostei, mais até do que achei que gostaria. A leitura é fácil, e o fato de ser uma autobiografia é o que mais atrai. Afinal, que pai faz um acordo do tipo que Gilmour fez com o filho, de abandonar a escola para ficar vendo o filme? No entanto, ele acerta em cheio, pois essa nova situação o torna mais presente na vida do filho, justamente naquela época em que nós, inconsciente ou conscientemente, deixamos nossos pais de fora das nossas vidas. Valeu cada minuto da leitura.

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