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28 de mai. de 2018

Harry Potter e a criança amaldiçoada (John Tiffany e Jack Thorne) – BL 2018


Título: Harry Potter e a criança amaldiçoada
Autores: John Tiffany e Jack Thorne
Mês: Maio
Tema: Livro vencedor de algum prêmio
Editora Rocco, 352p.

Dezenove anos depois da Batalha de Hogwarts e da derrota de Voldemort, Harry e Gina são casados e tem três filhos. Alvo, seu filho do meio, como qualquer iniciante (mais ainda por ser filho de quem é), tem medo de ser selecionado para a Sonserina. Eis que acontece o improvável. Além disso, seu melhor amigo é Escórpio Malfoy, filho de Draco. As coisas se complicam quando um novo vira-tempo é recuperado mas não destruído, o que leva Amos Diggory a pedir para Harry usar o objeto para trazer seu filho Cedrico, morto há mais de 20 anos, de volta a vida. Longe de ser um garoto popular em Hogwarts, Alvo também tem sua relação com seu pai estremecida. O menino então acha que pode ajudar Amos e rouba o vira-tempo. Junto a Escórpio, os dois se metem em muita confusão, ao mesmo tempo em que Harry sente que as trevas estão se aproximando novamente.

Esse livro ficou guardado na estante por um bom tempo até eu me animar a ler. Sim, é Harry Potter, sim, eu vi que ganhou o prêmio de Melhor livro da fantasia de 2016 do Goodreads (eu sempre vou no site atrás de dicas), sim, a peça foi um sucesso em Londres, mas como eu via as pessoas falando que Rowling havia perdido a mão, que a história não tinha muito nexo, então acabei deixando de lado. Não me preocupei com spoiler vazado, eu queria mesmo saber se valia a pena. Então peguei para ler e sim, vale. Bastante. O problema todo, eu descobri, é que quiseram passar essa história como parte do cânone, quando deveriam fazer dela uma sequência criada por fã (que é como eu defino esse tipo de história). Importante ressaltar: esse é o roteiro em si da peça, não a história reescrita em forma de romance (ou novelização).
Uma coisa que eu amei neste livro: o destaque emocional que deram a história, ao invés de focar nos componentes mágicos. Principalmente, gostei da forma como todo o enredo gira em torno da morte de Cedrico Diggory (o campeão da Lufa-Lufa no Torneio Tribruxo que competiu com Harry e a primeira vítima inocente do retorno de Voldemort). Além disso, ver a relação de Rony e Hermione, sua filha Rosa, ver Draco mais centrado, ver Snape e McGonagall novamente, isso tudo deu uma sensação de completa nostalgia *suspirando* Para uma fã de Harry Potter, ler esse livro foi uma maravilha. Completamente recomendado.

25 de mai. de 2018

Os últimos jedi (Jason Fry) – BL 2018


Título: Os últimos jedi
Autor: Jason Fry
Mês: Maio
Tema: Publicado em 2018
Editora Universo Geek, 352p.

Rey partiu em busca de Luke Skywalker. Em sua luta contra a tirania da Primeira Ordem, a Resistência precisa da ajuda do lendário jedi. O único problema é que Luke parece estar cansado de lutar. Enquanto Rey tenta fazer com que ele a treine, ela descobre muito mais do que o motivo de seu isolamento: ela nota que existe uma forte ligação entre ela e o jovem aprendiz de Snoke, Kylo Ren, e isso faz Rey perceber que o que ela imagina saber está longe da verdade. Longe deles, a Resistência continua lutando e se sacrificando para fugir da Primeira Ordem, e quando tudo parece perdido, uma ajuda surpreendente os ajuda a escapar novamente.

