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26 de jul. de 2019

Lendo o Brasil: RIO DE JANEIRO – Sou fã e agora? (Frini Georgakopoulos)

Um livro para fãs de filmes, livros e séries elaborados por uma igualmente fã que sabe do que está falando. Uma conversa sobre porque gostamos tanto destes tópicos de lazer atuais; além disso, a autora também debate sobre esse universo de fãs, falando dos famosos e às vezes não tão queridos ships, das obras de fãs mais ardorosos como as fanfics, dos preconceitos literários que todos temos e sofremos, e de como organizar um evento literário (Fini é mediadora de eventos).


Esse livro eu peguei por pura curiosidade, gosto muito de livros que vem indicando listas de leituras e de filmes. Frini Georgakopoulos não só monta uma lista de livros, mas também discute o porquê das pessoas gostarem tanto de filmes, séries, em uma linguagem pra lá de divertida e acessível, na maioria das vezes parecia que eu estava conversando com a autora ao invés de lendo. Gostei de quando ela fala dos preconceitos literários que todo mundo tem, mas ninguém assume. Uma leitura leve e muito bem vinda para o momento. Indicado.

Editora Seguinte.
160 páginas.

24 de jul. de 2019

198 livros: BÉLGICA – A primeira investigação de Maigret (Georges Simenon)

De madrugada, o flautista Justin Minard volta para casa quando vê uma mulher gritar por socorro, em seguida ele escuta um tiro. Na mesma hora, ele vai para a delegacia de polícia no bairro de Saint-Georges e conta tudo para o secretário Jules Maigret, que parte para no que será sua primeira investigação. Mas a coisa complica porque o pretenso crime aconteceu no endereço de uma das famílias mais ricas de Paris. Agora Maigret precisa resolver o crime sem deixar que se transforme em um escândalo que posso prejudicar o caso e sua carreira.


Achei esse livro em uma liquidação de livraria que estava fechando, aproveitei a chance de descobrir um novo autor. Mas acho que foi a história de detetive que me chamou a atenção. Maigret é um personagem que ainda está no início da carreira, então foi interessante acompanha-lo em suas dúvidas sobre o crime, ainda mais porque ele segue os manuais de instrução de sua profissão. Eu esperava mais do mistério em si, mas valeu a pena a leitura.

Editora L&PM Pocket.
196 páginas.

19 de jul. de 2019

O Rei Leão (2019)

Todo mundo já conhece essa história: Simba é o filhote de Mufasa e Sarabi. Ele é o futuro rei da selva. Quando é traído pelo seu tio, ele foge e conhece no exílio dois amigos, que irão ajuda-lo a crescer e a retomar o reino que é seu por direito.


Esse filme é muito lindo! Em se tratando de remake live action, O Rei Leão não deixa nada a dever para o filme de 1995. Pelo contrário, o que tem de menos (como as músicas do Scar e a famosa “Hakuna Matata”), compensa na nova música composta por Beyonce, “Spirit”. Aliás, a música tema do romance entre Nala e Simba na voz dela e do Donald Glover ficou maravilhosa:


Em se tratando de cenário, esse filme trouxe todo o colorido tão característico dos filmes infantis da Disney. A cena de abertura é igual, eu só estranhei o fato da música “Círculo da vida” não estar mais na voz de Lebo M.


Sobre o visual dos personagens, quando lançaram imagens do Scar, eu estranhei porque apesar de ser um leão com juba negra só com uma cicatriz no rosto (no filme de 1995), no live action fizeram dele um leão sem a juba negra mas coberto de cicatrizes (a principal, no olho, também está lá), e eu achei que isso afetaria a visão que eu teria dele, mas não. Gostei muito dessa mudança, porque agora o personagem ganhou um aspecto mais sombrio.
Alguns elementos continuam iguais ao filme original: as cenas de Mufasa e Simba, com o tema de Mufasa ao fundo com a mesma carga emocional:


Pumba e Timão continuam a aquela dupla impagável que faz todo mundo rir:


E Nala é a mesma leoa lindinha. Sobre o que mudou e ficou melhor: o aspecto mais sombrio de Scar, o lado mais “místico” de Rafiki, e deixaram um pouco de lado o lado cômico associado as hienas e as transformaram em personagens mais “malvadas”.


