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28 de ago. de 2024

Quem traiu Anne Frank? (Rosemary Frank) – DAL 2024

 


Título: Quem traiu Anne Frank? 
Autora: Rosemary Sullivan
Mês: Agosto 
Tema: Letra Q 
Editora HarperCollins Brasil, 379p. 

  Otto sabia que sua filha era um símbolo dos milhões de pessoas — tanto judias quanto não judias — que tinham sido assassinadas. O diário dela e o Anexo Secreto permaneciam em sua mente como um alerta do passado e uma fonte de esperança. 

O diário de Anne Frank é um dos livros mais famosos do mundo. A história da menina cheia de sonhos que passou dois anos escondida junto com sua família e alguns conhecidos só para ser descoberta perto do fim da guerra e mandada para campos de concentração. Com a fama do diário, a busca pelo delator dos ocupantes do Anexo acabou sendo deixado de lado, mas Otto Frank foi atrás de tentar descobrir. A equipe investigativa que resolveu elucidar esse mistério chegou a uma opção muito plausível, e nesse livro eles contam a história, do início ao fim, para descobrir quem traiu Anne Frank.

As pessoas que eu tirei dos esconderijos não me deixaram qualquer impressão. Seria diferente se fosse um homem como o general De Gaulle ou algum membro importante da resistência. Uma coisa assim a gente não esquece. Se eu não estivesse de plantão na hora em que meu colega recebeu um telefonema [...] jamais teria tido contato com a tal de Anne Frank. [...]

Essas foram as palavras de Karl Josef Silberbauer, um sargento da conhecida “unidade de caça aos judeus” na Holanda, para um jornalista investigativo sobre a descoberta de Anne e de todos que estavam escondidos no Anexo.
Foi ele quem recebeu a denúncia de que haviam judeus escondidos no prédio 263 da Prinsengracht e foi averiguar. Mas a história que esse livro conta vai muito além do dia 04 de agosto de 1944. Vai muito para trás também.
A primeira parte do livro fala sobre as pessoas escondidas, a escrita do diário, a relação com Miep, Kleiman, Kugler e Bep (que ajudaram a alimentar e manter as pessoas no Anexo), a descoberta do esconderijos, a prisão, a ida para os campos de concentração e a volta de Otto e sua descoberta de que era o único sobrevivente do Anexo.
A segunda parte já fala da investigação, de como Pieter van Twisk, Thijs Bayens e Vincent Pankoke se conheceram e começaram a trabalhar. O livro aborda a questão de saber se esse projeto valia a pena começar, a coleta de material (em quantidade imensa e desorganizada), as consultas com vários especialistas, as teorias sobre os prováveis culpados (alguns conhecidos de Otto, outros não), o papel e a visão do próprio Otto sobre o delator (que foi o que mais me surpreendeu) até se chegar na pessoa certa. 

Vince tem o cuidado de dizer que não houve um momento “eureca” que encerrasse a investigação; [...] Por mais que a equipe esteja confiante com relação à conclusão, não houve alegria na descoberta. Mais tarde, Vince diria que se viu dominado por “um peso de grande tristeza” que permaneceu com ele.

O engraçado é que essa também foi a sensação que eu tive ao terminar de ler. Depois de tantos prováveis suspeitos, os motivos que poderiam fazer com que essas pessoas descobrissem e falassem sobre o esconderijo e a invalidez dessas suposições, é como se a história fosse uma grande corrida (os suspeitos) que acaba dando umas paradas no meio do caminho (o descarte das possibilidades) para se chegar no ponto final (o delator), mas não existe prazer nessa descoberta, simplesmente por conta de quem foi a pessoa e qual seu objetivo, que no fim das contas, foi o mesmo de Otto Frank: salvar a própria família. Não é uma desculpa, mas uma constatação. É como está no livro, um lembrete para que nada seja esquecido:

As escolhas de Arnold van den Bergh foram mortais, mas, em última instância, ele não foi responsável pela morte dos residentes do número 263 da Prinsengracht. Essa responsabilidade compete aos ocupantes nazistas que aterrorizaram e dizimaram uma sociedade, colocando vizinho contra vizinho. Foram eles os culpados pela morte de Anne Frank, Edith Frank, Margot Frank, Hermann van Pels, Auguste van Pels, Peter van Pels e Fritz Pfeffer. E de milhões de outros, escondidos ou não. E isso jamais poderá ser entendido ou perdoado.

Um livro excelente, que deu muito gosto de ler. Totalmente recomendado.