Pensa num livro para me deixar ansiosa. Primeiro, para começar a vender. Depois, para chegar na Saraiva. Comprei na pré-venda e a espera de dois meses quase me matou! Depois de tanta discussão sobre o ship Reylo (sim, eu sou dessa parte do fandom Star Wars), depois de tanto trecho lançado na internet, depois de tanta discussão e problematização sobre os vários aspectos das relações entre os personagens principais da história, foi um tremendo alívio quando eu pude finalmente ler o livro, que na verdade é a novelização do filme lançado ano passado.
Eu nunca havia lido nenhum livro do tipo de Star Wars, principalmente porque nunca tinha encontrado, e também porque depois da trilogia lançada no fim da década de 90 onde se explicava como Anakin Skywalker se tornou Darth Vader, o fandom se tornou muito agressivo. As críticas negativas sobre as atuações e a história em si foram muitas, o que eu acho totalmente injusto, por que os atores (principalmente Hayden Christensen) fizeram o melhor com o roteiro que colocaram nas mãos deles. Quando eu vi que o ódio se tornou muito grande, me afastei da saga e não procurei saber mais nada.
Quando lançaram o primeiro filme da nova trilogia em 2015, também vieram críticas muito fortes dos fãs mais puristas, principalmente daqueles que não acham justo um romance entre Rey e Kylo/Ben, ou porque preferem ela com outro par, ou porque odeiam Kylo/Ben. Até ver o filme do ano passado, muito detalhe havia simplesmente me escapado, e eu ainda não havia percebido que haveria romance entre eles (como, eu não sei, já que é um filme de Star Wars, tem que ter romance, dãããã), então as discussões das quais eu participei me fizeram perceber tudo isso e a ansiar por essa novelização.


Só digo que valeu muito a pena. Quando o filme tem sua origem no livro, às vezes não deixa nada a ver, às vezes sim, e outras fica uma adaptação excelente. No caso da novelização, mesmo sem poder comparar com outra experiência de mesma leitura, eu afirmo que NÃO DEIXOU NADA A DESEJAR. NADA. Pelo contrário, deu uma nova visão sobre Kylo/Ben, personagem que eu amo demais, e o mais bem construído nessa nova trilogia. Claro que existem cenas, como a luta na sala do trono, em que nenhuma descrição vai fazer jus à cena (poucas vezes uma cena de luta me deixou de olhos vidrados na tela, isso só aconteceu na Batalha de Hogwarts e na luta entre Anakin e Obi-Wan), mas até isso é uma coisa boa, porque se a novelização descreve uma das melhores cenas de luta de forma simples, ele compensa abordando mais as emoções dos personagens de uma maneira que só uma livro consegue. Eu AMEI esse livro. Muito mesmo. Completamente indicado.

23 de mai. de 2018

É fácil matar (Agatha Christie) – D12ML 2018


Título: É fácil matar
Autora: Agatha Christie
Mês: Maio
Tema: Suspense/Thriller/Terror/Policial
Editora L&PM, 272p.

Luke Fitzwilliam é um policial recém aposentado que está de volta a Inglaterra depois de anos no exterior. Ao desembaraçar em Dover, ele toma um trem para Londres e divide a cabine com uma velhinha meio tagarela. Miss Pinkerton conta a ele que está indo para a Scotland Yard denunciar um criminoso que já vitimou quatro pessoas sem levantar suspeitas. Luke escuta mas só dá o devido crédito a história quando descobre que a mesma velhinha foi atropelada antes de chegar ao seu destino. Chocado, ele decide viajar para o vilarejo de Miss Pinkerton, onde conhece Birdget e sem esperar, acaba se apaixonando. Mas ele tem um mistério para resolver e mesmo receoso e confuso, acaba descobrindo o assassino... Só que nem tudo que parece é, e Luke descobre que muitos moradores do pacato vilarejo escondem passados bastante nebulosos.

Como toda história de detetive, eu nunca acerto. É impressionante isso. Sempre que a história chega num ponto em que eu posso dizer que sei quem é o ladrão/bandido/assassino, o autor (praticamente me trollando) muda tudo e/ou acrescenta novos fatos que vão fazer meu cérebro rodar e eu me perguntar “como não havia prestado atenção nisso antes?” Ás vezes, a história está no ponto certo, eu estou acertando tudo mas ainda fico com a pulga na orelha sobre tal coisa até me convencer a mudar de opinião: é justo aí que o autor volta para o ponto original e mantem tudo que eu descartei. Foi assim com os livros que já li até hoje de Sherlock Holmes e com o primeiro livro da Agatha Christie que li, Assassinato no Expresso do Oriente. Gostei muito da surpresa no final. Recomendo.

21 de mai. de 2018

O retorno da feiticeira (Chris Colfer) – DLL 2018


Título: O retorno da feiticeira
Autor: Chris Colfer
Mês: Maio
Tema: Um livro de um autor que nasceu em Maio
Editora Benvirá, 493p.

