Werther viaja para uma pequena cidade com o objetivo de cuidar dos negócios da família. Encantado com o lugar e com as pessoas, ele relata em suas cartas sua alegria e esperança para seu amigo Guilherme. No entanto, quando conhece Carlota, uma jovem prometida em casamento a Alberto, tudo muda. O tom de suas cartas, agora, passa a ser lúgubre, cheio de tristeza e desilusão por não poder ter Carlota para si. Seu amor vira uma obsessão, e o casamento da jovem o transforma em um homem mais frágil ainda.
Um dos livros mais difíceis que já li no ano todo. E sinceramente, achei que fosse gostar, porque romances epistolares sempre são interessantes, já que temos uma visão em primeira mão dos pensamentos dos personagens. Quando tive que escolher um autor alemão para o desafio, Goethe não foi nem de longe um dos primeiros que eu pré-selecionei (porque eu sempre tento manter várias opções para cada mês até escolher e ler). Eu queria uma leitura mais leve, mas acabei encontrando este livro em uma promoção e comprei.
Depois que terminei de ler, fiquei tentando imaginar qual era o meu problema com a história, já que eu não tenho tanta dificuldade lendo clássicos, até gosto da maioria. Achei que esse livro era só mais um romance cheio de drama e tragicidade. Então fui pesquisar o movimento literário do qual o livro faz parte e entendi porque tive dificuldade em lidar com a história em si.
Chamado Sturm und Drang (tempestade e ímpeto), este movimento surgiu opondo-se aos movimentos iluminista e racionalista. Seus adeptos postulam que o homem é um ser dominado pelas emoções e pelo tormento de seus sentimentos, e as obras que foram produzidas nesse período foram responsáveis para solidificar os ideais românticos.
De qualquer forma, valeu a pena. Não só porque eu aumentei a minha lista de clássicos lidos como consegui completar a “primeira parte” do 198 livros. Recomendo.
Editora Martin Claret.
148 páginas.