26 de ago. de 2024

Plotted (Andrew DeGraff) – DAL 2024


Título: Plotted: a literary atlas 
Autor: Andrew DeGraff 
Mês: Agosto 
Tema: Letra P 
Editora Pulp, 128p 

  The writer is an explorer. Every step is an advance into new land. 

Começando a desenhar mapas para filmes, não livros, o autor estava mais focado em entregar uma experiência integrada do que mostrar como exatamente cada local seria. Expandindo o que já havia sido mostrado em tais filmes. Mapear livros veio como ideia de um editor. A seleção de quais livros seria mapeados resultou em 19 dos que se encontram neste livro.

Como boa apaixonada por livros com desenhos, figuras, fotos e imagens de qualquer tipo, eu só lamento não ter a cópia física desse livro. Uma leitura muito prazerosa, com desenhos bem elaborados de mapas mostrando a viagem de Ulisses para casa, Elsinore, a ilha de Robinson Crusoé, a viagem de Huckleberry Finn pelo Rio Mississipi e vários outros lugares e terras. Livro bonito e bem feito, indicado para qualquer um apaixonado por locais imaginários.

23 de ago. de 2024

A história de Patópolis – DLL 2024


Título:
A história de Patópolis
Mês: Agosto
Tema: Um livro com 18 a 23 letras no título
Editora Abril, 165p. 

Em 1982, o extinto Estúdio Disney da editora Abril, produziu uma saga contando toda a história de Patópolis. 30 anos depois, a editora Abril lançou novamente a história em um único volume, dentro da coleção Disney Temático.

A leitura vale muito a pena, como fã dos quadrinhos Disney desde pequena eu amei saber mais sobre a história de Patópolis. É um gibi médio, não muito volumoso, eu achei que seria maior porque, bom, fala da história de Patópolis, mas não, ele tem o tamanho exato. Recomendo.

21 de ago. de 2024

Ducktales – DLL 2024


Título:
Ducktales: os caçadores de aventuras Mês: Agosto 
Tema: um livro infantil 
Editora Abril, 466p. 

Sinopse: Eles caçavam aventuras por desertos inóspitos e cataratas ribombastes do outro lado do mundo. A ação era ininterrupta e o perigo, sempre presente.
Inspirado nas peripécias do arqueólogo Indiana Jones e nos quadrinhos clássicos do mestre desenhista Carl Barks, o seriado de animação DuckTales foi um dos maiores sucessos da Disney nas décadas de 1980 e 1990. No transcorrer de 100 episódios e um filme de cinema, o magnata Patinhas liderou seus sobrinhos-netos Huguinho, Zezinho e Luisinho, e os novos aliados Capitão Bóing e a pequena Patrícia, em buscas heroicas a tesouros inimagináveis. 
Prestes a celebrar os 30 anos de sua criação, e de retornar à televisão em episódio inéditos, DuckTales está de volta primeiro aqui, nesta edição especial que reúne as três maiores e melhores tramas produzidas especialmente para os quadrinhos. 
Contém as sagas: Em busca da número um, A odisseia do ouro e Legítimos donos. 

Eu assistia os desenhos dos Caçadores de Aventuras no SBT e amava. Conheci o capitão Boing, a Patricinha e também amava ver os gêmeos em aventuras com o Tio Patinhas. Não dá pra negar que ler essa HQ foi uma visita a minha infância. Adorei e recomendo.

19 de ago. de 2024

O império de ferro (James Dashner) – DLL 2024


Título: O império de ferro
Autor: James Dahmer
Mês: Agosto
Tema: História narrada por mais de uma pessoa
Editora Seguinte, 208p. 

Sinopse: Quando Sera, Dak e Riq começaram a viajar no tempo usando o Anel do Infinito, nem imaginavam que navegariam na caravela de Cristóvão Colombo, defenderiam grandes cidades de ataques vikings e mongóis e encontrariam alguns dos personagens mais célebres da história pelo caminho. Agora, os três jovens finalmente voltam até o momento em que a primeira Fratura começou a alterar o curso da história. Sua última missão é salvar Alexandre, o Grande, e para isso terão de contar com a ajuda de ninguém menos do que o brilhante filósofo Aristóteles. Mas eles não são os únicos viajantes do tempo na Grécia Antiga. Uma batalha épica contra seu maior inimigo os espera… e a história será escrita pelos vencedores.

A série está chegando ao fim com esse livro. Eu curti muito esse, principalmente porque fala da Grécia e Alexandre (imagine a loucura, ter que salvar Alexandre, o Grande). O bacana desses livros é como os autores conseguem colocar cada personagem em um lugar diferente, e depois junta eles todos em um evento ou acontecimento histórico de uma forma muito coesa. Eu simplesmente adoro essa série.