Há um ano que os gêmeos Alex e Corner Bailey não pisam na Terra de Histórias. Envolvidos com acontecimentos inesperados em seu próprio mundo, com a mãe arranjando um novo namorado sem que eles tivessem ao menos percebido. Eles até que aceitam bem, mas tudo vira de cabeça para baixo quando, na noite do noivado, eles descobrem que a mãe foi sequestrada. Sem aguentar esperar, eles desobedecem as ordens da avó e fogem, indo parar no mundo mágico de novo. Com a ajuda de Chapeuzinho Vermelho, João, Cachinhos Dourados e Froggy, os gêmeos embarcam em uma viagem para conseguir os objetos necessários para construir a Varinha Prodigiosa, que os ajudará a deter uma nova feiticeira que quer conquistar os dois mundos.

Adorei esse livro. Como o primeiro, também foi completamente envolvente. Principalmente o início do livro e a introdução de novos personagens. Está certo que a construção da história não mudou muito do primeiro livro, mas talvez tenha sido por isso que eu gostei. O final foi inesperado e eu fiquei meio parada, pensando e agradecendo ao Chris Colfer. Gostei também que ele apresentou logo as rainhas dos contos de fadas (mais uma coisa pela qual agradecer, pois não se enganem, eu gosto muito da Elza de Frozen, mas a versão original da Rainha da Neve é tão melhor...), ao invés de ter um livro para cada uma. Como a série inteira que eu já vi, a capa e a diagramação do continuam de um primor absoluto. Recomendado.

18 de mai. de 2018

Belgravia (Julian Fellowes) – DLL 2018


Título: Belgravia
Autor: Julian Fellowes
Mês: Maio
Tema: Um livro de autor inglês
Editora Inrínseca, 368p.

A data é junho de 1815. Às vésperas da Batalha de Waterloo, a duquesa de Richmond resolve oferecer em Bruxelas um baile em homenagem ao duque de Wellington, que comandaria as tropas britânicas contra Napoleão. James Trenchard, um rico comerciante que fornece mantimentos para o exército, é convidado para o baile. Homem trabalhador e honesto, cujo defeito maior é querer cada vez mais ascender socialmente, James aprova o romance da filha Sophia com o rico Edmund Bellasis, um jovem herdeiro de uma das famílias mais importantes da Inglaterra (por isso o romance dos dois não era adequado) mas a convocação antecipada para a batalha faz com que os dois se separem. Tempos depois Sophia descobre que ele está morto, e que ela foi enganada e agora está grávida. Os pais tomam todas as providências para esconder o fato, mas Sophia morre no parto.
25 anos depois, o neto bastardo que os Trenchard deram para adoção se revela um jovem promissor e educado, com todas as boas qualidades que eles poderiam desejar. Anne Trenchard fica com pena da mãe de Edmund, lady Caroline Brockenhurst, e conta sobre o neto. A partir daí, começa uma corrida contra o tempo, porque James sabe das consequências sociais para sua família se o escândalo vier a tona, e Caroline só quer saber de manter o neto por perto, enquanto ambos não fazem ideia das pessoas que querem derrubá-los e vão fazer de tudo para descobrir o segredo que ambas as famílias escondem.

Esse livro foi só mais uma das surpresas desse desafio. Encontrei por acaso enquanto pesquisava livros sobre Downton Abbey (Jullian Fellowes é o criador da série), e apesar de querer ler, ainda estava na dúvida se seria bom. Foi uma leitura muito envolvente, que eu só larguei mesmo nos momentos em que cabeceava de sono, porque não queria parar. As traições, os espiões, as maquinações dos personagens para conseguirem seus objetivos, tudo isso prende a atenção. Eu fiquei louca para saber o fim de John e não consegui deixar de sentir empatia por Oliver. No início, não gostei de lady Caroline, mas não dá para negar que ela lembrou a condessa viúva Violet Crawley, pelo nível de determinação pessoal da mulher. Um livro excelente recomendado para todos que adoram um bom romance com intrigas.

16 de mai. de 2018

Curtindo a vida adoidado (Todd Strasser) – DLS 2018


Título: Curtindo a vida adoidado
Autor: Tod Strasser
Mês: Maio
Tema: Um livro de comédia
Editora Gutenberg, 157p.