Com cenas de lutas muito bem feitas, uma fotografia perfeita sobre os céus e a vastidão da África, O Rei Leão é um dos melhores remakes de animações feitos até hoje.

Os crimes do monograma (Sophie Hannah) – DC 2019


Título: Os crimes do monograma
Autora: Sophie Hannah
Mês: Julho
Tema: Um livro ambientado nos anos 20
Editora Nova Fronteira, 286p.

O ano é 1929. Hercule Poirot está no seu restaurante costumeiro tomando um café quando uma moça entra afobada e com medo, dizendo que vai morrer em breve, recusando a ajuda de Poirot, pois afirma que com sua morte, a justiça estará sendo feita. Ao voltar para casa, Poirot descobre o último crime que seu amigo policial Edward Catchpool tem em mãos para solucionar: três pessoas foram mortas aparentemente da mesma forma e na mesma hora no mesmo hotel. Além dessas semelhanças, as vítimas também tem na boca um monograma com as iniciais PJI. Convencido de que as três mortes tem a ver com o súbito aparecimento da moça no restaurante, Poirot embarca no mistério do suicídio de um pastor e sua esposa em uma pequena cidade inglesa.

Esse foi um tema difícil demais de encontrar um livro que se encaixasse nele. Em pesquisas sobre livros escritos na década de 20, não era garantido de encontrar algum que retratasse algo na mesma época. Fui por pura eliminação, e dei sorte de encontrar alguns livros de Agatha Christie escritos nessa década, mas não era garantia de nada. Pesquisei mais e descobri uma autora que continuou (mais ou menos) o legado literário de Agatha Christie. Sophie Hannah obteve permissão da família da autora para escrever um novo romance com Hercule Poirot, o famoso detetive. 
E em 2013 foi lançado Os crimes do monograma. Até agora eu só li dois livros de Christie com o detetive, e mesmo conhecendo o personagem muito pouco, posso dizer que não fiquei decepcionada com a história de Hannah. Poirot está um pouco mais presunçoso, mas as características e elementos marcantes originais estão presentes. Gostei baste do livro e recomendo.

17 de jul. de 2019

O pequeno príncipe (Antoine de Saint-Exupéry) – DLS 2019


Título: O pequeno príncipe
Autor: Antoine de Saint-Exupéry
Mês: Julho
Tema: Um livro que foi considerado “modinha”
Editora Geração Editorial, 129p.

Sinopse: Livro de criança? Com certeza.
Livro de adulto também, pois todo homem traz dentro de si o menino que foi.
Como explicar a adoção deste livro por povos tão variados, em tantos países de todos os continentes? Como explicar que ele seja lido sempre por tanto milhões e milhões de pessoas? Como explicar a atualidade deste livro traduzido em oitenta línguas diferentes?
Como compreender que uma história aparentemente tão ingênua seja comovente para tantas pessoas?
O Pequeno Príncipe devolve a cada um o mistério da infância. De repente retornam os sonhos. Reaparece a lembrança de questionamentos, desvelam-se incoerências acomodadas, quase já imperceptíveis na pressa do dia a dia. Voltam ao coração escondidas recordações. O reencontro, o homem-menino.

— Os olhos são cegos. É preciso ver com o coração.

Um verdadeiro clássico, um dos livros que nunca vai sair de moda. Apesar de ser uma leitura de linguagem leve, apresenta várias questões filosóficas que podem ser complicadas para a mente infantil (mesmo que seja um livro classificado como tal). As ilustrações como sempre são muito lindas, e esta edição em questão foi a melhor de todas que vi até hoje porque traz um relato da vida de Saint-Exupéry, com fatos que eu, pessoalmente, desconhecia, e eu adoro livros desse tipo. Recomendadíssimo.

15 de jul. de 2019

Comer, rezar, amar (Elizabeth GIlbert) – DLLC 2019


Título: Comer, rezar, amar
Autora: Elizabeth GIlbert
Mês: Julho
Tema: Uma história de amor baseada em fatos reais
Editora Objetiva, 344p.

