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3 de dez. de 2011

William & Kate de – DL 2011


Tema: Lançamentos do ano

Mês: Dezembro de 2011 (Livro I)

Título: William & Kate: uma história de amor real

Autor do livro: James Clench

Editora: Globo

Nº de páginas: 207

Sinopse: Os súditos da rainha da Inglaterra têm enorme curiosidade de saber o que acontece nas salas do palácio real. E, agora, as atenções estão voltadas para o casamento de William, primogênito do príncipe Charles e da princesa Diana, com Kate Middleton – cujo nome de batismo é Catherine Elizabeth. Coincidência com o nome da rainha? O enredo desse romance está em William & Kate – uma história de amor real.

Quando vi a capa do livro, o que mais chamou a minha atenção foi… na realidade, nada, porque a maioria das capas de livros sobre o casamento de William e Kate, em inglês ou português ou qualquer idioma só tinha uma foto “oficial” do compromisso deles, de quando eles anunciaram o noivado.

Eu escolhi este livro porque… era uma biografia deles que eu queria ler. Não me considero uma “Royal watcher”, mas gosto da história da Inglaterra. E é isso que o Príncipe William é, e agora Kate Middleton, ou Duquesa de Cambridge, também é. A maioria das biografias da realeza britânica está em inglês, então foi ótimo encontrar uma em português (apesar de que esse livro mais repete a história do casal que se leu no DailyMail durante todos esses anos do que outra coisa. E a história também é muito resumida).

A leitura foi… legal, apesar de, como eu já disse, parecer que eu estava lendo algum artigo um pouco acima da média do DailyMail (parece que as fontes do autor fôramos artigos desse jornal, que diga-se de passagem, às vezes são bem mixurucas). Tem umas partes bem legais, bem escritas e é recheado de fotos (mesmo que a maioria delas tenha sido postada e publicada em vários sites na internet e no youtube, que eu já estou cansada de ver). Mas.... A leitura é indicada porque dá um panorama básico (porque o grosso da história mesmo, o que levou as pessoas a tomarem certas decisões, a gente nunca vai saber) do romance dos dois. Também é bom porque percebe-se que nem tudo que é considerado de “conhecimento geral” é mentira, mesmo que os “porquês” o leitor nunca vá saber.

O personagem que eu gostaria de ter entendido (apesar de não ser exatamente essa a palavra) foi a própria Kate. Nem sei explicar direito, mas é mais ou menos isso: ela se formou, mas nunca trabalhou. Todos sempre fizeram parecer que ela estava esperando um anel de compromisso que nunca vinha. Enquanto isso ficava meio... Entendo que é a família real, é uma grande pressão, o príncipe tinha que ter certeza e não ia guiar suas ações de acordo com as piadas imbecis da imprensa (como infelizmente sua mãe fez), mas 9 anos de namoro é muito tempo. È uma das coisas que eu gostaria de saber: como ela preencheu seu tempo (além de festas beneficentes e férias), porque ela agüentou tanto tempo, e principalmente de onde ela tirou coragem pra isso. Porque tem que ter coragem pra fazer parte de uma família real: você ganha bastante, mas perde muito mais. É o tipo de coisa que só vive bem quem nasceu ali (claro, existem exceções).

O trecho do livro que merece destaque: ”William e seus companheiros tiveram a honra de ser inspecionados pela rainha. Sua Majestade parou na frente do neto e murmurou algumas palavras que o fizeram sorrir. Mas ela não fez a pergunta que estava na cabeça de todos: ‘Quando de casará com aquela garota?’.”
Quer dizer, quanta petulância. Como assim o escritor acha que sabe o que a rainha estava pensando? Essa parte merece destaque porque é ridícula. Claro, como escritor, você pode se dar ao luxo de, dentro de um fato, inventar algo, mas fala sério. A rainha Elizabeth é uma das monarcas (e pessoas famosas, devo dizer) mais inacessível que eu já estudei, o que eu acho que é uma coisa boa, numa sociedade onde as pessoas buscam uma exposição cada vez maior (todos os tipos de exposição, aliás). A rainha é tida como o tipo de mulher que nunca demonstra o que pensa, podem observar sua expressão (por exemplo, ela sorriu feliz no dia do casamento de William e Kate, e mesmo sendo óbvio o motivo do sorriso, ninguém sabe o que ela pensava). Então, essa pergunta que o escritor faz é simplesmente sem noção.

A nota que eu dou para o livro: 5

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