Ferris Butler tem 18 anos e está no último ano do colegial. Ele é um jovem que gosta de curtir a vida sem preocupações de nenhum tipo, e ele sempre leva junto em suas loucuras sua namorada Sloane e seu amigo Cameron, que é o inverso de Ferris (se preocupa com tudo e imagina todo tipo de desgraça). Uma bela manhã, Ferris decide que não vai para o colégio e se finge de doente. Seus pais acreditam e o deixam em casa. E assim começa mais um dia para curtir a vida adoidado tendo Chicago como parque de diversões. Só que dessa vez o diretor Rooney está na marcação cerrada e vai fazer de tudo para pegar Ferris no flagra.

Eu comecei a ler esse livro rindo e terminei gargalhando, porque é simplesmente impossível não lembrar do filme e das caras e bocas do Matthew Broderick como Ferris. Apesar de ser um filme dos anos 80 (a década que eu nasci) e eu só ter visto ele numa das muitas vezes em que reprisou na Sessão da Tarde anos depois do lançamento, eu adoro esse filme. O melhor do livro é que tem cenas que não foram parar no cinema, ou seja, tem mais enredo para ler e se divertir. O diretor maluco, a irmã nervosa, os pais ingênuos, as próprias situações loucas em que Ferris se mete e quase mata Cameron do coração, tudo isso foi uma bela volta ao passado rsrsrsrs Lançado no ano em que o filme completou 30 anos, Curtindo a vida adoidado é um livro leve e divertido que tem uma bela lição (apesar de que isso na boca Ferris só vai fazer você rir: “A vida passa rápido demais. E se você não parar de vez em quando para vivê-la, vai acabar perdendo o seu tempo.”) Adorei, totalmente recomendado.

9 de mai. de 2018

Parade’s end (2012)

Parade’s end é uma série da BBC que foi ao ar em 2012. Dividida em cinco episódios, a história é baseada no livro homônimo de Ford Madox Ford, e conta a história de Christopher Tietjens, sua mulher Sylvia e a jovem sufragista Valentine Wannop durante a Primeira Guerra Mundial. Enquanto Christopher vai lutar na França, Sylvia, a esposa infiel, fica com o (talvez sim, talvez não) filho do casal e Valentine lida com a saudede que sente de Christopher. A jovem já fez sua escolha, resta esperar para ver com quem ele vai querer ficar.


Faz tempo que me indicaram essa série e eu acabei vendo só por curiosidade, mas só agora resolvi falar sobre ele. Como a trama central gira em torno de três personagens e eu não tenho o livro para comparar, infelizmente, só tenho três coisas a dizer:

1-Christopher Tietjens é um dos melhores papéis de Benedict. A recusa em desgraçar a mulher que o tinha traído, a melancolia por não poder ficar com a mulher que queria... Essa complexidade de emoções que poucos atores conseguem demonstrar tão bem como ele fez não somente é o chamativo da série, mas o que prende atenção simplesmente pelo fato de você querer ver se em algum momento da vida dele ele será feliz.
2-Sylvia Tietjens: a personagem que eu achei que ia odiar do início ao fim, mas que acabou me surpreendendo. Uma hora odiava, outra hora sentia pena dela. O fato dela QUERER ser acusada de traidora, vadia e todas essas coisas pelo marido, sabendo que merecia realmente, porque só assim eles poderiam ter alguma chance, foi o que me fez ficar com pena. Confesso que na cena onde ele agarra ela, fiquei torcendo pra eles se acertarem e quis esganar aquele soldado desgraçado por entrar no quarto e atrapalhar tudo. Terminei a série sem conseguir me decidir sobre ela.
3-Valentine Wannop: não sei porque eu esperava tanto dessa personagem. Acho que por ser sufragista e tal, mas me decepcionei. Sei que ela amava o Christopher e ele também a amava, ele também não querendo se divorciar da Sylvia dificultou as coisas, mas ela tão rapidamente aceitar ser amante dele... não gostei. Ponto alto na cena entre ela e a mãe quando ela diz que vai virar amante do Christopher e a mãe não aceita.

A série é excelente mesmo e tem vários pontos altos. Outra cena que eu gostei é quando Christopher está falando da guerra com a Sylvia e como realmente é. Seja em livros ou séries ou filmes, o espectador vê bombas explodindo e pessoas morrendo, mas quando é o personagem falando, como se aquilo fosse real no momento em que estamos assistindo e tem alguém, que estava lá e viu e fez, descrevendo... Que cena ótma. No geral, uma série excelente. Eu só queria ler o livro pra comparar. E outra coisa: como a Rebecca Hall fica maravilhosa com roupas de época. Babei com TODO o figurino dela.