Sinopse: Em torno dos 30 anos, Elizabeth Gilbert enfrentou uma crise da meia-idade precoce. Tinha tudo que uma americana instruída e ambiciosa teoricamente poderia querer - um marido, uma casa, um projeto a dois de ter filhos e uma carreira de sucesso. Mas em vez de sentir-se feliz e realizada, foi tomada pelo pânico, pela tristeza e pela confusão. Enfrentou um divórcio, uma depressão debilitante e outro amor fracassado, até que se viu tomada por um sentimento de liberdade que ainda não conhecia. Foi quando tomou uma decisão radical - livrou-se de todos os bens materiais, demitiu-se do emprego, e partiu para uma viagem de um ano pelo mundo - sozinha.

Resolvi colocar a sinopse, ao invés de fazer o meu resumo porque se fosse fazer isso, eu colocaria a história do livro todo, essa leitura foi uma das que eu tive dificuldade em fazer um resumo que prestasse sem spoiler. Não esperava me divertir lendo ele (no sentido de ter aproveitado a leitura, não no sentido de rir). O que eu gosto nesses livros que retratam viagens é quando os personagens absorvem a cultura do lugar onde estão, o que foi o caso de Elizabeth na Itália (a melhor parada dela, na minha opinião). Livro pequeno e com uma leitura simples. Recomendo.

12 de jul. de 2019

Star Wars The force awakens (Alessandro Ferrari) – DLL 2019


Título: Star Wars The force awakens
Autor: Alessandro Ferrari
Mês: Julho
Tema: Com mais de 100 páginas
Editora IDW, 80p.

A Primeira Ordem invade uma pequena vila em Jakku atrás do mapa que os levará ao lendário jedi Luke Skywalker. Mas o piloto da Resistência, Poe Dameron, consegue que seu dróide BB-8 fuja com o mapa. Ele acaba sendo resgatado pela jovem sucateira Rey no deserto. Enquanto isso, Poe recebe ajuda de um stormtrooper em fuga, Finn, mas eles acabam caindo no deserto de Jakku. Ele encontra Rey e os dois, mais o dróide, se vêem fugindo feito loucos quando a Primeira Ordem invade o planeta. Eles roubam a Millenium Falcon e acabam conhecendo Han Solo. Em sua parada no planeta de Takodana, Rey descobre que possui a habilidade lendária dos jedi, mas foge disso junto com BB-8. A Primeira Ordem invade o planeta e Kylo Ren, mestre dos cavaleiros de Ren, a sequestra. Quando a Resistência chega para ajudar, Han Solo e a general Leia Organa se encontram novamente. Enquanto os rebeldes traçam um plano para atacar a base Starkiller, Leia pede que Han recupere o filho deles. Durante o resgate de Rey, as coisas dão errado, mas a jovem percebe que sua ligação com a força é mais presente do que ela imaginava...

Como a graphic novel de Rogue One, esta aqui também traz no início uma pequena introdução sobre os personagens, todos os que vemos no filme. Como não é a HQ de adaptação, o artista manteve a caracterização dos personagens, mas as feições mudaram, o que foi exatamente a razão da minha escolha de leitura (a adaptação traz o rosto dos atores, e como eu já vi o filme, é meio sem graça ler algo assim, acaba se tornando repetitivo). Uma leitura bem rápida, mas que vale a pena, principalmente se como eu, você está gostando da nova trilogia de Star Wars. Recomendo.

10 de jul. de 2019

Superpato original – DLL 2019


Título: Superpato original
Mês: Julho
Tema: HQ, mangá ou graphic novel
Editora Abril, 192p.

O Superpato nem sempre foi um herói. O personagem começou sua carreira como um vingador diabólico, inspirado no vingador italiano Diabolik. A editora Abril reescreveu o desfecho da história do personagem devido a época de censura militar e também por causa dos leitores de HQ, que não estariam preparados para uma mudança de caráter tão drástica do amado Pato Donald. Essa edição traz três histórias que compõe a versão original do super-herói de Patópolis.

Eu andava louca atrás dessa edição, e fiquei mais ainda quando soube que a editora Abril havia parado de publicar gibis da Disney. Foi uma das novas primeiras edições que consegui e valeu a pena. É sempre muito divertido saber a origem de personagens tão conhecidos, e quando a história começa com um quê de surpresa, melhor ainda. É uma edição recomendada para todo fã da Disney